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Isabel é uma mulher que reconhece ser Maria a bendita do Senhor, porque traz em seu seio fruto bendito de Deus Uno e Trino. Felicita-a pelo dom que ela recebeu de Deus, pelo estado de bem-aventurança em que se encontra por ter dito SIM ao plano do Pai.

Com que belas palavras Isabel fala bem de Maria, com que voz expressiva e firma  a proclama bendita, bem vinda, por trazer a alegria de um futuro próximo que já milênios o povo de Israel aguarda, anseia, espera. Isabel bendiz Maria com estas palavras e com esta proclamação:

Bendita és tu entre as mulheres,

Bendito é o fruto de teu ventre!

Bendita a Mãe do meu Senhor que me visita!

Bendita a saudação que chegou aos meus ouvidos,

Bendita a criança que estremeceu em meu ventre!

Feliz és tu que acreditaste no que o Senhor te disse,

Porque será realizado! (cf. Lc 1, 41-45)

Não é fácil penetrar o mistério de Maria. No entanto, Isabel penetra-o com sua finesse. Não só penetra nesse mistério, mas o socializa, torna-o público, através de suas palavras que prorrompem num hino que se faz grito de exclamação: Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite? (Lc 1,43). Maria entra em comunicação com Isabel através do mistério que carrega em si mesma, o Mistério da Encarnação. Toda pessoa que se aproxima do Deus encarnado entra em relação com a Mãe desse Deus encarnado, Mãe que traz consigo o mistério da Nova Criação.

O contexto limita-se ao encontro de duas mulheres que se dá fora da Sinagoga, fora do Templo, num lugar totalmente laico e próprio do cotidiano de uma vida que se desenvolve e cresce no silêncio de uma casa como a de todas as outras famílias. Mas o mistério que se dá a conhecer entre essas duas mulheres tem um alcance teológico e missionário que atravessa os confins do mundo (cf. At 1,8).

O hino de Isabel não é uma exaltação das virtudes da jovem Maria, mas sim do anúncio da realização da Promessa de salvação que se aproxima e já se encontra no meio de seu povo. É a libertação que ressoa nas palavras: Bendita Maria, tu és a Mulher feliz da Terra sem Males que estamos construindo!

Fonte: Revista de Aparecida – Edição 109 – Abril/2011

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