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Doce consolo no desamparo

A Mãe do Verbo Divino está sempre do nosso lado, tanto nos momentos de resplendente felicidade, como nas ocasiões em que aparentemente a luz nos abandonou.

Fahima Spielmann 

Convido-o por alguns momentos, caro leitor, a abstrairmos do ambiente que nos circunda e irmos juntos acompanhar um viajante perdido à noite no deserto.

Longe de qualquer penumbra de luz elétrica ou natural, segue ele afanosamente o caminho indicado pela bússola. Já Virgem com o Menino por Paolo Veneziano_Museo-Louvre_Paris.jpgsem alimento, a única reserva que possui em seu cantil é um gole de água quente, que o Sol não ignorou durante o dia. Até o ponteiro do seu relógio parou de funcionar! E quanto mais ele obedece ao rumo marcado pela agulha, mais lhe parece estar aquele instrumento desnorteado.

Sumido no negrume triste e ameaçador, o que não temer? Nosso viajante para por um instante, procurando cobrar alento e não perder a calma.

De súbito, o vento sopra, as nuvens se abrem e surge a Lua, rainha da noite. A alma inquieta do viajante se amaina e seu espírito recobra a tranquilidade, pois o espargir da luz que há pouco vira nascer faz claro o caminho e lhe dá segurança.

* * *

Doce consolo na desolação da noite foi esse belo astro, louvado sem cessar pelos poetas e cultuado por muitos povos da Antiguidade. Porém, entre tantas predileções, nada o enaltece mais do que simbolizar a Virgem Santíssima, formosa como a Lua, que guia os peregrinos neste vale de lágrimas rumo ao Sol de Justiça que A ilumina.

Precedendo Nosso Senhor Jesus Cristo, quis o Pai que outra luz prenunciasse o dia da salvação. E assim como a claridade da Lua prepara os olhos dos homens para poderem fitar o fulgor do Sol, surgiu Maria, na noite dos tempos, rasgando as trevas do pecado e anunciando o resplendor da graça que em breve ia reinar no meio de nós.

Mãe do Verbo Divino e Mãe nossa, Ela nos acompanha sempre, tanto nos momentos de radiante felicidade, como nas ocasiões em que aparentemente a luz nos abandonou. E ainda que o céu se apresente coberto por negras nuvens, anunciando provações e desastres, esta boníssima Mãe não deixa de permanecer ao nosso lado, afável, indulgente e serena, perpetuamente propensa a nos ajudar.

Saibamos viver à procura dessa claridade que torna doces os percursos mais áridos. Nas noites obscuras, jamais nos permitamos um sentimento de desconfiança para com Ela, mas vivamos, pelo contrário, em busca dessa luz prenunciadora do Sol rutilante que logo vai nascer. E saibamos a Ela recorrer, dizendo:

“Ó minha Mãe, Medianeira de todas as graças, na vossa luz veremos a luz. Mãe, antes ficar cego do que deixar de ver vossa luz, porque vê-la é viver. Na sua claridade contemplaremos todas as luzes; e sem ela nenhuma luz refulge. Não considerarei vida os momentos em que ela não brilhar; e eu, da vida, não quererei ter mais nada do que a mente banhada por essa luz.

“Ó luz!, eu vos seguirei custe o que custar: pelos vales, montes, desertos, e ilhas; pelas torturas, pelos abandonos e olvidos; pelas perseguições e tentações, pelos infortúnios, pelas alegrias e triunfos. Eu vos seguirei de tal maneira que, mesmo no fastígio da glória, não me incomodarei com ela, porque só me preocuparei convosco. “Eu vos vi, e até o Céu não desejarei outra coisa, porque, uma vez, vos contemplei!”.1 (Revista Arautos do Evangelho, Maio/2013, n. 137, p. 50-51)

Fonte: Arautos do Evangelho
(10/05/2013)

 

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Nossa Senhora de Fátima

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No final, estará disponível a história das aparições de Nossa Senhora em quadrinhos

Aparições do Anjo de Portugal

Anjo de Portugal

Primeira aparição

Na primavera de 1916, Lúcia dos Santos de 9 anos com seus priminhos Jacinta e Francisco Marto de 6 e 8 anos, estavam no pasto com suas ovelhas na gruta do outeiro do Cabeço, perto de Aljustrel, freguesia de Fátima, região de pedras, entre plantinhas e oliveiras e grutas. Enquanto brincavam, de improviso os envolveu uma luz branca e um vento forte sacudiu as árvores. No meio daquela luz a figura de um jovem apareceu, que se apresentou dizendo: “Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo”. Ajoelhando-se na terra, abaixou a cabeça até tocar o solo e fez as crianças repetirem com ele três vezes: ” Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram e Vos não amam”. Depois ergueu-se dizendo: “Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas”.

Segunda aparição

Ocorreu no verão, quando os pastorzinhos brincavam junto ao poço da casa de Lúcia. O Anjo se dirigiu a eles com estas palavras: ” Que fazeis? Orai! Orai Muito! Os Corações Santíssimos de Jesus e Maria têm sobre vós desígnos de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios”. As crianças perguntaram: “Como nos havemos de sacrificar?”. O Anjo respondeu: “De tudo que puderdes, oferecei a Deus um sacrifício em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores. Atraí assim sobre vossa pátria a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar”. A partir deste momento os pastorzinhos começaram a oferecer ao Senhor tudo aquilo em que podiam mortificar-se.

Terceira aparição

Ocorreu no outono de 1916 no Cabeço. As crianças tinham começado as orações quando apareceu uma luz e viram o Anjo que trazia na mão esquerda um cálice e suspensa sobre ele uma Hóstia, da qual caíam dentro do cálice algumas gotas de sangue. Deixando o cálice e a Hóstia suspensos no ar, prostrou-se em terra junto deles e repetiu três vezes a oração: “Santíssima Trindade, Padre, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”. Depois, levantando-se, deu a Hóstia a Lúcia e o que continha o cálice deu-o a beber a Jacinta e a Francisco, dizendo ao mesmo tempo: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus”.

As aparições de Nossa Senhora

A primeira aparição

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Em de Maio de 1917 as crianças tinam trazido as ovelhas à Cova da Iria e estavam brincando quando no céu sem núvens apareceu um clarão como um relâmpago. Pensando que estivesse vindo um temporal reuniram o rebanho, mas houve um segundo clarão e sobre uma pequena azinheira viram “uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz muito clara e intensa”. A bela Senhora disse: “Não tenhais medo, não vos faço mal”. Lúcia perguntou: “De onde vens?”. -” Sou do Céu ( e Nossa Senhora ergueu a mão para apontar o Céu)”. – “E eu também vou para o Céu?”. – “Sim, vais”. – “E a Jacinta?”. – “Também”. – “E o Francisco?”. – “Também, mas tem que rezar muitos terços”. Então Nossa Senhora perguntou: “Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?”. -“Sim, queremos”. – “Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto”. Então abriu as mãos com um gesto amoroso de Mãe que oferece seu coração. De sua mão partia uma luz intensa que alcançava os meninos. A visão se esvaniu dizendo: “Rezem o terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra”. E desapareceu.

 Segunda Aparição

Em 13 de Junho de 1917, acompanhados por cerca de 50 pessoas, as crianças estavam recitando o Rosário, quando houve novamente um relâmpago e imediatamente depois, Nossa Senhora sobre a azinheira, como em Maio. “O que queres de mim?” perguntou Lúcia. -“Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, rezeis o terço todos os dias, e que aprendais a ler. Depois direi o que quero”. – “Queria pedir-Lhe para nos levar para o Céu”, disse Lúcia. “Sim, à Jacinta e ao Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar seu trono”. Perguntou-lhe Lúcia: “Fico cá sozinha?”. – “Não filha. E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus”. Foi então que abriu as mãos e lhes comunicou pela segunda vez aquela luz intensa, Jacinta e Francisco pareciam estar na parte dessa luz que se elevava para o Céu e Lúcia na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora estava um Coração cercado de espinhos que pareciam estar nele cravados. Compreenderam que era o Coração Imaculado de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação”.

