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Maria meditava em seu coração todas estas palavras

– O Concílio nos ensinou a ver Maria como a «figura» da Igreja, isto é, seu exemplo perfeito e sua primícia. Mas pode Maria servir de modelo à Igreja também em seu título de «Mãe de Deus», com o qual é honrada este dia? Podemos chegar a ser mães de Cristo?

Isso não só é possível, mas que alguns Padres da Igreja chegaram a dizer que, sem esta imitação, o título de Maria seria inútil para alguém: «De que me serve – diziam – que Cristo tenha nascido uma vez de Maria em Belém, se não nasce também pela fé em minha alma?». Jesus mesmo iniciou esta aplicação à Igreja do título «Mãe de Cristo», quando declarou: «Minha mãe e meus irmãos são os que escutam a palavra de Deus e a põem em prática» (Lc 8, 21). A liturgia do dia nos apresenta Maria como a primeira dos que se convertem em mães de Cristo mediante a escuta atenta de sua palavra. Foi eleita, de fato, para esta Solenidade, a passagem evangélica onde está escrito que «Maria, por sua parte, conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração».

Como é possível transformar-se, em concreto, em mãe de Cristo, o explica o próprio Jesus: escutando a Palavra e colocando-a em prática. Há duas maternidades incompletas ou dois tipos de interrupção de uma maternidade. Um é o antigo e conhecido aborto. Tem lugar quando se concebe uma vida mas não se lhe dá à luz porque, entretanto, por causas naturais ou pelo pecado dos homens, o feto morre. Até há pouco tempo, este era o único caso que se conhecia de maternidade incompleta. Hoje se conhece outro, que consiste, ao contrário, em dar à luz um filho sem tê-lo concebido. Assim ocorre com as crianças concebidas em provetas e implantadas em um segundo momento, no ventre da mulher, e no caso desolador e triste do útero dado por empréstimo para albergar, às vezes sob pagamento, vidas humanas concebidas em outro lugar. Neste caso a quem a mulher dá à luz não vem dela, não é concebido «antes no coração que no corpo».

Lamentavelmente, também no plano espiritual existem estas duas tristes possibilidades. Concebe Jesus, sem dá-lo à luz, quem acolhe a Palavra sem colocá-la em prática, quem continua praticando um aborto espiritual após outro, formulando propósitos de conversão que logo são sistematicamente esquecidos e abandonados no meio do caminho; quem se comporta para a Palavra como o observador apressado que olha seu rosto no espelho e logo se vai esquecendo de imediato como era (St 1, 23 24). Em resumo, quem tem fé, mas não tem obras.

Ao contrário, dá à luz Cristo sem tê-lo concebido quem realiza muitas obras, às vezes também boas, mas que não procedem do coração, do amor por Deus e da reta intenção, mas do costume, da hipocrisia, da busca da própria glória e do próprio interesse, ou simplesmente da satisfação que dá atuar. Em suma, quem tem as obras, mas não tem a fé.

Estes são os casos negativos, de uma maternidade incompleta. São Francisco de Assis nos descreve o caso positivo de uma verdadeira e completa maternidade que nos assemelha a Maria: «Somos mães de Cristo – escreve – quando o levamos no coração e em nosso corpo por meio do divino amor e da consciência pura e sincera; o geramos através das obras santas, que devem brilhar perante os demais para exemplo!». Nós – vem a dizer o santo – concebemos a Cristo quando o amamos com sinceridade de coração e com retidão de consciência, e o damos à luz quando realizamos obras santas que o manifestam ao mundo.

Fonte: Zenit

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Maria teve outros filhos?

 

– O objetivo desta matéria é demonstrar que Maria que não teve outros filhos além de Jesus, tendo permanecido virgem, mesmo após o nascimento de Jesus.

A Sagrada Tradição da Igreja sempre ensinou a Virgindade perpétua da mãe de Nosso Senhor. Eis alguns testemunhos dos primórdios do cristianismo:

Santo Inácio de Antioquia ( Século I ): “E permaneceram ocultos ao príncipe desse mundo a virgindade de Maria e seu parto, bem como a morte do Senhor: três mistérios de clamor, realizados no silêncio de Deus” (Carta aos Efésios, PG. V, 644 ss.)

Santo Irineu (130 a 203 dC): “Era justo e necessário que Adão fosse restaurado em Cristo, e que Eva fosse restaurada em Maria, a fim de que uma virgem feita advogada de uma virgem, apagasse e abolisse por sua obediência virginal a desobediência de uma virgem”. (Contra as Heresias)

Santo Atanásio (295 a 386 dC): “Jesus tomou carne da SEMPRE virgem Maria”.

Dídimo (386 dC): “Nada fez Maria, que é honrada e louvada acima de todas as outras: não se relacionou com ninguém, nem jamais foi Mãe de qualquer outro filho; mas, mesmo após o nascimento do seu filho [único], ela permaneceu sempre e para sempre uma virgem imaculada”. (“A Trindade 3,4”)

São Jerônimo (340-420 dC): “Cristo virgem e Maria virgem consagraram os princípios da virgindade em ambos os sexos”.

Santo Agostinho (354 a 430 dC): “Então, o Senhor tem irmãos? Será que Maria teve ainda outros filhos? Não! De modo algum! (…) Qual é, pois, a razão de ser da expressão “irmãos do Senhor”? Irmãos do Senhor eram os parentes de Maria”. (Comentário do Evangelho de São João, X, 2)

Santo Agostinho: “Concebeu-O [a Cristo Jesus] sem concupiscência, uma Virgem; como Virgem deu-lhe à luz, Virgem permaneceu”. (Sermão sobre a Ressurreição de Cristo, segundo São Marcos, PL XXXVIII, 1104-1107)

Veremos então textos que Comprovam que Jesus é Filho Único

1. A Bíblia só chama a Jesus de Filho de Maria

Em nenhuma passagem da Bíblia, ninguém é chamado de “filho de Maria”, a não ser Jesus. E, ainda, de ninguém Maria é chamada “Mãe”, a não ser de Jesus. Em Mc 6,3 é dito: “o filho de Maria” (com artigo, dando idéia de unicidade). A expressão grega implica que Ele era seu único filho. O Evangelho nunca diz “a mãe de Jesus com seus filhos”, embora isso fosse natural, especialmente em Mc 3,31 e At 1,14, se ela tivesse outros filhos.

2. Maria fez Voto de Virgindade

Em Lc 1,34 Maria pergunta: “Como se fará isso, pois eu não conheço varão?”.

A pergunta que Maria fez seria inadmissível em uma jovem desposada no momento em que lhe anunciavam o nascimento de um filho futuro. Esta pergunta só tem sentido se considerarmos que ela fizera voto de virgindade, uma vez que, embora estivesse desposada, ela afirma: “eu não conheço varão”. O anjo, porém, não a libera do voto, mas diz que se tratará de uma conceição milagrosa.

O voto de virgindade feito por Maria é também insinuado num apócrifo: o Protoevangelho de Tiago (120 dC).

3. Jesus Entregou Maria ao Discípulo João

Era costume judeu que os filhos cuidassem da mãe. Ao morrer o irmão mais velho, caberia aos demais filhos o cuidado da mãe. Porém, Jesus pede que o discípulo João, membro de outra família, cuidasse de sua mãe (Jo 19,26-27). Não haveria necessidade de tal preocupação e tal atitude seria inadmissível se Jesus tivesse outros irmãos.

4. Aos 12 Anos, não há Indícios de Irmãos na Festa da Páscoa

Quando Jesus foi a festa da Páscoa em Jerusalém, com a idade de 12 anos (Lc 2,41-51), não se menciona a existência de outros filhos, embora toda a família tivesse peregrinado junto durante uns 15 dias. Ora, Maria e José não poderiam ter deixado em casa, por tanto tempo, filhos tão pequenos.

Então, quem Seriam os “Irmãos” de Jesus?

Há vários textos no NT que mencionam os “irmãos de Jesus”: Mt 12,46-50; 13,55; Mc 3,31-35; Lc 8,19-21; Jo 2,12; 7,2-10; At 1,14; Gl 1,19; 1Cor 9,5. Vejamos, por exemplo, Mc 6,3:

“Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós?”

A expressão “irmãos de Jesus” foi concebida, não em ambiente grego, mas no mundo semita, onde a língua falada era o aramaico. Ora, em aramaico (e também em hebraico), a palavra “irmãos” (se escreve “ah”), designa não somente os filhos dos mesmos pais, mas também, os primos ou até parentes mais remotos. No AT há 20 passagens que atestam o amplo significado da palavra “irmão”. Vejamos alguns exemplos:

Primeiro Exemplo:

Gn 11,27: “Taré gerou Abrão, Nacor e Arã. Arã gerou Ló.”

Logo, Ló é sobrinho de Abrão, como confirma Gn 12,5: “Abrão tomou sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló, …”. Vejamos agora o que diz Gn 13,8:

“Abrão disse a Ló: Que não haja discórdia entre mim e ti, … , pois somos IRMÃOS.”

Segundo Exemplo:

1Cr 23,21-23: “Os filhos de Merari foram Moholo e Musi. Os filhos de Moholi foram Eleázaro e Cis. Eleázaro morreu sem ter filhos, mas apenas filhas. Os filhos de Cis, SEUS IRMÃOS, as tomaram por mulheres.”

Ora, como Eleázaro e Cis eram verdadeiros irmãos, então os filhos de Cis não eram irmãos das filhas de Eleázaro, mas sim primos. No entanto, a Bíblia utiliza o conceito amplo da palavra “ah” para chamá-los de irmãos, embora fossem primos.

Terceiro Exemplo:

Gn 29,15: “Então Labão disse a Jacó: Por seres meu IRMÃO, irás servir-me de graça?”

Seria Labão irmão de Jacó? Não! Era seu tio. Confira:

Gn 29,10: “Logo que Jacó viu Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, aproximou-se…”

Leia também: 1Cr 15,4-10.

Em conclusão, o uso dos termos “irmãos e irmãs” de Jesus, na verdade, designam simplesmente que se trata de parentes de Jesus, pois o termo hebraico “ah” (traduzido por “irmão”) possui este sentido amplo. Portanto, não eram filhos de Maria, mas sim parentes de Jesus, provavelmente seus primos ou filhos do viúvo José.

Mas o NT foi Escrito em Grego e não em Aramaico. E aí?

