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Tanto a literatura latina, como a portuguesa são ricas em poemas e odes à Mãe de Deus. Todos aprendemos na escola que José de Anchieta, prisioneiro entre os Tamoios, escreveu na areia do mar dois mil e oitenta e seis dísticos em latim, louvando a Mãe de Deus, traduzidos para nossa língua pelo padre Armando Cardoso.

Numa passagem Anchieta compara a Virgem à Árvore da Vida, “fértil de frutos eternos, / cujas raízes se escondem nas entranhas da terra, / cujas franças sublimes chegam às estrelas do céu”. E adiante, ao descrever a encarnação do Verbo, o santo Poeta exclama: “Uma sombra orvalhada / sobre suas entranhas virginais descansa / e meiga aragem sopra no horto cerrado de seu seio. / No mesmo instante, o Verbo escondido / ocupa o seu sacrário / e a Virgem Mãe concebe o autor da vida.

Dom Benedicto de Ulhoa Vieira
Arcebispo Emérito de Uberaba – MG

Leão XIII, considerado na sua época príncipe dos poetas latinos, ao completar 25 anos de pontificado, envelhecido, pressentindo o fim, tirou da sua lira a “Última prece à Virgem”, traduzida para o nosso idioma. “Se eu atingisse o céu, se contemplasse, / por suprema mercê, de Deus a face, / e, ó Virgem, teu olhar visse também… / acolhe-me no céu; e se ali for eu / um daqueles da cidade santa, / direi eternamente que ao favor / da Virgem Mãe devi ventura tanta”.

Luiz Guimarães Júnior compôs o seu “No Deserto” descrevendo a fuga da família de José para o Egito. Fala da noite que desce, dos pés chagados de José, do convite à Virgem para repousarem ali na areia cruel. Põe o autor nos lábios de Maria uma palavra de ternura a São José, para que dormisse, porque “por nós, o doce Pai atento está velando”. Depois Maria adormece e no sonho prevê o sofrimento do Filho. Assustada acorda. O poeta remata: “E Maria, a gemer, extenuada, exangue, / despertou num soluço e olhou: Jesus dormia. / A aurora lhe formava um nimbo cor de sangue, / e o divino Cordeiro, extático, sorria”. Poder-se-á recordar o verso da Divina Comédia: “Virgem Mãe, por teu Filho procriada, / humilde e superior criatura, por conselho eternal predestinada! / Por ti se enobreceu tanto a natura / humana, que o Senhor não desdenhou / de se fazer, de quem criou, feitura”.

Mas na multiplicidade dos textos mariais dos poetas e escritores, sentimos prazer em citar um dos bardos de nosso Triângulo – Primo Vieira. Em belíssimo soneto de Litanias, o em que mostra Maria como Porta do Céu – “janua coeli” – assim rezou o Poeta: “Porta do céu à cuja entrada esquece / o pecador as trilhas do pecado / (…) da altura excelsa em que morais na glória, / olhai os pequeninos sem história, / e a miséria de rojo pelo chão… / Nós somos esses filhos que não param / de caminhar nas résteas que ficaram / da esteira luminosa da Assunção”.

Festa da Imaculada Conceição: a Mãe de Deus baixa o olhar aos filhos seus da terra. Iluminem-nos esses seus olhos claros na escalada difícil da existência.

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  1. Perdão Senhor, tantos erros cometi.
    Perdão Senhor tantas vezes me omiti.
    Perdão Senhor pelos males que causei, pelas coisas que falei,
    pelo irmão que eu julguei.
    Perdão Senhor pelos males que causei, pelas coisas que falei,
    pelo irmão que eu julguei.

    Piedade Senhor, tem piedade, senhor,
    Meu pecado vem lavar com seu amor.
    Piedade Senhor, tem piedade, senhor,
    Meu pecado vem lavar com seu amor.

    Perdão Senhor porque sou tão pecador.
    Perdão Senhor, sou pequeno e sem valor.
    Mas mesmo assim tu me amas, quero então te entregar meu coração,
    suplicar o teu perdão.
    Mas mesmo assim tu me amas, quero então te entregar meu coração,
    suplicar o teu perdão.

    Piedade Senhor, tem piedade, senhor,
    Meu pecado vem lavar com seu amor.
    Piedade Senhor, tem piedade, senhor,
    Meu pecado vem lavar com seu amor.
    Perdão Senhor, tantos erros cometi.
    Perdão Senhor tantas vezes me omiti.
    Perdão Senhor pelos males que causei, pelas coisas que falei,
    pelo irmão que eu julguei.
    Perdão Senhor pelos males que causei, pelas coisas que falei,
    pelo irmão que eu julguei.

    Piedade Senhor, tem piedade, senhor,
    Meu pecado vem lavar com seu amor.
    Piedade Senhor, tem piedade, senhor,
    Meu pecado vem lavar com seu amor.

    Perdão Senhor porque sou tão pecador.
    Perdão Senhor, sou pequeno e sem valor.
    Mas mesmo assim tu me amas, quero então te entregar meu coração,
    suplicar o teu perdão.
    Mas mesmo assim tu me amas, quero então te entregar meu coração,
    suplicar o teu perdão.

    Piedade Senhor, tem piedade, senhor,
    Meu pecado vem lavar com seu amor.
    Piedade Senhor, tem piedade, senhor,
    Meu pecado vem lavar com seu amor.

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