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 O que vem a significar o título de “bem-aventurada”? Significa ser uma pessoa feliz, cumulada de bênção. Essa afirmação, feita por Isabel, foi, na verdade, uma moção do próprio Espírito Santo. A Palavra de Deus nos diz que, naqueles dias, Nossa Senhora se levantou e foi às pressas à casa de sua parenta Isabel, sabendo que ela estava no sexto mês de gestação, parte para ajudá-la nos serviços domésticos. A rainha que se coloca na posição de serviçal.

No Antigo Testamento (cf. Gen. 3,15) a Palavra já anunciava uma mulher especial: “Porei ódio entre ti e a mulher” (cf. Gen. 3, 15). Maria é a mulher prometida, aquela que traria o Emanuel, o Deus conosco, desde o Antigo Testamento já era anunciada como aquela que seria a bem-aventurada.

Está na Bíblia e os exegetas são unânimes em afirmar que, desde o Antigo Testamento, Deus já havia decretado a derrota do mal, a derrota de satanás. Para a Sagrada Escritura a Santíssima Virgem Maria é a mulher prometida. Maria é a mesma mulher, mencionada em João, 2, que antecipa a hora de Deus. Ela é a intercessora por excelência. Ao pé da cruz ela assume a maternidade do discípulo fiel. No livro de Apocalipse, Ela é a mulher revestida de sol, isto é, aquela que foi elevada ao mais alto grau de honra possível.

Satanás odeia esta mulher, pois ele sabe que ela pisará a sua cabeça. Toda rejeição a Nossa Senhora vem do demônio. Infelizmente, o maligno conseguiu entrar no coração de pessoas que amam a Jesus, mas têm uma verdadeira aversão à Mãe do Salvador.

É impossível para uma mulher gerar e continuar virgem, mas não o é para Deus. No livro de Jó, 14 1-4 , está escrito que o homem nascido da mulher vive pouco tempo e cheio de muitas misérias. E pergunta: quem faria sair o puro do impuro? Jesus, sendo Santo, só poderia ter sido gerado num ventre santo. Quem poderia tirar o puro do impuro? Essa afirmação foi proclamada 6 séculos antes da vinda do Salvador.

É falta de coerência afirmar que a Virgem Maria morreu e não está no céu porque é uma pecadora. Desse modo, essas pessoas que afirmam tal coisa querem ser maior es que o próprio arcanjo Gabriel, que a proclama como a bem-aventurada (cf. Lc, 1, 46-47). Algumas pessoas ficam apenas na superfície da Palavra. Pensam que porque Maria chamou Jesus de “meu Salvador”, logo subtendem equivocadamente que ela, então, era uma pecadora e, logo, estaria privada da glória de Deus. Essas pessoas acreditam que Nossa Senhora morrreu e está esperando a segunda vinda do Senhor. A Palavra de Deus afirma que quem está sob a graça, o pecado não tem domínio sobre essa pessoa.

Quando chamamos a Santíssima Virgem Maria de “bem-aventurada” honramos também a Nosso Senhor Jesus Cristo. A igreja que não honra a Mãe do Salvador não é a Igreja do Cristo. Vale mencionar que no Quarto Mandamento está escrito: “Honrai pai e mãe”. Em nenhum momento na Bíblia Jesus se refere a Maria como sua mãe.

“Maria é também chamada de Arca de Aliança. As Escrituras afirmam que onde a Arca da Aliança entrava, ela abençoava”.

No Evangelho de São João 19, 25- 27, Jesus, no alto da cruz, diz ao discípulo amado: “Eis aí tua mãe” e para Maria diz: “Eis aí teu filho”. É discípulo aquele que fica ao pé da cruz, que fica junto com Maria. Quem é discípulo fiel leva a Virgem Santíssima para casa; e você é esse discípulo. Precisamos trazê-la para dentro da casa do nosso coração.