Em grego existem palavras definidas para irmão (ADELPHOS) e primo (ANEPSIOS). Paulo conhecia muito bem o grego pois chegou a discursar com muita eloquência num aerópago grego. Certamente, os autores sagrados conheciam muito bem as palavras ADELPHOS e ANEPSIOS. Inclusive, Paulo chegou a usar o termo ANEPSIOS (primo) em Cl 4,10:

“Saúda-vos Aristarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, o PRIMO de Barnabé”

E ainda: “Saudai a Herodião, meu PARENTE” (Rm 16,11)

O mesmo se pode dizer do livro de Tobias, escrito em grego: “Como este jovem é parecido com meu PRIMO” (Tb 7,2)

Portanto, se os “irmão do Senhor” fossem primos de Jesus, ao escrever o NT em grego, os autores sagrados usariam a palavra ANEPSIOS (primo), e não ADELPHOS (irmão). Porém, o NT sempre se refere aos “irmãos do Senhor” usando o termo ADELPHOS (irmão) e nunca ANEPSIOS (primo).

O que dizer?

Ocorre que os escritores sagrados quiseram preservar o sabor semítico da palavra aramaica “ah” (“irmão” para qualquer grau de parentesco próximo) ao fazer a tradução para o grego. A expressão semita “irmãos do Senhor” já era muito usual entre os cristãos (como demonstra as várias inserções no NT) e os apóstolos quiseram preservá-la, pois “ah” é diretamente traduzido para o grego por “ADELPHOS”. Um contexto, portanto, bem diferente das passagens de Paulo e Tobias acima citadas, pois nestes casos Paulo e Tobias não estavam traduzindo um termo hebraico para o grego. Esta preservação do aramaico ou do sabor semita na tradução para o grego ocorre também em outras passagens do NT. Vejamos algumas:

– Pedro, em algumas passagens é chamado pelo nome CEFAS (pedra em aramaico), preservando assim o sabor semita com que os discípulos se acostumaram a chamar Pedro.

– Lc 14,26: “Se alguém vem a mim e não ODEIA seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs, sim, até a própria vida, não pode ser meu discípulos”

Teria Jesus pregado o odio? Óbvio que não! Ocorre que o aramaico não tem estruturas de comparação, tipo “amar mais” ou “amar menos”. Jesus, portanto, usou o vocábulo aramaico que traz a idéia de “amar menos” (ou seja, o mesmo que é traduzido por “odiar”), e que foi traduzido para o grego mantendo o sabor semita. Lucas podia usar a estrutura grega correspondente a “amar menos”, mas tal como no caso dos “irmãos do Senhor”, optou por manter o sabor semita do ensinamento, embora houvesse no grego termos mais apropriados.

– São Paulo cita Ml 1,2-3: “Eu amei Jacó e ODIEI Esaú” (Rm 9,13).

Obviamente, a tradução correta seria: “Eu amei mais a Jacó do que a Esaú”. Porém, Paulo mantêm o semitismo, embora o grego em que escreveu lhe proporcionasse termos mais adequados.

– Em várias passagens, São Paulo frequentemente faz uso do termo grego “dikaiosyne” não na forma estrita utilizada pelo sentido grego, mas na forma ampla do sentido hebraico de “sedaqah”.

– Lucas utiliza com freqüência o aditivo “kai” (“e”, em português), que reflete o aditivo hebraico “wau”. Ex: Lc 5,1 “… E ele se encontrava de pé …”. A palavra “e” poderia existir no hebraico, mas não no grego, nem mesmo no aramaico. Lucas nos diz que tomou grande cuidado, conversou com testemunhas oculares e checou relatos escritos sobre Jesus. Estes relatos escritos poderiam estar em grego, hebraico ou aramaico. Estas estranhas estruturas usada por Lucas em alguns pontos parece demonstrar que ele usou, em certos momentos, documentos hebraicos e os traduziu com extremo cuidado, tão extremo a ponto de manter a estrutura hebraica no texto grego. Lucas sabia como escrever em grego culto, como demonstra certas passagens. Mas por que escreveu assim? Certamente por causa de seu extremo cuidado, para ser fiel aos textos originais que usava.

Há muitos outros lugares no NT onde devemos considerar o fundamento hebraico para obter o sentido correto do grego. Demos apenas alguns exemplos que são suficientes para mostrar como os escritores do NT escreveram em grego mantendo o sabor semita das expressões, embora o grego tivesse estruturas e vocábulos mais apropriados, tais como “primos” em lugar de “irmãos”.

Em acréscimo, podemos observar que quando o AT foi traduzido para o grego (versão dos Setenta), alguns séculos antes de Cristo, o termo aramaico “ah” sempre foi traduzido para o grego ADELPHOS (irmão), mesmo quando era evidente que não se tratava de filhos da mesma mãe, mas sim de parentes próximos. Por exemplo, conforme visto acima, em Gn 13,8 “ah” deveria ser traduzido para o grego correspondente a “parentes” (tio e sobrinho), mas preservou-se o sabor semita “irmãos”. Portanto, não se deve admirar o fato do hagiógrafo do NT manter o sabor semita do vocábulo “ah” referente aos parentes, pois este também foi o critério usado na tradução do AT, alguns séculos antes de Cristo nascer. O linguajar grego da Versão dos Setenta, que conservava seu fundo semita, influiu profundamente na linguagem dos escritores do NT, familiarizados que estavam com a tradução dos Setenta. E quando se traduz a Bíblia para as línguas modernas, português, inglês, etc., o termo correspondente a “irmão” também é mantido mesmo nos casos onde é evidente que não se tratam de filhos dos mesmos pais, mas sim de parentes.

Mas o Profético Salmo 68 Afirma: “os filhos de sua mãe”!

O Salmo 68 é um salmo profético, pois o versículo 10 é aplicado à Jesus pelos discípulos em Jo 2,17: “O zelo pela tua casa me consumiu”. Dessa forma, se o versículo 10 foi aplicado a Jesus, muitos sugerem que o versículo 9 também deve ser aplicado, pois está adjacente ao versículo 10. Vejamos o que diz o versículo 9:

“Tornei-me um estranho para meus irmãos, um desconhecido para os filhos de minha mãe.”

Observe: “para os filhos de minha mãe”! Daí muitos concluem que Maria teve outros filhos além de Jesus.

O que dizer?

Ocorre, porém, que dado um contexto que contenha um versículo profético, se é verdade que todos os versículos deste contexto sejam todos igualmente proféticos, então o versículo 6 deste Salmo também deveria ser profético e aplicado a Jesus, pois pertence ao mesmo contexto dos versículos 9 e 10. Mas o que diz o versículo 6 ?

“Vós conheceis, ó Deus, a minha insipiência, e minhas faltas não vos são ocultas.” (Sl 68,6)

No salmo 68, o sujeito dos versículos 9 e 10 é o mesmo sujeito do versículo 6. Se o versículo 9 deve ser aplicado a Jesus porque o versículo 10 foi, então o versículo 6 também teria que ser, pois pertencem ao mesmo contexto. Mas o versículo 6 é a confissão de um sujeito insipiente e pecador. Porém, o NT nos garante que Jesus jamais cometeu um pecado (Jo 8,46; Hb 4,15; 1Pd 2,22; Is 53,9; 1Jo 3,5). Logo, concluímos que se um versículo do At for aplicável a Jesus (ou a alguém ou a algum fato do NT) não significa que todo os versículos adjacentes a ele (ou todo o contexto onde ele está inserido), também sejam obrigatoriamente proféticos e igualmente aplicáveis. No caso citado, o versículo 10 é aplicado a Jesus, mas os versículos 6 e 9, não.

Em acréscimo, observe o versículo 22 deste mesmo salmo. Ele também é profético e aplicado a Jesus (Mt 27,34; Jo 19,29). Igualmente os versículos 23, 24 e 26 são todos proféticos. Porém, enquanto o 23 e 24 são aplicado a Israel (Rm 11,9s), o versículo 26 é aplicado a Judas (At 1,20). Isto também comprova que os versículos são aplicados a sujeitos distintos sem qualquer vínculo com o contexto onde se encontra. E ainda, neste mesmo contexto, observe como os versículos 25, 28 e 29 destoam profundamente de Lc 23,34. Novamente observamos que não é porque alguns versículos são proféticos e aplicáveis ao NT que todos os versículos adjacentes o devem ser. Portanto, o versículo do Sl 68,9 não garante que Maria tenha tido outros filhos.

Respondendo às Objeções Protestantes

A Bíblia diz: “Até que…” (Mt 1,25)

“José não conheceu Maria (= não teve relações com Maria) ATÉ QUE ela desse à luz um filho (Jesus)”.

Significa isto que, depois de ter dado à luz a Jesus, Maria teve relações conjugais com José?

Não necessariamente. A expressão “até que” corresponde ao grego “heos hou” e ao hebraico “ad ki”. Esta partícula designa apenas o que se deu (ou não se deu) no passado, sem indicação do que havia de acontecer no futuro. Ou seja, a passagem quer afirmar que Jesus nasceu sem que José e Maria tivessem relações. O termo grego “heos hou” (“até que”) nada insinua se depois que Jesus nasceu houve ou não relação entre Maria e José, mas simplesmente relata algo que ocorreu no passado, no caso, Mateus quis relatar o fato extraordinário de que Jesus nasceu estando sua mãe virgem. Vejamos diversos casos semelhantes:

2Sm 6,23: “Micol, filha de Saul, não teve filhos ATÉ a morte.” Não significa que, após morrer, tenha tido filhos.

Sl 109,1: Deus Pai convida o Messias a sentar-se à sua direita ATÉ QUE Ele faça dos seus inimigos o escabêlo dos seus pés. Isto não significa que, após vencidos os inimigos, o Messias deixará de se assentar à direita do Pai.

Gn 28,15: “Diz o Senhor a Jacó: Não te abandonarei ATÉ QUE eu tenha realizado o que te prometi.” Certamente Deus não abandonou Jacó depois de cumprir as suas promessas.

Dt 34,6: Moisés foi enterrado “e ATÉ hoje ninguém sabe onde se encontra sua sepultura”. Isto era verdade no dia em que o autor do Deuteronômio relatou o fato; e continua sendo verdade ainda hoje.

1Tm 4,13: O Apóstolo pede para que Timóteo se devote à leitura, exortação e ensinamento “ATÉ eu (Paulo) chegar”. Isso não quer dizer que Timóteo deveria parar de fazer tais coisas após a chegada de Paulo.

