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Santuário de Fátima (Portugal) – Homilia 13 de Maio de 2013

Minha saudação afetuosa a todos os peregrinos que se congregam aqui em Fátima para esta celebração aniversária! Este Arcebispo de São …

Artigos Santuários Marianos

A Basílica de Nossa Senhora de Luján

A própria Mãe de Deus escolheu o local onde queria ser venerada como Senhora e Padroeira da Argentina.

Descendo pela extensa costa atlântica da América do Sul, se encontra o caudaloso rio da Prata, às margens do qual está Buenos Aires, capital da Argentina, a terra dos pampas e dos altivos gaúchos.

Partindo dessa metrópole e viajando cerca de 70 quilômetros a oeste, chega-se a uma pitoresca cidadezinha que se formou em torno do mais importante santuário mariano do país. Sua origem remonta ao ano de 1630, quando naquele lugar foi levantada uma pequena capela para venerar uma imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, mandada trazer do Brasil por um português chamado Antônio Farias de Sá. Um amigo seu aceitou o encargo de trazê-la.

Depois de uma longa jornada, ao chegar às margens do rio Luján, ele e seus companheiros de viagem detiveram-se para passar a noite numa fazenda de propriedade da família Rosendo.

Na madrugada seguinte, quando quiseram prosseguir a viagem, os bois de tração, por mais que se esforçassem, não conseguiam pôr em movimento a carreta na qual se encontrava a imagem. Desceram, então, parte da carga, para diminuir o peso. Mas foi em vão. Depois de várias outras tentativas inúteis, tiraram por fim a caixa que continha a imagem da Virgem, e logo os bois puderam arrastar o veículo, sem dificuldade.

Colocando-a de volta, novamente os animais viam-se impossibilitados de mover a carreta. Os tropeiros entenderam ser isso um aviso dos Céus: Nossa Senhora queria permanecer e ser venerada naquele lugar. E assim, deixaram a imagem na fazenda dos Rosendo.

A notícia do maravilhoso fato correu por toda a região, chegando até Buenos Aires, e muitas pessoas começaram a viajar em peregrinação ao local. Como crescia continuamente a devoção popular, o fazendeiro construiu ali uma pequena capela. Em pouco tempo, formou-se em torno dela um povoado, chamado “Vila de Nossa Senhora de Luján”. Ano após ano, crescia o afluxo de fiéis, bem como o número de milagres operados pela maternal intercessão da Virgem Mãe de Deus. Assim, em 1730, a autoridade eclesiástica local criou no vilarejo uma paróquia.

Décadas depois, animado por um sacerdote especialmente devoto da Virgem, o Padre Salvaire, o Episcopado argentino apresentou ao Papa Leão XIII, em nome de todos os fiéis do Rio da Prata, uma petição para que a imagem de Nossa Senhora de Luján fosse coroada como Padroeira da Argentina.

O Pontífice não só concedeu o que se lhe pedia, mas abençoou ele mesmo a coroa, e outorgou Missa e Ofício próprios para sua festividade. Em maio de 1887, realizouse a solene cerimônia de coroação.

Passados três anos, o mesmo Padre Salvaire iniciou a construção da atual igreja. O projeto ficou a cargo do renomado arquiteto francês Ulderico Curtois. Ela foi inaugurada em 1910 e elevada à categoria de basílica, pelo Papa Pio XI, em 1930.

Passados três anos, o mesmo Padre Salvaire iniciou a construção da atual igreja. O projeto ficou a cargo do renomado arquiteto francês Ulderico Curtois. Ela foi inaugurada em 1910 e elevada à categoria de basílica, pelo Papa Pio XI, em 1930.

Suas paredes, lavradas em pedra ligeiramente avermelhada, constituem uma bela e digna moldura para o culto à Mãe de Deus. (Revista Arautos do Evangelho, Nov/2008, n. 83, p. 50-51)

Fonte: Arautos do Evangelho

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Nossa Senhora das Maravilhas

“Maria produziu, com o Espírito Santo, a maior maravilha que existiu e existirá: um Homem-Deus; e Ela produzirá, por conseguinte, as coisas mais admiráveis que hão de existir nos últimos tempos” (São Luís Grignion de Montfort).

Mariana Morazzani Arráiz

São inumeráveis as maravilhas operadas pela Mãe de Deus ao longo desses vinte séculos de História da Igreja. Com razão, pois, o povo fiel, entre centenas de outros títulos, invoca a Imaculada Esposa do Espírito Santo como Senhora das Maravilhas.Quando brotou da alma católica essa invocação? Sabemos que ela já existia pelo menos desde as primeiras décadas da descoberta da América.