Nossa Senhora é também chamada de Arca de Aliança, e as Sagradas Escrituras afirmam que onde a Arca da Aliança entrava, ela abençoava. Há um certo cristianismo que quer ficar órfão de Mãe. Lembremos que no Pentecostes já estava Maria. Se você quer fazer algo bem feito, comece convidando Maria. Não tenha medo de assumi-la como Mãe, não deixe que seja arrancado do seu coração o Cristianismo verdadeiro!

Se há alguma coisa que está demorando para acontecer na sua vida, não hesite em pedir a Virgem Maria. Assim como ela antecipou o momento do Senhor, nas Bodas de Caná, ela também intercederá por você. Maria é a bem-aventurada. Leve-a para dentro da sua casa, para dentro do seu coração. As Escrituras afirmam que onde entrava a Arca da Aliança o local era abençoado, da mesma forma, Maria que também tem o título de Arca da Aliança abençoará sua casa.

 

Peça que Maria visite sua família. Há famílias que estão sofrendo por lhes faltar “o vinho da alegria”. Uma alegria que foi afogada pelas dores causadas pelos vícios, pelos problemas, entre outros. Precisamos do amor materno! Invoque para si aquele que foi presente do próprio Senhor.

Autor:
ROBERTO TANNUS

Fonte:
CANÇÃO NOVA

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0 comentário

  1. Boa noite amigo, que Jesus use de misericórdia para conosco! Le a biblia vejo que vc ja lê, porém interpretar corretamente é o que está lhe faltando! Pós vc é herege. Quem a biblia diz que vai esmagar a cabeça da serpente é Jesus e não Maria.

    1. Trata-se de uma pergunta bastante razoável, pois desde o Livro do Gênesis subsiste a ideia de que alguém esmagará a cabeça da serpente (Satanás): “Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar.” (3,15). “Esta” refere-se à mulher ou à descendência?

      O livro do Gênesis foi escrito em hebraico e, nele o que se lê é que é a semente da mulher, a descendência dela que esmagará a cabeça da serpente, frisando que a palavra semente naquela língua é masculina.

      A confusão deu-se porque a Bíblia não foi traduzida diretamente para o latim, mas para o grego, na famosa tradução dos Setenta. Nessa língua, a palavra em questão é neutra, por isso ocorre uma indecisão na interpretação.

      Na Vulgata, o mesmo versículo é traduzido como sendo feminino. Foi nesta versão que a novidade foi introduzida. Ou seja, a interpretação de que a mulher e não a descendência surgiu por causa desse texto. Assim a interpretação literal do texto do Gênesis está resolvida. Contudo, ainda é preciso observar o que diz a Igreja, pois o Antigo Testamento deve ser relido a partir do acontecimento maior, que é Cristo.

      No livro do Apocalipse é narrada a grande batalha entre o dragão e a mulher. “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.” (12,9). O que se vê, portanto, é que é o próprio São João, autor do Apocalipse que faz a interpretação nesse sentido.

      “E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem.

      E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.” (13-14)

      A inimizade e a batalha entre o dragão e a mulher continua e São João descreve tudo o que foi profetizado no livro do Gênesis. “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.” (17). Surge uma outra realidade: a semente da mulher (Filho) que foi arrebatado para o céu, mas o Dragão continuará travando uma batalha contra a Mulher, mas o restante dos filhos da Mulher lutarão contra a serpente.

      Fazendo uma leitura em chave cristológica do Apocalipse, tem-se que o Filho é Jesus e a Mulher que esta grávida é Maria. Ela simboliza ao mesmo tempo o povo de Deus do Antigo Testamento – Israel – e o povo de Deus do Novo Testamento – a Igreja.

      Jesus esmaga a cabeça da serpente, isso está claro, mas a batalha entre a serpente e a Mulher continua. Agora é necessário escolher em qual lado lutar. Do lado da serpente ou se do lado da semente da Mulher – Maria – Mãe de Jesus Cristo.