Mt 13,33: “O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que [heos hou] tudo esteja levedado.” Isso não quer dizer que depois que levedou ja não havia mais 3 medidas de farinha.

Mt 26,36: “Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto [heos hou] vou além orar.” Observe que Jesus ordena para que os discípulos esperem sentados. Isto não significa que, ao retornar da oração, eles deveriam novamente se levantar. Não! Quando Jesus voltasse, eles poderiam permanecer sentados conversando, ou irem durmir ou se levantarem. Observe como o HEOS HOU nada nos informa sobre o estado futuro.

Lc 24,49: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que [heos hou] do alto sejais revestidos de poder.” Quer dizer que, após Pentecostes, todos os apóstolos saíram de Jerusalém? De modo algum. Observe como HEOS HOU refere-se apenas ao passado, sem nada indicar sobre o futuro. A ordem de Jesus era para que antes de Pentecostes não saíssem de Jerusalém de modo algum. Depois, pouco lhe importa se permaneceriam ou se sairiam dali.

Alguns protestantes, porém, ainda contra-argumentam afirmando que no período entre 100 AC e 100 DC (época em que o NT foi escrito), a partícula “até que” (HEOS HOU, em grego) não era usada sem fazer referências ao futuro. Este argumento também é falso. Podemos citar, por exemplo, um escrito da época citada que diz:

“E Aseneth foi deixada com as sete virgens, e continuou a ser oprimida e a chorar ATÉ (HEOS HOU) o sol se pôr. E não comeu pão nem bebeu água. E a noite veio, e todos da casa dormiram, e somente ela estava acordada, continuando a se desesperar e a chorar.”

Fonte: História “Joseph e Aneseth” de C. Burchard, que pode ser encontrada em Old Testament Pseudepigrapha. Vol. 2, Expansions of the Old Testament and Legends, Wisdom and Philosophical Literature, Prayers, Psalms, and Odes, Fragments of Lost Judeo-Hellenistic Works, ed. James H.Charlesworth, p. 215. New York: Doubleday, 1985.

Notamos pelo contexto que Aneseth chorou até o pôr do sol, mas que ela continuou a chorar pela noite. Eis um caso clássico, da época de Cristo, onde “heos hou” não implica em mudança de ação futura, pois o próprio contexto não dá margem a qualquer outra possibilidade. Portanto, ou “heos hou” termina o ato, ou o continua. Neste exemplo ele certamente não terminou o ato, senão é fato que Aneseth deveria ter parado de chorar, e não continuado, depois que o sol se pôs.

Todos esses exemplos são casos em que se faz referência ao passado, sem referências do futuro. Essa locução era frequente entre os semitas e foi usada em Mt 1,25. A tradução mais clara deste versículo seria “Sem que José tivesse tido relações com Maria, ela deu à luz um filho”.

Se Jesus era o Primogênito, então foi o Primeiro de outros Filhos

Lc 2,7: “Maria deu à luz o seu filho primogênito”

Literalmente, “primogênito” é o primeiro filho, independente de haver ou não um segundo filho. Em hebrico “bekor” (primogênito) podia designar simplesmente “o bem-amado”, pois o primogênito é certamente aquele dos filhos no qual durante certo tempo se concentra todo o amor dos pais. Além disto, os hebreus julgavam o primogênito como alvo de especial amor de Deus, pois devia ser consagrado ao Senhor (Lc 2,22; Ex 13,2; 34,19).

A palavra “primogênito” podia mesmo ser sinônima de “unigênito” (único filho), pois um e outro vocábulos na mentalidade semita designam “o bem-amado”. Veja, por exemplo, Zc 12,10:

“Quanto àquele que transpassaram, irão chorá-lo como se chora um filho unigênito; irão chorá-lo amargamente como se chora um primogênito”

Da mesma forma, Maquir que é o único filho de Manassés é chamado de “primogênito” em Jos 17,1. A descendência de Manassés é descrita em Nm 26,29-34.

Observe como “primogênito” refere-se apenas a condição do primeiro filho, sem nada afirmar sobre outros filhos:

Ex 13,2: “Consagra-me todo primogênito, todo o que abre o útero materno entre os filhos de Israel. Homem ou animal será meu.”

Ex 34,19: “Todo o que sair por primeiro do seio materno será meu: Todo macho, todo primogênito das tuas ovelhas e do teu gado.”

Lc 2,23: “Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor”

Numa inscrição sepulcral judaica datada de 5 AC e descoberta em Tell-el-Yedouhieh (Egito), em 1922, lê-se que uma jovem chamada Arsinoé MORREU “nas dores do parto do seu filho primogênito”. Ora, se ela morreu, então não teve outros filhos além do filho dito “primogênito”. E mais ainda: no apócrifo “Antiguidades Bíblicas”, a filha de Jefté (Jz 11,29-39) ora é dita primogênita (primeira filha), ora é dita unigênita (única filha). Portanto, embora fosse a única filha, também era chamada de primogênita.

E para confirmar definitivamente que o primogênito não necessariamente têm outros irmãos, São Jerônimo apresenta Lc 2,22-24 que diz:

“Concluídos os dias da sua purificação, de acordo com a lei de Moisés, eles o levaram a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor [como está prescrito na lei do Senhor, todo macho que abre o útero deve ser consagrado ao Senhor] e para oferecer em sacrifício de acordo com o que é prescrito na lei do Senhor, um par de rolinhas ou duas pombas novas”

Como não havia tempo suficiente, até o dia da sua purificação, para Maria conceber novamente, é certo que Jesus foi consagrado ao Senhor (lei da primogenitura) antes de ter qualquer irmão. Ora, se o primogênito fosse restrito àqueles que possuem irmãos, ninguém estaria sujeito a lei da primogenitura, enquanto não nascesse seu irmão. Mas visto que, o primeiro filho (que ainda não tem irmãos mais novos), poucos dias depois de nascer já é sujeito à lei da primogênitura, deduzimos que é chamado primogênito aquele que abre o útero da mãe e que não foi precedido por ninguém, e não aquele cujo nascimento foi seguido por outro de irmão mais novo.

Vimos, portanto, que o primeiro filho homem será consagrado a Deus. Este é o primogênito. Mesmo que não seja o primeiro filho, mas se for o primeiro filho homem, ele é o primogênito. E, se for o único filho, ele também é o primogênito porque foi o primeiro e único. Enfim, o termo “primogênito” possui o mesmo modo de falar de Mt 1,25: “primogênito” vem a ser apenas o filho antes do qual não houve outro, não necessariamente aquele após o qual houve outros.

Para encerrar, lembraremos o que professava a fé dos Reformadores Protestantes

Martinho Lutero:

Sobre Mt 1,25: “Destas palavras não se pode concluir que após o parto, Maria tenha tido consórcio conjugal. Não se deve crer nem dizer isso.” (Obras de Lutero Ed. Weimar, Tomo 11, p.323)

No fim de sua Vida: “Virgem antes, no, e depois do parto, que está grávida e dá a luz. Este artigo da fé é milagre divino.” (Sermão Natal 1540: WA 49,182)

João Calvino:

“Jesus é dito primogênito unicamente para que saibamos que Ele nasceu da Virgem” (CO 45,645)

“Certas pessoas têm desejado sugerir desta passagem [Mt 1,25] que a Virgem Maria teve outros filhos além do Filho de Deus, e que José teve relacionamento íntimo com ela depois. Mas que estupidez! O escritor do evangelho não desejava registrar o que poderia acontecer mais tarde; ele simplesmente queria deixar bem clara a obediência de José e também desejava mostrar que José tinha sido bom e verdadeiramente acreditava que Deus enviara seu anjo a Maria. Portanto, ele jamais teve relações com Maria, mas somente compartilhou de sua companhia… Além disso, N.Sr. Jesus Cristo é chamado o primogênito. Isto não é porque teria que haver um segundo ou terceiro [filho], mas porque o escritor do Evangelho está se referindo à precedência. Assim, a Escritura está falando sobre a titularidade do primogênito e não sobre a questão de ter havido qualquer segundo [filho]” (Sermão sobre Mateus, 1562).

Zvínglio:

“Creio firmemente que, segundo o Evangelho, Maria, como Virgem pura, gerou o Filho de Deus e no parto e após o parto permaneceu para sempre Virgem pura e íntegra.” (Zvínglio Opera 1,424)

“Os irmãos do Senhor eram os amigos do Senhor” (ZO 1,401)

Fonte: Cláudio Pinto – Sites Veritatis Splendor / Agnus Dei / Escritos de Dom Estevão Bettencourt.

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Mas você sabe o que está dizendo quando louva Maria?

Você já ouviu gente dizendo “Ave Maria cheia de “graçassssss”? Talvez achem que, acrescentando um “s”, estão acrescentando graças a Maria. Na verdade,apesar de sua boa vontade, estão diminuindo o fato de que Maria é plena, repleta da presença de Deus e a presença de Deus não se divide em partes que se posam contar no singular ou plural.

Outro costume engraçado é quando se intercede pelas ofensas, como se elas fossem capazes de agir por si mesmas. É quando se diz, no Pai Nosso, “perdoai as nossas ofensas”, como se diria “perdoai meu irmão, meu pai, minha mãe”. Na verdade, somos nós, os pecadores, que precisamos de perdão e não as ofensas. Elas não fizeram nada. Fomos nós que fizemos. Porém, para que isso fique claro, deveríamos dizer “perdoai-nos as nossas ofensas”.

Talvez nenhuma oração seja tão pouco compreendida como a Salve Ó Rainha, nome original da prece agora mais conhecida como “Salve Rainha”. No tempo em que São Bernardo compôs esta belíssima oração, era necessário colocar-se o “Ó” para honrar os reis e rainhas. Também naquele tempo – e ainda hoje – ser rei ou rainha significava ser o mais alto, belo e perfeito que alguém pudesse conceber. Ninguém chegava aos pés de um rei ou rainha. Por isso o vocativo “Ó”. Por isso, também, o “Salve” reverente, a saudação utilizada na época para os reis.

Nossa Rainha é também “Mãe de Misericórdia”. Isso mesmo, não “da misericórdia”, mas “de misericórdia”, que significa que ela, além de Rainha, é Mãe. Mãe de Jesus, e portanto Mãe de Deus e nossa Mãe. Nela, misticamente, fomos e somos continuamente gerados como Igreja, como filhos de Deus, como irmãos de Jesus Cristo.

