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Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Africa

Argel, com uma população de mais de um milhão de habitantes, ao norte da África é a capital da Argélia, o segundo maior país da África. No século IV havia neste país entre 600 e 700 bispos católicos.

Santo Agostinho, um dos maiores santos da Igreja, era argelino. Os árabes aí impuseram a religião islâmica a partir do século VII. Hoje o Islamismo é a religião do estado, praticada por 98% da população. Nas quatro dioceses argelinas não há mais que cerca de 60.000 católicos.

Em Argel encontra-se um célebre santuário mariano dedicado a Nossa Senhora da África. Duas mulheres foram as idealizadoras deste templo:

Margarita Bergezio e Anna Cuiquien, francesas, de origem italiana. Elas acompanharam o bispo Dom Pavy, em 1 &46, para dedicarem-se às obras sociais que o mesmo bispo fundara na Argélia. Quando ali chegaram as missionárias não encontraram nenhum santuário mariano. Por isso colocaram uma pequena imagem da Virgem sobre uma oliveira nas proximidades de Argel. Pouco a pouco o lugar se transformou num centro de peregrinação por parte de numerosos devotos de Nossa Senhora. As piedosas mulheres recolheram dinheiro e construíram uma capela provisória em 1857.

O atual santuário foi concluído em 1872 sobre um promontório que domina o mar e a cidade de Argel. Numerosos são os peregrinos que o visitam. Há milhares de ex-votos espalhados nas paredes. Não apenas católicos, como também muçulmanos, especialmente as mulheres, vêm de todas as partes para rezar ante à imagem da Santíssima Virgem, chamada em árabe de “Lalla Mariam”.

Nossa Senhora da África, Rogai por nós que recorremos a Vós!

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Agonia

Foi nas vésperas do Natal de 1994 que a imagem de Nossa Senhora da Agonia chegou ao nosso pais, como um grande presente para o Brasil.

Sua entrada solene na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Soledade emocionou os que lá estavam e também os ouvintes da Rádio Itajubá, que participavam da missa das 19 horas de domingo. Tudo começou quando um rico português radicado no Brasil, Sr. Antônio de Lima Costa, nascido em Lanheses – cidade próxima a Viana do Castelo, onde existe um Santuário dedicado a Nossa Senhora da Agonia – foi inspirado a trazer para o Brasil uma imagem, réplica da imagem de Portugal, para ser venerada numa igreja, cujo terreno, no alto de um monte, ele próprio faria doação à Diocese.

Tão logo se tomou conhecimento da existência desse terreno (mesmo sem a imagem ter chegado a Itajubá), as pessoas começaram a fazer “vias-sacras”, saindo da porteira da fazenda do Sr. Costa, seguindo as “estações” por uma estradinha de terra que contorna o monte, sendo rezada a “última estação”, no local do futuro Santuário.

Só mais tarde, no Brasil, se soube que também em Portugal, tudo começou com uma “via-sacra” que, partindo do Convento Franciscano de Santo Antônio, terminava no “Morro da Forca”, onde se rezava a “décima – quarta estação” no local que, mais tarde, se construiu a Igreja. A devoção a Nossa Senhora da Agonia cm Viana do Castelo é tão grande que, durante três dias, toda a cidade trabalha dia e noite, para cobrir de tapetes de flores o trajeto que a Senhora faz indo em direção ao mar, onde acontece uma linda procissão de barcos.

Nossa Senhora da Agonia em Portugal, é protetora dos pescadores, que a ela confiam as suas “agonias” (lutas) travadas com o mar bravio daquela região e, por isso, não medem esforços para realizar essa maravilhosa festa que recebe, todos os anos, cerca de duzentos e cinqüenta mil romeiros nos três dias de festa: 18, 19 e 20 de agosto (dia de Nossa Senhora da Agonia). Mas, voltemos ao Brasil onde a imagem da Senhora da Agonia acabara de chegar após um ano e meio de espera e, ainda, a construção de seu Santuário nem começara. Ao lado da imagem da Padroeira do Brasil, ela fica então, por mais de ano, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Soledade, onde é venerada por muitas pessoas que começam a alcançar graças e mais graças, pela sua intercessão.

Começa-se, então um “sem fim de passeios” com a imagem, que vai, em um andor, para as praças e garagens de casas, onde são realizadas várias Celebrações Eucarísticas; aliás, a imagem não chega nem a ter um altar, mas é fixada permanentemente no andor, o que facilita a sua locomoção.