    2. oi Rafael Andre, eu não estou querendo causar briga, mas se tem uma pessoa que não sabe interpretar a bíblia aqui é você, irmão leia de novo essa parte: ( Gen. 3, 15 ) Porei ódio entre ti e a mulher , entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. A batalha será entre o Dragão (satanás) e a Mulher, apocalipse é a prova. Que Deus te abençoe e que Maria tua te abrace com todo o amor que Ela tem para te dar

  2. Maria, a bem-aventurada entre as mulheres
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    Referência: Lucas 1.26-56

    INTRODUÇÃO

    1.Maria é uma das figuras mais importantes da história. Talvez a pessoa mais polêmica da história da igreja. Alguns colocam-na numa posição que Deus nunca a colocou. Outros, deixam de dar a ela a honra que Deus a deu.

    2.A única maneira de honrar Maria é examinar o que a Bíblia diz a seu respeito e destacar esses pontos para o nosso ensino e exemplo. Acrescentar o que não está na Bíblia além de ofender a Deus, desonra Maria, porque agride sua fé e suas convicções.

    3.Precisamos entender em primeiro lugar o que a Bíblia não diz sobre Maria:

    I. O QUE A BÍBLIA NÃO ENSINA SOBRE MARIA, A MÃE DE JESUS

    1.Maria não é Mãe de Deus

    Ela é mãe de Jesus e Jesus é Deus, mas ela não é mãe de Deus. Jesus tinha duas naturezas distintas: divino e humana. Como Deus ele não teve mãe e como homem não teve pai. Como Deus ele sempre existiu, é o Pai da eternidade, o criador de todas as coisas. Como Deus ele pré-existe a todas as coisas é a origem de todas as coisas.

    Jesus é eterno (Jo 1:1). Antes que Abraão existisse, ele já existia (Jo 8:58). O filho não pode vir primeiro que a mãe. Se Maria é mãe de Deus, José é padrasto de Deus e Ana tia de Deus, e João Batista primo de Deus, e Eli avô de Deus.

    2.Maria não é Imaculada

    A tese de que Maria não herdou o pecado original nem tão pouco não cometeu nenhum pecado em toda a sua vida não tem nenhum amparo nas Escrituras. Esse dogma da imaculada conceição foi promulgado pelo papa Pio IX em 8/12/1854.

    A Bíblia, porém, ensina que todos pecaram. Todos herdamos o pecado de nossos pais. Não foi dirente com Maria. Então, por que Jesus nasceu de Maria e nasceu sem o pecado original? Porque Jesus não nasceu de um intercurso entre Maria e José, mas o ente que nela foi gerado, o foi pelo Espírito Santo. Jesus é semelhante da mulher.

    Maria se reconhecia pecadora e chamou Deus de seu salvador (Lc 1:46-47). Ela ofereceu um sacrifício pelo pecado quando foi levar Jesus ao templo aos oito dias de vida (Lc 2:22-24 cf. Lv 12:6-8).

    3.Maria não é Mediadora ou Intercessora

    Somente Deus pode ouvir e atender as nossas orações. Somente ele é digno de receber culto. O culto a Maria e as orações que são feitas a ela estão em desacordo com o ensino da Bíblia. Ela precisaria ter os atributos exclusivos da Divindade, como onisciência, onipotência e onipresença para poder ouvir todas as orações e interceder. Nem Pedro, nem Paulo, nem os anjos jamais receberam adoração. Somente Deus é digno de ser adorado. A veneração a Maria como Mãe de Deus, Rainha do céu, mãe da igreja está em total desacordo com o ensino da Palavra de Deus.

    Essa idéia procedeu do entendimento da Idade Média que Jesus era um juiz muito severo e que Maria teria um coração mais terno e compreensivo. Isso é contrar a perfeição absoluta de Deus. A doutrina proclamada “Tudo por Jesus, nada sem Maria” está em desacordo com o ensino das Escrituras.

    A Bíblia diz claramente que Jesus é o único Mediador (1 Tm 2:5; Jo 14:6; 1 Jo 2:1; Rm 8:34; Hb 7:25).

