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Artigos

A inexplicável escada Milagrosa de São José

A inexplicável distração de um arquiteto do século XIX criou um problema “insolúvel”, do qual resultou uma admirável obra de arte que encanta as almas abertas para o maravilhoso e até hoje deixa perplexos os mais competentes especialistas.

Na prodigiosa escada cujas fotos o leitor pode apreciar nesta página, tudo é harmônico e deslumbrante. Ocupando um mínimo de espaço, ela eleva-se elegantemente em caracol, fazendo duas voltas de 360 graus.

Sua história, tão surpreendente quanto encantadora, justifica por inteiro o nome que lhe foi dado pela devoção popular: Escada Milagrosa.

Em 1853, as “Irmãs de Loreto” fundaram na cidade de Santa Fé, Estados Unidos, a Escola de Nossa Senhora da Luz (Loreto), para educação de meninas. O estabelecimento prosperou e, anos depois, as freiras decidiram construir uma capela dedicada à sua Padroeira. E optaram pelo estilo gótico, à imitação da famosa Sainte Chapelle, de Paris.

Somente quando estava concluída a obra, em 1878, as boas religiosas deram-se conta de um monumental descuido do arquiteto: não havia escada de acesso ao coro, situado a cerca de dez metros de altura!… E a construção de uma escada comum, não apenas deformaria o estilo, mas reduziria de modo inaceitável o espaço útil do pequeno templo.

Como resolver o problema? Foram consultados arquitetos, carpinteiros e outros profissionais. Todos afirmaram categoricamente que a única “solução” era usar uma escada portátil.

Mas as freiras queriam uma igreja bela, digna da Rainha de todas as belezas. E se a técnica humana era incapaz de resolver o problema, “para Deus nada é impossível”, como nos ensina o Divino Mestre.

Cheias de fé, iniciaram uma novena a São José. Afinal de contas – argumentavam elas – ele é um carpinteiro inigualável e deve empenhar-se para que uma igreja dedicada à sua Esposa santíssima seja em tudo perfeita como Ela!

Justamente no último dia da novena, apresentou-se um carpinteiro à procura de trabalho. Chegou montado num jumento, trazendo na mão sua caixa de ferramentas. Foi logo contratado para executar a obra considerada impossível. Trabalhou com diligência e discrição durante cerca de seis meses.

Certo dia as freiras verificaram, deslumbradas, que estava construída uma esplêndida escada em forma de caracol. Para resolver um mero problema funcional, o discreto e eficiente artífice havia adornado a pequena capela com uma autêntica jóia de madeira.

Onde estava ele? Ninguém sabia. Havia desaparecido sem se despedir de pessoa alguma. Não recebeu pagamento nem sequer um simples agradecimento pelo serviço prestado. Procuraram-no inutilmente, inclusive por meio de um anúncio publicado no jornal da cidade.

Por outro lado, um exame meticuloso da escada causava em todos enorme admiração. Sua magnífica estrutura, a elegância com que ela se eleva, além de vários detalhes da construção, deixam perplexos os especialistas até o dia de hoje. Por exemplo, ela faz duas voltas completas de 360 graus sem nenhum apoio colateral e é toda feita de encaixes, sem utilização de um único prego. Algumas de suas peças são de um tipo de madeira inexistente na região.

Em vista das circunstâncias em que foi feita a novena a São José, a inexplicável perfeição da obra, sob o ponto de vista humano, e o misterioso desaparecimento do artista, as freiras não tiveram dúvida em tirar a conclusão: o próprio esposo castíssimo da Virgem Maria viera realizar, em homenagem a Ela, aquilo que a técnica humana considerava impossível.

E lá está até hoje, maravilhando todas as almas capazes de ver e amar a beleza, a Escada Milagrosa da capela de Nossa Senhora de Loreto, na cidade norte-americana de Santa Fé.

Fonte: Arautos do Evangelho

 

 

Mensagens Medjugorje

Medjugorje – Mensagem ANUAL a Mirjana – 18/03/2011

“Queridos filhos! Eu estou com vocês em nome do Amor maior, em nome do Deus querido, que se aproximou de vocês através do meu Filho e que vos mostrou o verdadeiro amor. Eu desejo conduzir-vos no caminho de Deus. Desejo ensinar a vocês o verdadeiro amor de forma que os outros possam vê-lo em vocês, que vocês possam vê-lo nos outros, que vocês possam ser um irmão para eles e que os outros possam ver em vocês um irmão misericordioso. Meus filhos, não tenham medo de abrir vossos corações para mim. Com amor maternal, mostrar-vos-ei o que eu espero de cada um de vocês, o que eu espero dos meus apóstolos. Permaneçam comigo. Obrigada! “

 

Mirjana disse que Nossa Senhora abençoou todos os presentes e todos os seus artigos religiosos.

Nossa Senhora também nos pediu para rezarmos pelos sacerdotes e disse: “Novamente eu enfatizo que eu triunfarei juntamente com eles.”

Orações

Consagração à Virgem Maria

Oh doce Virgem Maria, Aurora da Redenção, escolhida por Deus desde toda a eternidade para ser a Rainha dos Céus, o consolo da Terra, a alegria dos anjos, o templo do sacrário da Santíssima Trindade, a Mãe de um Deus humanado: aqui estou aos vossos pés contemplando os seus encantos. Em Vossa  belíssima face reflete-se o sorriso da Divina Bondade, e Vosso lábio parecem se abrirem para dizer-me: “Confiança, paz e amor…” Como não amar-Vos, Maria? Luz e consolo de minha alma.

E já que Vos agrada ser honrada em vossa imagem de pequena Rainha, eu me consagro de todo meu coração ao Vosso serviço. Entrego-Vos, amável Rainha, meu ser, meus bens materiais e espirituais. Abençoai-me, Imaculada Maria, abençoai e protegei também a toda minha família. Sede Vós, a Rainha do meu lar, a fim de que, por Vossa intercessão e Vossos encantos o Coração de Jesus Sacramentado reine e impere em meu coração e no de todos os que amo. Assim seja. Amém!

Artigos

Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados

Em Fátima, na terceira aparição de Nossa Senhora a 13 de Julho de 1917, foi mostrado aos três pastorinhos Lúcia, Francisco e Jacinta, o inferno. Depois desta visão, Nossa Senhora disse-lhes:

“Vistes o Inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no Mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz… Virei pedir a consagração da Rússia a Meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados… Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia que se converterá e será concedido ao Mundo algum tempo de paz…”

Nossa Senhora no dia 10 de Dezembro de 1925, em Pontevedra, apareceu à Irmã Lúcia com o Menino Jesus. Maria poisou a sua mão sobre os ombros de Lúcia e mostrou-lhe o Seu Imaculado Coração cercado de espinhos, e disse-lhe:

“Tem pena do Coração de sua SS. Mãe que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam sem haver quem faça um acto de reparação para os tirar” Em seguida, a SS. Virgem disse:

” Minha Filha, olha para o Meu coração cercado de espinhos que os homens ingratos me cravam a todo o momento com blasfémias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que todos aqueles que durante cinco meses, no Primeiro Sábado
– se confessarem
– receberem a Sagrada Comunhão
– rezarem o Terço
– e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravarem,
Eu prometo assistir-lhes na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas”.