NS MARAVILHAS.JPG
Nossa Senhora das Maravilhas, imagem de
madeira folheada de prata cinzelada, trazida
para Salvador,em 1552, por D. Pero
Fernandes Sardinha, primeiro Bispo
do Brasil

Na Catedral de Salvador, Bahia

Quando, em 1552, aportou na Bahia o primeiro Bispo do Brasil, Dom Pero Fernandes Sardinha, trazia ele uma preciosa imagem de Nossa Senhora das Maravilhas, presente do Rei Dom João III à recém-descoberta Terra de Santa Cruz.

Concluída a construção da Catedral da Sé de Salvador em 1624, seu Bispo, Dom Marcos Teixeira, entronizou na principal capela lateral a imagem de Nossa Senhora das Maravilhas, onde a Mãe de Deus passou a acolher com benevolência todos quantos a Ela vêm pedir auxílio.

Poucos anos depois de ser entronizada nesta capela, o Menino Jesus que ela traz nos braços foi sacrilegamente furtado, quebrado em vários pedaços, lançado no lixo da cidade, onde foi depois encontrado, faltando uma das perninhas. Uma mulher ao procurar lenha encontrou esta perninha, e não sabendo o que era, lançou-a no fogo. Oh, maravilha! Para admiração da mulher, aquele pedacinho de madeira saltou para fora do fogo, sendo preservado. Deste modo se pôde restaurar o Divino Menino que foi devolvido aos braços da Mãe, com muito grande devoção.

O “estalo” do Padre Antonio Vieira

Por meio dessa imagem, o Senhor tem operado muitos e grandes milagres. Um dos mais conhecidos deu-se com o famoso Padre Antonio Vieira.

Tendo vindo menino para o Brasil, iniciou ele seus estudos no Colégio dos Jesuítas na Bahia. Nos primeiros tempos não passava de estudante medíocre, mal compreendendo as lições, a ponto de pensarem os superiores em dispensá-lo do Colégio.

Em seu grande desejo de ingressar na Companhia de Jesus, certo dia, já quase desesperado com sua dificuldade nos estudos, foi Vieira suplicar auxílio aos pés da Senhora das Maravilhas. No meio da oração, sentiu como um “estalo” em sua cabeça, acompanhado de uma dor muito forte que o prostrou por terra, dando-lhe a impressão de que ia morrer. Ao voltar a si, deu-se conta de que aquelas coisas que antes pareciam inatingíveis e obscuras à sua inteligência, tornaram-se claras. Assim, Vieira percebeu a enorme transformação ocorrida em sua mente.

Ao chegar ao Colégio, pediu que o deixassem participar das disputas com os colegas. Para espanto dos mestres, venceu todos os companheiros com o brilho de seu raciocínio. Daí por diante foi o primeiro e mais distinto aluno em todas as disciplinas, tornando-se um dos maiores oradores sacros e escritores da língua portuguesa.

Devoção na Espanha: o Menino Jesus das Maravilhas

Na Capital espanhola, o nome de Nossa Senhora das Maravilhas tem sua origem em fatos encantadores e poéticos, próprios à Virgem das Virgens.

Passeando pelo jardim de seu convento num dia de 1620, algumas fervorosas freiras carmelitas descobriram uma imagem do Menino Jesus recostada sobre um tufo de flores conhecidas pelo nome de maravilhas.

Cheias de surpresa, não sabiam elas o que mais admirar, se o diminuto tamanho do Menino, de apenas sete centímetros, se sua extrema formosura, ou se as circunstâncias em que foi descoberto. Com grande alegria e devoção, levaram- no para a capela, onde lhe improvisaram um altar ornado com as flores irisadas de amarelo e alaranjado, sobre as quais havia sido encontrado.

E começaram a invocá- lo como o Menino Jesus das Maravilhas.

Uma antiga imagem de Maria

Poucos anos depois, chegou a Madri uma antiga imagem da Virgem, cuja origem também está envolta nas brumas da história.

Consta ser ela do século XIII. Em 1585, estava exposta à veneração dos fiéis no povoado de Rodasviejas, mas em tão deplorável estado de conservação que o Bispo de Salamanca mandou retirá-la da igreja. Alguns paroquianos, entretanto, não se conformaram com essa decisão. E um deles obteve autorização para ficar com a imagem em sua própria residência.

Tinha porém a Santíssima Virgem desígnios admiráveis a respeito dessa sua imagem. Após algumas vicissitudes, foi ela parar em Madri, tornando-se propriedade de Ana Carpia, esposa do escultor Francisco de Albornoz, o qual a restaurou na perfeição.

À residência desse católico casal começaram a afluir, em número cada vez maior, vizinhos e conhecidos para rezar diante dessa imagem, pois correra a notícia de que ali a Mãe de Bondade concedia favores a seus devotos.