Terceira aparição

Em 13 de Julho de 1917 recitavam o Rosário com a multidão e viram o mesmo reflexo de luz e depois a Senhora sobre a azinheira. Lúcia perguntou: “O que queres de mim?”. Respondeu-lhe: “Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem, que continuem a rezar o terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer”. -“Queria pedir-Lhe para nos dizer quem é, e para fazer um milagre com que todos acreditem que a Senhora nos aparece”. – “Continuem a vir aqui todos os meses. Em outubro direi quem sou, o que quero, e farei um milagre que todos hão de ver para acreditarem”.”Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes e em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por Vosso Amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria”. À estas palavras abriu de novo as mãos e o reflexo de luz pareceu penetrar a terra, as crianças tiveram a visão do inferno; assustados levantaram os olhos à Senhora que disse: “Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz”. Depois acrescentou: “Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja; os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas; por fim, o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal se conservará sempre o Dogma da Fé”.”Quereis aprender uma oração?”. – “Sim, queremos”. – “Quando rezais o terço, dizei sempre depois de cada mistério: Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno, levai as alminhas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem”.

Quarta aparição

Em agosto as crianças foram impedidas pelas autoridades civis anti-eclesiásticas de irem ao encontro do dia 13, onde estava reunida uma enorme multidão. As crianças por dois dias foram fechadas e ameaçadas de torturas para que desmentissem, mas não cederam; estavam prontas para oferecerem suas vidas para não trair as promessas feitas a Nossa Senhora. Então foram libertadas. Em 19 de agosto, enquanto pastorejavam o rebanho num lugar chamado Valinhos, viram a Senhora sobre uma azinheira. “O que queres de mim?”, disse Lúcia. “Quero que continueis a ir à Cova da Iria no dia 13 e que continueis a rezar o terço todos os dias. No último mês farei o milagre para que todos acreditem”. Depois, com um aspecto mais triste disse: “Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas”.

Quinta aparição

Em 13 de setembro cerca de 30.000 pessoas os acompanharam à Cova da Iria e ali recitaram o Rosário; pouco depois apareceu a Senhora sobre a azinheira. “Continuem a rezar o terço para alcançarem o fim da guerra. Em outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo e São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda, trazei-a só durante o dia”.

Sexta e última aparição

Em 13 de outubro de 1917, as crianças estavam circundadas por uma multidão de 70.000 pessoas, sob uma chuva torrencial; Lúcia disse novamente à Senhora: “O que queres de mim?”. Respondeu: “Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas”. Depois Lúcia lhe disse: “Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir. Se curava uns doentes e se convertia uns pecadores…”. – “Uns sim, outros não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados”. E tomando um aspecto mais triste: “Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido”. “Quereis alguma outra coisa de mim?”. – “Não quero mais nada”. Em seguida, abrindo as mãos, Nossa Senhora fê-las refletir no sol, e enquanto Se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projetar-se no sol. Lúcia nesse momento exclamou: “Olhem para o sol!”. Então aconteceu o sinal prometido, o sol extraordinariamente brilhante, mas não a ponto de cegar. O sol começou a girar sobre si mesmo, projetando em todas as direções feixes de luz de todas as cores que refletiam-se e coloravam as nuvens, o céu, as árvores, a multidão. Parou por certo tempo e depois recomeçou, como antes, girando sobre si mesmo. De repente parecia que se destacava do céu para precipitar-se sobre a multidão que assistia aterrorizada, caia de joelhos e invocava misericórdia. No entanto as crianças viram ao lado do sol Nossa Senhora vestida de branco com o manto azul e São José com o Menino que abençoava o mundo. Depois desta visão, viram O Senhor que abençoava o mundo, com Nossa Senhora das Dores a seu lado. Desaparecida esta visão, viram Nossa Senhora do Carmo. Terminado o milagre as pessoas se deram conta de terem tido suas roupas completamente secadas.

 

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Acolhendo Maria no Coração

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Às palavras de Jesus, “Mulher, aí está teu filho”, correspondem aquelas outras palavras de Jesus para o discípulo: “Aí está sua mãe”. Se o dever da mãe é preocupar-se com o filho, o dever do filho é acolher a mãe e fazê-la parte integrante de seu próprio mundo. A maternidade se estabelece de forma totalmente única entre mãe e filho. Uma autêntica mãe assume formas diferentes com cada um de seus filhos. A cada um deles o chama por seu nome. A cada um se entrega totalmente, mas de forma diversa. “É essencial à maternidade a referência à pessoa. A maternidade determina sempre uma relação única e irrepetível entre duas pessoas: a da mãe com o filho e a do filho com a mãe. Mesmo quando uma mesma mulher é mãe de muitos filhos, sua relação pessoal com cada um deles caracteriza a maternidade em sua própria essência. Cada filho é engendrado de um modo único e irrepetível e isto vale tanto para a mãe como para o filho. Cada filho fica envolvido, do mesmo modo, por aquele amor materno sobre o qual se baseia sua formação e amadurecimento na humanidade” (RM, 45).

Esta reflexão serve de chave para entender a única e irrepetível relação que se estabelece e deve ser estabelecida entre Maria-mãe e cada um dos fiéis. A analogia entre a maternidade física e a maternidade espiritual é sumamente válida. E o Papa acrescenta uma observação, que talvez a não poucos tenha passado despercebida. Por que Maria é confiada como mãe, não a todos os discípulos em geral, mas apenas ao “discípulo amado”? A encíclica responde: “nesta luz se torna mais compreensível o fato de que, no testamento de Cristo, junto ao Gólgota, a nova maternidade de sua mãe tenha sido expressa no singular, referindo-se a um homem” (RM, 45). Por isso, com cada um dos fiéis Maria mantém uma relação materna absolutamente peculiar. Todo fiel recebe de Cristo Redentor o dom de Maria-mãe: “um dom que o próprio Cristo faz pessoalmente a cada homem” (RM, 45). Que Maria exerce essa função materna com entrega e solicitude extraordinária já foi revelado milhares e milhares de vezes por testemunhos de cristãos através do tempo e do espaço.

À mãe que nos foi confiada como um dom, devemos portanto corresponder. Maria deve “ser acolhida” como mãe e cada um dos fiéis deve sentir-se “seu filho”. O filho tem de relacionar-se intimamente com a mãe, “entregar-se” de forma concreta, ao amor da mãe” (RM, 45). A atitude do discípulo amado, entregando-se a Maria, deve encontrar continuidade na Igreja, enquanto comunidade, e em cada um dos fiéis. “Entregando-se filialmente a Maria, o cristão ‘acolhe dentro de si’ a mãe de Cristo, introduzindo-a em todo o espaço de sua vida interior, quer dizer, em seu ‘eu’ humano e cristão” (RM, 45).

A encíclica não fala da “consagração” a Maria. Prefere aquela outra expressão, muito mais compreensível e fundamentada na palavra de Deus, de “confiança”, “entrega filial”.

Quem se entrega a Maria percebe que ela o remete imediatamente a Jesus: “Façam o que ele mandar”. Jesus é para Maria “o caminho, a verdade e a vida”, é o enviado do Pai. Maria sabe que é sua “serva”. Maria leva seus filhos a descobrir a “insondável riqueza de Cristo” (Ef 3,8).

Maria, mãe-esposa-virgem, é para a Igreja e para cada um dos cristãos o modelo, a imagem daquilo para o qual foram chamados a ser. Como dizia Paulo VI: “A Igreja encontra em Maria a mais autêntica forma de perfeita imitação de Cristo” (discurso de 21 de novembro de 1964).

Fonte: Comunidade Shalom

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Nossa Senhora dos Caminhos

Autor: Frei Lourenço Maria Papin, OP 
Santa Cruz do Rio Pardo – SP

Natvidade

Ao longo dos séculos, as gerações cristãs adornaram e enalteceram Maria com milhares de belíssimos títulos.

Neste mês de maio dedicado a Maria pela piedade popular, venho invocá-la com o sugestivo título de Nossa Senhora dos Caminhos.

Nossa Senhora dos Caminhos que lembram Maria quando aqui na terra percorria estradas de sua pátria, a Palestina de 2.000 anos atrás.

Eis Maria noiva de José, misteriosamente grávida de Deus, a caminho de uma cidadezinha nas montanhas de Judá, visitando prestativa sua prima anciã, Isabel, grávida de João Batista, futuro precursor de seu filho.