A IMPORTÂNCIA DESTA DEVOÇÃO
Esta devoção significa a união íntima do Coração Imaculado de Maria com o Sagrado Coração do Seu Filho. O coração de Maria, “aberto pelas palavras, “Mulher, toma o teu filho” (Jo 19:26) está unido espiritualmente com o coração do seu Filho, aberto pela espada do soldado”, ensinou o Papa João Paulo II na sua homilia em Fátima, no dia 13 de Maio de 1982.

Através desta devoção, o próprio Jesus deseja a reparação das ofensas que cravam o doloroso coração de Sua Mãe, símbolo maternal do amor misericordioso e desejo que Ela tem por salvar toda a humanidade n’Ele. Se praticar esta devoção, Maria promete-lhe assistir com as graças necessárias para a salvação, no momento supremo da morte.

Orações

Consagração a Jesus Sacramentado por meio de Maria

Mãe do Verbo Encarnado, Virgem Imaculada, Tabernáculo vivo da Eterna Sabedoria,Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, peço humildemente que sejas para sempre minha Rainha e minha Mãe; coloco-me sob Tua especial proteção e sob Tua direção.

Consagro-me a Jesus no Santíssimo Sacramento por Tua intermediação. Busco e uno-me a Ti, porque preciso do amor, do auxílio, do exemplo e da Tua graça; sei que quanto mais amar e Te dedicar o serviço, tanto mais amarei e servirei fielmente Jesus; minha Mãe e modelo dos adoradores, só Tu podes me ensinar como servir a Eucaristia com amor e perfeição.

Maria! Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento! Apresenta-me ao Filho, para que eu seja servo e perpétuo adorador, dedicado ao serviço da glorificação da Real Presença Eucarística. Apresenta a Jesus meu espírito, coração e corpo, todo o meu ser, para que de agora em diante eu pertença inteiramente a Cristo, no tempo e na eternidade.

Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, Mãe e modelo dos adoradores, roga por nós que recorremos a Ti. Amém.

 

 

(Extraída do livro Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento – Um mês com Maria. São Paulo: Factash Editora, 2008.)
Orações

Oração da família cristã a Nossa Senhora

Santíssima Mãe de Jesus, Esposa do glorioso São José, Vós pertencíeis à Sagrada Família e nela tínheis grandes obrigações a cumprir. Ah! Senhora, que solicitude e cuidados tivestes na casa de Nazaré! Quantas tristezas pela pobreza de vossa família e pelos sofrimentos que isso poderia ocasionar a Jesus! Que diligência no trabalho, e que zelo na educação de vosso adorado Jesus. Já que conheceis tão bem as necessidades de uma família, escutai as súplicas que Vos dirige esta família que Vos pertence.

 

Ensinai-nos as virtudes que praticastes; socorrei e assisti nossas mães para que sejam em nossas casas o que Vós éreis na casa de Nazaré, a fim de que, imitando elas vossas virtudes, façam também a felicidade de nossas casas, como fizestes felizes as pessoas da Sagrada Família. Assim seja! Amém.

Orações

Oração pedindo a cura da depressão à Nossa Senhora

Ó Maria de Jesus e nossa, que com um claro sorriso vos dignastes consolar e curar vossa filha Santa Teresinha do Menino Jesus da depressão, devolvendo-lhe a alegria de viver o sentido da sua existência em Cristo Ressuscitado.

Ó Virgem do Sorriso, olha com maternal afeto para tantos filhos e filhas que sofrem com a depressão, transtornos e síndromes psiquiátricas e males psicossomáticos.

Que Jesus Cristo cure e de sentido à vida de tantas pessoas, cuja existência às vezes está deteriorada.

Maria, que seu belo sorriso não deixe que as dificuldades da vida obscureçam nosso animo. Sabemos que só seu Filho Jesus pode satisfazer os anseios mais profundos do nosso coração.

Maria, mediante a luz que brota de seu rosto, transparece a misericórdia de Deus. Que seu olhar nos acaricie, e nos convença que Deus nos ama e nunca nos abandona, e a sua ternura renove em nós a auto-estima a confiança nas próprias capacidades, o interesse pelo futuro e o desejo de viver feliz.

Que os familiares dos que sofrem com a depressão ajudem no processo de cura, nunca os considerando farsantes da enfermidade com interesses de comodidade, mas os valorizem, escutem, compreendam e os anime.

Virgem do Sorriso alcança-nos de Jesus a verdadeira cura e livra-nos de alivios temporários e ilusórios.

Curados, comprometemo-nos a servir com alegria, disposição e entusiasmo Jesus como Discípulos Missionários, com nosso testemunho de vida renovada.

Amém!

 

Rezar duas Ave-Marias em honra à duas grossas lágrimas de alegria que deslizaram silenciosamente sobre as faces de Santa Teresinha do Menino Jesus quando foi tocada pelo Sorriso de Nossa Senhora.

Artigos

Milagres Eucarísticos

(No final desse artigo apresentamos as histórias de cada milagre Eucarísticos, confira!)


Apresentação

OS MILAGRES EUCARÍSTICOS: LIMITES E ASPECTOS POSITIVOS

Apresento, primeiramente, os limites dos Milagres Eucarísticos e depois o valor dos seus aspectos positivos.

1. Limites

  • A nossa fé não é fundamentada sobre os Milagres Eucarísticos, mas sobre o anúncio de Cristo Senhor, acolhido pela Fé graças à ação do Espírito Santo.Cremos porque acreditamos na pregação (cfr. Gl 3,5): “Fides ex auditu autem per verbum Christi” (Rm 10,17): “Pois a fé vem da pregação e a pregação é pela palavra de Cristo”. “Crer é um ato da inteligência que, sob o estímulo da vontade movida por Deus através da Graça, dá o próprio consentimento à verdade divina” (S. TOMÁS, Summa Theologiae, II-II, q.2,a.9,c).E o centro da nossa fé na Eucaristia é Cristo, quem durante a sua pregação anunciou a instituição da Eucaristia e depois a instituiu celebrando, na Quinta-feira Santa, a Santa Ceia com os seus apóstolos.

    Desde então a Igreja, fiél ao mandamento do Senhor: “fazei isto em memória de mim” (1 Cor 11,24) celebrou sempre a Eucaristia com fé e devoção, principalmente no Domingo, dia da Ressurreição de Jesus e continuará a fazê-lo “até que Ele venha” (1 Cor 11,26).

  • Não existe a obrigação, para o cristão, de acreditar nos Milagres Eucarísticos. Eles não são obrigatórios para a fé dos fiés, por mais que sejam reconhecidos oficialmente pela Igreja. Cada fiél conserva a sua liberdade de escolha: nenhum cristão é obrigado a acreditar nas revelações privadas, nem mesmo quando são aprovadas pela Igreja.
  • Mas, como um princípio geral, o fiél não deve excluir que Deus possa intervir extraordinariamente em qualquer momento, lugar, acontecimento ou pessoa. Difícil é discernir se num determinado caso se verificou ou não uma autêntica e extraordinária intervenção Divina.
  • É perfeitamente justo que a Igreja seja prudente, diante dos fenômenos extraordinários (como os Milagres Eucarísticos), pois, entre outras coisas, existem os seguintes riscos:
    • Supor que Deus esqueceu de dizer-nos alguma coisa quando instituiu a Eucaristia;
    • colocar a Eucaristia dominical em segundo plano;
    • atribuir uma importância exagerada ao aspecto milagroso e extraordinário, desvalorizando assim a vida quotidiana do fiél e da Igreja;
    • deixar-se levar facilmente por sugestões e enganos…
    • o evento não tem nada que se opõe à Fé e aos bons costumes;
    • é lícito dar publicidade ao fato
    • os fiéis são autorizados a, prudentemente, aderir-se a ele.
  • Quando um Milagre recebe aprovação eclesiástica é porque contém os seguintes elementos:

Ainda que ninguém seja obrigado a acreditar nele, o fiél deve demonstrar respeito pelo Milagre Eucarístico, cuja autenticidade foi reconhecida pela Igreja.

