Em nossa fé católica, existem diversas orações e devoções à Nossa Senhora, mas existe uma dessas preces que é considerada a mais antiga.
A oração “Sub tuum praesidium” (Àvossa proteção) foi encontrada num fragmento de papiro, em 1927, no Egito, remonta ao século III, especificamente no ano 250, apenas alguns séculos após a Morte e Ressurreição de Cristo.
Além de ser, possivelmente, a primeira dedicada a Maria, ela traz uma grande importância histórica e teológica. Assim como os Evangelhos, originalmente a oração foi escrita em grego.
Por isso, nela, a Virgem Maria é chamada de “Theotokos”, a Mãe de Deus, antes mesmo da oficialização do dogma da maternidade divina, em 22 de junho de 431, quando o Concílio de Éfeso definiu explicitamente que Maria é Mãe de Deus, ao afirmar a unidade da pessoa de Cristo nas duas naturezas, plenamente Deus e homem.
Porém, é necessário compreender o que a Igreja quer dizer quando fala em Maria como Mãe de Deus. Jesus Cristo, segunda pessoa da santíssima Trindade, existe desde toda a eternidade. Ele procede do Pai por uma geração espiritual, na qual não intervém evidentemente nenhuma criatura humana. Portanto, Maria não é mãe do Filho de Deus quanto à sua origem divina, mas é mãe do “verbo encarnado”, do Filho de Deus feito homem.
São Tomás afirma que pelo fato de ser mãe de Deus:
“A Bem Aventurada Virgem Maria está revestida de uma dignidade quase infinita, a causa do bem infinito que é o mesmo Deus. Portanto, não se pode conceber nada mais elevado que ela, como nada pode haver mais excelso que Deus” (Suma Teológica 1, q.25, a.6 ad 4).
Oremos pedindo sempre a intercessão de Nossa Senhora
“À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, Ó Virgem gloriosa e bendita!”