Sou todo Vosso, Mãe e Senhora!
Há certos acontecimentos da vida de João Paulo II que são dignos de memória, mais ainda que outros. São aquelas atitudes do Servo de Deus que ainda rendem bons frutos essa Terra e terão desdobramentos eternamente, no Céu. Falar sobre isso nunca será demais: a justiça e a gratidão exigem que esses gestos sejam sempre lembrados.
Beatificação: fatos dignos de memória
João Paulo II, será beatificado no dia primeiro de maio de 2011, em Roma. Até lá, sua vida será esquadrinhada palmo a palmo, será narrada em todo mundo, para todos.
Sobre o “Papa que veio de longe” – timoneiro da “Barca de Pedro” por quase 27 anos – veremos desfilar comentários sobre sua atuação como sacerdote, bispo, arcebispo e cardeal na Polônia ainda comunista. Saberemos como foram seus estudos, sua prisão pelos nazistas, sua política diplomática e suas visitas apostólicas a 129 países.
Conheceremos sua atuação durante o concílio. Poderemos avaliar detalhes e consequências do atentado que sofreu em 1981, bem como de sua doença. Serão lembrados seus sofrimentos e também as alegrias, tristezas e esperanças de seus 84 anos de vida. E é bom que seja assim mesmo: João Paulo II viveu de modo assinalado a História da Igreja e da humanidade. Até que se esgote tudo que se tem a dizer sobre ele, passará um bom tempo.
No entanto, haverá ainda outras atitudes de Karol Wojtyla, outros acontecimentos também dignos de memória. Eles também são história e devem ser lembrados. São fatos praticados pelo Servo de Deus que ainda continuam a render bons frutos nessa Terra e terão desdobramentos no Céu, eternamente.
Falar sobre isso nunca será demais e a justiça e gratidão exigem que eles sejam sempre lembrados.
Devoto de Maria
Dentro dessa perspectiva estariam, por exemplo, as expressões de devoção a Nossa Senhora, a catequese e todo o apostolado Marial exercido pelo Papa João Paulo II.
Porém, seria um desafio quase invencível enumerar —mesmo sinteticamente— todos seus pensamentos, todas suas atitudes e desejos a propósito da Virgem Maria. Nessa contingência, sem a pretensão de esgotá-los, relembremos fatos e manifestações que evocam a devoção de João Paulo II a Maria Santíssima, seus desdobramentos e consequências.
“Totus tuus”
Poucas horas depois de ter sido eleito Papa (17 de outubro de 1978), dirigindo-se ao mundo todo, afim de enunciar as grandes linhas de seu pontificado, ele afirmou: “Nesta hora, […] não podemos deixar de voltar, com filial devoção, o nosso olhar para a Virgem Maria […], repetindo as palavras “totus tuus” (todo teu), que […] gravamos em nosso coração e em nossas armas, no dia da ordenação episcopal”.
O que dizer de um homem que, ao atingir a situação mais elevada e augusta dessa Terra, proclama ser “todo de Nossa Senhora”? A resposta é simples e sem exageros: João Paulo II mostrava, assim, ser um homem predestinado. Pois, quem tem devoção a Nossa Senhora traz em sua alma a marca da predestinação.
Consagração a Jesus Cristo pelas Mãos de Maria
Durante seu longo pontificado, nas mais diversas situações, ele tinha seus olhos voltados constantemente para Nossa Senhora.
Aproveitou-se de ocasiões solenes ou intimas, visitas a grandes santuários ou a pequenas igrejas e capelas, fóruns internacionais ou encontros privados para, sempre, renovar sua “consagração a Cristo pelas mãos de Maria” (RMa 48).
Ele escolheu este meio para mostrar ao mundo seu amor à Virgem Maria e seu desejo de viver fielmente esse compromisso de fidelidade a sua devoção mariana. E assim ele agiu até o fim de sua vida.
De onde ele auriu e encontrou fundamentos para essa entranhada devoção a Nossa Senhora?