2. Aspectos Positivos

Os Milagres Eucarísticos podem ser frutíferos para a nossa Fé. Podem, por exemplo:

  • Ajudar a ir além do visível e do sensível e a admitir a existência de um “Além”, de um “outro mundo”. por isso que o Milagre Eucarístico é considerado como um evento extraordinário, pois não se explica com fatos e razões científicas; ultrapassa a razão humana e interpela o homem solicitando que ele caminhe “além” do sensível, do visível, do meramente humano, isto é, pede que ele admita a existência de algo que é incompreensível, que não se explica somente pela inteligência humana e que não é cientificamente comprovável.
  • Ser uma ocasião para falar, particularmente na catequese, sobre a Revelação Pública e a sua importância para a Igreja e para o cristão. Os Milagres Eucarísticos são eventos extraordinários ocorridos depois da instituição da Eucaristia, ao final do Novo Testamento, quer dizer ao final da Revelação Pública.

O que é a Revelação Pública?

A Revelação Pública é:

    • realizada progressivamente por Deus a partir de Abraão, passando pelos Profetas, até chegar a Jesus Cristo;
    • testemunhada nas duas partes da Bíblia: no Antigo e no Novo Testamento;
    • destinada a todos os homens e ao homem por inteiro, de todos os tempos e lugares;
    • radicalmente diferente, por essência e não somente por grau, das chamadas revelações privadas;
    • concluída com Cristo no Novo Testamento, com o qual a Igreja é vinculada.

Por que a Revelação Pública se concluiu com Cristo?

Porque Cristo é o Mediador e a Plenitude da Revelação.

“Ele, sendo o Único Filho de Deus feito homem, é a Palavra perfeita e definitiva do Pai. Com o envio do Filho e o dom do Espírito, a Revelação está agora plenamente realizada, ainda que a fé da Igreja tenha de captar gradualmente todo seu alcance ao longo dos séculos”. (COMPÊNDIO 9)

“Muitas vezes e de modos diversos falou Deus, outrora, aos Pais pelos profetas; agora, nestes dias que são os últimos, falou-nos poor meio do Filho” (Hb 1, 1-2).

Cristo, o Filho de Deus feito homem é portanto a única Palavra, perfeita e definitiva do Pai, quem nEle diz e doa tudo e não existirá outra Palavra que essa.

“Desde o momento em que nos deu o Seu Filho, que é a Sua única e definitiva Palavra, Deus nos disse tudo de uma só vez nessa Palavra e não tem mais nada a dizer” (São João da Cruz). “Portanto, a economia cristã, como nova e definitiva aliança, jamais passará, e não se há-de esperar nenhuma outra revelação pública antes da gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo (cfr. 1 Tim. 6,14; Tit. 2,13). (VATICANO II, Const. Dogm. Dei Verbum, 4)

Quais são as conseqüências dessas conclusões sobre a Revelação Pública?

Eis algumas:

    • O Deus dos cristãos é crível e confiável e nos fundamentamos na Escritura e não em mensagens reveladas posteriormente a pessoas particulares.
    • Não temos que esperar de Deus nenhuma outra nova manifestação ou revelação, somente o regresso glorioso de Cristo, que inaugurará “novos céus e nova terra” (1 Pe 3,13), possibilitando que Deus Pai seja “tudo em todos” (1 Cor 15,28).
    • A Igreja está vinculada ao evento único da História Sagrada e à palavra da Bíblia e a sua missão é garantir, interpretar, aprofundar e testemuhar a Revelação Pública. E isso acontece graças à particular assistência do Espírito Santo que guia e conduz a Igreja para que ela conheça cada vez melhor o seu tesouro: Cristo, o Senhor.
    • A Revelação Pública exige a nossa Fé: “de facto, nela, é o próprio Deus que nos fala por meio de palavras humanas e da mediação da comunidade viva da Igreja. A fé em Deus e na sua Palavra é distinta de qualquer outra fé, crença, opinião humana. A certeza de que é Deus que fala, cria em mim a segurança de encontrar a própria verdade; uma certeza assim não se pode verificar em mais nenhuma forma humana de conhecimento. É sobre tal certeza que edifico a minha vida e me entrego ao morrer.” (CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, A Mensagem de Fátima)
    • Porém, ainda que a Revelação seja completa, não é totalmente explícita, a Fé cristã deve conhecê-la melhor, aprofundar cada vez mais no seu conteúdo, encarná-la sempre na vida e testemunhá-la a todos com fidelidade e coragem. Só é possível acolher todo o seu alcance, gradualmente, no decorrer dos séculos.
  • Os Milagres Eucarísticos podem ajudar a conhecer e a viver a Fé, cujo centro é Cristo, Cristo-Eucaristia: são realmente úteis porque estão intimamente orientados a Cristo e não são autônomos, podem revigorar a fé subjetiva dos fiéis e até dos que não crêem. São uma ajuda para a fé porque nos orietam à Eucaristia instituída por Cristo e celebrada na Igreja todos os domingos. Eles estão à serviço da Fé; não devem e nem podem acrescentar nada ao único e definitivo dom de Cristo-Eucaristia, mas podem chegar a ser uma humilde chamada de atenção. Podem ser, algumas vezes, proveitosos para aprofundar na fé, mas é uma ajuda que não existe a obrigação de aceitar.
  • Os Milagres Eucarísticos convidam a conhecer, a apreciar e a amar a Eucaristia.Podem ajudar as pessoas a descobrirem o mistério, a beleza e a riqueza da Eucaristia, como diz o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, aprovado e publicado no mês de junho passado pelo Papa Bento XVI:

    “É fonte e ápice de toda a vida cristã. Na Eucaristia, atingem o seu clímax a ação santificante de Deus para conosco e o nosso culto para com ele. Ela encerra todo o bem espiritual da Igreja: o mesmo Cristo, nossa Páscoa. A comunhão da vida divina e a unidade do Povo de Deus são expressas e realizadas pela Eucaristia. Mediante a celebração eucarística, já nos unimos à liturgia do Céu e antecipamos a vida eterna.” (274).