"Nossa Senhora a caminho da casa da sua prima Isabel" - Basílica da Visitação, Ain Karim (Israel)
“Nossa Senhora a caminho da casa da sua prima Isabel” – Basílica da Visitação, Ain Karim (Israel)

Maria e José, no caminho de Nazaré a Belém: predestinado casal da Noite Santa de Natal.

Maria e José, aflitos percorrendo caminhos desconhecidos, caminhos do exílio rumo à terra do Egito.

A Fuga para o Egito. Por Fra Angelico, no Museo di San Marco, em Florença
A Fuga para o Egito.
Por Fra Angelico, no Museo di San Marco, em Florença

Maria, José e o Menino., alegres peregrinos com o povo, todos os anos, no caminho de Nazaré a Jerusalém, para a Festa da Páscoa judaica.

Maria e José angustiados, por caminhos diversos à procura do garoto Jesus que se perdera no templo de Jerusalém é encontrado.

Maria silenciosa nos caminhos da Galiléia, da Samaria e da Judéia, seguindo os passos de seu Filho itinerante que anunciava a boa nova do Reino dos Céus.

Maria no caminho do Calvário ao encontro de Jesus carregado a cruz, Maria, mulher corajosa, cheia de graça e de fé, mãe dolorosa aos pés da cruz.

Maria no caminho ao encontro jubiloso de seu Filho ressuscitado, no mais sublime amplexo que mente humana possa imaginar.

Maria no caminho do Monte das Oliveiras em Jerusalém, para a despedida do Filho que para junto do Pai partia.

Maria no breve caminho do Monte das Oliveiras para o Cenáculo, ao lado dos apóstolos, orando com a Igreja que nascia, recebendo a efusão do Espírito Santo que em Pentecostes descia.

Maria nos diferentes caminhos que a levavam às primeiras comunidades que surgiam dentro e fora das fronteiras da Palestina. Maria nos caminhos da evangelização e do serviço dos primeiros seguidores de seu Filho.

Maria Imaculada e ressuscitada, assunta e glorificada, a caminho do Céu, coroada de estrelas, vestida de sol e calçada de lua, ao encontro do Filho, Senhora e Rainha do Céu da terra!

Ó Maria caminheira e peregrina, Maria de Deus e da gente, nós lhe pedimos: venha conosco caminhar, pois somos também um povo caminheiro e peregrino rumo à Casa do Pai. Venha caminhar com as crianças e os jovens do terceiro milênio.

Senhora dos caminhos de Lourdes, de Salette, de Fátima, de Aparecida e de tantos outros lugares, venha percorrer os caminhos de nossos sertões, de nossos campos, de nossas cidades, de nossa pátria e de toda humanidade.

Venha, Senhora, derramar bênçãos copiosas e carinhosas sobre nossas casas e famílias, bênçãos de justiça e paz, bênçãos de amor e solidariedade, bênçãos de saúde, bênçãos espirituais e materiais e bênçãos de bem estar social.

Cartaz em vista de uma grande peregrinação de crianças ao Santuário de Fátima - Portugal, nos dias 09 e 10 de Julho de 2013
Cartaz em vista de uma grande peregrinação de crianças ao Santuário de Fátima – Portugal, nos dias 09 e 10 de Julho de 2013

Venha, Senhora e Mãe nossa, mostrar os caminhos que nos conduzem ao seu Filho, que nos levam aos irmãos e irmãs sobretudo pobres, doentes, aflitos, injustiçados e marginalizados. Venha mostrar-nos os caminhos da concórdia e do perdão, do serviço e da doação.

Senhora dos caminhos, venha inspirar-nos e indicar-nos caminhos novos que nos ajudem a construir um mundo diferente, mais bonito, sem violência, sem ódios e sem guerras, sem fome e sem miséria, sem competições mesquinhas e sem exclusões, sem exploração do homem e da mulher: enfim, um mundo mais justo, mas humano, mais materno, mais fraterno e mais cristão.

 

 

 

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Regina Coeli – Papa Francisco – 14/04/2013

Brasão Papa Francisco

Regina Coeli
Praça de São Pedro, no Vaticano
Domingo, 14 de abril de 2013

Caros irmãos e irmãos, Bom dia!

Gostaria de permanecer primeiramente na página dos Atos dos Apóstolos que está na liturgia deste terceiro Domingo de Páscoa. Este texto relata que a primeira oração dos Apóstolos em Jerusalém encheu a cidade da notícia que Jesus era verdadeiramente ressuscitado, segundo as Escrituras, e era o Messias anunciado pelos profetas.

Os sumos sacerdotes e os chefes da cidade buscaram bloquear o nascimento da comunidade de credentes em Cristo e aprisionaram os Apóstolos, ordenando a eles de não ensinarem mais o Seu nome. Mas Pedro e os outros onze responderam: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus (…) Deus com a sua destra o elevou a Príncipe e Salvador (…) E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem” (At 5, 29-32). Então flagelaram os apóstolos e deram novamente a ordem de não falarem mais no nome de Jesus. E eles partiram, assim diz a Escritura, “Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afrontas pelo nome de Jesus” (Atos 5, 41)

Eu me pergunto: onde os primeiros discÍpulos encOntravam a força para este testemunho? Não apenas: de onde vinha a alegria e a coragem deles para o anúncio, apesar dos obstáculos e das violências? Não esqueçamos que os Apóstolos eram pessoas simples, não eram escribas, doutores da lei, nem faziam parte da classe sacerdotal. Como podiam, com os seus limites e com oposição das autoridades, encherem Jerusalém com seus ensinamentos (cfr At 5, 28)? É claro que somente a presença com eles de Jesus Ressuscitado e a ação do Espírito Santo poderia explica este fato. O Senhor que era com eles e o Espírito que os empurrava para a pregação explica este fato extraordinário. A fé deles se baseava em uma forte experiência pessoal com Cristo morto e ressuscitado, que não tinham medo de nada nem de ninguém, e até mesmo viam as perseguições como um motivo de honra, que lhes permitia seguir os passos de Jesus e assemelhar-se a Ele, testemunhando com a vida.

Esta história da primeira comunidade cristã nos diz uma coisa muito importante, que vale para a Igreja de todos os tempos, até para nós: quando uma pessoa conhece verdadeiramente Jesus Cristo e crê Nele, experimenta a Sua presença na vida e a força da Sua Ressurreição, e não pode ficar sem comunicar esta experiência. E, se encontra incompreensões ou adversidades, se comporta como Jesus na Sua Paixão: responde com o amor e com a força da verdade.

Rezando juntos o Regina Coeli, peçamos a ajuda de Maria Santíssima para que a Igreja em todo o mundo anuncie com franqueza e coragem a Ressurreição do Senhor e dê um eficaz testemunho com sinal de amor fraterno. O amor fraterno é o testemunho mais próximo que podemos dar de que Jesus está conosco vivo, que Jesus ressuscitou. Rezemos de modo particular pelos cristãos que sofrem perseguições, neste tempo existem tantos cristãos que sofrem perseguições, tantos, tantos, em tantos países: rezemos por eles, com amor, do nosso coração. Sinta a presença viva e confortante do Senhor Ressuscitado.

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Maria e o simbolismo da Aurora

Aurora

Aurora quer dizer “hora áurea”: hora preciosa, hora encantadora, hora de esperança e de felicidade. O simbolismo da aurora o do nascer do dia convém, sobretudo, a Maria.

Ouvistes, sem duvida, os amantes da bela natureza se extasiarem sobre o maravilhoso efeito do nascer do dia. Viste-os empreender longas viagens e passar noites inteiras no cimo de montanhas glaciais, a fim de se encontrarem, pela manhã, prontos a desfrutar do radioso espetáculo de uma bela aurora.

Os esplendidos fulgores de um meio-dia de verão não tem o encanto desta aparição resplandecente, que exerce sobre a natureza um tão grande domínio.O Sol ainda não se levantou; não se distingue nem um de seus raios, e, entretanto, uma certa luz intermediária, semelhante à da alegria, já faz renascer a natureza. Há, então, entre a noite e o dia alguns instantes de luta. Logo o horizonte se colore de mil matizes, e o lado do Oriente aparece todo em fogo. É então que acreditareis ver cada criatura retomar a sua vida, sua cor, sua inteligência, como se retoma um traje de gala após a noite onde tudo é sombrio e incolor. […]

Digno de lástima seria aquele que permanecesse indiferente a este imponente quadro, e que, podendo ser testemunha de um tão belo espetáculo, não sentisse seu coração disposto a glorificar, reconhecido, a majestade das obras de Deus!