Esta Mãe não é, porém, uma mera geratriz. Ela é cheia de misericórdia. Como toda boa mãe, a misericórdia, isto é, o perdão irrestrito, o interesse absoluto por nossas necessidades, a união com nossos corações, o incentivo a recomeçar sempre enchem seu coração sem deixar espaço para nenhuma mesquinhez.

É por isso que ela é “vida, doçura, esperança nossa”. Como dizem São Luis Grignon de Montfort e São Bernardo de Claraval, nas nossas situações mais difíceis e ainda que nada tenhamos para oferecer a Deus, podemos contar com a doçura de Maria, a nos apresentar ao Senhor que, ao ver quem nos apresenta, nem presta atenção às nossas faltas e feiúra tamanha é a perfeição e beleza daquela que nos apresenta e atrai seu olhar. Ela se torna, assim, nossa esperança e nossa vida unida a Cristo neste mundo e no outro. Vida eterna – Porta do Céu; doçura eterna – intercessora; esperança – gerada pela Mãe de Misericórdia, que jamais desiste de nós.

E o clamor dos degredados? É preciso lembrar. Nós, certamente, somos “degradados” pelo pecado que nos degradou e por nossa culpa em praticá-lo. No entanto, na “Salve Ó Rainha”, somos “degredados filhos de Eva”, isto é, enquanto vivermos aqui na terra, estamos em situação de “degredo”: ainda prisioneiros do pecado de Eva e fora da nossa pátria verdadeira que é o céu. Você se lembra quando o rei de Portugal, na época de nossa colonização enviou para cá os degredados? Pois é. Eram os prisioneiros expatriados dos quais Portugal se via livre enviando-os para a colônia além mar. Como estes, nós também estamos sofrendo o degredo. Por isso clamamos – não somente pedimos, mas clamamos, pois, como degredados, estamos em situação dificílima e nada podemos fazer por nós próprios. Clamamos à Rainha a misericórdia da Mãe, para que ela, Nova Eva, nos conduza ao céu.

Do clamor, passamos ao suspiro com gemidos e choro: “a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas”. O suspiro evoca a saudade do céu, o desejo de estar lá. Enquanto estamos aqui na terra, estamos como que em um vale cercado de montanhas e inundado de lágrimas, pois nela somos prisioneiros do pecado e do sofrimento que o pecado provoca. São o sofrimento e o pecado que nos fazem gemer e chorar nossa condição, da qual não temos como sair sem a ajuda de Maria que nos conduz à salvação conquistada por Jesus.

E o “Eia pois”? É português antigo. Hoje, talvez disséssemos: “É por isso”, ou “E então Advogada nossa”. Esta expressão é uma introdução ao que vamos realmente pedir. Até agora, saudamos a Rainha, louvamos suas virtudes e atributos e colocamos diante dela nossa situação de degredo e sofrimento. Neste ponto, dizemos que “por isso”, “diante dessa situação”, nós a constituímos nossa Advogada, isto é, alguém que fala em nosso nome, alguém que nos defende diante de Deus que é misericórdia, mas também justiça. E o que pedimos à nossa Advogada?

Primeiro, que olhe para nós: “Vossos olhos misericordiosos a nós volvei”. Que volte para nós seu rosto, seu olhar cheio de misericórdia. Em segundo lugar, que nos mostre Jesus depois de nosso degredo, de nosso desterro nesta terra, isto é, por ocasião de nossa morte: “e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus”. Em outras palavras, estamos pedindo a Nossa Senhora que olhe para nós com misericórdia e nos leve ao Céu, que nos apresente a Jesus, que não nos deixe sozinhos no juízo, que esteja conosco na hora de nossa morte.

Ao falar de Jesus, que é o grande alvo desta oração tão bela, lembra-se a Maria quem Ele é: o bendito fruto do seu ventre. “mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso ventre”. (Aqui tem gente com mania de dizer “bendito é o fruto”, mas isso é dito na “Ave Maria” e não na “Salve Ó Rainha”.) Qual a mãe que não se derrete ao ouvir o nome do filho, especialmente quando é lembrada de sua gestação e, no caso de Maria, gestação milagrosa e felicíssima?

No final da oração, dizemos a Maria o que esperamos dela: clemência, isso é, misericórdia por ocasião do julgamento. Dizemos também porque esperamos dela esta clemência: porque ela é piedosa – isto é, íntima, amiga de Deus. Voltamos, então ao atributo de doçura, a que já nos havíamos referido antes com relação à apresentação que Maria faz a Deus de nossas necessidades: “ó clemente, ó piedosa, ó doce”.

Por fim, lembramos a Maria que Deus a preservou do pecado em sua alma e manteve a integridade do seu corpo de forma excepcional. Sua virgindade corporal antes, durante e depois do parto é sinal de sua concepção sem pecado: “sempre-virgem Maria”. Nossa Mãe e Rainha, como fez no Magnificat, se agrada de cantar conosco as maravilhas que Deus fez nela.

Que tal rezar agora, em homenagem à Rainha  uma “Salve Ó Rainha” bem rezada, sabendo o que estamos dizendo?

Fonte: Comunidade Shalom

 

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Programa das viagens das Imagens da Virgem Peregrina de Fátima – Ano 2012

Continuam a chegar ao Santuário de Fátima muitos pedidos de envio da Imagem da Virgem Peregrina de Fátima. Para poder responder a tantas solicitações, oriundas de países dos quatro cantos do mundo, o Santuário dispõe atualmente de onze imagens.

Para o ano de 2012, para além de várias visitas a diversas dioceses de Portugal, estão previstas viagens a Espanha, Brasil, Estados Unidos da América e Itália.

A primeira Imagem da Virgem Peregrina de Fátima está entronizada na Basílica do Santuário de Fátima desde no dia 8 de dezembro de 2003. Em 2012 não tem prevista nenhuma saída.

A Imagem nº 2 vai deslocar-se a Espanha, nos dias 29 de janeiro a 5 de fevereiro, para uma visita à Paróquia do Bom Pastor, na Diocese de Orihuela-Alicante. Justifica o pároco, na carta com o pedido, que ouviu falar dos frutos espirituais e das muitas conversões fruto dessas visitas. A visita é uma das medidas para a revitalização da paróquia, no âmbito do Plano Diocesano de Pastoral. Esta mesma imagem desloca-se mais tarde ao Brasil, para uma visita à Paróquia de Nossa Senhora do Rosário / Catedral Diocesana de Santos, durante todo o mês de maio.

A Imagem nº 3, que durante todo o ano de 2010 esteve em peregrinação no Brasil, na Arquidiocese do Rio de Janeiro, vai regressar a este país, para uma visita ao Estado de São Paulo. A visita, a decorrer no mês de maio, é da responsabilidade do Santuário de Nossa Senhora de Fátima do Sumaré e insere-se nos preparativos para a celebração do centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima, no Brasil e em especial em S. Paulo. No mês de outubro, esta imagem vai estar presente num Congresso Mariano Internacional, a realizar na Arquidiocese de Miami, Estados Unidos da América, nos dias 12 a 14 de outubro.

A Imagem nº 4 vai realizar três peregrinações em Itália. A primeira, sob a responsabilidade do Movimento Mariano Mensagem de Fátima, será nos meses de abril a agosto, com passagem por várias dioceses. Mais tarde, esta mesma imagem vai ainda visitar as paróquias de SS. Gervasio e Protasio, Cologne, de 23 a 30 de setembro, e San Lorenzo Martire, Zocco d’Erbusco, de 4 a 14 de outubro, ambas da diocese de Brescia.

A Imagem nº 5 tem prevista uma peregrinação nas Paróquias de S. Bartolomeu dos Galegos, Moledo e Reguengo Grande, do concelho da Lourinhã, diocese de Lisboa, de 27 de abril a 6 de maio. Segue logo a seguir para Itália, para uma visita na Diocese de Ostuni, de 11 de maio a 28 de junho, sob a responsabilidade da Obra de Nossa Senhora de Fátima de Ostuni. A imagem prossegue para a Diocese de Volterrà, também de Itália, para visita ao Santuário de Montignoso, durante todo o mês de julho.

A Imagem nº 6 tem prevista uma deslocação a Itália, para visita à Paróquia de Santa Rosa, na Diocese de Livorno, nos dias 6 a 31 de maio.

A Imagem nº 7 deverá deslocar-se a terras de Alijó e Murça, da diocese de Vila Real, no período de 29 de abril a 27 de maio.

A Imagem nº 8 tem prevista uma ida ao Brasil, para uma peregrinação na Paróquia de Nª Sª de Fátima da Diocese de Uberlândia, de 4 de março a 13 de maio. Esta visita marca o início de um conjunto de comemorações, a terminar no dia 13 de maio de 2014, na celebração do 60º aniversário da fundação da Paróquia.

A Imagem nº 9 tem prevista uma ida a Itália, para visita às Paróquias de San Nicola di Bari e Sant’Anna in Mastrati da diocese de Macchia D’Isernia, no período de 6 a 20 de maio.

A Imagem nº 10 vai também estar em Itália, sob a responsabilidade do Apostolado Mundial de Fátima, nos meses de maio a agosto. Primeiramente vai peregrinar na região da Lombardia, em maio e junho, seguindo para outras regiões, em julho e agosto. Segundo o bispo italiano D. Diego Bona, o itinerário vai ter particular importância na diocese Milão, logo no início de junho, onde decorrerá o VII Congresso Mundial da Família.

 

António Valinho

Santuário Nossa Senhora de Fátima
Fátima – Portugal

 

 

 

Artigos Mensagens Medjugorje

Angelus de Bento XVI – 04 de Setembro de 2011

Angelus
Castel Gandolfo
Domingo,04 de Setembro de 2011

Queridos irmãos e irmãs

As leituras bíblicas da Missa deste domingo converge sobre o tema da caridade fraterna na comunidade de crentes que tem sua origem na comunhão da Trindade. O apóstolo Paulo diz que toda a lei de Deus encontra a sua realização no amor, portanto, em nossas relações com os outros, os Dez Mandamentos e outros preceitos se resume a isto: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo “(Rom 13,8-10). O texto do Evangelho, a partir do capítulo 18 de Mateus, dedicado à vida da comunidade cristã, diz-nos que o amor fraternal também tem um sentido de responsabilidade recíproca, para que, se meu irmão comete uma falta contra mim, Eu exercício da caridade para com ele e, acima de tudo, falar com ele pessoalmente, apontando que o que ele diz ou faz é errado. Essa conduta é chamada correção fraterna: não é uma reação à ofensa sofrida, mas é um gesto de amor para seu irmão. Santo Agostinho diz: “Ele ofendeu-te, e ofender, tornou-se uma ferida profunda: você não tem nenhuma preocupação com a lesão de seu irmão? (…) Portanto, esqueça o insulto que fez de ti, mas não o prejuízo sofrido por seu irmão “(Discurso 82, 7).