  • Não podemos esquecer nunca, nem deixar de falar que a Eucaristia é o verdadeiro e grande inesgotável Milagre quotidiano. Ela:
    • É um Sacramento: Os sacramentos são sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, por meio dos quais nos é concedida a vida divina (…) são eficazes ex opere operato (“pelo fato mesmo de a ação sacramental se realizar”), porque é Cristo que age neles e que comunica a graça que significam, independentemente da santidade pessoal do ministro; todavia os frutos dos sacramentos dependem também das disposições de quem os recebe”. (COMPÊNDIO do CCC, 224.229)
    • É o Sacramento Domenical por exelência: é evidente que o Milagre mais difundido e ao alcance de todos é o que ocorre nas nossas igrejas todas as vezes que se celebra a Santa Missa.“É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que ele instituiu para perpetuar pelos séculos, até seu retorno, o sacrifício da cruz, confiando assim à sua Igreja o memorial de sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, no qual se recebe Cristo, a alma é coberta de graça e é dado o penhor da vida eterna”. (COMPÊNDIO 271)Sem sombra de dúvidas, o Milagre mais importante e estrondoso é o que ocorre todas as vezes que se celebra a Eucaristia na qual “Jesus Cristo está presente na Eucaristia de modo único e incomparável. Está presente, com efeito, de modo verdadeiro, real, substancial: com o seu Corpo e o seu Sangue, com a sua Alma e a sua Divindade. Nela está, portanto, presente de modo sacramental, ou seja, sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho, Cristo todo inteiro: Deus e homem. (COMPÊNDIO 282). Fazendo presente e atualizando o seu Sacrifício da Cruz, com o Seu Corpo e o Seu Sangue, Ele se faz nossa comida e bebida, unido-se a nós e vivendo entre nós se transforma em viático do nosso peregrinar neste mundo caminho à patria eterna.

      Este é o milagre misterioso por excelência, que somos convidados a celebrar principalmente aos domingos, na comunidade eclesial, partindo o único pão, que – como afirma Santo Inácio de Antioquia – “nós partimos o único pão que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, mas para viver em Jesus Cristo para sempre”.

  • É oportuno também valorizar os Santuários dos Milagres Eucarísticos, reconhecidos pela Igreja como lugar de celebração litúrgica (particularmente do Sacramento da Reconciliação), lugar de oração e de espiritualidade eucarística, de catequese e de obra de caridade.
  • Os Milagres Eucarísticos se manifestam relacionados com a piedade popular.Eles, com freqüência, provêem da piedade popular e incidem sobre ela dando-lhe novos impulsos e abrindo-lhe novas formas de manifestação. Isso não exclui que eles tenham um efeito sobre a liturgia, como ocorreu, por exemplo, com a instituição da Festa de Corpus Christi. A liturgia é o critério, ela é a forma vital de toda a Igreja e é nutrida diretamente pelo Evangelho.

Monsenhor Raffaello Martinelli

S.E. Rev. ma Mons Raffaello Martinelli
Reitor do Colégio Eclesiástico Internacional São Carlos
Oficial da Congregação para a Doutrina da Fé

Clique nos arquivos abaixo e confira os milagres Eucarísticos (arquivo em *.pdf ):

1Carta Austria
2 Fiecht
3 Seefeld
4 Weiten

5 Carta Belgica
6 Boisseigneurissac
7 Bruges
8 Bruxelas
9 Herentals
10 Herkenrode
11 Corpuschristi
12 Middleburg

13 Carta Colombia
14 Tumaco

15 Carta Croacia
16 Ludbreg P1
17 Ludbreg P2

18 Carta Egito
19 Santa Maria
20 Scete

21 Carta Franca
22 Avignon P1
23 Avignon P2
24 Blanot
25 Bordeaux
26 Dijon
27 Douai
28 Faverney
29 Larochelle
30 Lesulmes
31 Marseille Beauvais
32 Paris P1
33 Paris P2
34 Pressac

35 Carta Alemanha
36 Augsburg
37 Benningen
38 Bettbrunn
39 Erding
40 Kranenburg
41 Regensburg
42 Walldurn
43 Weingarten
44 Weingarten2
45 Wilsnack

46 Carta India
47 Chiratta Konam

48 Carta Martinica
49 Martinica

50 Carta Reuniao
51 Reuniao

52 Carta Italia
53 Alatri
54 Assis
55 Asti P1
56 Asti P2
57 Bagnoramagna
58 Bolsena P1
59 Bolsena P2
60 Canosio
61 Cassia
62 Cavatirreni
63 Dronero
64 Ferrara
65 Florenca
66 Gruaro
67 Lanciano P1
68 Lanciano P2
69 Macerata
70 Mogoro
71 Morrovalle
72 Offida
73 Patierno
74 Rimini
75 Roma P1
76 Roma P2
77 Roma P3
78 Rosano
79 Damiao
80 Sena
81 Trani
82 Turim P1
83 Turim P2
84 Turim P3
85 Veroli
86 Volterra

87 Carta Holanda
88 Alkmaar
89 Amsterdam P1
90 Amsterdam P2
91 Bergen
92 Boxmeer
93 Boxtel
94 Breda
95 Meerssen
96 Stiphout

97 Carta Peru
98 Eten

99 Carta Polonia
100 Cracovia
101 Glotowo
102 Poznan

103 Carta Portugal
104 Santarem P1
105 Santarem P2

106 Carta Espanha
107 Alboraya P1
108 Alboraya P2
109 Alcala
110 Alcoy
111 Caravaca
112 Cimballa
113 Daroca P1
114 Daroca P2
115 Gerona
116 Gorkum
117 Guadalupe
118 Ivorra P1
119 Ivorra P2
120 Moncada
121 Monserrat
122 Ocebreiro
123 Onil P1
124 Onil P2
125 Ponferrada
126 Sanjuan
127 Silla
128 Valenca P1
129 Valenca P2
130 Zaragoza

131 Carta Suica
132 Ettiswil

Artigos

Quaresma: “E não nos deixeis cair em tentação”

Autor: Frei Lourenço Maria Papin, OP

 

Com a austera celebração da Quarta-feira de Cinzas, a Igreja iniciou a Quaresma 2011. Como indica o nome, são 40 dias de preparação para a Solenidade da Páscoa, intercalados por cinco Domingos.

E sempre no primeiro Domingo da Quaresma a liturgia da Palavra na Missa nos apresenta o episódio das tentações ou provações de Cristo no deserto, Mateus e Lucas, nos falam de três tentações que mostram o aspecto profundamente humano de Cristo que se fez igual a nós em tudo, também nas tentações, exceto no pecado. Tão profunda e perfeitamente humano que por isso mesmo é Deus!

Jesus foi conduzido pelo Espírito no deserto da Judéia. Após jejuar durante 40 dias e 40 noites, aparece o tentador diabólico com a intenção de minar e destruir a base do messianismo que salvaria a humanidade.

Primeira tentação. Quando Jesus jejuando sentiu fome, o tentador lhe diz: “Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se mudem em pães”. Vejo embutida nessa tentação o fenômeno atual do consumismo e da ganancia pelo material, deixando Deus em segundo plano. Essa primeira tentação se contrapunha ao ensinamento da partilha que será proposta pelo Cristo.

Segunda tentação. Vencida a primeira tentação, num tom de ousadia e dominação o tentador mostra a Jesus, num instante, todos os reinos do mundo dizendo-lhe: “Se te prostrares diante de mim em adoração, tudo isso será teu”. Constato aqui a terrível tentação do poder que anularia o inovador e revolucionário ensinamento de Cristo “que veio para servir e não para ser servido”.