Sem dúvida alguma, na Tradição Católica e nos exemplos de vida de inúmeros santos. Contudo, a mariologia de João Paulo II foi beneficamente influenciada, sobretudo, por S. Luís Maria Grignion de Montfort (1673-1716) que afirmava: “Toda a nossa perfeição consiste em sermos configurados, unidos e consagrados a Jesus Cristo. Portanto, a mais perfeita de todas as devoções é, incontestavelmente, aquela que nos configura, une e consagra mais perfeitamente a Jesus Cristo.
Ora, sendo Maria, entre todas as criaturas, a mais configurada a Jesus Cristo, daí se conclui que, de todas as devoções, a que melhor consagra e configura uma alma a Nosso Senhor é a devoção a Maria, sua santa Mãe; e quanto mais uma alma for consagrada a Maria, tanto mais será a Jesus Cristo” (Tratado, 120 – in RVM 15).
História de uma devoção
Na verdade, a relação de Karol Wojtyla com Nossa Senhora começou quando ele era menino. Sua mãe terrena morreu quando ele tinha sete anos e o pequeno órfão logo habituou-se a rezar diariamente junto a uma imagem de Nossa Senhora de sua paróquia. Karol desabafava suas alegrias, tristezas e esperanças diante da Mãe Celestial, tal como faria com a sua mãe e, talvez, até com mais confiança. De Nossa Senhora sua alma de criança recebia compreensões e afagos que só a melhor das mães sabe dar.
Tendo nascido e vivido na Polônia onde a maioria de seus compatriotas veneram a Virgem de Czestochowa, padroeira de sua abençoada e mariana terra, esta relação cresceu ao longo da sua existência acompanhando-o em sua formação e durante a vida de sacerdote.
Quando foi eleito bispo, tomou como lema a descrição de um estado de vida que já havia assumido antes e vivia: Totus Tuus. Todo Teu! Uma de suas frases poderia resumir a razão de ele dizer “Totus Tuus” a Maria: “Importa reconhecer que, antes de que qualquer outro, o próprio Deus, o Pai eterno, confiou-se à Virgem de Nazaré, dando-lhe o próprio Filho no mistério da Encarnação” (RMa 39).
“Rosario: minha oração predileta!”
“O Rosário é a minha oração predileta. Oração maravilhosa! Maravilhosa na simplicidade e profundidade”.
Estas palavras de João Paulo II, ditas em 20 de outubro de 1978, uma semana depois de ter sido eleito Papa, ajudam a mostrar atitudes de uma espiritualidade que ele vivia e que tomou mais corpo durante seu pontificado. Nesse período, ele aprofundou e amadureceu sua devoção a Nossa Senhora e disso dava sempre mostras: rezava constantemente o rosário.
Era frequente vê-lo rezar o terço devotamente nos momentos de pausa, em seus traslados no papamóvel, nos encontros mais longos com jovens, enquanto eles executavam músicas para ele, e nas horas de recolhimento diante do Santíssimo Sacramento ou de uma imagem de Nossa Senhora.
Suas inúmeras e importantes atividades nunca foram empecilho que justificassem deixar de rezar o terço. Tornou-se conhecido o fato de que nas audiências que concedia ou nas visitas que fazia, o presente que mais oferecia era sempre um rosário, mesmo que a pessoa não fosse católica ou nem tivesse Fé alguma. Ele chegou mesmo a afirmar que “nunca como no Rosário o caminho de Cristo e o de Maria aparecem unidos tão profundamente. Maria só vive em Cristo e em função de Cristo.”
Contemplar com Maria o rosto de Cristo
Não causa espanto que João Paulo II tenha desejado dedicar ao Santo Rosário o ano que antecedeu o Jubileu de Prata de seu pontificado. Essa foi uma atitude querida por ele para incentivar “a contemplação do rosto de Cristo na companhia e na escola de sua Mãe Santíssima. Com efeito, recitar o Rosário nada mais é [que] contemplar com Maria o rosto de Cristo” (RVM – 3). Assim, depois de 25 anos na direção da Igreja, o já então ancião Karol Wojtyla confirmava, uma vez mais, o “Totus Tuus” da sua vida.