    4.Maria não é Co-Redentora

    A salvação é obra exclusiva de Deus. Ninguém pode acrescentar nada ao que Deus já fez através do seu Filho. O sacrifício de Cristo foi completo, total, cabal e suficiente.

    A Bíblia é clara em afirmar – At 4:12.

    5.Maria teve outros filhos

    A Bíblia não ensina a virgindade perpétua de Maria. 1) Mt 1:25 – Contudo, não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus. O relacionamento com José não era desonra para ela (Hb 13:4). Se ela tivesse casada com José sem ter relação com ele, isso sim, seria motivo de transgressão (1 Co 7:5).

    A Bíblia Maria deu à luz o seu filho primogênito (Lc 2:7). Jesus não era o filho unigênito, mas primogênito, o primeiro de outros.

    A Bíblia é clara em informar que ela teve outros filhos: Mt 13:54-56; Mc 6:3; Sl 69:8; Lc 2:7; Mt 1:24,25; At 1:14

    6.Maria não foi assunta ao céu

    No dia 1/11/1950 o papa Pio XII promulgou o dogma de que o corpo de Maria ressuscitou da sepultura logo depois que morreu, que o corpo e alma se reuniram e que ela foi elavada e entronizada como Rainha do Céu, recebendo um trono à direita de Seu Filho.

    II. O QUE A BÍBLIA ENSINA SOBRE MARIA, A MÃE DE JESUS

    1.Maria foi uma mulher agradeciada por Deus – Lc 1:28

    A primeira vez que Maria aparece na Bíblia está diante de um anjo. Ele trás para ela uma mensagem do céu e a chama muito favorecida (v. 28) e achaste graça diante de Deus (v. 30). Maria não foi escolhida para ser mãe do Salvador por suas virtudes. Essa escolha teve sua origem na graça de Deus e não em qualquer mérito dela. Deus não chama as pessoas porque elas são especiais, mas elas se tornam especiais porque Deus as chama. Maria tinha consciência disso.

    A ênfase da mensagem do anjo estava na criança, e não em Maria. O Filho seria grande, não ela (v. 31-33). O nome da criança resumia o propósito do seu nascimento (v. 31; Mt 1:21).

    A única dúvida que Maria teve foi como isso aconteceria (v. 34). Sua pergunta não indica dúvida ou descrença. O anjo revela a ela que a concepção seria um milagre (v. 35). Para confirmar o anjo conta para Maria um outro milagre, sua tia Isabel já idosa e estéril já estava grávida do precursor do seu Filho (v. 36). O anjo conclui com um princípio teológico, dizendo que para Deus não há impossíveis (v. 37). Dois nascimentos milagrosos: o primeiro de uma mulher idosa e estéril, o segundo de uma jovem, mas sem contato com homem.

    Deus Filho tornou-se humano por meio de uma concepção divina na pessoa de Maria. O Deus infinito, o criador do universo, tornou-se um pequeno embrião humano no ventre de Maria (v. 35).

    2.Maria foi uma mulher disponível para Deus – v. 38

    “Aqui está a serva do Senhor”. Uma frase que resume toda a sua filosofia de vida. Maria se coloca nas mãos de Deus para a realização dos propósitos de Deus. Ela é serva. Ela está pronta. Ela se entrega por completo, sem reservas ao Senhor.

    Ela está pronta a obedecer e oferecer sua vida, seu ventre, sua alma, seus sonhos ao Senhor. Ela é de Deus. Ela está disponível para Deus.

    Ela está pronta a sofrer riscos, a mudar a sua agenda, a realinhar os seus sonhos e desistir dos seus em favor dos sonhos de Deus.

    Ela está pronta a ser não uma sócia de Deus, não uma igual com Deus, mas uma serva. Isso era tudo. Diz ela: “que se cumpra em mim conforme a tua palavra” – É rendição total, sem condições, sem perguntas, sem pedidos de prova. Estava pronta para uma mudança radical de vida. De todos os úteros da terra o seu foi escolhido para ser o ninho que ternamente acalentaria o Filho de Deus feito homem. A serva se apresenta, bate continência ao Senhor dos Exércitos e se coloca às ordens.