Terceira tentação. Vencida a segunda tentação, Jesus é colocado no ponto mais alto do templo. O tentador então lhe dirá: “Se é o filho de Deus, joga-te daqui para baixo que os Anjos te levarão em suas mãos, para que não tropece em pedra alguma”. Trata-se da atraente tentação do orgulho que anularia o grande ensinamento de Jesus sobre a humildade que nele estará como que personificada.

Interessante notar que, após narrar à vitória de Jesus sobre essas tentações, Lucas escreve que o tentador voltaria oportunamente a tentar Jesus.

De fato, Jesus foi tentado durante toda sua vida publica, como também durante sua paixão dolorosa, iniciada no Jardim das Oliveiras. No alto da cruz rezando o Salmo 30, não terá acontecido sua ultima tentação ao exclamar: “Meu Deus, meu Deus por que me abandonaste?” Quase uma tentação de ateísmo, vencida quando por toda a humanidade Jesus entregou ao Pai seu espírito, a sua vida.

As três tentações de Jesus se repetem na história da humanidade, no aqui e agora. Por exemplo, não nos falta abundância de bens materiais e de pães, mas sim a partilha na justiça e na solidariedade, como meio para eliminar o doloroso escândalo da miséria e da fome que atinge quase um bilhão de pessoas. Opondo-se a partilha estão o consumismo, a ganância e o egoísmo.

Poder e orgulho são as tentações que ameaçam os homens nas dimensões de sua vida pessoal, comunitária e social. Quando o poder é apenas procura de interesses pessoais de grupos ou de partidos políticos e não se torna serviço, ele só traz danos para o bem comum. Tantas vezes o poder é divinizado no dinheiro e nos bens materiais e tido como senhor absoluto. Então ele se torna uma forma de idolatria. “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”, são severas palavras de Cristo.

O orgulho, pecado capital, transtorna todo o bom relacionamento humano. O orgulho leva a pessoa a um conceito demasiadamente elevado de si mesma, prejudicando o diálogo, o entendimento e a convivência na vida familiar e social. O orgulho e a desobediência a Deus, certamente definem o que chamamos de “pecado original” como transtorno moral e espiritual do inicio da humanidade.

Essa tríplice tentação e numerosas outras estarão nos rondando até o fim da vida. Quem poderá vangloriar-se de não ser tentado? Diria que quanto mais nos comprometemos com o bem, mais seremos tentados! “O discípulo não é maior do que o mestre” disse Jesus.

O Evangelho nos ensina que assim como o homem Jesus venceu todas as suas tentações, assim também nós poderemos vencer as nossas. Sem dúvida, Deus nunca permitirá uma tentação acima de nossas forças. Aliás, tentação em si não é pecado. Ademais, a graça divina que nos socorre é mais poderosa que toda e qualquer tentação.

Particularmente nesta Quaresma somos convidados a invocar o Pai com confiança e humildade: “…e não nos deixeis cair em tentação mas livrai-nos do mal”.

Santuários Marianos

Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt

Quando o Pe. Kentenich e os estudantes selaram a Aliança de Amor com Maria na pequena capelinha no vale de Schoenstatt, nasceu um lugar de graças que se converteu na origem de um Movimento que cresceria e se expandiria, mas que também experimentaria severas provas e tormentas. O Padre Kentenich queria essencialmente criar uma vida espiritual que fosse adaptável às condições de rápidas mudanças no mundo moderno. Os propósitos e planos dos jovens estudantes foram duramente provados quando muitos deles foram chamados a servir nas frentes de combate na primeira guerra mundial. Foi aí que esta nova visão e vida passaram pela prova e a vida e o testemunho dos jovens membros de Schoenstatt – apoiados pela revista MTA que levou suas experiências mais longe – atraíram mais pessoas de diferentes estados de vida.

Entre Guerras

Entre as guerras Schoenstatt começou a crescer como um centro de retiros para diversos grupos de pessoas de diferentes estados de vida. O próprio Pe. Kentenich deu muitas palestras e retiros, desenvolvendo o tema da Aliança de Amor com Maria. Ele deu ênfase em como o mundo se movia a uma nova era e a Igreja deveria dar uma resposta convincente às necessidades deste tempo. Durante os anos 30, as atividades do Movimento foram acompanhadas de perto pelos nazistas.

Ao mesmo tempo, o Pe. Kentenich começou a enviar Irmãs de Maria a outros continentes para expandir o movimento em diferentes países. Era muito comum que os antigos estudantes da geração fundadora, que neste momento trabalhavam como Padres Pallotinos em outros continentes, abrissem as portas para elas.

Internacional

Em 1941 o Pe. Kentenich foi preso e enviado ao campo de concentração de Dachau por quatro anos. Ele começou a expansão de Schoenstatt entre os prisioneiros, também entre os italianos, poloneses, tchecos e de outras nacionalidades. Em 1944 fundou junto com eles a “Internacional”.

O primeiro santuário filial foi inaugurado no dia 18 de outubro de 1943 pelo Monsenhor Alfredo Víola, Bispo de Salto, em Nova Helvecia, Uruguai. Os santuários filiais surgiram por iniciativa das Irmãs de Maria alemãs que foram enviadas como missionárias aos países da América do Sul.

As Irmãs do Uruguai se deram conta do difícil que era vincular um povo a um santuário distante fisicamente e, além disso, em território alemão, em um tempo de guerra e por isso tiveram a iniciativa de construir uma réplica do Santuário Original. Neste momento, o Fundador Pe. José Kentenich estava em Dachau, por isso não foi possível pedir seu consentimento expressamente.

Ao receber as notícias deste fato, o Pe. Kentenich viu uma ação divina e assumiu a ideia de construir um santuário filial em cada lugar onde Schoenstatt florescia. Hoje Schoenstatt não é somente um lugar de graças às margens do Reno na Alemanha. Em torno a cada santuário filial (200 hoje em dia), Schoenstatt é também um lindo lugar onde muitas pessoas podem experimentar a presença de Deus. Schoenstatt é uma “rede de santuários” e quer ser uma ponte entre a terra e o céu, até que todo o mundo se converta em um “lindo lugar”.

Frutos de Dachau

Em Dachau o Padre Kentenich pode experimentar em si mesmo e na vida dos schoenstattianos que o acompanhavam, a força transformadora e vitoriosa da Aliança de Amor com a Santíssima Virgem, com a Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt.

A Aliança de Amor foi vivida à altura da «Inscriptio», ou seja, com uma pré-disposição positiva frente à realidade da Cruz e do sofrimento. Nesse lugar de provas, viveu o choque frontal entre o «poder das trevas» (cf Col. 1, 13) e o Grande Sinal, a «Mulher reves­tida de sol» (cf Apoc 12, 1). Ali recebeu uma dupla confirmação: por um lado, a catástrofe antropológica para a qual marchava o ocidente; de outro, o selo divino da Obra que havia fundado. Mais ainda, percebeu que o «fenômeno Dachau» não era um fato isolado, mas sim um prelúdio do que, de uma maneira ou de outra, iria acontecer em todo o mundo. Os campos de concentração – afirmará – foram, ao mesmo tempo, «campos de preparação».