Um estupendo milagre tornou-a famosa na cidade inteira. Numa lamentável explosão de ira, um caçador apunhalou brutalmente um jovenzinho das vizinhanças, deixando-o meio morto. A mãe do menino foi correndo prostrar-se diante da imagem, implorando a Nossa Senhora a cura do filho. Pouco depois, ficou ele totalmente são e salvo.

Diante desse prodígio, seguido de muitos outros, o Vigário Geral da Diocese ordenou a Ana Carpia que entregasse a imagem a alguma igreja. Como se vê, a própria Mãe de Deus se ocupou de, por meio de milagres, recuperar para essa sua imagem um trono em algum edifício sagrado. Para qual igreja levá-la?

No mosteiro das carmelitas

A senhora Carpia decidiu escolher, mediante sorteio, um dos quatro conventos carmelitas então existentes em Madri. A sorte recaiu sobre o mosteiro onde aparecera anos antes o Menino Jesus das Maravilhas.

Assim, em 17 de janeiro de 1627, Ana Carpia e seu esposo fizeram lavrar em cartório o ato de doação da milagrosa imagem às freiras carmelitas. No dia 1º de fevereiro desse ano, foi ela transladada para o mosteiro em solene procissão, assinalada por um significativo fato: durante todo o trajeto, uma branca pomba sobrevoou a imagem e entrou com ela no interior da ermida, onde se deixou colher pelas monjas. Estas a consagraram à Virgem no dia seguinte, 2 de fevereiro, festa da Purificação de Maria, e a retiveram no convento.

NS MARAVILHAS_2.JPG
Imagem de Nossa Senhora das Maravilhas
venerada na Capela do Mosteiro do
mesmo nome em Madri. O Menino
Jesus foi encontrado pelas freiras
sobre um tufo de flores chamadas
maravilhas, em 1620

As freiras ornavam as mãos sagradas da imagem com as flores chamadas de maravilhas. Em certo momento, uma delas teve a inspirada idéia de colocar sobre essas flores a minúscula imagem do Menino Jesus das Maravilhas, o qual adquiriu especial encanto posto nesse trono floral. Com isto, a Mãe acabou tomando o nome do Filho: Nossa Senhora das Maravilhas. É esta a origem do belo nome da imagem venerada em Madri.

O manto de Nossa Senhora cura o Rei Felipe IV

Em 1639, atacado por conspiradores, ficou o rei gravemente ferido. A notícia comoveu toda a corte. Ordenaram- se orações em todos os templos pela saúde do rei, especialmente na ermida da Senhora das Maravilhas.

A rainha Mariana d’Áustria pediu às carmelitas um manto da Virgem para colocá-lo sobre o leito do monarca. Apenas foi colocado, com grande surpresa para todos, o rei perguntou à rainha: “O que pusestes sobre mim, que me encontro inteiramente bem?”

Em gratidão por tão grande favor da Virgem das Maravilhas, o rei mandou construir às suas expensas a atual igreja, inaugurada em 1646. Ademais, criou um patronato presidido pela rainha e vários personagens da corte, com a obrigação de dotar o convento das Maravilhas com uma renda anual. O rei muitas vezes ia fazer exercícios espirituais com as carmelitas, dizendo que “lhe davam alentos para o exercício de seus altos deveres de Estado”.

Prodígios da Virgem das Maravilhas

Além da cura do rei e do menino moribundo, muitos outros fatos extraordinários aconteceram ao longo da história desta imagem.

Em 12 de agosto de 1675 armou-se uma grande tempestade durante o canto da Salve Rainha, entrando na igreja uma fagulha de um raio que causou dano a várias pessoas, entre elas uma menina de três anos que ficou como morta. Aflito, seu pai a tomou nos braços e a pôs sobre o altar da Virgem, implorando misericórdia. Surpreendentemente, aos poucos, a menina voltou a si como se nada tivesse acontecido.

E em 1689, um pintor que estava trabalhando na abóbada da igreja, caiu sobre as pedras do presbitério, parecendo morto. Ante a invocação da Virgem e a aplicação de uma sua estampa, voltou a si e foi para sua casa andando normalmente.

                                                                           * * *

Invocação mais bela e sugestiva não poderíamos sugerir a nossos leitores neste início de 2005, que se anuncia tão borrascoso. Peçamos assim a Nossa Senhora que o transforme em “Ano das Maravilhas”, inundando a Terra com as torrentes da graça de que Ela é cheia, fazendo triunfar de maneira fulgurante o seu Imaculado Coração, abrindo para a humanidade, o quanto antes, uma nova era dos esplendores mariais. (Revista Arautos do Evangelho, Fev/2005, n. 38, p. 34 à 36)

Fonte: Arautos do Evangelho

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Doce consolo no desamparo

A Mãe do Verbo Divino está sempre do nosso lado, tanto nos momentos de resplendente felicidade, como nas ocasiões em que aparentemente a luz nos abandonou.