    3.Maria foi uma mulher disposta a pagar um alto preço e correr todos os riscos para fazer a vontade de Deus – v. 38

    a)O anjo falou só com ela e não com outras pessoas – A notícia não foi escrita no céu de Nazaré para todo o povo ler. Imagine explicar isso para a sua família. Maria passou o resto da sua vida sob uma nuvem de suspeita por parte da família e dos vizinhos. Ao aparecer grávida na cidade de Nazaré estava exposta às mais severas censuras do povo.

    b)Maria não tinha nenhuma garantia de que seu noivo José entenderia ou acreditaria em sua concepção miraculosa – Ela teve que enfrentar o homem que amava e dizer-lhe que estava grávida e José sabia que ele não era o pai. Maria estava disposta a sofrer desprezo e solidão. Na verdade José não acreditou em Maria quando esta lhe falou acerca da gravidez. Ele sofreu. Ele resolveu deixá-la em secreto. O divórcio foi a única saída que conseguiu encontrar para a sua dor e decepção. José era um homem justo (Mt 1:19). O anjo, então apareceu para ele e revelou a verdade e ele creu na mensagem do anjo e nas palavras de Maria. José aprendeu que Deus é digno de confiança. A Bíblia não registra nenhuma palavra direta de José. A maioria das pessoas envolvidas na história do nascimento de Jesus falou ou cantou, ou gritou louvores, mas José não fez nada disso. Ele simplesmente obedeceu.

    c)Maria correu o risco não só de ser abandonada pelo noivo, mas até ser apedrejada em público – Esse era o castigo para uma mulher adúltera. Ela já estava comprometida com José. Ele poderia requer o seu apedrejamento. Ela, contudo, dispôs-se a pagar um alto preço para se submeter ao chamado de Deus. Aplicação: A obediência a Deus sempre tem um preço. A moça que decide viver uma vida pura perante o Senhor talvez deixe de ser popular na universidade. A obediência à Palavra pode lhe custar o namorado ou o melhor amigo. Você pode perder uma promoção ou fechar o negócio da sua vida.

    4.Maria é uma mulher bem-aventurada entre as mulheres e não acima das mulheres – Lc 1:39-44

    Isabel cheia do Espírito declara duas verdades sublimes sobre Maria:

    a)Maria é bem-aventurada entre as mulheres (v. 42) – Isabel não coloca Maria acima das outras mulheres. Mas ela é bem-aventurada entre e não bem-aventurada acima das outras mulheres. Bem-aventurada é feliz. Maria é feliz porque ela encontrou graça diante de Deus, a graça de ser a mãe do Salvador. Mãe bendita, Filho bendito.

    b)Maria é mãe do Senhor (v. 43) – Novamente o destaque da fala de Ana é sobre o Filho de Maria e não sobre Maria. João Batista estremece-se no ventre de Ana não por causa de Maria, mas por causa de Jesus que está no ventre de Maria. O grande personagem daquele encontro entre Isabel e Maria era o Filho de Maria em seu ventre. Aquele bebê que estava sendo gerado era o Senhor de Isabel, a alegria de João Batista, o ente santo, o Filho do Altíssimo, o rei cujo reinado não tem fim.

    c)Maria é feliz porque creu (v. 45) – Maria não é chamada de feliz porque foi pedida em casamento por um milionário da região nem por ser considerada a moça mais bonita de Nazaré, nem por ser a garota mais simpática da região. Isabel diz que ela é feliz porque creu em Deus. Maria mesmo reconheceu que por ser mãe do Salvador, ela seria considerada uma mulher feliz por todas as gerações (v. 48).