Enquanto isso, a Comunidade da qual ela é padroeira começa a crescer e a se fortalecer com suas catequeses em garagens, terços nas casas, novenas na praça e vias- sacras nas ruas e no Monte do futuro Santuário. Sentiu-se, então, a necessidade de um lugar, onde a Comunidade pudesse se encontrar e concentrar seus trabalhos, pastorais e movimentos, que foram sendo criados paulatinamente.

A “Igreja-viva” (a mais importante) estava sendo construída rapidamente a olhos vistos, mas a “Igreja-de-pedras” ainda continuava no papel. Foi então que no dia 19 de maio de 1996, a imagem de Nossa Senhora da Agonia foi entronizada numa cerimônia de Primeira Comunhão, numa pequena capela provisória situada à Rua Prefeito Tigre Maia, em um terreno emprestado por um gentil morador de um dos bairros que rodeiam o Monte onde será construído o Santuário.

Um ano depois acontece, também numa Celebração de Primeira Eucaristia, a entronização do Santíssimo Sacramento nesta Capelinha, o que veio a fermentar ainda mais a vida em comunidade e as devoções eucarística e mariana.

Uma oração a Nossa Senhora da Agonia, composta por uma carmelita de Pouso Alegre, recebeu aprovação eclesiástica, por ocasião de sua primeira festa aqui no Brasil; a partir de então, milhares de estampas da Virgem, contendo essa oração, estão sendo distribuídas por todo o território nacional e até mesmo fora dele.

Dentre alguns fatos que mostram o poder da Mãe de Deus, sob a invocação de Nossa Senhora da Agonia, destacamos um particular, o ocorrido quando de sua chegada ao Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A comitiva designada para trazer a imagem para Itajubá encontrou grandes embaraços para retirá-la do aeroporto. Além de uma quantia em dinheiro que não se dispunha na ocasião, foram exigidos documentos que não tinham vindos de Portugal e, por isso, não era possível liberar a imagem.

Rezava-se e invocava-se a intervenção de Nossa Senhora da Agonia, quando o principal encarregado pela liberação da preciosa encomenda na alfândega aparece e pergunta ao Se. Azevedo (português amigo do Sr. Costa, que recebeu a procuração do nosso pároco para representá-lo na retirada da imagem):

O senhor é o Padre Tarcisio? Não, cu sou o seu procurador, respondeu o Sr. Azevedo, com sotaque português. Ainda bem, pois eu não gosto de padres! Mas para o senhor vou contar o que me aconteceu. Eu sou ateu, não acredito em nada, mas, ao abrir a caixa da mercadoria de vocês, logo que retirei sua tampa e afastei com as mãos as palhas que protegiam a imagem, apareceu o rosto de Nossa Senhora com aquelas lágrimas… Bem, alguma coisa aconteceu dentro de mim. Quer saber de uma coisa? Podem levá-la e que ela nos proteja! E as pessoas da comitiva, alegres, festejaram e agradeceram a Senhora da Agonia pelo seu primeiro “milagre” em terras do Brasil, feito no coração daquele que se dizia ateu.

Oração

Ó Maria. Rainha dos Mártires, Senhora da Agonia, Vós que permanecestes de pé junto à Cruz de vosso Divino Filho Jesus, e às suas palavras: “Mulher, eis o teu filho”- “Filho. eis tua Mãe”, – tornaste-Vos nossa Mãe: acolhei, com bondade, nossa prece filial.

Ó Senhora da Agonia, assim como o discípulo acolheu-Vos em sua casa, também nós queremos abrir-Vos as portas de nossos corações, de nossos lares, CONSAGRANDO- VOS toda a nossa vida: passada, presente e futura.

Exercei, pois, Vossa função de Mãe, ensinando-nos a viver, em todos os momentos, a vontade de Deus, levando-nos, assim, a imitar o Vosso SIM de Nazaré, que culminou com o SIM do Calvário.

Vinde, ó Mãe, em socorro de nossas angústias, não permitindo que nos desviemos do caminho do bem, da verdade, do amor!

Conduzi nossas vidas ao porto seguro da salvação, que é: JESUS!

