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Sermões de Santo Antônio

“Do meio da multidão, uma mulher gritou: ‘Abençoado o ventre que te trouxe’ (cf. Lc 11,27b). Sim verdadeiramente abençoado porque trouxe a ti, Deus e Filho de Deus, Senhor dos anjos, Criador do Céu e da Terra, Redentor do mundo! A filha trouxe o Pai, a Virgem pobrezinha trouxe Filho.

Ó querubins, serafins, anjos e arcanjos, com rosto humilde e cabeça inclinada, adorai com grande reverência o templo do Filho de Deus, o santuário do Espírito Santo, o abençoado ventre adornado de lírios e cantai em coro: ‘Abençoado o ventre que Te carregou!’ E vós, filhos terrestres de Adão, a quem é concedida esta graça e esta honra especial, prostrai-vos no pó com fé devota, com mente compungida e adorai o trono de marfim do verdadeiro Salomão, Jesus Cristo, o trono real alto e excelso, contemplado em uma visão por Isaias e, unido vossa voz ao coro dos anjos do céu, cantai com eles também vós: ‘Abençoado o ventre que Te carregou e os seios que te amamentaram!’ (cf. Lc 11,27)

Dela diz Salomão nos Provérbios (Pv 5,19): Cerca querida, gazela graciosa, que sempre te embriaguem suas caricias e continuamente te deleite seu amor’. Dizem os naturalistas que a cerva escolhe para o parto os lugares frequentados, porque sabe bem que o lobo evita aproximar-se desses lugares por medo dos homens. Da mesma maneira, Maria deu à luz seu Filho – dado a nós não por algum mérito nosso, mas no momento escolhido por Deus – não em sua própria casa, mas em um lugar aberto.

‘Deu à luz seu filho primogênito’ – conta nos Lucas (Lc 2,7) – envolveu-o em panos e o deitou em um presépio, porque não encontraram lugar na hospedaria’. E o comentário: eles não encontraram lugar na hospedaria, para dar-nos a possibilidade de encontrarmos muitos lugares no Céu.

Ó cristão! Que as ternuras desta Mãe, tão amável com todos, te embriaguem também a ti, em todo o momento para que esta embriaguez te faça esquecer qualquer interesse terreno e tu possas seguir avançando livremente rumo àquelas realidades eternas que estão diante de ti e te esperam. E não te assombres se te é dito: que tantas ternuras te embriaguem, mesmo sabendo bem que deste seio não brota vinho embriagador, mas leite dulcíssimo.

Escuta, agora, como seu Filho, o esposo, a saúda no Cântico dos Cânticos (Ct 7,6-7): ‘Quão formosa és tu, quão bela és, que delicia é teu amor! Quão formosa és na imaculada beleza de tua alma, quão delicada na modéstia de teu semblante, ó minha Mãe, ó minha esposa, ó amada entre as delícias e no esplendor da vida eterna que mereceste plenamente”.


Fonte:
Livro: SANTO ANTONIO – ‘Vamos conhecer a vida de um grande Santo’
Frei Geraldo Monteiro, OFMConv – Ed. Mensageiro Santo Antonio – 10º Edição – ‘Trechos de Sermão de Santo Antonio”.

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