Fahima Spielmann 

Convido-o por alguns momentos, caro leitor, a abstrairmos do ambiente que nos circunda e irmos juntos acompanhar um viajante perdido à noite no deserto.

Longe de qualquer penumbra de luz elétrica ou natural, segue ele afanosamente o caminho indicado pela bússola. Já Virgem com o Menino por Paolo Veneziano_Museo-Louvre_Paris.jpgsem alimento, a única reserva que possui em seu cantil é um gole de água quente, que o Sol não ignorou durante o dia. Até o ponteiro do seu relógio parou de funcionar! E quanto mais ele obedece ao rumo marcado pela agulha, mais lhe parece estar aquele instrumento desnorteado.

Sumido no negrume triste e ameaçador, o que não temer? Nosso viajante para por um instante, procurando cobrar alento e não perder a calma.

De súbito, o vento sopra, as nuvens se abrem e surge a Lua, rainha da noite. A alma inquieta do viajante se amaina e seu espírito recobra a tranquilidade, pois o espargir da luz que há pouco vira nascer faz claro o caminho e lhe dá segurança.

* * *

Doce consolo na desolação da noite foi esse belo astro, louvado sem cessar pelos poetas e cultuado por muitos povos da Antiguidade. Porém, entre tantas predileções, nada o enaltece mais do que simbolizar a Virgem Santíssima, formosa como a Lua, que guia os peregrinos neste vale de lágrimas rumo ao Sol de Justiça que A ilumina.

Precedendo Nosso Senhor Jesus Cristo, quis o Pai que outra luz prenunciasse o dia da salvação. E assim como a claridade da Lua prepara os olhos dos homens para poderem fitar o fulgor do Sol, surgiu Maria, na noite dos tempos, rasgando as trevas do pecado e anunciando o resplendor da graça que em breve ia reinar no meio de nós.

Mãe do Verbo Divino e Mãe nossa, Ela nos acompanha sempre, tanto nos momentos de radiante felicidade, como nas ocasiões em que aparentemente a luz nos abandonou. E ainda que o céu se apresente coberto por negras nuvens, anunciando provações e desastres, esta boníssima Mãe não deixa de permanecer ao nosso lado, afável, indulgente e serena, perpetuamente propensa a nos ajudar.

Saibamos viver à procura dessa claridade que torna doces os percursos mais áridos. Nas noites obscuras, jamais nos permitamos um sentimento de desconfiança para com Ela, mas vivamos, pelo contrário, em busca dessa luz prenunciadora do Sol rutilante que logo vai nascer. E saibamos a Ela recorrer, dizendo:

“Ó minha Mãe, Medianeira de todas as graças, na vossa luz veremos a luz. Mãe, antes ficar cego do que deixar de ver vossa luz, porque vê-la é viver. Na sua claridade contemplaremos todas as luzes; e sem ela nenhuma luz refulge. Não considerarei vida os momentos em que ela não brilhar; e eu, da vida, não quererei ter mais nada do que a mente banhada por essa luz.

“Ó luz!, eu vos seguirei custe o que custar: pelos vales, montes, desertos, e ilhas; pelas torturas, pelos abandonos e olvidos; pelas perseguições e tentações, pelos infortúnios, pelas alegrias e triunfos. Eu vos seguirei de tal maneira que, mesmo no fastígio da glória, não me incomodarei com ela, porque só me preocuparei convosco. “Eu vos vi, e até o Céu não desejarei outra coisa, porque, uma vez, vos contemplei!”.1 (Revista Arautos do Evangelho, Maio/2013, n. 137, p. 50-51)

Fonte: Arautos do Evangelho
(10/05/2013)

 

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Nossa Senhora de Fátima

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No final, estará disponível a história das aparições de Nossa Senhora em quadrinhos

Aparições do Anjo de Portugal

Anjo de Portugal

Primeira aparição

Na primavera de 1916, Lúcia dos Santos de 9 anos com seus priminhos Jacinta e Francisco Marto de 6 e 8 anos, estavam no pasto com suas ovelhas na gruta do outeiro do Cabeço, perto de Aljustrel, freguesia de Fátima, região de pedras, entre plantinhas e oliveiras e grutas. Enquanto brincavam, de improviso os envolveu uma luz branca e um vento forte sacudiu as árvores. No meio daquela luz a figura de um jovem apareceu, que se apresentou dizendo: “Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo”. Ajoelhando-se na terra, abaixou a cabeça até tocar o solo e fez as crianças repetirem com ele três vezes: ” Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram e Vos não amam”. Depois ergueu-se dizendo: “Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas”.