Ousando somar nossas agonias às Vossas, diante desta dificuldade… (dizer o pedido), recorremos à vossa materna

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Conceição da Lapa

Em um risonho vale que se abre no meio de serras íngremes nas proximidades de Ouro Preto está situada a povoação de Antônio Pereira, fundada nos primórdios do século XVIll por Antônio Pereira Machado, um dos primeiros habitantes de Mariana. Diz o historiador Augusto de Lima Jr. que ali as casas mais antigas, construidas em blocos de cangas e com seus telhados enegrecidos pela ação do tempo, lembram as aldeias dos Pireneus ou do norte de Portugal, habitadas por pastores. Os moradores do povoado são descendentes dos antigos aventureiros do ouro e se dedicam às fainas agrícolas e pastorais, de parcos rendimentos, de modo que o vilarejo aos poucos vai mergulhando em profunda decadência.

Sua primeira matriz, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, foi consumida pelo fogo em uma noite fatídica. A população, despertada pelos estrondos do pavoroso incêndio, viu o templo destruído em poucas horas. O auto do corpo de delito declarou que a catástrofe fora fortuita e inexplicada, proveniente talvez de alguma faisca de vela mal apagada, ou do fogo da lâmpada de azeite. Circula entretanto uma lenda segundo a qual o culpado pelo sinistro fora um sujeito mais tarde condenado à forca em Goiás ou Mato Grosso. Contam que na hora do suplício declarou aceitar a morte por castigo, não como justa puníção de outro crime, monstruoso e real, que praticara em Minas, ateando fogo a uma de suas igrejas.

O incêndio da matriz trouxe uma profunda tristeza ao povo de Antônio Pereira, que não se conformava com a perda da casa de sua padroeira, pois devido à pobreza ali reinante não via possibilidade de construir outra. A Virgem Maria, Mãe Bondosa, presenteou seus humildes devotos com um santuário natural encravado numa rocha e adornado por caprichosos estalactites, Este templo, consagrado a Nossa Senhora da Conceição da Lapa, mais conhecido pelo nome de Nossa Senhora da Lapa de Antônio Pereira, é um dos mais interessantes santuário do Brasil.

Raiava o dia 15 de agosto, festa da Assunção da Virgem, quando um menino, a pedido do pai, foi juntar os burros de tropa que pastavam pelas beiradas da serra. Passava ele perto do monte vizinho ao vilarejo, quando atravessou rápido em sua frente um bonito coelho branco. Intrigado com a presença do animalzinho, raro naquelas paragens, a criança quis pegá-lo e saiu correndo ao seu encalço até chegar perto de um alto penedo. No momento em que ia alcançá-lo, o coelho desapareceu, embrenhando-se por uns ramos que cobriam a pedra. Quebrando os galhos que o atrapalhavam, o garoto descobriu uma fenda na rocha e por ela penetrou ansioso por pegar o belo animalzinho.

Em sua frente surgiu então uma enorme grota, deslumbrante de beleza e, ao dar alguns passos, o meninoo percebeu, sentada sobre uma pedra como em um altar natural, uma jovem senhora dominada por estranha luz. A principio ele assustou-se, porém, esquecendo-se do coelhinho, saiu correndo para o arraial a fim de narrar a seus pais o que lhe acontecera.

Recebida a notícia deste falo extraordinário, várias pessoas correram para o lugar indicado, onde não viram a Senhora, mas encontraram sobre a pedra uma imagem da Imaculada Conceição, que parecia estar ali havia muito tempo. Esta imagem recebeu o título de Senhora da Conceição da Lapa.

A novidade se espalhou e o povo começou a afluir à gruta, principalmente após as curas mílagrosas ocorridas no local. Todos se admiraram com a sua forma, que parecia uma igreja feita por mãos humanas e talhada com minúcias de pedra. O céu socorria assim a população que se encontrava sem o templo de sua padroeira, incendiado, havia pouco, por mãos criminosas.

Dirigiram-se então os fiéis à cidade de Mariana, que era a sede episcopal, e solicitaram ao bispo a permissão para transformarem a gruta em capela consagrada a Maria Santissima. Concedidas as licenças necessárias, foram aproveitadas as próprias pedras da lapa para armação da igreja. Altares, púlpitos, tudo se empregou do natural e ainda hoje admiram-se os detalhes da rocha sob o capricho das estalactites deste templo original.