E se meu irmão não escuta? No Evangelho de hoje, Jesus conta uma graduação: em primeiro lugar, voltar a falar com duas ou três pessoas para ajudá-los se tornar mais consciente do que ele fez, se ele mesmo assim continua a empurrar essa observação, devemos dizer para a comunidade, e se ele não quer ouvir a comunidade, devemos fazê-lo perceber o que causou a separação, separando-se da comunhão do igreja. Tudo isso indica que há uma responsabilidade partilhada no caminho da vida cristã: todos estão conscientes de seus limites e suas falhas, é esperado para receber a correção fraterna e ajudar os outros com esse serviço específico.

Outro fruto do amor na comunidade é a oração harmoniosa. Jesus diz: “Se dois de vós na terra, unir suas vozes para exigir nada, isso será feito por meu Pai no céu. Apenas dois ou três, estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles “(Mt 18,19-20). Oração pessoal é certamente importante, até essencial, mas o Senhor garante a sua presença na comunidade – mesmo que seja muito pequeno – está unida e unânime porque reflete a realidade do Deus Uno e Trino, comunhão perfeita de o amor. Orígenes diz que “devemos exercer esta sinfonia” (Comentário ao Evangelho de Mateus 14, 1), que quer dizer que a harmonia dentro da comunidade cristã. Temos que exercer tanto a correção fraterna, que requer muita humildade e simplicidade de coração, que a oração, para que ele sobe para Deus em uma verdadeira comunidade unida em Cristo. Pergunte tudo isso através da intercessão da Santíssima Virgem Maria, Mãe da Igreja de São Gregório Magno, papa e doutor, que disse ontem na liturgia.

Depois do Angelus

Após o Angelus, o Papa cumprimentou os peregrinos em vários idiomas. Eis o que ele disse em italiano:

Hoje, o XXV Congresso Eucarístico Nacional abre em Ancona pela Santa Missa presidida pelo meu legado Cardeal Giovanni Battista Re próximo domingo, se Deus quiser, terei a alegria de ir para Ancona dia culminante do Congresso. Agora, dirijo a minha cordial Olá ea minha bênção a todos os que participam neste evento de graça que o Santíssimo Sacramento da Eucaristia, adorar e louvar a Cristo para a vida e esperança para todos os homens e do mundo.

Em seguida, o Papa dirigiu aos peregrinos de língua francesa:

Saúdo cordialmente os peregrinos de língua francesa, especialmente o grupo das Filhas de Maria Auxiliadora. Convido você a se tornar cada vez mais familiarizados com a Palavra de Deus! Chama-nos a amar uns aos outros. E este amor vai viver de uma forma muito concreta na vida diária, isto é, dar mais um tempo para um verdadeiro diálogo, respeito, perdoar, orar juntos e um para o outro. E pode nascer e crescer a fraternidade que Jesus veio estabelecer no seio das famílias, comunidades, países. Confio estes votos à Virgem Maria e os abençôo com todo meu coração.

Em seguida, os peregrinos da Itália, o Papa disse:

Por fim, dirijo uma cordial Olá a italiana peregrinos de língua, especialmente o grande grupo de ACLI – Associação Cristã de Trabalhadores Italianos – Reunião no final de seu estudo sobre o tema do trabalho, 30 anos depois da encíclica Laborem Exercens do Beato João Paulo II. Apreciei, queridos amigos, a sua atenção a este documento, que continua sendo um dos marcos da Doutrina Social da Igreja.

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A carne de Cristo é a carne de Maria

A relação entre a Eucaristia e Maria nos leva a descobrir aspectos da espiritualidade cristã que entram em sintonia com a ação do Espirito Santo que a tornou Mãe de Jesus, verdadeiro homem e verdadeiro Filho de Deus, tornando possível a presença de Cristo na Eucaristia. Hoje, como na comunidade eclesial primitiva, Maria está presente na fração do pão, como está presente no Cenáculo para receber o Espiríto Santo junto com os apóstolos e as outras mulheres com quem andava.

A relação entre a Eucaristia e Maria guarda um dimensão pneumatológica forte, que tem a finalidade de atualizar o mistério que se fez presente no seio de Maria, quando disse seu Sim ao projeto do Pai, e, acreditando na Palavra do seu Senhor, concebeu, isto é, deu de sua carne na formação do corpo de Cristo. Na Eucaristia este evento se atualiza de um modo novo: tornar presente Jesus sob as espécies eucarísticas e transformar-nos Nele. São João Damasceno explica a atuação do Espirito Santo na Eucaristia com estas palavras: Pergunta-me como o pão se converte no corpo de Cristo?… Basta ouvir e acreditar que é pela ação do Espirito Santo do mesmo modo que, graças a Maria e ao mesmo Espírito Santo, o Senhor, por si e em si mesmo, assume a carne humana.

Em cada época histórica, também na nossa, o Espírito Santo incentiva a Igreja a rezar com Maria, para sermos um só coração e uma só alma na partilha do pão eucarístico. Estes momentos são os mais fecundos na história da Igreja. O fundamento teológico dessa atitude eucarística e mariólogica da Igreja nos leva a inspirar-nos na harmonia da revelação e nos conteúdos da fé.

Quando Jesus disse: Este é o Meu corpo (a minha carne), este é o Meu sangue, a Igreja é consciente do eco dessas palavras no coração de Maria, a qual vê Jesus vivente em cada pessoa que participa da Eucaristia. O mesmo corpo nascido de Maria é glorificado e presente  no Sacramento eucarístico. Ave, ó verdadeiro corpo nascido de Maria Virgem! (sec. XIV). Por  sua natureza, a Igreja é eucaristica e mariana. Por isso, a carne de Cristo é carne de Maria!

Autora: Ir. Lina Bolf, teologa da PUC-RJ
Fonte:  Revista de Aparecida – Edição 111 – Junho/2011.

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Medjugorje 30 anos

Há 30 anos (24/06/1981)  Medjugorje era uma desconhecida vila rural no interior da extinta Iugoslávia. As famílias, em sua maioria pobres, trabalhavam em suas plantações de tabaco e uva. As crianças e jovens trabalhavam na lavoura e estudavam. Muitos deixavam a região para buscarem melhores oportunidades em outros países da Europa. Ninguém, jamais, elegeria Medjugorje como destino de uma viagem de férias. As famílias, católicas, carregavam uma história heróica de resistência de seus antepassados. E a geração daquela época, quando tudo começou, vivia oprimida pelo regime comunista.

Em Medjugorje não era costume se falar das aparições de Nossa Senhora em Fátima ou Lourdes ou outra lugar. Tanto assim que vários videntes declaram que não sabiam que existiam aparições de Nossa Senhora.

O inicio das aparições deixou a todos perplexos: os próprios jovens (eles viviam um misto de felicidade e perplexidade), seus pais e familiares, o povo da Vila e redondezas, as autoridades da Igreja local e as autoridades administrativas e policiais da época, a medicina local e outras instâncias de autoridades cientifica.

No começo os próprios videntes tinham alguma dúvida. Vicka, orientada pela avó, levou água benta no terceiro dia, aspergiu a aparição e disse: ‘Se és Nossa Senhora fica..senão vai embora!’ Nossa Senhora apenas sorriu. Nos primeiros dias seus pais procuraram o padre local sem saber o que fazer. Diziam: “Padre, eu não sei o que fazer… meu filho diz que vê Nossa Senhora?” O padre alertava aos jovens que não se devia brincar com coisa tão séria. A polícia os levava para interrogar e para exames médicos psiquiátricos. Médicos e assistentes sociais subiram na colina para presenciar a aparição e sairam de lá perplexos. Todos os exames sempre os declaravam normais. No oitavo dia, fugindo da polícia, bateram na porta da Igreja e pediram proteção ao pároco Padre Jozo Zovko. Ele os levou para dentro e lá Nossa Senhora lhes apareceu e padre Jozo começou a acreditar.

Dia 24 de junho de 1981, quando primeiro se falou que Nossa Senhora tinha aparecido, foi uma quarta feira . No dia 27 Nossa Senhora se apresentou com a Rainha da Paz. No quarto dia, após as aparições dos dias 25, 26 e 27, já se reuniram no domingo, dia 28, aproximadamente quinze mil pessoas de Medjugorje e redondezas para acompanharem o fenômeno. E a partir dali o fluxo de peregrinos nunca mais parou de crescer.

Exatamente 18 meses após o início das aparições, no Natal de 1982, Mirjana numa aparição que durou 45 minutos, foi a primeira vidente a receber o décimo segredo e a deixar de ter aparições diárias. Nossa Senhora lhe prometeu aparecer no dia 18 de maio anualmente. Naquele 25 de dezembro Nossa Senhora também lhe entregou o ‘pergaminho’ onde todos os 10 segredos estão escritos com a data de sua realização. Um pouco mais tarde , orientada por Nossa Senhora, Mirjana escolhe um sacerdote que terá a missão de revelar os segredos 3 dias antes de eles acontecerem. Ela, que tinha a liberdade de escolher a qualquer sacerdote, escolhe o Padre franciscano Pedro Ljubicic. A escolha é aprovada por Nossa Senhora.

A notícia das aparições já se espalhara pelo mundo. Em 1983 o Governo da Iugoslávia autorizou peregrinações e multidões começam a afluir para Medjugorje. Também em 1983 e 1984 duas universidades da Itália e da França fazem uma profunda investigação científica médico-teológica sob a direção do Dr Henry Joieux (França), Dr Luigi Frigério (Itália) e do grande teólogo, especialista em aparições marianas, René Laurentin.sobre os videntes e as aparições. As comissões cientificas declaram a idoneidade dos videntes, a sua perfeita sanidade mental e a identificação positiva daqueles fenômenos, sob a ótica da teologia, com aquilo que a teologia mística conhece a respeito do assunto.