Segunda aparição

Ocorreu no verão, quando os pastorzinhos brincavam junto ao poço da casa de Lúcia. O Anjo se dirigiu a eles com estas palavras: ” Que fazeis? Orai! Orai Muito! Os Corações Santíssimos de Jesus e Maria têm sobre vós desígnos de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios”. As crianças perguntaram: “Como nos havemos de sacrificar?”. O Anjo respondeu: “De tudo que puderdes, oferecei a Deus um sacrifício em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores. Atraí assim sobre vossa pátria a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar”. A partir deste momento os pastorzinhos começaram a oferecer ao Senhor tudo aquilo em que podiam mortificar-se.

Terceira aparição

Ocorreu no outono de 1916 no Cabeço. As crianças tinham começado as orações quando apareceu uma luz e viram o Anjo que trazia na mão esquerda um cálice e suspensa sobre ele uma Hóstia, da qual caíam dentro do cálice algumas gotas de sangue. Deixando o cálice e a Hóstia suspensos no ar, prostrou-se em terra junto deles e repetiu três vezes a oração: “Santíssima Trindade, Padre, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”. Depois, levantando-se, deu a Hóstia a Lúcia e o que continha o cálice deu-o a beber a Jacinta e a Francisco, dizendo ao mesmo tempo: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus”.

As aparições de Nossa Senhora

A primeira aparição

ahorademaria

Em de Maio de 1917 as crianças tinam trazido as ovelhas à Cova da Iria e estavam brincando quando no céu sem núvens apareceu um clarão como um relâmpago. Pensando que estivesse vindo um temporal reuniram o rebanho, mas houve um segundo clarão e sobre uma pequena azinheira viram “uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz muito clara e intensa”. A bela Senhora disse: “Não tenhais medo, não vos faço mal”. Lúcia perguntou: “De onde vens?”. -” Sou do Céu ( e Nossa Senhora ergueu a mão para apontar o Céu)”. – “E eu também vou para o Céu?”. – “Sim, vais”. – “E a Jacinta?”. – “Também”. – “E o Francisco?”. – “Também, mas tem que rezar muitos terços”. Então Nossa Senhora perguntou: “Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?”. -“Sim, queremos”. – “Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto”. Então abriu as mãos com um gesto amoroso de Mãe que oferece seu coração. De sua mão partia uma luz intensa que alcançava os meninos. A visão se esvaniu dizendo: “Rezem o terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra”. E desapareceu.

 Segunda Aparição

Em 13 de Junho de 1917, acompanhados por cerca de 50 pessoas, as crianças estavam recitando o Rosário, quando houve novamente um relâmpago e imediatamente depois, Nossa Senhora sobre a azinheira, como em Maio. “O que queres de mim?” perguntou Lúcia. -“Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, rezeis o terço todos os dias, e que aprendais a ler. Depois direi o que quero”. – “Queria pedir-Lhe para nos levar para o Céu”, disse Lúcia. “Sim, à Jacinta e ao Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar seu trono”. Perguntou-lhe Lúcia: “Fico cá sozinha?”. – “Não filha. E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus”. Foi então que abriu as mãos e lhes comunicou pela segunda vez aquela luz intensa, Jacinta e Francisco pareciam estar na parte dessa luz que se elevava para o Céu e Lúcia na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora estava um Coração cercado de espinhos que pareciam estar nele cravados. Compreenderam que era o Coração Imaculado de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação”.

Terceira aparição

Em 13 de Julho de 1917 recitavam o Rosário com a multidão e viram o mesmo reflexo de luz e depois a Senhora sobre a azinheira. Lúcia perguntou: “O que queres de mim?”. Respondeu-lhe: “Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem, que continuem a rezar o terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer”. -“Queria pedir-Lhe para nos dizer quem é, e para fazer um milagre com que todos acreditem que a Senhora nos aparece”. – “Continuem a vir aqui todos os meses. Em outubro direi quem sou, o que quero, e farei um milagre que todos hão de ver para acreditarem”.”Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes e em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por Vosso Amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria”. À estas palavras abriu de novo as mãos e o reflexo de luz pareceu penetrar a terra, as crianças tiveram a visão do inferno; assustados levantaram os olhos à Senhora que disse: “Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz”. Depois acrescentou: “Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja; os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas; por fim, o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal se conservará sempre o Dogma da Fé”.”Quereis aprender uma oração?”. – “Sim, queremos”. – “Quando rezais o terço, dizei sempre depois de cada mistério: Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno, levai as alminhas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem”.

Quarta aparição

Em agosto as crianças foram impedidas pelas autoridades civis anti-eclesiásticas de irem ao encontro do dia 13, onde estava reunida uma enorme multidão. As crianças por dois dias foram fechadas e ameaçadas de torturas para que desmentissem, mas não cederam; estavam prontas para oferecerem suas vidas para não trair as promessas feitas a Nossa Senhora. Então foram libertadas. Em 19 de agosto, enquanto pastorejavam o rebanho num lugar chamado Valinhos, viram a Senhora sobre uma azinheira. “O que queres de mim?”, disse Lúcia. “Quero que continueis a ir à Cova da Iria no dia 13 e que continueis a rezar o terço todos os dias. No último mês farei o milagre para que todos acreditem”. Depois, com um aspecto mais triste disse: “Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas”.