Isto explica o por que, saindo de Dachau, o Pe. Kentenich mudou a estratégia na condução da Família de Schoenstatt. Se até aquele momento, ou seja, durante trinta anos, sua ação se caracterizou por um estilo mais silencioso e prudente, dali por diante seu atuar terá o sinal do risco, da audácia e uma dinâmica muito mais forte.

Devemos registrar também outro fato decisivo: no campo de concentração, o Padre Kentenich fundou a «Internacional» de Schoenstatt. A esse passo foi conduzido por uma leitura crente das circunstâncias, dos sinais dos tempos.  Ali se encontravam sacerdotes prisioneiros de diversos países da Europa. Através deste acontecimento,  Deus não lhe estava indicando um caminho para dar uma dimensão e dinâmica internacionais à Obra que havia começado? No dia 18 de outubro de 1944, sob a chuva, o Padre Kentenich deu um passo decisivo: «… Hoje queremos formar aqui uma «Internacional». Todos estão representados. Até agora Schoenstatt era uma obra limitada. Hoje rompe-se este limite e se faz internacional».

Em Dachau e no Terceiro Documento de Fundação, encontramos as chaves decisivas que iluminam todo o período seguinte de sua ação apostólica. Depois de ter podido perceber, em forma direta, os extremos do rebaixamento do homem ao que conduz todo projeto coletivista – qualquer que seja sua variante ou tonalildade -, depois de experimentar o espírito com o qual se pode vencer este tipo de homem e dar a sua Obra uma base conscientemente internacional, o Padre Kentenich parte de Dachau. E enquanto lhe é permitido pelas circunstâncias, sai ao mundo em busca de aliados: «Nossa missão mariana não tem me deixado em paz; tem me dado força e coragem para percorrer todo mundo, buscando aliados que me ajudem a realizar plenamente esta missão» (Carta ao Padre Carlos Sehr, 1956). Entre os anos de 1947 e 1952, visitou a África do Sul, Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Estados Unidos.

Provas

Durante este período escreveu uma longa carta às autoridades da Igreja na Alemanha, a qual colocou no altar do Santuário de Bellavista, Chile, no dia 31 de Maio de 1949. Nesta carta, o Pe. Kentenich ressalta os perigos que enfrenta a Igreja devido a alguns modelos de pensamento teológico que separavam Deus de sua criação e nossa humanidade do Espírito, uma atitude que ele descreve como um “pensar, viver e amar mecanicista”. A carta não foi compreendida, mas sim considerada ofensiva. Uma resposta a isto foi a visitação a Schoenstatt por parte das autoridades eclesiásticas e logo após a mesma o Pe. Kentenich foi exilado nos Estados Unidos por 14 anos. Durante este tempo, o Movimento em Schoenstatt e em outros países sofreu uma severa perseguição e esteve perto de ser dissolvido em várias ocasiões. No Movimento, este tempo levou a uma entrega heróica e a muitos sacrifícios, seguindo o exemplo de amor à Igreja do seu Fundador.

O Concílio Vaticano II abriu uma nova visão da Igreja que compreendeu melhor a obra do Pe. Kentenich e em 1965 foi chamado a regressar a sua terra e foi plenamente restituído pelo Papa Paulo VI. Durante os três anos seguintes foi possível que ele continuasse com seu trabalho com o Movimento,  falecendo no dia 15 de setembro de 1968.

Depois da morte do Padre Kentenich, o Movimento de Schoenstatt permaneceu profundamente vinculado à pessoa do Fundador, trabalhando no crescimento de uma fidelidade criativa à sua missão e carisma, adaptando-se aos novos ambientes culturais e fatos históricos.

Rumo ao centenário da Aliança

Em 1985, na celebração do centenário do nascimento do Pe. Kentenich, o Movimento de Schoenstatt se uniu em uma grande celebração internacional em Schoenstatt e em Roma sob o lema: Tua Aliança – nossa Vida.

Desde então, o Movimento se expandiu para mais países e recuperando-se dos “anos de exílio”, trabalha para oferecer sua contribuição para a Igreja e para a sociedade, também em colaboração com outros movimentos eclesiais.

Do dia 1° ao dia 7 de fevereiro de 2009, a Conferência 2014 deu início em nível mundial à preparação do cententário da Aliança de Amor, começando com o 18 de outubro de 2013 e finalizando com uma peregrinação massiva ao Santuário Original no dia 18 de outubro de 2014 e logo partindo a Roma.

O documento da Conferência 2014 diz:

“A “pedra fundamental” é a celebração do acontecimento fundacional. Em torno a ela se agrupam os demais componentes da celebração: em Schoenstatt, em Roma e localmente. A partir da contribuição dos diversos países, percebemos claramente que a MTA nos convida a uma peregrinação aberta ao Santuário Original no dia 18 de outubro de 2014. O lugar e o tempo têm para nós caráter de sacramentais. A celebração no lugar de origem deve estar em conexão simultânea com todo o mundo. Assim se manifesta a amplitude da irradiação da corrente de graças do Santuário Original e a grande fecundidade que retorna ao Schoenstatt original depois de 100 anos. A celebração jubilar tem outro pólo em Roma. Com nosso Pai nos unimos no coração da Igreja para renovar nosso compromisso com ela e acentuar nosso caráter missionário. Levamos os frutos dos nossos Santuários e nossos projetos apostólicos como presente e pedimos ao Santo Padre que nos envie. Assumimos assim o desejo do Fundador que está expressado no Santuário Belmonte: Omnia Matri Ecclesiae.”

A Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt- A imagem de graças

O núcleo de Schoenstatt é constituído pela Aliança de Amor com Maria. O traço mariano talvez é o que mais se conheça em Schoenstatt. Como na imagem de graças de Schoenstatt, também em sua espiritualidade mariana se destaca a relação de Maria com Jesus, a “biunidade”. Ela é a grande Portadora de Cristo aos homens, a companheira e colaboradora permanente de Cristo, o Redentor, em toda a obra da salvação.

A grande graça que se pede a Maria em Schoenstatt é a graça de assemelhar-se a Ela. Maria é o conceito incorrupto de Deus sobre o homem, a mulher plenamente humana, mas configurada em Cristo, colaboradora no plano do Pai, que nos convida a construir livre e ativamente o seu Reino.

Qual é a origem da imagem da MTA?

Nos anos de 1914 – 1915 os primeiros congregados buscavam uma imagem adequada da Virgem Maria para a sua capela. Um professor do colégio os presenteou com uma reprodução litográfica de um quadro do pintor italiano Luigi Crosio. No início, esta imagem não os agradou muito, já que para alguns não lhes agradava desde o ponto de vista estético. Como não tinham dinheiro para comprar outra, colocaram esta imagem na capela no dia 19 de agosto de 1915. Desde então permaneceu sempre no Santuário.

Originalmente a imagem tinha o nome de “Refugium peccatorum”, “Refúgio dos pecadores”. No entanto, os estudantes de Schoenstatt descobriram um título com o qual se identificavam mais por sua própria história: Mater Ter Admirabilis, Mãe Três Vezes Admirável. Em meados do ano de 1916, começou-se a venerar a imagem da Santíssima Virgem no Santuário de Schoenstatt sob este título. “MTA” (como muitas vezes é chamada em Schoenstatt) é a abreviação do título em latim: “Mater Ter Admirabilis”. Seu significado gramatical viria a ser “Mãe muito admirável”. Posteriormete, explicou-se o título de forma simbólica, por exemplo: Ela é Três Vezes Admirável como Mãe de Deus, Mãe do Redentor e Mãe dos redimidos; ou então, Admirável por sua fé, seu amor e sua esperança, etc.