Apesar disso, o bispo da Diocese de Mostar, Dom Pavao Zanic, a qual pertence a paróquia de Medjugorje declara serem falsas as aparições. A Congregação para a Doutrina da Fé presidida pelo cardeal Joseph Ratzinger, futuro Papa Bento XVI, não acata esta opinião e transfere para a Conferência Episcopal da Iugoslávia a responsabilidade das investigações.

Em março de 1984 Nossa Senhora começa a dar as mensagens todas as quintas feiras através da vidente Marija Pavlovic para a Paróquia de Medjugorje e conseqüentemente para o mundo .

Em maio de 1985 Ivanka Ivankovic recebe o décimo segredo e deixa de ter as aparições diárias passando a tê-las em 25 de junho anualmente.

Em 1986, Ivanka, com 19 anos de idade, casa-se com Rajko Elez.

Em janeiro de 1987 Nossa Senhora passa a dar as mensagens através de Marija Pavlovic, não mais todas as quintas feiras, mas uma vez por mês nos dias 25 do mês e estas permanecem até a atualidade.

Em agosto deste mesmo ano iniciam-se as aparições mensais para Mirjana Soldo todos os dias 2 de cada mês, quando Nossa Senhora vem para rezar com ela pelos incrédulos que, segundo Nossa Senhora, são os responsáveis pelos males que acontecem no mundo. Nossa Senhora sempre se refere a estas pessoas como aqueles que ainda não conhecem o amor de Deus.

Em 1989 Padre Slavko Barbaric reune em torno de 100 jovens de 5 países diferentes que queriam aprofundar o entendimento e a vivência da mensagem de Medjugorje e realiza o primeiro Festival da Juventude com canções, orações e testemunhos. A partir desta data, todos os anos, acontece em Medjugorje o Festival da Juventude com número crescente de jovens de muitos países diferentes.

Em 1989 ocorre a queda do comunismo levando à desintegração da União das Repúblicas Socialistas Sovieticas (URSS).. Estremece-se a frágil unidade da Federação Iugoslava mantida desde o final da Segunda Guerra pela liderança do general Tito, que morrera em 1980, e pelo domínio imperialista da União Soviética.

Em setembro de 1989 Mirjana Dragicevic, com 24 anos, casa-se com Marko Soldo.

Em abril de 1991 a Comissão Teológica definida pela Igreja como responsável por Medjugorje aceitou oficialmente Medjugorje como um lugar de oração e de adoração. E deu a autorização para peregrinações particulares.

Dez anos exatamente após o início das aparições, em 25 de junho de 1991, a Croácia e a Eslovênia declaram a sua independência da Iugoslávia iniciando o processo de desintegração daquele país. Em 1992 inicia-se a guerra da Bósnia que segue até 1995 causando a morte de mais de 200 mil pessoas e a dissolução definitiva da Federação da Iugoslávia com a formação de seis novos países entre eles a Bósnia-Herzegovina onde fica Medjugorje.

Medjugorje não é diretamente atingida pela guerra, mas permanece como um oásis de paz em meio ao conflito.

Jakov, com 22 anos, Casou-se no Domingo de Páscoa de 1993 na Igreja de São Tiago em Medjugorje com Anna Lisa Barozzi uma jovem italiana

Em setembro de 1993 Marija Pavlovic, com 28 anos, casa-se com Paulo Lunetti

Em 1994, com 29 anos, Ivan Dragicevic casou-se com a jovem americana Laureen Murphy.

Em agosto de 1996 Doutor Navarro Valls, o Porta-Voz da Santa Sé, apresentou de forma explicita a posição de Roma: “Não se pode proibir as pessoas de irem lá a menos que se prove serem falsas as aparições. Isto não aconteceu até o momento; então ninguém pode dizer para as pessoas não irem lá se elas assim o desejarem. Quando os fiéis católicos vão a algum lugar eles têm direito aos cuidados espirituais. Assim, a Igreja não proíbe que sacerdotes acompanhem peregrinações a Medjugorje na Bósnia-Herzegovina” .

No dia 11 de setembro de 1998 Nossa Senhora comunica a Jakov Colo que no dia seguinte a ele seria revelado o décimo segredo .Jakov estava em viagem aos Estados Unidos da América. No dia seguinte, Nossa Senhora lhe aparece, revela o décimo segredo e comunica que a partir daquele dia ela lhe apareceria uma vez por ano pelo Natal e não mais diariamente. Exatamente três anos depois da última aparição regular a Jakov, nos Estados Unidos, acontecem os atentados às torres gêmeas e ao Pentágono em 11 de setembro de 2001.

Entre abril e dezembro de 1998 dois novos estudos científicos psicofisiológicos e psicodiagnósticos foram realizados nos videntes a pedido das autoridades eclesiásticas responsáveis imediatas pela paróquia de São Tiago (Medjugorje). O objetivo era de comparar os fenômenos em 1998 com aqueles encontrados nos estudos franceses e italianos anteriores de 1983-1984. Participaram destes estudos o Instituto de Ciências de Fenômenos Páranormais – (Innsbruck -Áustria), o Centro de Estudos e Investigações Psicofisiológicas dos Estados de Consciência (Milão – Itália), a Escola Européia de Psicoterapia e Hipnose (Milão- Itália) e o Centro de Parapsicologia (Bolonha – Itália). Destes estudos se declarou que durante os últimos 17 anos (os exames foram realizados em 1998) a contar do início de suas experiências relacionadas com as aparições estas pessoas não manifestaram nem manifestam nenhum sintoma patológico como perturbações de transe, perturbações dissociativas e perturbações de perda do sentido da realidade. Que, de fato, estas pessoas manifestaram sintomas vinculados a reações de stress que são justificados, pois surgem devido a uma grande estimulação exógena e endógena como conseqüência de sua vida cotidiana. De suas conversas pessoais se descobre que o estado inicial de consciência e o estado posteriormente transformado surge devido às experiências incomuns que eles mesmos têm reconhecido e definido como visões/aparições da Virgem Maria.

Em novembro do ano 2000 morre padre Slavko Barbaric que estava em Medjugorje desde 1982 e que foi diretor espiritual dos videntes. Padre Slavko, que falava cinco linguas, esteve no Brasil em janeiro do ano de 1989. Ele morreu no monte Krizevac. numa sexta-feira após a realização da Via-sacra com os peregrinos. Numa aparição do dia seguinte Nossa Senhora revela que ele está junto com ela no Céu intercedendo por todos.

Em janeiro de 2002, com 37 anos, Vicka casa-se com Mario Mijatovick na Igreja de Medjugorje.

Em 2005 foram realizados novos exames neurológicos que revelaram que durante as aparições, estando os videntes com os olhos abertos, seus cérebros mantêm-se em ritmo alfa, isto é, em profundo relaxamento.

A Festa dos 25 anos das aparições, em 2006, atraiu a Medjugorje em torno de duzentas mil pessoas vindas de 47 países .

O 18º Festival da Juventude, em agosto de 2007, novamente atraiu milhares de jovens à Medjugorje

Em 2008, Dom Dominique Mamberti, o Secretário da Santa Sé para as Relações com os Estados (Ministro de Relações Exteriores) esteve em visita oficial à Bósnia-Herzegovina de 26 a 29 de abril . Num encontro de uma hora, Dom Mamberti transmitiu as saudações do Papa Bento XVI a todos os franciscanos daquela Província e reafirmou a inestimável importância do papel dos religiosos na Igreja local e em todo o mundo.

Medjugorje hoje

Os videntes estão todos casados e com filhos e os três que não receberam os dez segredos, mas apenas nove, continuam tendo aparições diariamente. Todos eles de forma muito consciente continuam dedicando suas vidas à missão a eles confiada pela Rainha da Paz.

A vidente Vicka nasceu em 03.09.1964, casada com Mario Mijatovic tem dois filhos Maria e Antônio.Vive em Krehin Grac, próximo a Medjugorje e continua atendendo aos peregrinos. Nossa Senhora lhe aparece diariamente.

A vidente Marija é filha de modestos agricultores. Nasceu em 01.04.1965. É casada com Paolo Lunetti com quem têm quatro filhos: Michele Maria, Francesco Maria, Marco Maria e Giovanni Maria. Vive com a família na Itália na cidade de Monza e vem com freqüência à Medjugorje. Desde 1984, por meio dela, a Virgem Maria dá uma mensagem para a Paróquia de Medjugorje que é rapidamente distribuída pelo mundo inteiro em dezenas de línguas. Inicialmente a mensagem era semanal, e a partir de 1987 passou a ser mensal em todos os dias 25. Nossa Senhora lhe aparece diariamente.

O vidente Ivan nasceu em 25.05.1965. É casado com Laureen Murphy. Eles tem 3 filhos: Cristina Maria , Mihayla e Daniel. Moram a maior parte do ano nos Estados Unidos e outra parte em Medjugorje. Além disso, nos últimos 10 anos Ivan tem viajado pelo mundo levando a mensagem de Nossa Senhora para o maior número de pessoas. Em Hong Kong (China), Japão, Coréia, Austrália, Filipinas, Nova Zelândia, por toda a Europa e pelos Estados Unidos ele tem se encontrado com presidentes, familiais reais, embaixadores, políticos, personalidades do esporte, do cinema e também com as pessoas mais pobres que não podem ir à Medjugorje. Ivan vai aonde é convidado. Ele também realiza encontros de oração em sua casa onde recebe e acolhe os participantes. Nossa Senhora lhe aparece diariamente. Ivan certa vez revelou que “Há um motivo para eu estar vivendo nos Estados Unidos e para Marija estar vivendo na Itália”

Os outros três videntes que já receberam os dez segredos são:

Mirjana – Nasceu em 18.03.1965. Está casada com Marko Soldo desde 16 de setembro de 1989 e tem duas filhas: Maria e Verônica. Vive com sua família em Medjugorje. Tem aparições anuais desde 1983 em 18 de março e aparições mensais a cada dia 02 desde 1987 quando juntamente com Nossa Senhora elas rezam pelos incrédulos, isto é, por aqueles que ainda não conhecem o amor de Deus.

Ivanka – Nasceu em 21.06.1966. Está casada com Rajko Elez desde 1986 e têm três filhos: Cristina, José e Ivan. Vive com a família em Medjugorje. É a que menos aparece em público. Ela diz simplesmente que ‘nós devemos rezar mais e vivermos as mensagens de Medjugorje’. Tem aparições anuais de Nossa Senhora em 25 de junho.