Quinta aparição

Em 13 de setembro cerca de 30.000 pessoas os acompanharam à Cova da Iria e ali recitaram o Rosário; pouco depois apareceu a Senhora sobre a azinheira. “Continuem a rezar o terço para alcançarem o fim da guerra. Em outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo e São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda, trazei-a só durante o dia”.

Sexta e última aparição

Em 13 de outubro de 1917, as crianças estavam circundadas por uma multidão de 70.000 pessoas, sob uma chuva torrencial; Lúcia disse novamente à Senhora: “O que queres de mim?”. Respondeu: “Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas”. Depois Lúcia lhe disse: “Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir. Se curava uns doentes e se convertia uns pecadores…”. – “Uns sim, outros não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados”. E tomando um aspecto mais triste: “Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido”. “Quereis alguma outra coisa de mim?”. – “Não quero mais nada”. Em seguida, abrindo as mãos, Nossa Senhora fê-las refletir no sol, e enquanto Se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projetar-se no sol. Lúcia nesse momento exclamou: “Olhem para o sol!”. Então aconteceu o sinal prometido, o sol extraordinariamente brilhante, mas não a ponto de cegar. O sol começou a girar sobre si mesmo, projetando em todas as direções feixes de luz de todas as cores que refletiam-se e coloravam as nuvens, o céu, as árvores, a multidão. Parou por certo tempo e depois recomeçou, como antes, girando sobre si mesmo. De repente parecia que se destacava do céu para precipitar-se sobre a multidão que assistia aterrorizada, caia de joelhos e invocava misericórdia. No entanto as crianças viram ao lado do sol Nossa Senhora vestida de branco com o manto azul e São José com o Menino que abençoava o mundo. Depois desta visão, viram O Senhor que abençoava o mundo, com Nossa Senhora das Dores a seu lado. Desaparecida esta visão, viram Nossa Senhora do Carmo. Terminado o milagre as pessoas se deram conta de terem tido suas roupas completamente secadas.

 

Para baixar a história de Nossa Senhora de Fátima em quadrinhos,clique aqui, será necessário ter o software Acrobat Reader (*.pdf) instalado em seu computador para poder visualizá-lo.

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Acolhendo Maria no Coração

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Às palavras de Jesus, “Mulher, aí está teu filho”, correspondem aquelas outras palavras de Jesus para o discípulo: “Aí está sua mãe”. Se o dever da mãe é preocupar-se com o filho, o dever do filho é acolher a mãe e fazê-la parte integrante de seu próprio mundo. A maternidade se estabelece de forma totalmente única entre mãe e filho. Uma autêntica mãe assume formas diferentes com cada um de seus filhos. A cada um deles o chama por seu nome. A cada um se entrega totalmente, mas de forma diversa. “É essencial à maternidade a referência à pessoa. A maternidade determina sempre uma relação única e irrepetível entre duas pessoas: a da mãe com o filho e a do filho com a mãe. Mesmo quando uma mesma mulher é mãe de muitos filhos, sua relação pessoal com cada um deles caracteriza a maternidade em sua própria essência. Cada filho é engendrado de um modo único e irrepetível e isto vale tanto para a mãe como para o filho. Cada filho fica envolvido, do mesmo modo, por aquele amor materno sobre o qual se baseia sua formação e amadurecimento na humanidade” (RM, 45).

Esta reflexão serve de chave para entender a única e irrepetível relação que se estabelece e deve ser estabelecida entre Maria-mãe e cada um dos fiéis. A analogia entre a maternidade física e a maternidade espiritual é sumamente válida. E o Papa acrescenta uma observação, que talvez a não poucos tenha passado despercebida. Por que Maria é confiada como mãe, não a todos os discípulos em geral, mas apenas ao “discípulo amado”? A encíclica responde: “nesta luz se torna mais compreensível o fato de que, no testamento de Cristo, junto ao Gólgota, a nova maternidade de sua mãe tenha sido expressa no singular, referindo-se a um homem” (RM, 45). Por isso, com cada um dos fiéis Maria mantém uma relação materna absolutamente peculiar. Todo fiel recebe de Cristo Redentor o dom de Maria-mãe: “um dom que o próprio Cristo faz pessoalmente a cada homem” (RM, 45). Que Maria exerce essa função materna com entrega e solicitude extraordinária já foi revelado milhares e milhares de vezes por testemunhos de cristãos através do tempo e do espaço.