Ali foi colocada a imagem de Nossa Senhora da Conceição com o título de Lapa e começou-se a rezar a Santa Missa.

Esta devoção continua até hoje, pois são inúmeras as maravilhas operadas pela Virgem, especialmente por intermédio de uma mina de água fresca que corre no interior da gruta. Uns a bebem, outros se lavam com ela e muitos conseguem alivio para seus males.

O santuário de Nossa Senhora da Conceição da Lapa tornou-se célebre e anualmente, nos dias de festa de sua padroeira, grande romarias para ali se dirigem a fim de homenagear a Virgem Maria. O arraial é bem pobre e tudo ao redor indica decadência, menos a devoção à Mãe Santíssima, qu todos os anos desperta do seu torpor secular a pequena cidade de Antônio Pereira.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Conceição da Nicarágua

 Na Nicarágua, no departamento de Chinandega, encontra-se a paróquia de El Viejo, na qual se venera, há muito tempo, a imagem da Imaculada Conceição de Maria. Segundo a tradição a imagem de Nossa Senhora de “El Viejo” foi trazida da Espanha por Pedro Ahumada, irmão caçula de Santa Teresa de Ávila, que fora nomeado governador da província da Nicarágua. À Reformadora do Carmelo teria pertencido a imagem que a entregou a seu irmão antes que ele viajasse às Índias.

Desde o momento em que a imagem chegou à cidade a população começou a render-lhe culto porque o governador instalou um oratório em sua casa.
Quando expirou seu cargo como governador e foi promovido, apesar das súplicas do povo, Pedro decidiu levar a imagem consigo. No dia em que ele se dirigia ao porto para embarcar, precisou retornar a sua casa devido ao mal tempo. Este fato se repetiu por duas vezes, induzindo-o a pensar que o plano de Deus era que a imagem permanecesse na Nicarágua. A partir de então, o culto ampliou-se cada vez mais e deram-lhe o nome de Nossa Senhora de “El Viejo”.
Nossa Senhora da Conceição da Nicarágua, Rogai por nós que recorremos a vós!
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Confiança

 Este título mariano, de origem brasileira, deve-se à Irmã Alice Marie Senise, do colégio Notre Dame, no bairro do Sumaré na capital paulista. Foi ela quem observou a imagem de Nossa Senhora quando passava de ônibus pelo cemitério protestante chamado “Cemitério do Redentor”. Irmã Alice vivia intrigada com a presença desta estátua de pedra maciça da Virgem nesse local. Numa de suas passagens notou que a imagem já não estava em seu pedestal.

Muito aflita, em saber o que haviam feito dela, saltou para indagar. A porta do cemitério encontrava-se fechada. Mesmo assim, através das frestas e pequenos ângulos, pôde ver a imagem atirada ao lixo. Irmã Alice Marie, com seu jeito carinhoso e aflito, fez compreender ao zelador do cemitério que a Nossa Senhora deveria ser recolhida a sua casa. Um mês após, mais exatamente no dia 20 de Abril de 1959, a religiosa conseguiu que a estátua fosse transferida ao Colégio Notre Dame. De 21 de Abril a 2 de Maio do mesmo ano a Virgem ficou em reparação. Irma Alice Marie recebeu instrução para que Nossa Senhora fosse venerada com algum nome. E assim aconteceu no dia 3 de Maio, durante a missa, na hora da Comunhão.
Dia 20 de maio de 1959, a Imagem retorna ao Colégio, não mais humilhada e indigente, mas como Rainha, revestida de ouro, trazendo sobre o peito o emblema da Confiança: Fé, Esperança e Caridade. Na mão direita os raios da graça.
Na fronte a coroa soberana, adornada com trinta e três pedrinhas, azuis. verdes. vermelhas, como símbolo dos anos que seu filho passou sobre a terra.
Em 30 de Maio, último sábado do mês, houve a bênção da Imagem, que recebeu o nome de Nossa Senhora da Confiança. As alunas do Colégio Notre Dame a coroaram.
Essa grande cerimônia foi presidida pelo Reverendíssimo Padre Dutra do Colégio São Luiz de São Paulo.
Em 30 de Agosto de 1959, entoou-se, pela primeira vez, o hino escrito e composto em seu louvor.
Novena da Confiança
Ó Maria!
Em vossas mãos ponho esta súplica (pede-se): abençoai-a e depois apresentai-a a Jesus; fazei valer o vosso amor de Mãe e o vosso poder de Rainha.
Ó Maria! Eu conto com o vosso auxílio. Confio em vosso poder. Entrego-me a vossa vontade.
Estou seguro (a) de vossa misericórdia. Ó Mãe de Deus e minha. Rogai por mim.
Nossa Senhora da Confiança
Rogai por nós que recorremos a Vós!
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Consolação