Schoenstatt: Um Santuário com Movimento

“Vocês suspeitarão o que eu pretendo: converter este lugar em um lugar de peregrinação, em um lugar de graça para a nossa casa e para toda a Província alemã e talvez para mais além…”. Este era o audacioso plano que o Padre José Kentenich, Diretor Espiritual do.

Ele os convidava a trabalhar para que a antiga capelinha de São Miguel se transformasse em um Santuário Mariano: “O Santuário que se encontrava,  desde tempos imemoráveis, abandonado, descuidado e vazio, foi restaurado por nós e por nossa iniciativa foi dedicado à Santíssima Virgem”. Há apenas dois meses havia iniciado a grande guerra européia, que iria transformar-se na Primeira Guerra Mundial.

Desde aquele dia de outubro já se passaram nove décadas. O Padre Kentenich faleceu no dia 15 de setembro de 1968, mas suas palavras tornaram-se realidade. O profeta tinha razão, ou melhor, percebeu o plano de Deus para este lugar. Descobriu uma fonte de graças – que naquele momento era apenas um fio de água – e que hoje se converteu em uma poderosa corrente de graças, de vida e de idéias, chegando a muitos países e a todos os continentes. A palavra “Schoenstatt” hoje é pronunciada no Paraguai e na Austrália, nos Estados Unidos e no Caribe, na África do Sul e na Índia… Aquela pequena capelinha dedicada a São Miguel Arcanjo é atualmente o Santuário Original e multiplicou na Alemanha, Europa e em todo o mundo através de uma rede de mais de cento e oitenta Santuários Filiais. Foi reconhecido oficialmente pela Igreja como Santuário em 1947.

Schoenstatt, um lugar de peregrinação

Muita gente se pergunta hoje se houve ali uma aparição da Virgem, como costuma acontecer em outros lugares santos como Lourdes e Fátima. Não, em Schoenstatt não houve nenhuma aparição da Mãe de Deus, mas Ela certamente se manifestou a partir deste lugar; ali houve uma iniciativa divida através de um intrumento sacerdotal, o Padre Kentenich. “Todos os que aqui vierem para rezar” – dizia na prática do dia 18 de outubro de 1914 – “devem experimentar as glórias de Maria”. Onde a Virgem Maria se faz presente, surge a vida; onde Ela está, encontramos a paz.

A partir do Santuário, Ela derrama em abundância seus tesouros e suas graças, sempre em favor dos homens, seus filhos. E como toda mãe o faz, preocupa-se particularmente com aqueles que mais sofrem, dos mais necessitados e débeis. Esperamos que uma mãe, que Maria atue sim.

Schoenstatt, um lugar de peregrinação para hoje

Há muitos Santuários marianos em todo o mundo. Diversas são as graças que Maria concede em cada lugar. Por que Ela quis manifestar-se também em Schoenstatt? Para responder a essa pergunta, nada melhor do que recorrer ao testemunho do seu principal instrumento, o Padre Kentenich, e à história vivida a partir de sua fundação.  Com uma aguda percepção dos problemas de sua época e uma profunda intuição sobre o futuro, o Padre Kentenich detectou que estávamos diante de uma mudança radical no mundo e, no centro da problemática, estava o homem. Via um crescente processo de massificação, detectava o perigo do desapego aos valores, pessoas e tradições. Percebia o crescente fenômeno de ateísmo já em desenvolvimento e captava que tempos novos requerem um novo tipo de homem e que a Virgem Maria deveria ser sua Mãe, para dar a luz a Cristo nos corações dos homens. Em Schoenstatt e a partir de Schoenstatt queria que Ela se manifestasse como a Educadora desse homem novo em uma nova comunidade.

Devemos perguntar também à história, ao que ocorreu a partir daquele 18 de outubro de 1914. Os fatos falam com uma linguagem eloquente. Milhares de pessoas encontraram em Schoenstatt um lar espiritual e através dele receberam graças especiais. A partir dessa pequena capelinha no vale surgiu um forte Movimento de renovação espiritual, uma grande onda religiosa que, fazendo-se cada vez maior à medida que avança, vai em busca das “novas praias” do futuro. Um movimento que busca a transformação do homem em Cristo através de uma Aliança de Amor com Maria. Uma corrente de entrega heróica e de santidade (esta era uma das exigências do documento de fundação: “aceleração do desenvolvimento de nossa própria santificação e, desta maneira, a transformação de nossa Capelinha em um lugar de peregrinação”). Surgiram seis Institutos Seculares, comunidades de dirigentes católicos, comunidades contemplativas, um vasto movimento laical, movimento popular e de peregrinos. Onde está a Virgem Maria, ali está presente o Senhor, ali atua seu Espírito. Nunca poderemos compreender ou dar o pleno valor para as maravilhas que o Senhor realiza. Sentimos um profundo assombro em apenas perceber sua proximidade e sentimos nascer em nós a verdadeira gratidão. Assim o expressava o Padre Kentenich em forma de oração: “Obrigada, Pai porque elegeste Schoenstatt e porque ali Cristo nasce de novo. Obrigada porque a partir daqui queres irradiar ao mundo as glórias de nossa Mãe, inundando os corações frios com torrentes de amor”.

A Fundação – 18 de outubro de 1914

Se quiser compreender algo com profundidade, deve-se sempre perguntar por suas raizes. Se nós quisermos captar o que é Schoenstatt, devemos buscar compreender o fato a partir do qual deu-se a sua origem e desenvolvimento.

E isto nos leva a um lugar – Schoenstatt – no vale de Vallendar (Alemanha) e a uma data, o dia 18 de outubro de 1914. Neste dia, na antiga capelinha de São Miguel recentemente inaugurada, o Padre Kentenich selou uma Aliança de Amor com a Santíssima Virgem. A homilia que deu neste oportunidade aos jovens seminaristas foi reconhecida por ele mesmo, anos mais tarde, como o documento de fundação do Movimento de Schoenstatt, e seu testemunho é decisivo.

Ao compararmos a história de Schoenstatt com a de outros lugares nos quais também se manifestou a Virgem Maria, constatamos semelhanças e diferenças. Algo em comum a todos: Deus busca sempre instrumentos humanos através dos quais Ele quer se aproximar dos homens.

Em outubro de 1914 a Mãe de Deus tomou uma nova iniciativa em Schoenstatt, Alemanha e agora o instrumento humano é um jovem sacerdote de 29 anos, o Padre José Kentenich.

Naquele 18 de outubro, o Padre Kentenich comunica aos seus interlocutores “uma secreta ideia predileta”, um “pensamento audacioso”, algo que estava em seu interior há um certo tempo: “Por acaso não seria possível que a Capelinha de nossa Congregação chegasse a ser ao mesmo tempo nosso Tabor, onde se manifestem as glórias de Maria?”