À mãe que nos foi confiada como um dom, devemos portanto corresponder. Maria deve “ser acolhida” como mãe e cada um dos fiéis deve sentir-se “seu filho”. O filho tem de relacionar-se intimamente com a mãe, “entregar-se” de forma concreta, ao amor da mãe” (RM, 45). A atitude do discípulo amado, entregando-se a Maria, deve encontrar continuidade na Igreja, enquanto comunidade, e em cada um dos fiéis. “Entregando-se filialmente a Maria, o cristão ‘acolhe dentro de si’ a mãe de Cristo, introduzindo-a em todo o espaço de sua vida interior, quer dizer, em seu ‘eu’ humano e cristão” (RM, 45).

A encíclica não fala da “consagração” a Maria. Prefere aquela outra expressão, muito mais compreensível e fundamentada na palavra de Deus, de “confiança”, “entrega filial”.

Quem se entrega a Maria percebe que ela o remete imediatamente a Jesus: “Façam o que ele mandar”. Jesus é para Maria “o caminho, a verdade e a vida”, é o enviado do Pai. Maria sabe que é sua “serva”. Maria leva seus filhos a descobrir a “insondável riqueza de Cristo” (Ef 3,8).

Maria, mãe-esposa-virgem, é para a Igreja e para cada um dos cristãos o modelo, a imagem daquilo para o qual foram chamados a ser. Como dizia Paulo VI: “A Igreja encontra em Maria a mais autêntica forma de perfeita imitação de Cristo” (discurso de 21 de novembro de 1964).

Fonte: Comunidade Shalom

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Nossa Senhora dos Caminhos

Autor: Frei Lourenço Maria Papin, OP 
Santa Cruz do Rio Pardo – SP

Natvidade

Ao longo dos séculos, as gerações cristãs adornaram e enalteceram Maria com milhares de belíssimos títulos.

Neste mês de maio dedicado a Maria pela piedade popular, venho invocá-la com o sugestivo título de Nossa Senhora dos Caminhos.

Nossa Senhora dos Caminhos que lembram Maria quando aqui na terra percorria estradas de sua pátria, a Palestina de 2.000 anos atrás.

Eis Maria noiva de José, misteriosamente grávida de Deus, a caminho de uma cidadezinha nas montanhas de Judá, visitando prestativa sua prima anciã, Isabel, grávida de João Batista, futuro precursor de seu filho.

"Nossa Senhora a caminho da casa da sua prima Isabel" - Basílica da Visitação, Ain Karim (Israel)
“Nossa Senhora a caminho da casa da sua prima Isabel” – Basílica da Visitação, Ain Karim (Israel)

Maria e José, no caminho de Nazaré a Belém: predestinado casal da Noite Santa de Natal.

Maria e José, aflitos percorrendo caminhos desconhecidos, caminhos do exílio rumo à terra do Egito.

A Fuga para o Egito. Por Fra Angelico, no Museo di San Marco, em Florença
A Fuga para o Egito.
Por Fra Angelico, no Museo di San Marco, em Florença

Maria, José e o Menino., alegres peregrinos com o povo, todos os anos, no caminho de Nazaré a Jerusalém, para a Festa da Páscoa judaica.

Maria e José angustiados, por caminhos diversos à procura do garoto Jesus que se perdera no templo de Jerusalém é encontrado.

Maria silenciosa nos caminhos da Galiléia, da Samaria e da Judéia, seguindo os passos de seu Filho itinerante que anunciava a boa nova do Reino dos Céus.

Maria no caminho do Calvário ao encontro de Jesus carregado a cruz, Maria, mulher corajosa, cheia de graça e de fé, mãe dolorosa aos pés da cruz.

Maria no caminho ao encontro jubiloso de seu Filho ressuscitado, no mais sublime amplexo que mente humana possa imaginar.

Maria no caminho do Monte das Oliveiras em Jerusalém, para a despedida do Filho que para junto do Pai partia.

Maria no breve caminho do Monte das Oliveiras para o Cenáculo, ao lado dos apóstolos, orando com a Igreja que nascia, recebendo a efusão do Espírito Santo que em Pentecostes descia.

Maria nos diferentes caminhos que a levavam às primeiras comunidades que surgiam dentro e fora das fronteiras da Palestina. Maria nos caminhos da evangelização e do serviço dos primeiros seguidores de seu Filho.

Maria Imaculada e ressuscitada, assunta e glorificada, a caminho do Céu, coroada de estrelas, vestida de sol e calçada de lua, ao encontro do Filho, Senhora e Rainha do Céu da terra!

Ó Maria caminheira e peregrina, Maria de Deus e da gente, nós lhe pedimos: venha conosco caminhar, pois somos também um povo caminheiro e peregrino rumo à Casa do Pai. Venha caminhar com as crianças e os jovens do terceiro milênio.