Nossa Senhora1

Mas quanta distância há entre todas essas belezas da Terra e as belezas espirituais que Maria nos veio trazer! É Ela que, no dia de seu nascimento, foi um presságio de misericórdia que antecedeu somente de algum tempo ao Sol da Justiça, o desejado das nações. É Ela que precede a marcha desse gigante dos Céus, como para preparar nossos olhos à Luz divina, que logo inundará a Terra.

À sua vista, comprazemo-nos em exclamar com o Espírito de Deus: Ó Homens, […] alegrai-vos; a hora da esperança chegou: já a noite passou com seus terrores e seus espantos; ele se aproxima, esse belo dia prometido há tanto tempo. É Maria, verdadeira aurora da salvação, que nos aparece hoje, […] radiosa, Ela própria, da felicidade que nos traz”.

 Fonte: Revista Arautos do Evangelho – Edição Fevereiro/2013 – numero 134 – (Pag’s: 50 e 51)

Artigos Intercessões Nossa Senhora

Os milagres de Lourdes

gruta-de-lourdes-1A ofensiva das críticas, calúnias e detração contra os milagres de Lourdes favoreceu o aparecimento de um órgão que tinha como encargo constatar, com todo rigor
científico, a autenticidade e a natureza dos milagres acontecidos em Massabielle. 
Era a Comissão Médica de Lourdes, criada por Dom Laurence, Bispo
diocesano de Tarbes-Lourdes, em 28 de julho de 1858.

 

Anualmente, milhares de pessoas deixam suas casas e seguem até o Santuário, erguido em honra a Nossa Senhora para pedir graças, a cura de uma doença ou agradecer por ter conseguido superar uma enfermidade.

Muitos acreditam que se operou um milagre em suas vidas, mas para a Igreja reconhecer que realmente houve a “assinatura de Deus” nesta cura, existe um longo e minuncioso processo.

Tudo começa no Escritório de Constatações Médicas, um organismo criado em 1880 que tem como principal objetivo, avaliar todos os casos que se apresentam como uma cura milagrosa.

Dr. Thales Gouveia Limeira é médico hematologista e professor da Universidade Federal do Espírito Santo. Ele é um dos muitos médicos espalhados pelo mundo inscritos no escritório de Lourdes e que recebe informações sobre os casos que são apresentados e que estão sendo avaliados.

Ele explica que se uma pessoa vai à Lourdes e “acha que obteve a cura de uma doença, ela se apresenta e relata o que aconteceu. Muitas vezes essa cura é uma coisa que não há como investigar como por exemplo: a cura de uma dor de cabeça tomando água da fonte de Lourdes”.

Quando o escritório recebe uma pessoa que se diz curada de uma enfermidade graças a um milagre, imediatamente é emitido um aviso a todos os hotéis e pousadas de Lourdes, convocando os médicos que estão na cidade para comparecerem ao Bureau para conhecerem e examinarem a pessoa.

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“Todos os médicos que estão em Lourdes são convidados, independente de sua convicção religiosa. A única coisa que se pede é que sejam honestos e atestem o que realmente viram. A pessoa fica à disposição e pode ser examinada, pode-se medir a pressão e fazer o exame de olho de fundo e ao final, o médico deve escrever o que realmente presenciou”, explica Dr. Thales.

Passada esta primeira avaliação é necessário observar se a doença não apresenta uma recaída, ou seja, a cura tem que ser estável. Se os médicos decidirem pela continuação do processo, ele fica arquivado pelo período de um ano.

Durante este tempo, a pessoa tida como “curada”, fica sob a observação de um médico designado pela comissão. Caberá a este especialista colher testemunhas e solicitar ao investigado, a realização ou não de novos exames para constatar se de fato, a cura é definitiva.

Apesar de todo este processo, esta ainda é considerada a fase mais fácil. Isso porque em se dando continuidade a investigação, a fase seguinte é mais criteriosa: a investigação canônica.

Dr. Thales explica que todo este processo que foi estudado até o momento, é encaminhado ao bispo da diocese onde o miraculado reside que vai instituir uma Comissão Canônica composta por alguns padres – muitos deles bem rigorosos – para se verificar a vida deste indivíduo. “Eles querem saber tudo, desde se a pessoa está procurando a auto-promoção como esta suposta cura, se a sua situação de família é estável, se sua vida familiar é correta, se a relação com os filhos, com a esposa, com os parentes funciona, muitas vezes, comparando o antes e o depois, se este indivíduo comparece a Missa, se ajuda os pobres, enfim, saber se aquela cura aconteceu num contexto em que se possa dizer que houve um milagre”.

Calcula-se que anualmente cerca de três milhões de pessoas vão a Lourdes em peregrinação. Desde o início das aparições em 1858, 300 milhões de peregrinos foram até o Santuário sendo 20 milhões de doentes que passaram pelos nove hospitais especializados na cidade. No entanto, até agora, apenas 67 curas foram reconhecidas pela Igreja como milagrosas, embora duas mil tenham sido reconhecidas pelos médicos. Pode-se dizer que a cada dois anos, acontece um milagre em Lourdes.

Os milagres reconhecidos são:

