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A teologia católica professa: Maria não foi estigmatizada pela maldade humana, porque foi imaculada desde sua concepção. Por isso, seus devotos repetem com frequência: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Foi a única exceção entre todas as criaturas humanas, em vista de sua prerrogativa de mãe de Deus. Por causa desse privilégio, toda a sua história é uma caminhada ascendente em direção ao que Jesus estabelecera como medida de crescimento para seus seguidores: “Sede perfeitos como o Pai celestial é perfeito”.

Nessa perspectiva, Maria absorveu as lições de Jesus, guardando tudo em seu coração, como está registrado em Lc 2,51. Sua grande sabedoria consistiu em escutar sempre o Filho e reconhecer nele o Mestre capaz de levá-la a descobrir a verdade, num percurso de fé e esperança, de coerência e humildade. Assim como é comum o bom discípulo tornar-se um mestre abalizado, Maria se revela uma mestra exemplar, principalmente porque aprendeu que toda sabedoria vem do Pai mediante os testemunhos do Filho. Nunca se sentiu dona da verdade e, quando aconselha os empregados das bodas de Caná, não lhes dá nenhuma ordem direta, mas pede que obedeçam à orientação de Jesus: “Façam tudo o que ele lhes disser”.

Num mundo de muita autossuficiência, envaidecido por seus êxitos, é possível que o processo de aprendizagem venha manchado pelas nódoas do orgulho e da vaidade: alunos não admitem suas limitações e os mestres expõem suas lições como donos da verdade. Que, a exemplo de Maria, cada cristão seja um discípulo simples e humilde para atender à sua vocação de evangelizador.

Dom Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo de Salvador

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