O presente título é divulgado no mundo inteiro pela Ordem dos Agostinianos, posto que, segundo uma lenda, a ele deve-se a conversão de Santo Agostinho. Santa Mônica, angustiada pela morte de seu esposo e pelos desvarios de seu filho Agostinho, recorreu à Mãe da Consolação, tendo depois a grande alegria de ver seu filho convertido e tão fervoroso cristão, que é hoje é considerado um dos maiores santos doutores da Igreja. Santo Agostinho tomou como protetora a Consoladora dos Aflitos e seus filhos espirituais se encarregaram de divulgar sua devoção.

Segundo a escritora Nilza Botelho Megale, o Brasil nasceu sob a proteção da Virgem Consoladora. Antes mesmo de Pedro Álvares Cabral chegar ao nosso país, Vicente Pinzón, navegador espanhol, companheiro de Colombo em suas viagens ao Novo Continente, descobriu um promontório, que se acredita ser o cabo de Santo Agostinho, ou a ponta de Mucuripe, em Fortaleza, ao qual deu o nome de Santa Maria de la Consolación.
Nossa Senhora da Consolação é invocada como padroeira dos lares, promovendo a harmonia no seio das famílias e a conversão dos filhos desviados, contando com grande número de devotos em nosso país.
O sentimento mais enraizado no coração humano é o desejo de felicidade. No entanto, nada mais comum do que o sofrimento entre os homens. Por isso mesmo, todos nós necessitamos de afeto e consolação; porém, neste mundo enganoso, muitas vezes não encontramos consolações humanas. Existe contudo uma fonte viva de esperança, um raio de luz que ilumina as trevas do desespero e distribui a paz aos corações atribulados. É a consolação dos Aflitos, a Mãe de Deus, Nossa Senhora da Consolação.
Bibliografia: Nilza Botelho Megale, “Invocações da Virgem Maria no Brasil”, Ed. Vozes, 4a. edição, pp. 165-166.
Nossa Senhora da Consolação,
Rogai por nós!
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Coroa

Em um convento dos Menores, na Itália, tomou o hábito de noviço um virtuoso moço muito devoto de Nossa Senhora, a cujo serviço desejava muito entregar-se.