»1. Sra. Catherine Latapie, apelidada Chouat, de Loubajac (França). Paralisia havia 18 meses. Por volta de 38 anos, no dia 01-03-1858. Tarbes, 18-01-1862.
»2. Sr. Louis Bouriette, de Lourdes (França). Perda da vista havia 20 anos. 54 anos em março de 1858. Tarbes, 18-01-1862.
»3. Sra. Blaisette Cazenave, (nascida Soupène), de Lourdes (França). Oftalmia crônica havia 3 anos. Por volta de 50 anos, março de 1858. Tarbes, 18-01-1862.
»4. Sr. Henri Busquet, de Nay (França). Adenite com úlcera havia 15 meses. Por volta de 15 anos, em 28-04-1858. Tarbes, 18-01-1862.
»5. Sr. Justin Bouhort, de Lourdes (França). Atraso de desenvolvimento e consumição física. 2 anos em 06-07-1858. Tarbes, 18-01-1862.
»6. Sra. Madeleine Rizan, de Nay (França). Hemiplegia do lado esquerdo havia 24 anos. 58 anos aproximadamente em 17-10-1858. Tarbes, 18-01-1862.
»7. Srta. Marie Moreau, de Tartas (França). Perda da vista com lesões inflamatórias havia 10 meses. 17 anos aproximadamente em 09-11-1858. Tarbes, 18-01-1862.
»8. Sr. Pierre de Rudder, de Jabbeke (Bélgica). Fratura exposta da perna esquerda com seudo-artrose. 52 anos em 07-04-1875. Bruges (Bélgica) 25-07-1908.
»9. Srta. Joachime Dehant, de Gesves (Bélgica). Ulcera da perna direita com gangrena muito desenvolvida. 29 anos em 13-09-1878. Namur (Bélgica) 25-04-1908.
»10. Srta. Elisa Seisson, de Rognonas (França). Hipertrofia do coração com edemas nos membros inferiores. 27 anos em 29-08-1882. Aix-en-Provence 02-07-1912.
»11. Irmã Eugenia, (Marie Mabille), de Bernay (França). Abscesso com fístulas, flebite. 28 anos em 21-08-1883. Evreux 30-08-1908.
»12. Irmã Julienne, (Aline Bruyère), dLourdes, doentes rumo a Gruta.jpge La Roque (França). Tuberculose pulmonar. 25 anos em 01-09-1889. Tulle 07-03-1912.
»13. Irmã Joséphine-Marie, (Anne Jourdain), de Goincourt (França). Tuberculose pulmonar. 36 anos em 21-08-1890. Beauvais 10-10-1908.
»14. Srta. Amélie Chagnon, (Religiosa do Sagrado Coração em 25-09-1894), de Poitiers (França). Osteoartrite tuberculosa no joelho e no pé. 17 anos em 21-08-1891. Tournai (Bélgica) 08-09-1910.
»15. Srta. Clémentine Trouvé, (Irmã Agnès-Marie), de Rouille (França). Osteoperiostite do pé direito com flebite. 14 anos em 21-08-1891. Paris 06-06-1908.
»16. Srta. Marie Lebranchu, (Sra. Wuiplier), de Paris (França). Tuberculose pulmonar. 35 anos em 20-08-1892. Paris 06-06-1908.
»17. Srta. Marie Lemarchand, (Sra. Authier), de Caen (França). Tuberculose pulmonar com úlceras no rosto e na perna. 18 anos em 21-08-1892. Paris 06-06-1908.
»18. Srta. Elise Lesage, de Bucquoy (França). Osteoartrite tuberculosa do joelho. 18 anos em 21-08-1892. Arras 04-02-1908.
»19. Irmã Maria da Apresentação, (Sylvanie Delporte), de Lille (França). Gastrenterite crônica tuberculosa. 46 anos em 29-08-1892. Cambrai 15-08-1908.
»20. Padre Cirette, de Beaumontel (França). Esclerose espinal. 46 anos em 31-08-1893. Evreux 11-02-1907.
»21. Srta. Aurélie Huprelle, de Saint-Martin-le-Noeud (França). Tuberculose pulmonar aguda. 26 anos em 21-08-1895. Beauvais 01-05-1908.
»22. Srta. Esther Brachmann, de Paris (França). Peritonite tuberculosa. 15 anos em 21-08-1896. Paris 06-06-1908.
»23. Srta. Jeanne Tulasne, de Tours (França). Mal de Pott lombar. 20 anos em 08-09-1897. Tours 27-10-1907.
»24. Srta. Clémentine Malot, de Gaudechart (França). Tuberculose pulmonar. 25 anos em 21-08-1898. Beauvais 01-11-1908.
»25. Sra. Rose François, (nascida Labreuvoies), de Paris (França). Fleimão com fístulas no braço direito e enorme edema. 36 anos em 20-08-1899. Paris 06-06-1908.
»26. Padre Salvador, de Rouelle (França). Peritonite tuberculosa. 38 anos em 25-06-1900. Rennes 01-07-1908.
»27. Irmã Maximilien, (Religiosa da Esperança) de Marselha (França). Quisto no fígado e flebite na perna esquerda. 43 anos em 20-05-1901. Marselha 05-02-1908.
»28. Srta. Marie Savoye, de Cateau-Cambresis (França). Doença mitral reumática descompensada. 24 anos em 20-09-1901. Cambrai 15-08-1908.
»29. Sra. Johanna Bézenac, (nascida Dubos), de Saint-Laurent-des-Bâtons (França). Caquexia de origem desconhecida e impetigo. 28 anos em 08-08-1904. Périgueux 02-07-1908.
»30. Irmã Saint-Hilaire, (Lucie Jupin), de Peyreleau (França) Tumor abdominal. 39 anos em 20-08-1904. Rodez 10-05-1908.
»31. Irmã Sainte-Béatrix, (Rosalie Vildier), d’Evreux (França). Laringobronquite tuberculosa. 42 anos em 31-08-1904. Evreux 25-03-1908.
»32. Srta. Marie-Thérèse Noblet, d’Avenay (França). Mal de Pott. 15 anos em 31-08-1905. Reims 11-02-1908.
»33. Srta. Cécile Douville de Franssu, de Tournai (Bélgica). Peritonite tuberculosa. 19 anos em 21-09-1905. Versailles 08-12-1909.
»34. Srta. Antonia Moulin, de Vienne (França). Fistula no fêmur direito e artrite no joelho. 30 anos em 10-08-1907. Grenoble 06-11-1910.
»35. Srta. Marie Borel, de Mende (França). Seis fístulas nas regiões lombar e abdominal. 27 anos em 21/22-08-1907. Mende 04-06-1911.
»36. Srta. Virginie Haudebourg, de Lons-le-Saulnier Cistite tuberculosa e nefrite. 22 anos em 17-05-1908. Saint-Claude 25-11-1912. (França).
»37. Sra. Marie Biré, (nascida Lucas), de Sainte-Gemme-la-Plaine (França). Cegueira de origem cerebral e atrofia papilar bilateral. 41 anos em 05-08-1908. Luçon 30-07-1910. »38. Srta. Aimée Allope, de Vern (França). Numerosos abscessos tuberculosos, quatro dos quais com fístula. 37 anos em 28-05-1909. Angers 05-08-1910.

Anna Santaniello_.jpg
O mais recente milagre reconhecido  oficialmente pela Igreja é o de Anna
Santaniello, o 67º da lista. Ela sofria de reumatismo articular agudo,  ou
doença de Bouillaud,  de natureza cardíaca.
A Comissäo Médica Internacional de Lourdes (CMIL), composta por
médicos de todas as crenças, analisou o caso durante décadas
e concluiu näo haver explicaçäo científica para a cura.

»39. Srta. Juliette Orion, de Saint-Hilaire-de- Voust (França). Tuberculose pulmonar e da laringe. 24 anos em 22-07-1910. Luçon 18-10-1913.
»40. Sra. Marie Fabre, de Montredon (França). Enterite, dispepsia e prolapso uterino. 32 anos em 26-09-1911. Cahors 08-09-1912.
»41. Srta. Henriette Bressolles, de Nice (França). Mal de Pott, paraplégica. 28 anos aproximadamente em 03-07-1924. Nice 04-06-1957.
»42. Srta. Brosse Lydia, de Saint-Raphaël (França). Fistulas tuberculosas múltiplas. 41 anos em 11-10-1930. Coutances 05-08-1958.
»43. Irmã Marie-Marguerite, (Françoise Capitaine), de Rennes (França). Abscesso do rim esquerdo com edema e crises cardíacas. 64 anos em 22-01-1937. Rennes 20-05-1946.
»44. Srta. Louise Jamain, (Sra. Maître), de Paris (França). Tuberculose pulmonar, intestinal e peritoneal. 22 anos em 01-04-1937. Paris 14-12-1951.
»45. Sr. Francis Pascal, de Beaucaire (França). Cegueira e paralise dos membros inferiores. 3 anos 10 mois em 31-08-1938. Aix-en-Provence 31-05-1949.
»46. Srta. Gabrielle Clauzel, d’Oran (Algérie). Espondite reumatica. 49 anos em 15-08-1943. Oran (Algeria) 18-03-1948.
»47. Srta. Yvonne Fournier, de Limoges (França). Síndrome de Leriche. 22 anos em 19-08-1945. Paris 14-11-1959.
»48. Sra. Rose Martin, (nascida Perona), de Nice (França). Câncer no colo do útero. 46 anos em 03-07-1947. Nice 17-03-1958.
»49. Sra. Jeanne Gestas, (nascida Pelin), de Bègles (França). Perturbações dispépticas com acidentes pós-operatórios. 50 anos em 22-08-1947. Bordeaux 13-07-1952.
»50. Srta. Marie-Thérèse Canin, de Marseille (França). Mal de Pott e peritonite tuberculosa. 37 anos em 09-10-1947. Marselha 06-06-1952.
»51. Srta. Maddalena Carini, de San Remo (Itália). Peritonite tuberculose, tuberculose pleural, pulmonar e óssea com artrite coronária. 31 anos em 15-08-1948. Milão (Itália) 02-06-1960.
»52. Srta. Jeanne Frétel, de Rennes (França). Péritonite tuberculosa. 34 anos em 08-10-1948. Rennes 20-11-1950.
»53. Srta. Théa Angele, (Irmã Maria-Mercedes), de Tettnang (Alemanha). Esclerose em placas havia seis anos. 20 anos em 20-05-1950. Tarbes-Lourdes 28-06-1961.
»54. Sr. Evasio Ganora, de Casale (Itália). Doença de Hodgkin. 37 anos em 02-06-1950. Casale (Itália) 31-05-1955.
»55. Srta. Edeltraud Fulda, (Sra. Haidinger), de Viena (Áustria). Doença de Addison. 34 anos em 12-08-1950. Viena (Áustria) 18-05-1955.
»56. Sr. Paul Pellegrin, de Toulon (França). Fístula pós-operatória de um abscesso do fígado. 52 anos em 03-10-1950. Fréjus-Toulon 08-12-1953.
»57. Irmão Léo Schwager, de Friburgo (Suíça). Esclerose em placas havia cinco anos. 28 anos em 30-04-1952. Genebra (Lausanne) Friburgo (Suíça). 18-12-1960.
»58. Sra. Alice Couteault, (nascida Gourdon), de Bouille-Loretz (França). Esclerose em placas havia três anos. 34 anos em 15-05-1952. Poitiers 16-07-1956.
»59. Srta. Marie Bigot, de La Richardais (França). Cegueira, surdez e hemiplegia. 31 anos em 08-10-1953 e 32 anos em 10-10-1954. Rennes 15-08-1956.
»60. Sra. Ginette Nouvel, (nascida Fabre), de Carmaux (França). Doença de Budd-Chiari. 26 anos em 21-09-1954. Albi 31-05-1963.
»61. Srta. Elisa Aloi, (Sra. Varacalli), de Patti (Itália). Tuberculose osteoarticular com fístulas múltiplas. 27 anos em 05-06-1958. Messina (Itália) 26-05-1965.
»62. Srta. Juliette Tamburini, de Marselha (França). Osteoperiostite femoral com fístula havia 10 anos. 22 anos em 17-07-1959. Marselha 11-05-1965.
»63. Sr. Vittorio Micheli, de Scurelle (Itália). Sarcoma do quadril. 23 anos em 01-06-1963. Trento 26-05-1976.
»64. Sr. Serge Perrin, de Lion d’Angers (França). Hemiplegia direita com lesões oculares, perturbações circulatórias. 41 anos em 01-05-1970. Angers 17-06-1978.
»65. Srta. Delizia Cirolli, (Sra. Costa), de Paternò (Itália). Sarcoma de Ewing no joelho esquerdo. 12 anos em 24-12-1976. Catania (Itália) 28-06-1989.
»66. Sr. Jean-Pierre Bély, de La Couronne (França). Esclerose em placas. 51 anos em 09-10-1987. Angoulême 9-02-1999.
»67. Srta. Anna Santaniello, Salerno (Itália) Descompensação cardíaca resultante de reumatismo articular agudo 41 anos em 19-08-1952 Salerno (Itália) 21-09-2005 .