Jakov – Nasceu em 06.03.1971. É casado com Anna Lisa Barozzi. O casal tem três filhos: Arianna Maria, David e Miriam. Vive com a família em Medjugorje e se dedica a atender aos peregrinos.Recebeu o décimo segredo em 12 de setembro de 1998 e tem aparições anuais de Nossa Senhora em 25 de dezembro.

 

Mirjana e Jakov já receberam os dez segredos

Medjugorje se consolida cada vez mais como um grande Santuário Mariano com número crescente de peregrinos que desde o começo até hoje ultrapassam os 30 milhões. Mensalmente milhares de pessoas se reúnem para a aparição do dia 02 de cada mês à Mirjana. E milhões acompanham as mensagens do dia 25 do mês à Marija Pavlovic Lunetti.

O Festival da Juventude atrai milhares de peregrinos a Medjugorje. A ciência já fez os estudos mais importantes. A internet se tornou uma fonte importante de rápida divulgação. Milhares de Grupos de Oração seguem as mensagens de Medjugorje, Comunidades religiosas têm sido formadas para seguirem de forma mais radical às orientações de Nossa Senhora. A Igreja acompanha de forma tranqüila e atenta o desenrolar dos acontecimentos.
O que está ainda por acontecer

Neste local Nossa Senhora apareceu pela primeira vez e aqui se realizará o terceiro segredo  o sinal visível, permanente e indestrutível

Para o futuro o que aparentemente todos esperam com mais expectativa é a realização dos 10 segredos. Porém, para aqueles que têm fé, na verdade, não deve ser assim.Para os que tem fé a maior preocupação deverá sempre ser a de procurar viverem bem o dia de hoje diante de Deus. A vidente Marija quando perguntada se não se preocupava, se não tinha temor devido aos segredos ela respondeu que “quem confia em Deus não tem o que temer, e que se ela tivesse medo não teria se casado e não teria tido quatro filhos”.

Porém, é fato que os segredos aparecem como uma profecia para um futuro muito próximo e, embora não saibamos as datas, elas podem ser parcialmente presumidas por estarem vinculadas ao tempo de vida dos protagonistas destas aparições.

Baseando-nos no que já sabemos o padre Pedro tem 62 anos e é ele que, tendo sido escolhido por Mirjana e aprovado por Nossa Senhora vai revelar os segredos. Jakov o vidente mais jovem tinha 10 anos quando as aparições começaram e agora está com 37. Ivanka que tinha 16 agora tem 42. Se somarmos um tempo igual aquele que já passou encontraremos Jakov com 64 anos e Ivanka com 69. E o padre Pedro…62 + 27 = 89. Podemos, assim, pensar razoavelmente que se considerarmos o tempo total destas aparições que já passamos da metade do tempo.

Como já revelamos anteriormente a guerra da Croácia, começou em 25 de junho de 1991, exatamente 10 anos após o inicio das aparições em 25 de junho de 1981. Jakov teve a sua última aparição diária regular em 11 de setembro de 1998, exatamente 3 anos antes dos atentados de 11 de setembro de 2001 e ele estava nos Estados Unidos da América. Isso nos faz supor que as datas das últimas aparições aos videntes, ou mesmo as datas das aparições, têm associadas a si há possibilidade de algum evento futuro. Mirjana mesmo já disse: “As pessoas pensam que Nossa Senhora vem a mim em 18 de março por ser a data do meu aniversário. Com certeza ela não vem naquela data por ser o meu aniversário. Ela nunca me disse “feliz aniversário” Quando tudo começar a acontecer vocês saberão porque o dia 18 de março, porque cada dia 2 do mês e porque quartas e sextas-feiras são dias de jejum. Então tudo ficará claro”.

Antes da revelação dos segredos faltam ainda três videntes receberem o décimo segredo. Mirjana recebeu o décimo segredo apenas 18 meses após o inicio das aparições no dia de Natal de 1982. Quatro anos após o inicio, em 1985, foi a vez de Ivanka receber o décimo segredo. Jakov foi receber o décimo segredo 17 anos após a primeira aparição. Agora já são quase 10 anos sem que a nenhum dos videntes o décimo segredo seja revelado.

Os que ainda não receberam são: Ivan que mora nos Estados Unidos, Marija que mora na Itália e Vicka que mora em Medjugorje. A declaração de Ivan de que há uma razão especial porque ele mora nos Estados Unidos e que Marija mora na Itália por um motivo especial pode ser presumida por algumas razões. Marija, em uma entrevista, foi referida como tendo um especial amor e preocupação pelo Santo Padre e este seria um motivo razoável para ela morar na Itália. Significaria um sinal de maior proximidade de Nossa Senhora ao Papa. Os Estados Unidos, a maior potência bélica mundial também pode ser motivo de preocupação. Ou o fato de estar morando nos Estados Unidos associa uma maior visibilidade ao vidente Ivan que viaja por diversos países do mundo levando a mensagem de Nossa Senhora de Medjugorje para personalidades importantes da História das mais diversas áreas de atuação humana.

Ainda aguardamos que Vicka, autorizada por Nossa Senhora, libere para que seja publicada e se torne conhecida a história da vida da Virgem Maria que a própria Mãe do Senhor narrou à vidente. Na entrevista ao padre Livio, Vicka revelou que um dos videntes continuará tendo aparições diárias durante a revelação dos segredos.

Muitas pessoas ficam numa posição de rejeição às aparições declarando que “a Igreja ainda não aprovou…” A Igreja tem se manifestado a respeito de Medjugorje, pois não é apenas pelas declarações que ela se manifesta, mas também uma não proibição depois de 27 anos não deixa de ser um testemunho a favor. A presença de bispos, milhares de sacerdotes, milhões de leigos, a aprovação particular de João Paulo II, as tomadas de posição de Bento XVI favoráveis à Medjugorje quando bispos locais se mostravam dispostos a reprimir os fatos , a recente visita de Dom Dominique Mamberti, o Secretário da Santa Sé para as Relações com os Estados  O relacionamento fraterno com os franciscanos da Bósnia-Herzegovina…em tudo isto a Igreja está falando. Depois, a menos que no caso particular de Medjugorje a Igreja mude a sua prática habitual de esperar o final dos acontecimentos para se declarar, ninguém vai nunca chegar a ouvir uma declaração oficial, pois, as aparições sendo verdadeiras evoluirão com a revelação dos segredos e não terão terminado antes que todos sejam revelados e sabemos que alguns dos segredos são acontecimentos catastróficos.

Além disso, Nossa Senhora disse que “ninguém deverá ficar esperando pelos segredos para crer, pois, então, já poderá ser muito tarde”.

Se a Igreja fosse contra por que não proibiria ao padre Pedro Ljubicic de fazer declarações públicas tão sérias como são as declarações sobre os segredos e a revelação dos mesmos?

Na primeira declaração oficial da Comissão Científico-Teológica Ítalo-Francesa que estudou os videntes de Medjugorje em 1984-1985, a Comissão tendo já antes reconhecido a idoneidade dos videntes e a natureza sobrenatural dos fenômenos (já que não pode ser explicado pela ciência) sugeriu que seria bom que a Igreja reconhecesse a natureza extraordinária dos mesmos. Foi feita a seguinte declaração oficial pela Comissão: “Como conseqüência se pode concluir que depois de um exame mais profundo dos protagonistas dos fatos e de seus efeitos não somente em nível local, mas também a respeito de uma resposta da Igreja a nível geral seria bom para a Igreja reconhecer a origem sobrenatural e por meio deste reconhecimento confirmar o propósito dos eventos de Medjugorje”

Nota: Até o presente momento o Vaticano, não se pronunciou oficialmente sobre as aparições de Medjgorje, recentemente no ano de 2010, o Papa mandou formar uma comissão para levar adiante as investigações sobre os fatos. Os trabalhos se realizará sob rigoroso sigilo. As conclusões serão apresentadas às instâncias da Congregação para a Doutrina da Fé.  Mas também o Vaticano não proibiu as peregrinações ao Santuário, por ver nele, grande concentração de conversões e curas e a pratica constante e permanente da oração,  penitência e milhares de comunhões Eucarísticas!

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Santuário de Aparecida, 80 anos!

Dia 31/05/2011 exatos 80 anos, o Brasil aclamava a Virgem de Aparecida como sua Padroeira.

Logo após a realização do Congresso Mariano de 1929, por empenho do então arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Sebastião Leme, e do reitor do Santuário na época, padre Antão Jorge Hechenblaickner, os bispos presentes no Congresso pediram e obtiveram do Papa Pio X, a graça de Nossa Senhora Aparecida ser declarada Padroeira do Brasil.

O decreto foi assinado pelo papa no dia 16 de julho daquele ano e a proclamação oficial se deu no Rio de Janeiro, então Capital Federal, no dia 31 de maio de 1931.

Dom Leme conseguiu de Dom Duarte e do Cabido Metropolitano da Sé de São Paulo a licença, que a principio lhe foi negada, para levar à capital da República a Imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Missionário Redentorista, padre Júlio Brustoloni descreve em seu livro ‘História de Nossa Senhora Aparecida: A Imagem, o Santuário e as Romarias’ que naquele ano, a Imagem foi conduzida, saindo de Aparecida no dia 30 de maio para o Rio de Janeiro.

“A Imagem deixou seu nicho e foi conduzida pelo povo de Aparecida até a Estação local. Preces, lágrimas e emoção acompanhavam essa peregrinação histórica”, descreve padre Júlio no livro.

A publicação ainda relata que cerca de um milhão de pessoas foram prestar suas homenagens à Padroeira naquele dia 31. De manhã, o ponto alto foi a Missa Campal celebrada diante da Igreja de São Francisco de Paula, onde a multidão cantou e rezou participando da eucaristia.

Mais tarde, uma procissão conduziu a Imagem para a Praça da Esplanada do Castelo. Junto do altar da Padroeira, encontrava-se o então presidente da república, Getúlio Vargas, Ministros de Estado, autoridades civis, militares e eclesiásticas. O Núncio Apostólico, Dom Aloísio Masella também esperava pela Virgem de Aparecida junto ao povo.