    5.Maria é uma mulher que reconhece que Deus está no controle da história e engrandece a Deus pelos seus atributos e pelas suas obras – Lc 1:46-56

    a)Maria nos fala da soberania que Deus tem de agir e intervir no curso da história (v. 46-49) – Para Maria Deus é poderoso (v. 49), santo (v. 49), misericordioso (v. 50), justo e fiel (v. 51-55). O fato deste Deus poderoso escolhê-la, uma pobre jovem, desposada com um carpinteiro desconhecido da pequena e mal falada Nazaré é uma prova de que é livre e soberano para agir. Que Deus age por meios estranhos e não convencionais. Ele não vem num palácio. Ele não envia seu anjo aos nobres de Jerusalém. À classe sacerdotal, mas a uma jovem em Nazaré. A palavra que Maria usa para poderosa é déspota, aquele que não se relaciona de forma dependente com nada e com ninguém. Deus não precisa fazer acordo com ninguém. Ele é livre e soberano para agir como quer, onde quer, com quem quer.

    b)Maria nos fala do projeto de Deus de invadir a história e virar a mesa, invertendo completamente os valores do mundo – (v. 51-53) – Deus entra na história não pelos palácios, pelos senados, congressos. Ele não pede que o poder judiciário lhe dê cobertura. Ele simplesmente entra na história e faz as mais profundas inversões que se pode imaginar, deixando todo mundo com gosto de surpresa e espanto na boca. Ele traz uma verdadeira revolução política, econômica, social e espiritual.

    c)Maria demonstra a sua profunda necessidade de Deus – Ela reconhece sua necessidade de salvação e chama de Deus de Senhor e de “meu salvador” (v. 46-47). Ela reconhece que o sentido da vida é exaltar e glorificar a Deus e alegrar-se nele (v. 46). Ela reconhece que AGOR todas as gerações a considerarão bem-aventura por que o Poderoso fez grandes cousas em sua vida (v. 48-49). Antes ela era apenas uma jovem desconhecida, agora seu nome seria uma referência para o mundo inteiro, não por seus méritos, mas por causa dos grandes feitos de Deus.

    6.Maria é uma mulher que está sempre pronta a andar com Deus quando as coisas parecem complicadas

    a)Viajar 130 quilômetros a pé ou de jumento nos últimos dias de gravidez, sendo que o menino que tenho na barrida é o Filho de Deus, nem pensar! – Ela poderia procurar as autoridades religiosas e buscar mil maneiras de fugir daquela perigosa e difícil viagem. Mas, ela é serva de Deus e submissa ao seu marido. Ela tem têmpera de aço e enfrenta a viagem.

    b)Dar à luz ao meu filho, que herdará o trono de Davi, e reinará para sempre numa manjedoura de jeito nenhum! – Ela duvida de Deus, não lamenta, não murmura, nem se exalta. Não reinvindica seus direitos. Ela dá à sua o seu filho sem um lugar propício, sem um médico ou parteira. Está só com o marido, sem luzes, sem cuidados, sem proteção.

    c)Ir com o meu filho para o Egito, atravessar o deserto do Sinai, ah, essa não! Agora é a crise de se sentir sem chão, sem bandeira, sem lugar certo para morar. É sentir-se desterrada, perseguida, ameaçada. Vão para um lugar onde serão ninguém, onde todos os vínculos importantes estarão ausentes. Ela é humilde o bastante para fugir. Corajosa o suficiente para enfrentar os perigos do deserto. Ela caminha sintonizada pelas mãos da providência. Ser mãe do Messias em vez de lhe trazer status, glória, honra traz-lhe solidão, perseguição, desterro. José e Maria não são donos da agenda. “… permanece lá até que eu te avise…” (Mt 2:13).

    d)Educar o meu Filho em Nazaré, ah isso é incompreensível! – Nazaré era considerada como subúrbio do fim do mundo. Era um dos maiores antros de ladrões e prostitutas da época. O comentário geral é que de Nazaré não sai nada de bom. Era uma região sem vez, sem voz, sem representatividade. Era um lugar de péssima reputação. Mas é lá nesse caldeirão de terríveis iniquidades, nessa região da sombra da morte que o Filho de Deus vai crescer para ser o Salvador do Mundo. É como se Deus estivesse armando a sua barracada nas malocas mais perigosas da vida. O Filho de Deus, o Rei dos reis deveria ser chamado não de cidadão de gloriosa Jerusalém, mas de Nazareno, termo pejorativo, sem prestígio.