Quando ainda no mundo, ele tinha o costume de, na primavera, colher flores nos campos e jardins, das quais fazia uma coroa ou grinalda para coroar uma imagem de Nossa Senhora que tinha em seu oratório. Tendo tomado o hábito, achou-se com mais estreitas obrigações de servir a Deus, por isso se esmerava mais em exercícios espirituais, e com maiores fervores nos obséquios a Maria Santíssima, que tinha elegido por sua especial protetora.
Chegou, porém, a primavera, e não se esquecendo de sua antiga ocupação, sem pedir licença ao mestre dos noviços, saiu do convento para colher flores com que pudesse tecer a coroa para Nossa Senhora.
O mestre apanhou-o nesta ocupação, ou nesse devoto furto, e repreendeu-lhe o arrojo de sair do noviciado sem licença. O noviço ficou muito sentido, porque, tendo declarado a intenção com que colhia as flores, não lhe foi relevada a culpa, e, julgando estar no seu direito, repetiu o furto das flores, pelo que o mestre, em vista de sua indiscreta obstinação, o mortificou com aspereza.
O demônio, que tanto se desvela na perdição das almas, e principalmente daquelas que elegeram o caminho das divinas justificações, lhe arrojou no coração a sugestão de deixar o hábito, com a tentação de que no convento mal poderia esperar progresso na virtude, uma vez que lhe impediam os fervores de sua devoção.
E assim começava a duvidar de sua vocação, por não compreender que sua devoção, com aquele apego, deixava de ser virtude e passava a ser ato de sua livre vontade. Todo gênero de virtude que se inclina às exterioridades e faz pé em devoção sensível vive muito arriscado, se o não governa a prudência.
Acossado e aflito por suas imaginações, o noviço se rendeu à tentação de despir o hábito, ainda que a memória dos fervores de sua vocação lhe servisse de tormento. Antes, porém, de executar sua resolução, foi despedir-se de Maria Santíssima, visitando uma imagem sua para a qual fazia a coroa de flores. Posto de joelhos, queixou-se, com muitas lágrimas, de sua pouca sorte.
A Mãe de misericórdia, compadecida de ver caminhar para a perdição esse enganado moço, ainda que sua boa intenção e ignorância o escusassem da culpa, dignou-se de lhe falar desta forma: “Aonde caminhas, miserável? Cuidas assegurar a teu favor a minha piedade, voltando as costas a meu Filho, arrebatando assim do seu altar o sacrifício que de ti lhe tinhas feito? O obséquio que me fazias, coroando de flores a minha imagem, foi a meus olhos muito agradável, enquanto tinhas livre a tua vontade, porém, agora, porfiando nesse obséquio, faltas à obediência, portanto não pode agradar-me a tua coroa de flores, porque na Casa de Deus é mais preciosa a obediência que o sacrifício. Porém, porque o teu erro não é malicioso, senão de ignorância, não quero que voltes as costas à tua vocação, e vou ensinar-te a fazeres uma coroa, não de flores que murcham, mas de orações, que muito me agradam. E esta coroa será de muito maior estimação do que se ma ofereceras de pedras preciosas. Comporás esta coroa de sete dezenas, em que repetirás a oração com que me saudou o anjo, quando me deu a embaixada de que Deus me havia elegido para Mãe de seu Unigênito Filho. Na primeira dezena de ave-marias, com o pai nosso, meditarás o inefável gozo que teve meu coração na Conceição do Divino Verbo em minhas puríssimas entranhas; na segunda dezena reverenciarás o gozo que tive na apressada jornada que fiz pela montanha, para visitar minha prima Isabel e tirar ao abismo da culpa o seu filho, o Batista; a terceira consagrarás com fé viva às felicidades de meu parto, em que o Todo-Poderoso me enriqueceu com a felicidade de Mãe, conservando intacta a flor de minha virginal pureza; a dezena seguinte oferecerás em reverência da suma alegria que teve minha alma, vendo prostrada aos pés de meu Filho a cega gentilidade, representada por seus três Reis Magos; a quinta dezena consagrarás ao grande prazer que tive achando no templo o meu Jesus perdido, em cuja breve ausência foi imperdoável a minha dor; a sexta, ao gozo que teve minha alma na Ressurreição do meu amado Jesus, sendo eu a primeira e a mais privilegiada no gozo de suas glórias, por ter sido aquela que teve a maior parte na acerbidade de suas penas; a sétima dezena, enfim, consagrarás ao meu felicíssimo trânsito e à minha gloriosa coroação como Rainha dos Anjos e dos homens. Esta é a coroa (que me podes oferecer) do meu maior agrado, e para ti, de maior merecimento”.
Ficou o noviço cheio de confusão como de gozo. De confusão, por ser alumiado do seu passado erro com tão soberano magistério; de gozo, por ficar sabendo o modo seguro de granjear os agrados e a graça da Mãe de Deus, a que reverenciava com amor terníssimo, e, agradecido, pôs-se logo a executar a ordem que a Virgem Santa lhe havia dado.
O mestre, que zeloso o andava espiando, vendo-o ajoelhado no oratório diante de Maria Santíssima, ficou reparando nele com cuidado e viu que um anjo, a cada ave-maria que rezava o noviço, ia colhendo de sua boca uma rosa e a ia atando em um fio de ouro, que tinha nas mãos, e chegando ao pai-nosso colhia uma açucena e atava-a ao mesmo fio. Assim o esteve espiando até que o noviço acabou sua devota oração, e o anjo, formando então de todas as rosas e açucenas atadas uma formosa grinalda, colocou-a na cabeça do noviço.
Pasmado o mestre de visão tão maravilhosa, entrou no oratório e, desaparecendo a visão, ordenou ao noviço que referisse o que fazia e tudo que havia passado em seu recolhimento. Referiu ele com humildade o sucesso e pediu perdão pela rebeldia com que havia desobedecido a suas ordens.
Divulgado esse favor de Nossa Senhora, começou-se a designar aquela santa imagem com o título de da Coroa, e à sua imitação se fizeram outras imagens a que se deu o mesmo título.
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Correia

Lê-se na vida de Santa Mônica o fato seguinte. De onde se origina o titulo Nossa Senhora da Correia.