Senhora dos caminhos de Lourdes, de Salette, de Fátima, de Aparecida e de tantos outros lugares, venha percorrer os caminhos de nossos sertões, de nossos campos, de nossas cidades, de nossa pátria e de toda humanidade.

Venha, Senhora, derramar bênçãos copiosas e carinhosas sobre nossas casas e famílias, bênçãos de justiça e paz, bênçãos de amor e solidariedade, bênçãos de saúde, bênçãos espirituais e materiais e bênçãos de bem estar social.

Cartaz em vista de uma grande peregrinação de crianças ao Santuário de Fátima - Portugal, nos dias 09 e 10 de Julho de 2013
Cartaz em vista de uma grande peregrinação de crianças ao Santuário de Fátima – Portugal, nos dias 09 e 10 de Julho de 2013

Venha, Senhora e Mãe nossa, mostrar os caminhos que nos conduzem ao seu Filho, que nos levam aos irmãos e irmãs sobretudo pobres, doentes, aflitos, injustiçados e marginalizados. Venha mostrar-nos os caminhos da concórdia e do perdão, do serviço e da doação.

Senhora dos caminhos, venha inspirar-nos e indicar-nos caminhos novos que nos ajudem a construir um mundo diferente, mais bonito, sem violência, sem ódios e sem guerras, sem fome e sem miséria, sem competições mesquinhas e sem exclusões, sem exploração do homem e da mulher: enfim, um mundo mais justo, mas humano, mais materno, mais fraterno e mais cristão.

 

 

 

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Regina Coeli – Papa Francisco – 14/04/2013

Brasão Papa Francisco

Regina Coeli
Praça de São Pedro, no Vaticano
Domingo, 14 de abril de 2013

Caros irmãos e irmãos, Bom dia!

Gostaria de permanecer primeiramente na página dos Atos dos Apóstolos que está na liturgia deste terceiro Domingo de Páscoa. Este texto relata que a primeira oração dos Apóstolos em Jerusalém encheu a cidade da notícia que Jesus era verdadeiramente ressuscitado, segundo as Escrituras, e era o Messias anunciado pelos profetas.

Os sumos sacerdotes e os chefes da cidade buscaram bloquear o nascimento da comunidade de credentes em Cristo e aprisionaram os Apóstolos, ordenando a eles de não ensinarem mais o Seu nome. Mas Pedro e os outros onze responderam: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus (…) Deus com a sua destra o elevou a Príncipe e Salvador (…) E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem” (At 5, 29-32). Então flagelaram os apóstolos e deram novamente a ordem de não falarem mais no nome de Jesus. E eles partiram, assim diz a Escritura, “Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afrontas pelo nome de Jesus” (Atos 5, 41)

Eu me pergunto: onde os primeiros discÍpulos encOntravam a força para este testemunho? Não apenas: de onde vinha a alegria e a coragem deles para o anúncio, apesar dos obstáculos e das violências? Não esqueçamos que os Apóstolos eram pessoas simples, não eram escribas, doutores da lei, nem faziam parte da classe sacerdotal. Como podiam, com os seus limites e com oposição das autoridades, encherem Jerusalém com seus ensinamentos (cfr At 5, 28)? É claro que somente a presença com eles de Jesus Ressuscitado e a ação do Espírito Santo poderia explica este fato. O Senhor que era com eles e o Espírito que os empurrava para a pregação explica este fato extraordinário. A fé deles se baseava em uma forte experiência pessoal com Cristo morto e ressuscitado, que não tinham medo de nada nem de ninguém, e até mesmo viam as perseguições como um motivo de honra, que lhes permitia seguir os passos de Jesus e assemelhar-se a Ele, testemunhando com a vida.

Esta história da primeira comunidade cristã nos diz uma coisa muito importante, que vale para a Igreja de todos os tempos, até para nós: quando uma pessoa conhece verdadeiramente Jesus Cristo e crê Nele, experimenta a Sua presença na vida e a força da Sua Ressurreição, e não pode ficar sem comunicar esta experiência. E, se encontra incompreensões ou adversidades, se comporta como Jesus na Sua Paixão: responde com o amor e com a força da verdade.

Rezando juntos o Regina Coeli, peçamos a ajuda de Maria Santíssima para que a Igreja em todo o mundo anuncie com franqueza e coragem a Ressurreição do Senhor e dê um eficaz testemunho com sinal de amor fraterno. O amor fraterno é o testemunho mais próximo que podemos dar de que Jesus está conosco vivo, que Jesus ressuscitou. Rezemos de modo particular pelos cristãos que sofrem perseguições, neste tempo existem tantos cristãos que sofrem perseguições, tantos, tantos, em tantos países: rezemos por eles, com amor, do nosso coração. Sinta a presença viva e confortante do Senhor Ressuscitado.