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A relação entre a Eucaristia e Maria nos leva a descobrir aspectos da espiritualidade cristã que entram em sintonia com a ação do Espirito Santo que a tornou Mãe de Jesus, verdadeiro homem e verdadeiro Filho de Deus, tornando possível a presença de Cristo na Eucaristia. Hoje, como na comunidade eclesial primitiva, Maria está presente na fração do pão, como está presente no Cenáculo para receber o Espiríto Santo junto com os apóstolos e as outras mulheres com quem andava.

A relação entre a Eucaristia e Maria guarda um dimensão pneumatológica forte, que tem a finalidade de atualizar o mistério que se fez presente no seio de Maria, quando disse seu Sim ao projeto do Pai, e, acreditando na Palavra do seu Senhor, concebeu, isto é, deu de sua carne na formação do corpo de Cristo. Na Eucaristia este evento se atualiza de um modo novo: tornar presente Jesus sob as espécies eucarísticas e transformar-nos Nele. São João Damasceno explica a atuação do Espirito Santo na Eucaristia com estas palavras: Pergunta-me como o pão se converte no corpo de Cristo?… Basta ouvir e acreditar que é pela ação do Espirito Santo do mesmo modo que, graças a Maria e ao mesmo Espírito Santo, o Senhor, por si e em si mesmo, assume a carne humana.

Em cada época histórica, também na nossa, o Espírito Santo incentiva a Igreja a rezar com Maria, para sermos um só coração e uma só alma na partilha do pão eucarístico. Estes momentos são os mais fecundos na história da Igreja. O fundamento teológico dessa atitude eucarística e mariólogica da Igreja nos leva a inspirar-nos na harmonia da revelação e nos conteúdos da fé.

Quando Jesus disse: Este é o Meu corpo (a minha carne), este é o Meu sangue, a Igreja é consciente do eco dessas palavras no coração de Maria, a qual vê Jesus vivente em cada pessoa que participa da Eucaristia. O mesmo corpo nascido de Maria é glorificado e presente  no Sacramento eucarístico. Ave, ó verdadeiro corpo nascido de Maria Virgem! (sec. XIV). Por  sua natureza, a Igreja é eucaristica e mariana. Por isso, a carne de Cristo é carne de Maria!

Autora: Ir. Lina Bolf, teologa da PUC-RJ
Fonte:  Revista de Aparecida – Edição 111 – Junho/2011.

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