Estando ela um dia a chorar os extravios morais de seu filho Agostinho, apareceu-lhe Nossa Senhora, a quem invocara em sua aflição. A Mãe de Deus, que estava vestida de preto, tendo à cintura uma correia da mesma cor, disse-lhe que se vestisse do mesmo modo, que assim conseguiria a conversão do filho.

A correia ou cinto era comum entre as mulheres da palestina.

Santa Mônica passou a usar desde aquele dia o vestido preto e a correia.
Convertido Agostinho, também ele começou a usar hábito preto e correia, como devoção especial a Nossa Senhora, hábito e correia que deu como distintivo a seus filhos espirituais, os padres da congregação dos agostinianos por ele fundada em Tagaste (Africa) no ano de 388.

Cresceu a Ordem Agostiniana, e com ela a devoção a Nossa Senhora da Consolação e Correia espalhou-se pelo mundo inteiro.

Tendo como padroeira Nossa Senhora da Consolação e Correia, existe hoje a Arquiconfraria da Sagrada Correia que no Brasil te sua sede em São Paulo, na igreja matriz de Santo Agostinho.

O titulo Nossa Senhora da Correia é geralmente usado unido ao de Nossa Senhora da Consolação, provavelmente por ser Nossa Senhora, sob este título, a padroeira da Arquiconfraria da Sagrada Correia.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Divina Providência

 O título Nossa Senhora da Divina Providência não é novo, pois já era usado em vários santuários da Itália desde o século XII, tendo sempre por objeto quadros e afrescos representando a Virgem Santíssima com o Menino nos braços. Mas só em 1732 se inicia o movimento religioso oficialmente reconhecido pela Santa Sé, o qual se espalhou em todo o mundo, atraindo multidões

Um contratempo deu ocasião à inauguração do quadro célebre exposto à veneração pública em Roma. Em 1659 0 papa Alexandre VII, da família Chigi, resolveu engrandecer a praça Colonna, e, quando os clérigos de São Paulo entregaram seu convento aos demolidores, cortaram uma parte da parede na qual um artista desconhecido pintara uma imagem de Maria, milagrosa, para levá-la consigo.

Mas, quando se tratou de colocá-la no lugar que lhe destinaram, o precioso afresco caiu e fez-se em mil pedaços.

O arquiteto, sentindo vivamente a perda do afresco, quis indenizar os religiosos, e a grande custo adquiriu um quadro da Virgem, obra-prima de Scipione Puizone. A pintura, que tem 54 cm de altura por 42 de largura, foi colocada no altar do oratório situado no primeiro andar do convento de São Carlos, por ser o local em que os religiosos se reuniam para os exercícios de piedade.

Descrição da imagem (pintura) que representa Nossa Senhora da Divina Providencia: a Virgem Maria esta revestida de uma túnica purpúrea e de um manto azul; um véu transparente lhe cobre a cabeça, recaindo elegantemente sobre os ombros; ela aperta amorosamente ao seio virginal a criança que segura nos braços e dirige suave olhar para o rosto adorável do mais belo dentre os filhos dos homens. 0 Menino não tem auréola, o que indica, na opinião de um cônego distinto, que Ele, além de ser o Filho de Deus, representa também os filhos dos homens. A mãozinha de Jesus, agarrada a mão da Virgem, indica a confiança, o abandono, a fé inquebrantável com que o coração humano deve, na hora do perigo, recorrer aquela que é o Refúgio dos atribulados.

Um dia, revolvendo com a alma cheia de amor os papéis do arquivo, descobriu o jovem Pe.

Januário Maffetti um manuscrito da lavra do Pe. Palma, o qual conseguira, a custa de mil angústias, edificar o convento e a igreja de São Carlos.

A cada página o Pe. Palma proclamava que Maria fora sua única Providência.

A relação jazia, havia mais de um século, oculta no fundo da biblioteca.

Movido por celestial inspiração, o jovem religioso mandou tirar uma cópia do quadro original e, não achando na igreja um lugar apropriado para a pintura, suspendeu-a no corredor entre a igreja e o convento. Abaixo do quadro colocou a seguinte inscrição, ditada por seu amor: “Mater Divinae Providentiae”.