    7.Maria, a mãe que tem o privilégio de ter nos braços o Filho de Deus, o seu próprio Salvador e Senhor

    a)O anjo disse para ela que o seu filho seria o Filho do Altíssimo (Lc 1:32) – Jesus como Filho de Deus, pré-existiu à sua mãe. Ele é o Pai da eternidade. Um com Pai. Criador do universo. Maria seria a mãe da natureza humana do verbo eterno e divino.

    b)Isabel disse para ela que o seu filho era o seu Senhor (Lc 1:43) – Jesus mesmo na vida intra-uterina já era proclamado Senhor de Ana, mãe de João Batista.

    c)Os anjos proclamaram em Belém que o filho de Maria era o Salvador, Messias e Senhor (Lc 2:11) – Essa notícia foi dada não no templo, mas nas campinas. Não aos sacerdotes, mas aos pastores.

    d)Simeão disse para ela que seu filho era a Salvação de Deus para os povos (Lc 2:29-32) – Maria e José estavam admirados do que dele se dizia.

    8.Maria a mãe que precisa reconhecer que seu Filho tem uma agenda estabelecida no céu e não na terra

    a)Maria perde a Jesus na Casa do Pai (Lc 2:43-52) – Maria não se tornou uma supermulher por ser mãe de Jesus. Ela continuava sendo uma mulher limitada. Ela perdeu o seu filho. Ficou aflita. Voltou. Encontrou-o no templo. Mas o filho de 12 anos revelou a ela outra agenda. Não Jesus que deveia seguir a agenda deles, mas eles que deviam seguir a sua agenda. “Por que me procuráveis? Não sabíeis que que me cumpria estar na Casa de Meu Pai? Não compreenderam, porém, as palavras que lhe disseram” (Lc 2:49-50). Maria não conseguia alcançar quem era o seu Filho e o que estava fazendo. Nas quatro ocasiões futuras em que Maria estará envolvida (diretamente ou por referência ao seu nome), essa tensão estará presente.

    b)Maria informa a Jesus sobre a falta de vinho na festa e ele mostra para ela que não é chegada a sua hora (Jo 2:1-11) – Jesus mostra que ele só agirá dentro do cronograma do céu. Aos doze anos Jesus disse a Maria: “Por que me procuráveis?”. Agora, aos 33 anos de idade, ele pergunta: “Mulher, que tenho eu contigo?” Jesus estava revelando à sua mãe que sua agenda era conduzida pelo céu e não pelos laços familiares. Em ambos os casos, Jesus demonstra que o seu compromisso é com o Pai: “Não sabíeis que convinha estar na Casa de Meu Pai?” e “ainda não é chegada a minha hora”. Por isso, Maria compreende e endossa a agenda de Jesus de tal forma que a última palavra direta de Maria nas Escrituras é esta: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2:5). Seguir a orientação de Maria é de fato obedecer a Jesus.

    c)Maria vai com seus outros filhos para prender a Jesus, mas ele prioriza a agenda do Reino em vez de ceder às pressões da família (Mc 3:20,21,31-35) – Maria e seus outros filhos preocupados com intensa atividade de Jesus, vão com a finalidade de prender Jesus e levá-lo para casa. Mas eles precisavam entender que Jesus antes de ser filho de Maria, era o Filho de Deus. Antes de ser carpinteiro, era o Salvador dos homens. Antes de ser um cidadão de Nazaré, era o Rei dos reis. Jesus mostra que a relação espiritual é mais importante que a relação de sangue, ao afirmar: “Quem é minha mãe e meus irmãos? E, correndo o olhar pelos que estavam assentados em redor, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Portanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mc 3:33-35).