Notícias de jornais da época relatam que a imensa multidão repetiu com entusiasmo as palavras da consagração da nação e do povo a Nossa Senhora, proferidas por Dom Leme.

 

Era o Brasil que se consagrava à sua Senhora e Mãe:

 

“Senhora Aparecida, o Brasil é vosso!
Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente.
Paz ao nosso povo! Salvação para a nossa Pátria!
Senhora Aparecida, o Brasil vos ama,
O Brasil, em vós confia!
Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama,
Salve Rainha!”

Após os atos de consagração e prece, Dom Duarte levou a Imagem para o carro-capela, estacionado na Estação Dom Pedro II com destino à Aparecida.

Na época, o Superior Vice-Provincial, padre José Francisco Wand escreveu no livro de ponto da paróquia que é absolutamente certo que o dia 31 de maio de 1931 seria sempre um dos mais memoráveis na história eclesiástica da Terra de Santa Cruz.

“Este dia significa para Aparecida o desenvolvimento grandioso das romarias”, afirmava a mensagem.

Ainda nos dias de hoje, o Santuário Nacional de Aparecida, local onde se encontra a Imagem da Padroeira do Brasil, aos cuidados dos Missionários Redentoristas acolhe centenas de romarias vindas de todas as partes do país.

Em 2010, o maior Santuário Mariano do mundo recebeu mais de 10 milhões de peregrinos.

Reveja algumas das imagens da proclamação de Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil exibidas durante a ‘Missa de Aparecida’.

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Fonte: Santuário Nacional de Aparecida

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DO SANTUÁRIO FAMILIAR AO SANTUÁRIO DA MÃE APARECIDA

Começa a se tornar tradição, este já é o terceiro ano, que nossas famílias são convocadas pelos Bispos no Brasil a se porem a caminho em peregrinação até o Santuário Nacional de Aparecida. Esse tem sido um momento singular, quando ação de graças e súplicas se unem na certeza da grande missão que compete hoje a toda família: ser sinal para o mundo de que é o desejo mesmo de Deus que tenhamos nossas famílias como igrejas domésticas, lugar onde recebemos os mais elementares fundamentos da nossa fé.

A peregrinação é quando nós nos reconhecemos como “povo de Deus a caminho: aí o cristão celebra a alegria de se sentir imerso em meio a tantos irmãos, caminhando juntos para Deus, que os espera. O próprio Cristo se faz peregrino e caminha ressuscitado entre os pobres. A decisão de caminhar em direção ao Santuário já é uma confissão de fé, o caminhar é um verdadeiro canto de esperança e a chegada é um encontro de amor. O olhar do peregrino se deposita sobre uma imagem que simboliza a ternura e a proximidade de Deus. O amor se detém, contempla o mistério, desfruta dele em silêncio” (DAp 259).

Realmente é um final de semana Mariano: aqui no Rio de Janeiro, a inauguração da réplica da Capela das Aparições de Fátima e a Celebração da Festa Solene de Nossa Senhora da Penha – unidos na peregrinação – e Simpósio sobre a Família no Santuário Nacional. São os católicos que manifestam suas convicções e seus ideais, como cidadãos livres deste país.

“Como na família humana, a Igreja-família é gerada ao redor de uma mãe, que confere “alma” e ternura à convivência familiar. Maria, mãe da Igreja, além de modelo e paradigma da humanidade, é artífice de comunhão. Um dos eventos fundamentais da Igreja é quando o “sim” brotou de Maria. Ela atrai multidões à comunhão com Jesus e sua Igreja, como experimentamos muitas vezes nos Santuários Marianos. Por isso, como a Virgem Maria, a Igreja é mãe”. (DAp 268)

O Beato João Paulo II, em sua exortação apostólica sobre a família recorda que ela é o Santuário Doméstico da Igreja. Esse santuário agora vai, como peregrino, ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. O tema que norteia esse final de semana é: “Família, Pessoa e Sociedade”. O Papa recordava, e é tão atual a sua admoestação: “Neste momento histórico em que a família é alvo de numerosas forças que procuram destruí-la ou de qualquer modo deformá-la, a Igreja, sabedora de que o bem da sociedade e de si mesma está profundamente ligado ao bem da família, sente de modo mais vivo e veemente a sua missão de proclamar a todos o desígnio de Deus sobre o matrimônio e sobre a família, para lhes assegurar a plena vitalidade e promoção humana e cristã, contribuindo assim para a renovação da sociedade e do próprio Povo de Deus”.

A célula fundamental de toda sociedade é chamada a viver o seu mistério que, de uma instituição natural, vem elevada por Nosso Senhor Jesus Cristo à dignidade de sacramento, em um mundo que questiona as verdades e, entretanto, tacitamente admite que a única verdade, em pura contradição, é que não existe verdade. A verdade existe sim. Ele, o Cristo, é o caminho, a verdade e a vida: “A Igreja, iluminada pela fé, que lhe faz conhecer toda a verdade sobre o precioso bem do matrimônio e da família e sobre os seus significados mais profundos, sente mais uma vez a urgência em anunciar o Evangelho, isto é, a “Boa Nova” a todos indistintamente, em particular a todos aqueles que são chamados ao matrimônio e para ele se preparam, a todos os esposos e pais do mundo. Ela está profundamente convencida de que só com o acolhimento do Evangelho encontra realização plena toda a esperança que o homem põe legitimamente no matrimônio e na família.

É necessário gritar isso mais ainda nestes tempos e testemunhar a nossa busca de corresponder aos desígnios de Deus sobre nós buscando uma vida de sincera conversão e comunhão com o Senhor. A nossa vida escondida com Cristo em Deus é que realmente nos torna verdadeiramente felizes. O nosso coração tem sede de infinito e só o encontra em Cristo Jesus.

Como peregrinos, nossas família irão à Casa da Mãe Aparecida; Ela, que com ternura viveu a experiência de ser família em Nazaré, juntamente com José e Jesus intercede para que nossas famílias redescubram a sua vocação de geradora e educadora da vida.

Recorda-nos ainda o Papa bem aventurado que “não raramente ao homem e à mulher de hoje, em sincera e profunda procura de uma resposta aos graves e diários problemas da sua vida matrimonial e familiar, são oferecidas visões e propostas mesmo sedutoras, mas que comprometem em medida diversa a verdade e a dignidade da pessoa humana. É uma oferta frequentemente sustentada pela potente e capilar organização dos meios de comunicação social, que põem sutilmente em perigo a liberdade e a capacidade de julgar com objetividade. Muitos, já cientes desse perigo em que se encontra a pessoa humana, empenham-se pela verdade. A Igreja, com o seu discernimento evangélico, une-se a esses, oferecendo-lhes o seu serviço em prol da verdade, da liberdade e da dignidade de cada homem e de cada mulher”.

Eis o belo momento de manifestar ao mundo a beleza da família e o nosso carinho para com a nossa sociedade, preocupados com a vida e a saúde de nosso tecido social. O simpósio e a peregrinação anual das famílias, em boa hora começam a se firmar, já no seu terceiro ano, como um belo e importante momento dentro deste mês Mariano e de nossa Igreja de peregrinos que aqui nas Terras de Santa Cruz caminhamos e fazemos história.

Que o santuário doméstico da Igreja viva com profunda intensidade esse momento de peregrinação ao Santuário Nacional, pondo-se sob a proteção da Mãe de Deus e nossa.

Que a Senhora Aparecida abençoe nossas famílias, amém!

† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Fonte: Rádio Vaticano

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Ser Católicos significa ser Mariano, afirma Papa

Ao receber os membros da sua congregação mariana de Ratisbona

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 31 de maio de 2011  – Bento XVI afirmou que o catolicismo implica em uma atitude mariana, ao receber no Vaticano, no sábado passado, uma delegação da congregação mariana Mariä Verkündung (Maria Anunciada) de Ratisbona (Alemanha).

“A catolicidade não pode existir sem uma atitude mariana”, afirmou, recordando que “ser católicos quer dizer ser marianos, que isso significa o amor pela Mãe, que na Mãe e pela Mãe encontramos o Senhor”.

O Papa disse que “Maria é a grande crente” que indica a todos “o caminho da fé, a coragem de confiar-nos a esse Deus que se dá em nossas mãos, a alegria de ser testemunhas; e depois, sua determinação de permanecer firme quando todos fogem, a coragem de estar do lado do Senhor quando tudo parecia perdido, e fazer seu o testemunho que conduziu à Páscoa”.

Também expressou sua alegria pelo fato de que “ainda hoje há homens que, junto a Maria, amam o Senhor; que, através de Maria, aprendem a conhecer e a amar o Senhor e, como Ela, dão testemunho do Senhor nas horas difíceis e nas felizes; que estão com Ele aos pés da cruz e que continuam vivendo alegremente a Páscoa junto d’Ele”.

Falando da sua própria experiência no Vaticano, disse que, “por meio das visitas ad limina dos bispos, experimento constantemente como as pessoas – sobretudo na América Latina, mas também nos demais continentes – podem confiar-se à Mãe, podem amar a Mãe e, através da Mãe, depois aprendem a conhecer, a compreender e a amar a Cristo”.

Também confessou que experimenta “como a Mãe continua confiando o mundo ao Senhor”.

Os membros da congregação mariana Maria Anunciada viajaram até o Vaticano para comemorar com o Papa o 70º aniversário do seu ingresso nesta congregação.

Sobre este fato, Bento XVI, expressando sua gratidão e alegria, afirmou que “a admissão na congregação mariana visa ao futuro e não é simplesmente um fato passado. (…) É por isso que, 70 anos depois, esta é uma data do ‘hoje’, uma data que indica o caminho rumo ao ‘amanhã’”.

Daquele momento histórico, recordou que “eram tempos escuros, havia guerra” e que, pouco depois de ser admitido na congregação, esta foi dispersada, mas reconheceu que “permaneceu como ‘data interior’ da vida”.

Bento XVI também fez uma breve referência à mariologia que se ensinava nas universidades alemãs depois da guerra, indicando que “era um pouco austera e sóbria”; e acrescentou que acredita que hoje “não tenha mudado muito, nem melhorado”.

Finalmente, agradeceu pelo testemunho dos homens que, pertencendo a uma congregação mariana – “caminho aberto pelos jesuítas no século XVI” -, “continuam demonstrando que a fé não pertence ao passado, mas se abre sempre a um ‘hoje’ e sobretudo a um ‘amanhã’”.

Fonte: (ZENIT.org)