Era o dia 13 de julho de 1732, sexto domingo depois de Pentecostes.

Desde então cresceu e se expandiu por toda a parte, autorizada pelos sumos pontífices, a devoção a Nossa Senhora da Divina Providencia, a qual começou a ser divulgada no Brasil com a chegada dos padres barnabitas, em agosto de 1903.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Encarnação

Conta-nos o evangelho de São Lucas (Le 1, 28-38) a Anunciação do anjo Gabriel a Maria, e quando Maria respondeu aceitando a sua missão – “Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”. Naquele momento o Verbo Divino se encarnou e uma nova era se abriu para a humanidade.

Maria celebrava todos os anos o aniversário do grande dia em que o Verbo, encarnando-se em seu seio, a elevara à dignidade de Mãe de Deus. Testemunhas de seus sentimentos, os apóstolos se uniram a Ela e estabeleceram a festa da Anunciação nas diversas regiões onde foram propagar a fé cristã. A Igreja, seguindo o exemplo dos discípulos de Cristo, desde o início estabeleceu a festividade da Encarnação a 25 de março. Santo Atanásio, patriarca de Alexandria, em 328 dizia: – “É uma das maiores festas do Senhor e a primeira na ordem dos mistérios, por isso devemos celebrá-la com grande devoção.
Em Portugal seu culto era bastante divulgado, existindo diversas igrejas dedicadas à Senhora da Encarnação, como as de Lisboa e Coimbra. Entre as milagrosas imagens desta invocação, veneradas pelo povo, destaca-se a de Leira. Dizem que ela foi encontrada num olival perto daquela cidade e recebeu o título de Encarnação porque “em sua atitude estava mostrando a grande humildade com que Maria ouvia a anunciação do Arcanjo” e também porque apareceu num monte que antigamente era denominado “do Anjo”. por haver ali uma ermida dedicada a São Gabriel.
No Brasil, o culto da Senhora da Encarnação surgiu nos primeiros tempos do período colonial, quando estava em seu apogeu na Europa, cedendo lugar depois a outras invocações. Frei Agostinho de Santa Maria refere-se, no século XVIII, a dois santuários na Bahia, uma na Ilha de ltaparica e outro numa aldeia próxima a Ilhéus. Em ambos havia primeiramente uma pintura representando a Anunciação, mas, devido às inúmeras graças alcançadas, foram erguidas igrejas de pedra e cal, com imagens de Nossa Senhora da Encarnação no altar-mor, executadas em madeira policromada. Um dos poucos templos deste orago existentes hoje em dia é o de Guricema, na zona da Mata, em Minas Gerais.
Em meados do século XVII, a Congregação do Oratório, fundada em Portugal, estabeleceu-se em Pernambuco com a finalidade de socorrer doentes e abandonados, não só no Recife e Olinda, mas também nos matos e sertões, fundando aldeias e batizando gentios, que atraíam à fé católica pelo seu zelo apostólico. Os dinâmicos padres reformaram então uma ermida já existente em Santo Amaro d’Água Fria, que lhes fora doada pelo Vigário Geral, em torno dela construíram um mosteiro dedicado a Nossa Senhora da Encarnação. Sua igreja, como a maioria dos primitivos templos brasileiros, possuía um amplo alpendre que servia para abrigar os devotos que chegavam em horas impróprias àquela casa de devoção. No seu interior, possuía a princípio um retábulo dourado provavelmente sobre a Anunciação da Virgem, que devido aos estragos do templo foi retirado e substituído por pinturas. Sobre o altar-mor da capela azulejada de azul e branco foi colocada bonita efígie da Padroeira.
A Congregação do Oratório teve rápido desenvolvimento em nosso país c em pouco tempo o convento tomou-se pequeno para abrigar os religiosos. No início do século XVIII foi construído um convento maior, e sua matriz dedicada a Nossa Senhora Madre de Deus, porém sua festa continuou a ser celebrada na data da Anunciação. Devido à sistemática perseguição política a congregação extinguiu-se em 1830, após ter prestado inestimáveis serviços à religião e à cultura em Portugal e no Brasil, pois seus religiosos mantinham também cursos de gramática Latina, Teologia e Filosofia, além de escolas de primeiras letras, abertas a todos.