Fonte: Arautos do Evangelho

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A GENTIL E FIRME PASTORA

pastoraEm toda esta dura jornada da vida, tenho muito perto de mim Maria, minha doce Mãe do céu. Que pastora gentil, porém firme pastora tem sido para guiar meus passos! Nunca permite que eu sinta compaixão por mim mesmo.

Ainda que não seja um título – este, de pastora – que se aplica tradicionalmente a Maria, sem dúvida, o papel que Maria desempenha na Igreja e na vida dos cristãos se parece muito com o ofício do pastor: cuidar, defender, manter no redil da Igreja todas as ovelhas a ela – mãe e pastora – confiadas.

Não mais de meio século atrás, era freqüente encontrar essa cena, visceralmente humana, do pastor à frente ou no meio de seu rebanho de ovelhas. O pastor que caminhava à frente delas ou que se apoiava descansando, placidamente, sobre seu cajado. O pastor é símbolo do homem vigilante que, com olhos vigilantes, está atento ao seu rebanho.

Com muita freqüência, no Antigo Testamento, Deus Se chama a Si mesmo de Pastor de Israel e assim gosta de ser chamado. Uma das Suas tristezas é ver Seu povo “que está como ovelhas sem pastor”.

O pastor conhece as ovelhas e cuida delas. O pastor caminha à frente delas para levá-las às boas pastagens. Definitivamente, o pastor vive para suas ovelhas e está disposto a afrontar todos os riscos para que não se perca nenhuma ovelha de seu rebanho.

Maria cuidou de seu único “Cordeiro”. Maria presidia e estava nomeio do primeiro rebanho quando o Pastor partiu para o “redil definitivo”. Maria não se omitiu de sua tarefa de cuidar de todas as ovelhas que formam as parte do redil da Igreja.

Maria tem, portanto, essa função de pastora.

Em primeiro lugar, é pastora porque é Mãe do Bom Pastor e porque se preocupa com que o rebanho em geral e cada uma das ovelhas em particular vivam dentro do rebanho de seu Filho: a Igreja.

Maria é pastora porque realiza muitas das funções do Pastor, sobretudo a de defender o rebanho. Assim, se reflete isso numa das primeiras orações com a qual o povo cristão se dirigiu a Maria: “A VOSSA PROTEÇÃO RECORREMOS, MÃE DE DEUS…; LIVRAI-NOS DE TODO PERIGO!”.

O monge Pedro, bispo de Argos, no século XI, dizia: “SEDE A COMPANHEIRA DA VIAGEM DE QUEM ESTÁ A CAMINHO E SEDE NAVEGANTE PARA QUEM ESTÁ EM ALTO MAR”.

Quando se invoca Maria como mãe dos desamparados ou refúgio dos pecadores, é-nos sugerida essa preocupação de Maria de ir à busca da ovelha perdida. Maria os chama com sua voz maternal para que regressem ao redil e possam escutar a voz do Pastor. Ela é a pastora que toma em seus braços as ovelhas necessitadas: é a consoladora dos aflitos e o auxílio dos cristãos.

Peçamos a Maria que, quando fraquejarmos e nos apartarmos do redil, ela, como doce pastora, nos conduza com sua mão e e nos devolva ao seu Filho.

“Porque tenho confiança em todas as tuas riquezas, Maria, te suplico que conduzas este teu rebanho aos pastos da salvação, mediante a experiência que possui aquele que cuida do rebanho. Tu sabes muito bem quão necessitado estou. Que nunca aconteça que uma fera arremeta contra o rebanho e que nenhuma de minhas ovelhas caia em nenhum perigo espiritual!

Portanto, te peço que sejas tu quem me governe a mim, como pastor! Que sejas tu quem me proteja de todo engano! Que sejas tu quem dirija até a imortalidade os que peregrinam neste mundo para que ali possamos também gozar de tua proteção por graça e no amor para com todos os homens de teu Filho primogênito, nosso Senhor Jesus Cristo”. (Oração de Léon VI, o sábio, século IX, Homilia na Anunciação).

AUTORIA – Pe. Antonio Izquierdo, L.C., e Florian Rodero
TRADUÇÃO LIVRE – Ammá Maria Ângela de Melo Nicolleti
FONTE – www.es.catholic.net

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Schoenstatt – Novo itinerário da Peregrina Original

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A Peregrina Original visita o Brasil, antes de partir para as celebrações do centenário da Aliança de Amor, 2014, em Schoenstatt, com o objetivo de:

 Revitalizar a rede de Santuários em nosso Brasil Tabor e “enchê-los de consciência de missão”.

 Que os nossos Santuários Filiais, ermidas, Santuários-Lares, Santuários Paroquiais e, especialmente, nossos Santuários-Coração se experimentem unidos entre si e vinculados à mesma fonte, que é o Santuário Original.

A Peregrina Original leva graças para o Brasil

Devido a fragilidade da Mãe Peregrina Original, após o acidente, a Central Nacional de Assessores, a fim de proteger essa relíquia e, ao mesmo tempo, não interromper a torrente de graças de sua peregrinação, refez o seu itinerário.

25.12 a 15.01.2013
 Santuário em Atibaia/SP – Período de Recesso – disponível para os Ramos do Movimento
16.01 a 24.02  Santuário em Atibaia/SP
25.02 a 17.03
 Santuário em Brasília/DF
18.03 a 13.04
 Santuário no Rio de Janeiro/RJ
14  a 30.04
 Santuário em Atibaia/SP
01 a 21.05
 Santuário em Confins/MG
22.05 a 24.06
 Santuário em Jaraguá – São Paulo/SP
15 a 29.06
 Santuário em Jacarezinho/PR
30.06 a 13.07
 Santuário em Cornélio Procópio/PR
14 a 21.07
 Santuário em Atibaia/SP
22 a 28.07
 Santuário no Rio de Janeiro/RJ – Jornada Mundial da Juventude com o Papa
30.07 a 25.08
 Santuário em Vila Mariana – São Paulo/SP
26.08 a 14.09
 Santuário em Londrina/PR
15 a 22.09
 Santuário em Guarapuava/PR
23.09
 Viagem para o Santuário em Frederico Westphalen/RS

– Que esta relíquia seja tratada, transportada e venerada com todo carinho, respeito e dignidade.