    d) Maria e a verdadeira bem-aventurança (Lc 11:27-28) – Para Jesus a grande bem-aventurança de ouvir a Palavra de Deus e guardá-la é maior do que a bem-aventurança de ter sido genitora. Jesus não sustentou a supervalorização que a mulher destacou da relação de sangue que Maria tinha com ele. Havia outro tipo de relação que qualquer pessoa poderia manter com ele, muitíssimo mais importante que a física. Pois era essa relação que Jesus queria exaltar, a relação espiritual: “… uma mulher que etava entre a multidão, exclamou e disse-lhe: Bem-aventurada aquela que te concebeu, e os seios que te amamentaram! Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam!” (Lc 11:27-28). Assim vemos que esses três contatos de Jesus com Maria relatados pelos evangelhos, todos giram em torno do mesmo assunto: contraste entre o físico e o espiritual; parentesco de sangue contra afinidade espiritual.

    e)Maria uma mulher com a alma traspassada pela espada (Lc 2:35) – O dia era o mais triste da história da humanidade. O dia era o mais gloriosa da história da humanidade. Dia de contrastes. Jesus morria. Jesus vencia. Humilhado, mas glorificado. Cercado de ódio por todos os lados. Transbordando de amor por todos os poros. Ao pé da cruz está Maria sofrendo indescritivelmente ao ver seu filho morrendo exangue. Ali uma espada traspassou a sua alma. A espada era invisível, mas não o seu efeito. Na cruz Jesus confia sua mãe ao seu discípulo João. Ali Jesus revelou seu amor cheio de cuidado por sua mãe. Ali Jesus ensina que os filhos precisam cuidar dos pais. Jesus o fez porque José já havia morrido e seus irmãos não criam nele e além do mais João era sobrinho de Maria.

    f)Em momento nenhum a Bíblia registra que Jesus tenha chamado Maria de Mãe – Sempre a chamou de mulher, um termo respeitoso. A Bíblia nunca enfatizou a questão do teotokós (mãe de Deus). E por que? 1) Para ensinar que seus parentes não tinham uma posição privilegiada em relação a ele pelo fato de serem parentes. A relação que devia ser enfatizada é a espiritual. Mais tarde seus dois irmãos Tiago e Judas escrevem cartas e se apresentam não como irmãos de Jesus, mas servos do Senhor. 2) Para afastar o perigo das pessoas confundirem a posição de Maria como mãe de Deus. Ele tornou-se homem ao nascer do ventre de Maria, mas como Deus pré-existiu a criação e foi o criador de todas as coisas.

    9.Maria, a discípula de Jesus – At 1:14

    A última vez que Maria aparece na Bíblia, ela é aparece como os demais crentes depois da ressurreição. Maria tomou o seu lugar com os outros cristãos – nem separada, nem acima deles. Ela estava lá também como discípula. Lá ela também aguarda o derramamento do Espírito. Seus outros filhos são convertidos. Eles se unem aos demais crentes e oram.

    No Pentecoste todos são cheios do Espírito Santo. Não diz a Bíblia que Maria é mais cheia que os demais nem que ocupa um lugar de destaque sobre os demais. Na verdade, seu lugar doravametne é discreto. Seus filhos Tiago e Judas são mencioandos e escrevem livros da Bíblia, mas Maria não é citada mais nem pelos apóstolos, nem pelos seus próprios filhos. O propósito dela não era estar no centro do palco, mas trazer ao mundo aquele que é a luz do mundo, o único digno de ser adorado e obedecido.

    CONCLUSÃO

    1.Maria é uma mulher digna de ser imitada não só pelas mães, mas por todos os cristãos: por sua humildade, coragem, abnegação, fervor e fidelidade a Deus. Uma mulher que esteve pronta a correr todos os riscos para realizar a vontade de Deus em sua vida.

    2.Que Deus nos ajude a imitar a essa bem-aventurada mulher, e lutar para que as pessoas a honrem não colocando-a num pedestal que jamais Deus a colocou nem ela jamais aceitaria, mas imitando seu exemplo como humilde serva de Deus.

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