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A Virgem Maria na Teologia

A Virgem Maria na Teologia

No processo de conhecimento sobre a pessoa de Jesus, necessariamente devemos passar por Sua história, com o intuito de perceber os fatos e as pessoas que o marcaram. Bom, é especificamente sobre uma pessoa que marcou a história de Jesus e um dos mais importantes tratados da Teologia fala: trata-se da pessoa de Maria.

Na Mariologia, estudamos o papel da Mãe de Deus dentro da obra da Revelação – para usar um vocabulário mais técnico. A Teologia chama este estudo de Mariologia. A Mariologia é uma parte da Ciência Teológica que trata, em virtude dos princípios revelados, da Mãe de Deus-Redentor como tal e de todas as demais graças tocantes a ela.

Como disciplina teológica, a Mariologia está inserida dentro da chamada Teologia Sistemática. Ela se ocupa com a reflexão a respeito da fé, harmonizando-a com a realidade do homem moderno e seus questionamentos. Dentro desta parte é que se encontra o estudo acerca da Mãe de Deus.

A Theotokos

 “Quando chegou a plenitude dos tempos, mandou seu Filho, nascido de mulher… para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4,4-5). Pelas palavras de São Paulo, percebemos qual é a razão de um estudo mariano dentro da Teologia, apesar de alguns questionarem esta matéria, já que a palavra Teologia vem do grego theos (Deus, divindade) e logos (estudo), isto é, estudo sobre Deus e não sobre a criatura humana.

  Ao classificarmos a mariologia como uma disciplina teológica, não significa, com isto, que estamos afirmando que Maria “é deusa ou mais que deus” (cf. Padre Zezinho), mas por ser a Theotokos (Mãe de Deus) – conforme a carta aos Gálatas nos recordou acima – é, também, parte constituinte da Revelação Cristã. Por esta razão, a mariologia deve ser um tratado da ciência teológica que pertence com toda a certeza à Teologia Sistemática, isto é, à doutrina do Verbo Encarnado e Redentor, com a qual está intimamente unida, e à parte orgânica da Dogmática.

  Além disso, podemos dar mais um passo e afirmar com toda a certeza que Maria é uma criatura teológica, basicamente, porque é o único ser humano que possui uma característica peculiar, a saber, é Mãe de Deus. Este atributo que ela recebeu, por graça, coloca-a em relação direta com Deus. Esta característica está impressa de uma maneira profunda na identidade da Virgem, isto é o que ela é.

Os Dogmas

As graças que a jovem de Nazaré recebeu estavam intimamente ligadas a sua missão de ser Mãe de Deus, Redentor do mundo. As verdades de fé (dogmas marianos) devem ser compreendidas a partir dessa ótica. São eles: Maternidade Divina, Imaculada Conceição, Virgindade perpétua e Assunção aos Céus. Portanto, tudo aquilo que Deus confiou a Maria, como graças e privilégios sobrenaturais, vieram como auxílio à Obra da Salvação. Assim, Maria participa intimamente da Obra Redentora. Neste sentido, entendemos o monograma de Maria presente no verso da Medalha Milagrosa, onde um único altar consuma, ao mesmo tempo, dois grandes sacrifícios, um o corpo de Jesus e o outro, o Coração de Maria (cf. São João Crisóstomo).

  Ao rezarmos a Ladainha de Nossa Senhora, percebemos uma série de títulos que são atribuídos a ela. Todos eles têm alguma ligação com a Obra da Salvação iniciada por Deus desde o Antigo Testamento e, além disso, todos estão ligadas a sua missão de ser a Mãe de Deus.

Percebemos, assim, que a Mariologia é um complemento necessário da doutrina dos mistérios da Encarnação e da Redenção e, além disso, é necessária para compreender a obra da criação e da predestinação por ser a Santíssima Virgem a primeira criatura elevada acima dos demais.


Fonte:

Autor: Padre Ricardo Alexandre Fidelis

(Pároco da Paróquia Basílica do Santíssimo Sacramento Apresentado Pelo Patrocínio de Maria) 

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