Três meses antes, no dia 18 de julho, havia chegado a suas mãos um artigo escrito pelo Padre Cipriano Fröhlich, narrando a história do Santuário de Pompéia (Itália). Não havia surgido, como em outros lugares, por uma aparição da Virgem Maria. Deus elegeu ali um instrumento humano para realizar seus planos: um advogado chamado Bartolo Longo (recentemente beatificado por Sua Santidade João Paulo II). O paralelo era sugestivo. O que havia acontecido em Pompéia não poderia se repetir em Schoenstatt? Sua proposta foi realmente audaciosa. Mas – dizia aos jovens seminaristas – “quantas vezes na história do mundo foi o pequeno e insignificante a origem do grande! Por que não poderia acontecer o mesmo conosco?”

Uma proposta audaciosa na verdade

Os quase 100 anos da história de Schoenstatt – desde aquele dia 18, um dia como todos os demais, mas ao mesmo tempo um dia diferente -, comprova que aqueles anelos se transformaram em fatos. Na pequena capelinha de São Miguel, a Mãe de Deus eregiu seu trono de graças de maneira especial e de lá tem distribuido seus tesouros e realizado milagres.

O pequeno Santuário de Schoenstatt multiplicou-se em todo o mundo através dos Santuários Filiais (o primeiro foi construído em Nova Helvecia/Uruguai). A presença de Maria e a manifestação de suas glórias se multiplicou através dos numerosos santuários nos lares das famílias. Em todos estes lugares, Maria quer se manifestar como Mãe e Educadora realizando grandes coisas.

Mas em todos é requerida, segundo as leis permanentes da história da salvação, a cooperação humana. Assim expressa o lema: “Mãe, nada sem Ti; nada sem nós”.

Pe. Esteban Uriburu

Ultrapassar o umbral

Há diferentes formas de se aproximar do Santuário. A mais adequada, no entanto, é a do peregrino. No fundo todos nós, seres humanos, somos peregrinos.

A realidade do Santuário (como a da Aliança de Amor) não pode ser transmitida plenamente com as palavras. Deve-se experimentá-la para que seja captada vitalmente. Enquanto isso não acontecer, pode ser que muitas coisas sejam interessantes em Schoenstatt, mas não se terá ultrapassado o umbral e nem penetrado em seu mistério. Este passo é sempre uma decisão pessoal e livre.

A Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt – Uma corrente de vida e graças

A Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt é um apostolado animado e coordenado pelo Movimento Apostólico de Schoenstatt a serviço da Igreja.

Consiste na visita regular da imagem da Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt às famílias, escolas, hospitais e a todos os lugares onde famílias ou pessoas individualmente a recebem.

A Campanha é levada adiante por voluntários leigos – missionários e coordenadores – organizados por paróquias e dioceses.

Foi iniciada em 10 de setembro de 1950 pelo Servo de Deus, o Diácono João Luiz Pozzobon, membro do Movimento de Schoenstatt, mas  as suas raízes já podem ser encontradas nas palavras do Fundador do Movimento, Pe. José Kentenich, escritas dois anos antes do início da Campanha:

“Levem a imagem da Mãe de Deus e dêem um lugar de honra nos lares, assim eles hão de se tornar pequenos santuários…” (15/04/1948).

 

Um apostolado mariano, eclesial e popular

É um apostolado mariano, inspirado na atitude de Maria que foi ao encontro de sua prima Isabel. (cf. Lc 1, 39 0 41). É como se Nossa Senhora quisesse sair do seu Santuário, caminhar pelas estradas do mundo e visitar os seus filhos. Na imagem da Mãe Peregrina de Schoenstatt, Ela vai ao encontro de todos, em especial dos mais necessitados e daqueles que estão mais afastados de Deus e da Igreja; um apostolado eclesial que, com a Igreja e a serviço da Igreja, quer colaborar com a pastoral ordinária das dioceses e paróquias; um apostolado popular, pois procura chegar a todas as pessoas em todas as situações da vida, realizando o mandato do Senhor: “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16, 3). É popular também porque se adapta a diversas realidades pastorais: famílias, escolas, hospitais, prisões, etc.

A imagem de Maria da Campanha é a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, venerada nos Santuários de Schoenstatt. As imagens peregrinas são réplicas da imagem ‘peregrina original’ com a qual foi iniciada a Campanha. Têm a forma de santuário para exprimir a ligação essencial ao Santuário de Schoenstatt com todas as graças que ali se recebem. São abençoadas em um Santuário de Schoenstatt e dali são enviadas.

Existem alguns tipos de ‘imagens peregrinas’, de acordo com o apostolado no qual são utilizadas.

A Imagem Peregrina Original – É a imagem com a qual o Diácono João Luiz Pozzobon iniciou a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt em setembro de 1950. Esta imagem foi sua ‘companheira de peregrinação’ durante mais de 30 anos. Em 1980, ele devolveu esta preciosa imagem para a Ir M. Terezinha Gobbo, que lhe havia entregue em 1950. Desde a morte de João Pozzobon, ocorrida em 1985, a Imagem Peregrina Original é guardada com amor e carinho no Centro Mariano, sede do Movimento de Schoenstatt em Santa Maria/RS.

As Imagens Peregrinas Auxiliares – São as imagens destinadas a uma diocese, a um Santuário Diocesano ou a um apostolado maior específico, sob a responsabilidade de um líder. A primeira foi recebida pelo Diácono Ubaldo Pimentel, em Santa Maria, Brasil no dia 8 de dezembro de 1979. São réplicas fiéis da Imagem Peregrina Original, com o mesmo tamanho e formato. Segundo interpretação do Diácono João Pozzobon, as Imagens Auxiliares são como ‘um prolongamento’ da bênção do Fundador de Schoenstatt, Pe. José Kentenich, à Campanha a partir do Santuário Original em 4 de agosto de 1951. Como expressão da sua união com a ‘Original’, todas as ‘Auxiliares’ são bentas e partem do Santuário de Schoenstatt de Santa Maria, que é o lugar de origem da Campanha.

As Imagens Peregrinas Paroquiais são semelhantes à Imagem Original e às Auxiliares. Normalmente são menores e sem as ‘portinhas’. Cada Paróquia pode ter sua imagem para utilizá-las em novenas, procissões e outras atividades. Algumas Paróquias organizam um roteiro para a sua imagem paroquial, para que ela visite as diversas capelas, escolas, grupos de catequese, etc. Normalmente, a imagem peregrina paroquial fica aos cuidados da equipe de coordenação paroquial, que pode delegar a responsabilidade a uma liderança da Campanha.

As Imagens Peregrinas ‘Ocasionais’ são utilizadas em diversos apostolados da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt: com os doentes, em estabelecimentos comerciais, nos hospitais, etc. São confiadas a um missionário que organiza o itinerário e a forma de apostolado. Todas as imagens são cadastradas junto ao secretariado da Campanha.

As Imagens Peregrinas das Famílias percorrem mensalmente, e em caráter permanente, um grupo de trinta famílias. Cada imagem está aos cuidados de um missionário, responsável pelo apostolado junto às famílias, possui um número, registrado no secretariado responsável pela sua área geográfica.

As Imagens Peregrinas para o apostolado Infanto-juvenil são confiadas a jovens e crianças que se colocam – com a Mãe de Deus – como apóstolos para outros jovens e crianças. Podem ser também utilizadas em escolas e grupos de catequese. Todas as imagens usadas neste apostolado são cadastradas no secretariado da Campanha.