Fonte: Movimento Apostólico de Schoenstatt – Campanha da Mãe Peregrina

Schoenstatt

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Rosário de Nossa Senhora

rosarioPalavras de João Paulo II sobre a Oração do Rosário

“O Rosário é minha oração preferida. Oração maravilhosa em sua simplicidade e em sua profundidade. Nesta oração repetimos muitas vezes as palavras que a Virgem Maria escutou da boca do anjo e de sua prima Isabel. A estas palavras toda a Igreja se associa.

Podemos dizer que o Rosário é, de certo modo, uma oração-comentário do último capítulo da Constituição “Lumen Gentium” do Vaticano II, capítulo que trata da admirável presença da Mãe de Deus no mistério de Cristo e da Igreja. No fundo das palavras “Ave Maria”, passam diante dos olhos do que reza os principais episódios da vida de Cristo, com seus mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos, que nos fazem entrar em comunhão com Cristo, poderíamos dizer, através do coração de sua Mãe.

Nosso coração pode encerrar nestas dezenas do Rosário todos os atos que compõem a vida de cada indivíduo, de cada família, de cada nação, da Igreja e da humanidade: os acontecimentos pessoais e os do próximo e, de modo particular, daqueles que mais gostamos. Assim, a simples oração do Rosário pulsa no ritmo da vida humana”.

João Paulo II

Como surgiu a oração do Santo Rosário

A oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano 800 à sombra dos mosteiros, como Saltério dos leigos. Dado que os monges rezavam os salmos (150), os leigos, que em sua maioria não sabiam ler, aprenderam a rezar 150 Pai nossos. Com o passar do tempo, se formaram outros três saltérios com 150 Ave Marias, 150 louvores em honra a Jesus e 150 louvores em honra a Maria.

No ano 1365 fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as 150 Ave Marias em 15 dezenas e colocando um Pai nosso no início de cada uma delas. Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios.

A palavra Rosário significa ‘Coroa de Rosas’. A Virgem Maria revelou a muitas pessoas que cada vez que rezam uma Ave Maria lhe é entregue uma rosa e por cada Rosário completo lhe é entregue uma coroa de rosas. A rosa é a rainha das flores, sendo assim o Rosário a rosa de todas as devoções e, portanto, a mais importante.

O Santo Rosário é considerado a oração perfeita porque junto com ele está a majestosa história de nossa salvação. Com o rosário, meditamos os mistérios de gozo, de dor e de glória de Jesus e Maria. É uma oração simples, humilde como Maria. É uma oração que podemos fazer com ela, a Mãe de Deus. Com o Ave Maria a convidamos a rezar por nós. A Virgem sempre nos dá o que pedimos. Ela une sua oração à nossa. Portanto, esta é mais poderosa, porque Maria recebe o que ela pede, Jesus nunca diz não ao que sua mãe lhe pede. Em cada uma de suas aparições, nos convida a rezar o Rosário como uma arma poderosa contra o maligno, para nos trazer a verdadeira paz.

O Rosário é composto de dois elementos: oração mental e oração verbal.

No Santo Rosário a oração mental é a meditação sobre os principais mistérios ou episódios da vida, morte e glória de Jesus Cristo e de sua Santíssima Mãe.

A oração verbal consiste em recitar quinze dezenas (Rosário completo) ou cinco dezenas do Ave Maria, cada dezena iniciada por um Pai Nosso, enquanto meditamos sobre os mistério do Rosário.

A Santa Igreja recebeu o Rosário em sua forma atual em 1214 de uma forma milagrosa: quando a Virgem apareceu a Santo Domingo e o entregou como uma arma poderosa para a conversão dos hereges e outros pecadores daquele tempo. Desde então sua devoção se propagou rapidamente em todo o mundo com incríveis e milagrosos resultados.

As Quinze Promessas da Virgem Maria aos que rezarem o Rosário

1. Aqueles que rezarem com enorme fé o Rosário receberão graças especiais.

2. Prometo minha proteção e as maiores graças aos que rezarem o Rosário.

3. O Rosário é uma arma poderosa para não ir ao inferno: destrói os vícios, diminui os pecados e nos defende das heresias.

4. Receberá a virtude e as boas obras abundarão, receberá a piedade de Deus para as almas, resgatará os corações das pessoas de seu amor terreno e vaidades, e os elevará em seu desejo pelas coisas eternas. As almas se santificarão por meio do Rosário.

5. A alma que se encomendar a mim no Rosário não perecerá.

6. Quem rezar o Rosário devotamente, e tiver os mistérios como testemunho de vida, não conhecerá a desgraça. Deus não o castigará em sua justiça, não terá uma morte violenta, e se for justo, permanecerá na graça de Deus, e terá a recompensa da vida eterna.

7. Aquele que for verdadeiro devoto do Rosário não perecerá sem os Sagrados Sacramentos.

8. Aqueles que rezarem com muita fé o Santo Rosário em vida e na hora de sua morte encontrarão a luz de Deus e a plenitude de sua graça, na hora da morte participarão do paraíso pelos méritos dos Santos.

9. Livrarei do purgatório àqueles que rezarem o Rosário devotamente.

10. As crianças devotas ao Rosário merecerão um alto grau de Glória no céu.

11. Obterão tudo o que me pedirem mediante o Rosário.

12. Aqueles que propagarem meu Rosário serão assistidos por mim em suas necessidades.

13. Meu filho concedeu-me que todo aqueles que se encomendar a mim ao rezar o Rosário terá como intercessores toda a corte celestial em vida e na hora da morte.

14. São meus filhinhos aqueles que recitam o Rosário, e irmãos e irmãs de meu único filho, Jesus Cristo.

15. A devoção a meu Rosário é um grande sinal de profecia.

Bênçãos do Rosário

1. Os pecadores obtêm o perdão.

2. As almas sedentas são saciadas.

3. Os que estão atados vêem seus nós desatados.

4. Os que choram encontram alegria.

5. Os que são tentados encontram tranqüilidade.

6. Os pobres são socorridos.

7. Os religiosos são reformados.

8. Os ignorantes são instruídos.

9. Os vivos triunfam sobre a vaidade.

10. Os mortos alcançam a misericórdia por via de sufrágios.

Benefícios do Rosário

1. Nos eleva gradualmente ao perfeito conhecimento de Jesus Cristo.

2. Purifica nossas almas do pecado.

3. Permite-nos vencer nossos inimigos.

4. Facilita-nos a prática das virtudes.

5. Inflama-nos do amor de Jesus Cristo.

6. Obtém-nos de Deus toda classe de graças.

7. Proporciona a nós com o que pagar todas as nossas dívidas com Deus e com os homens.

Audiência com Papa João Paulo II

Caríssimos Irmãos e Irmãs!

1. Durante a recente viagem à Polónia, dirigi-me com as seguintes palavras a Nossa Senhora: “Mãe Santíssima, […] obtém que também eu tenha as forças do corpo e do espírito, para poder cumprir até ao fim a missão que o Ressuscitado me confiou. Confio-te todos os frutos da minha vida e do meu ministério; confio-te o destino da Igreja; […] em ti confio e mais uma vez declaro: Totus tuus, Maria! Totus tuus! Amen” (Kalwaria Zebrzydowska, 19/08/2002). Repito hoje estas palavras, dando graças a Deus pelos vinte e quatro anos do meu serviço à Igreja na Sé de Pedro.

Neste dia particular, confio de novo nas mãos da Mãe de Deus a vida da Igreja e a vida tão atormentada da humanidade. A ela confio o meu futuro. Entrego tudo nas suas mãos, para que, com amor de mãe o apresente ao seu Filho, “para servir à celebração da sua glória” (Ef 1, 12).

2. O centro da nossa fé é Cristo, Redentor do homem. Maria não o obscurece, nem obscurece a sua obra salvífica. Assunta ao céu em corpo e alma, a Virgem, que foi a primeira a beneficiar dos frutos da paixão e da ressurreição do próprio Filho, é Aquela que da maneira mais certa nos conduz a Cristo, o fim derradeiro do nosso agir e de toda a nossa existência. Por isso, ao dirigir a toda a Igreja, na Carta apostólica Novo millennio ineunte, a exortação de Cristo a “fazer-se ao largo”, acrescentei que, “neste caminho, nos acompanha a Virgem Santíssima, à qual […], juntamente com tantos Bispos […], confiei o terceiro milénio” (n. 58). E ao convidar os crentes a contemplar incessantemente o rosto de Cristo, desejei ardentemente que Maria, Sua Mãe, fosse para todos mestra desta contemplação.

3. Desejo hoje exprimir este desejo com mais clareza mediante dois gestos simbólicos. Daqui a pouco vou assinar a Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae. Além disso, juntamente com este documento, dedicado à oração do Rosário, proclamo o ano que vai de Outubro de 2002 a Outubro de 2003 o “Ano do Rosário”. Faço isto não só porque este é o vigésimo quinto ano do meu pontificado, mas também porque se celebra o 120º aniversário da Encíclica Supremi apostolatus officio, com a qual, a 1 de Setembro de 1883, o meu venerado predecessor, o Papa Leão XIII, deu início à publicação de uma série de documentos dedicados precisamente ao Rosário. Há também outra razão: na história dos Grandes Jubileus reinava o bom hábito, depois do Ano Jubilar dedicado a Cristo e à obra da Redenção, de ser proclamado outro em honra de Maria, como que implorando-lhe a ajuda para fazer frutificar as graças recebidas.

4. Para a exigente, mas extraordinariamente rica tarefa de contemplar o rosto de Cristo juntamente com Maria, há porventura melhor instrumento do que o Rosário? Contudo, devemos redescobrir a profundidade mística na simplicidade desta oração, tão querida à tradição popular. Esta oração mariana na sua estrutura é, de facto, sobretudo meditação dos mistérios da vida e da obra de Cristo. Ao repetir a invocação do “Ave Maria”, podemos aprofundar os acontecimentos fundamentais da missão do Filho de Deus na terra, que nos foram transmitidos pelo Evangelho e pela Tradição. Para que esta síntese do Evangelho seja mais completa e ofereça uma maior inspiração, na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae propus que se acrescentem outros cinco mistérios aos que actualmente são contemplados no Rosário, e chamei-os “mistérios da luz”.

Eles incluem a vida pública do Salvador, desde o Baptismo no Jordão até ao início da Paixão. Esta sugestão tem a finalidade de ampliar o horizonte do Rosário, para que seja possível a quem o recita com devoção, e não mecanicamente, penetrar mais profundamente o conteúdo da Boa Nova e conformar a própria existência cada vez mais com a de Cristo.

5. Agradeço-vos a vós, aqui presentes, e a quantos neste dia particular, estão espiritualmente unidos a mim. Obrigado pela benevolência, e sobretudo pela certeza do constante apoio da oração. Confio este documento sobre o Santo Rosário aos Pastores e aos fiéis de todo o mundo. O Ano do Santo Rosário, que viveremos juntos, produzirá sem dúvida frutos benéficos no coração de todos, renovará e intensificará a acção da graça do Grande Jubileu do Ano 2000 e tornar-se-á fonte de paz para o mundo.

Maria, Rainha do Santo Rosário, que vemos exposta aqui na bonita imagem venerada em Pompei, conduza os filhos da Igreja à plenitude da união com Cristo na sua glória!

16 de outubro de 2002
S.S. João Paulo II

Mistérios do Rosário

MISTÉRIOS GOZOSOS (segunda-feira e sábado)

1. A encarnação do Filho de Deus.
2. A visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel.
3. O nascimento do Filho de Deus.
4. A Apresentação do Senhor Jesus no templo.
5. A Perda do Menino Jesus e o encontro no templo.

MISTÉRIOS DOLOROSOS (terça-feira e sexta-feira)

1. A Oração de Nosso Senhor no Horto da Oliveiras.
2. A Flagelação do Senhor.
3. A Coroação de espinhos.
4. O Caminho do Calvário carregando a Cruz.
5. A Crucificação e Morte de Nosso Senhor.

MISTÉRIOS GLORIOSOS (quarta-feira e domingo)

1. A Ressurreição do Senhor.
2. A Ascensão do Senhor.
3. A Vinda do Espírito Santo.
4. A Assunção de Nossa Senhora aos Céus.
5. A Coroação da Santíssima Virgem.

MISTÉRIOS LUMINOSOS (quinta-feira)

1. O Batismo no Jordão.
2. A auto-revelação nas bodas de Caná.
3. O anúncio do Reino de Deus convidando à conversão.
4. A Transfiguração.
5. A Instituição da Eucaristia, expressão sacramental do mistério pascal.

Orações do Rosário

O Sinal da Cruz
Em nome do Pai, + e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

O Credo
Creio em Deus, Pai- todo-poderoso, criador do Céu e da terra. E em Jesus Cristo seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na Comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.

Pai Nosso
Pai Nosso, que estais no céu, santificado seja vosso nome. Venha a nós o vosso reino. Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Ave Maria
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amém

Glória
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Salve Rainha
Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve. A vós bradamos degredados filhos de Eva. A vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa: esses vossos olhos misericordiosos, a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre. Ó clemente, Ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria! Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Depois de cada dezena pode-se recitar a seguinte oração, como indicou a Santíssima Virgem Maria em Fátima:
“Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu, e socorrei principalmente as que mais necessitarem da vossa misericórdia”.

Como rezar o Rosário

Para recitar o Rosário com verdadeiro proveito deve-se estar em estado de graça ou pelo menos ter a firme resolução de renunciar o pecado mortal.

1. Segurando o Crucifixo, fazer o Sinal da Cruz e em seguida rezar o Credo.

2. Na primeira conta grande, recitar um Pai Nosso.

3. Em cada uma das três contas pequenas, recitar um Ave Maria.

4. Recitar um Glória antes da seguinte conta grande.

5. Anunciar o primeiro Mistério do Rosário do dia e recitar um Pai Nosso na seguinte conta grande.

6. Em cada uma das dez seguintes contas pequenas (uma dezena) recitar um Ave Maria enquanto se faz uma reflexão sobre o mistério.

7. Recitar um Glória depois das dez Ave Marias. Também se pode rezar a oração de Fátima.

8. Cada uma das seguintes dezenas é recitada da mesma forma: anunciando o correspondente mistério, recitando um Pai Nosso, dez Ave Marias e um Glória enquanto se medita o mistério.

9. Ao se terminar o quinto mistério o Rosário costuma ser concluído com a oração da Salve Rainha.

As virtudes e os mistérios do Rosário

Mistérios Gozosos

1- A Anunciação à Nossa Senhora. A humildade
2- A Visitação à Sta. Isabel. A virtude da Caridade
3- O Nascimento de Nosso Senhor. O desapego ao material
4- A Apresentação do Menino. O oferecimento de nosso ser ao Pai
5- A perda no Templo. O Zelo Apostólico

Mistérios Dolorosos

1- A Oração no Horto. A Opção pelo sacrifício
2- A Flagelação do Senhor. O domínio corporal
3- A Coroação de espinhos. A retidão mental
4- Jesus carregando a Cruz. A Paciência
5- A Morte de Nosso Senhor. A aceitação da Vontade Divina

Mistérios Gloriosos

1- A Ressurreição de Jesus. A virtude da Fé
2- A Ascensão do Senhor. A virtude da Esperança
3- O envio do Espírito Santo. O Amor Divino
4- A Assunção de Maria Santíssima. A Boa Morte
5- A Coroação de Nossa Senhora. A intercessão de Nossa Mãe

Mistérios Luminosos

1- Batismo de Jesus por João Batista, no rio Jordão. Renovação da graça do Batismo.
2- Auto-revelação de Cristo nas bodas de Caná. Fidelidade na família.
3- Anúncio do Reino e convite à conversão. Fervor apostólico.
4- Transfiguração de Cristo. Conversão.
5- Instituição da Santíssima Eucaristia por Jesus. Amor reparador.

 

Fontes:
ACI Digital
Movimento Rosário Permanente