“Meditar com o Rosário significa entregar os nossos cuidados aos corações misericordiosos de Cristo e da sua Mãe. À distância de vinte e cinco anos, ao reconsiderar as provações que não faltaram nem mesmo no exercício do ministério petrino, desejo insistir, como para convidar calorosamente a todos, a fim de que experimentem pessoalmente isto mesmo: verdadeiramente o Rosário «marca o ritmo da vida humana» para harmonizá-la com o ritmo da vida divina, na gozosa comunhão da Santíssima Trindade, destino e aspiração da nossa existência”.
Ano do Rosário, ano para o rosário
João Paulo II escreveu na Carta Apostólica “Rosarium Virignis Mariae”: “na esteira da reflexão oferecida na Carta apostólica “Novo millennio ineunte” na qual convidei o Povo de Deus, após a experiência jubilar, a “partir de Cristo” senti a necessidade de desenvolver uma reflexão sobre o Rosário, uma espécie de coroação mariana da referida Carta apostólica, para exortar à contemplação do rosto de Cristo na companhia e na escola de sua Mãe Santíssima. Com efeito, recitar o Rosário nada mais é senão [que] contemplar com Maria o rosto de Cristo. Para dar maior relevo a este convite, […] desejo que esta oração seja especialmente proposta e valorizada nas várias comunidades cristãs durante o ano. Proclamo, portanto,o período que vai de Outubro deste ano até Outubro de 2003 Ano do Rosário.
Constante Apostolado através de Maria…
O Papa João Paulo II sempre quis deixar patente diante de todos sua devoção a Nossa Senhora. Essa devoção era uma forma de ele caminhar na santificação, sem dúvida, mas os efeitos dela tinham como corolário fazer apostolado, atrair mais almas para Cristo. Ele sabia que os exemplos influenciam, entusiasmam e arrastam.
João Paulo II encontrou no exercício dessa devoção um modo de, ao mesmo tempo, mostrar seu apreço pela Virgem Maria e praticar uma catequese mariana, alcançando assim um número maior de almas que pudessem abrir seus corações para Jesus Cristo.
Todos sabiam que, depois de Papa, —como já fazia na Polônia— nunca deixou de praticar a popular devoção dos primeiros sábados, conforme o pedido de Nossa Senhora aos pastorezinhos de Fátima.
Ele quis também demonstrar sua devoção a Nossa Senhora quando atribuiu à intercessão de Maria o fato de ter sobrevivido ao atentado que sofreu na Praça de São Pedro, em 13 de maio de 1981, uma data especialmente associada às aparições da Virgem em Fátima.
…nas audiências públicas
Ele utilizou-se das sempre muito concorridas audiências públicas das quartas-feiras para difundir as glórias de Maria e propagar a devoção a Ela. Entre os anos de 1995 e 1997, em 58 delas, o Sumo Pontífice teve Nossa Senhora como assunto constante dessas audiências.
Com uma didática simples e direta, capaz de atingir qualquer nível de cultura, ele proporcionou aos que tomaram conhecimento dessas homilias uma incursão através de diversos e variados temas que constituem a mariologia.
Numa delas, João Paulo II tratou da “Devoção mariana e o culto das imagens”. Foi, então, uma ocasião para Ele afirmar:
“Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher…(Gl 4,4). O culto mariano funda-se sobre a admirável decisão divina de ligar para sempre, como recorda o apóstolo Paulo, a identidade humana do filho de Deus a uma mulher, Maria de Nazaré.
O mistério da maternidade divina e da cooperação de Maria na obra redentora suscita nos crentes de todos os tempos uma atitude de louvor, quer para com o Salvador quer [para com] Aquela que O gerou no tempo, cooperando assim na redenção.
Um ulterior motivo de reconhecido amor pela Bem-aventurada Virgem é oferecido pela sua maternidade universal. Ao escolhê-la como Mãe da humanidade inteira, o Pai celeste quis revelar a dimensão, por assim dizer materna, da Sua ternura divina e da Sua solicitude pelos homens de todas as épocas” (A Virgem Maria – 58 Catequeses do Papa sobre Nossa Senhora. – Aquino, Felipe Rinaldo Queiroz de (org.). – 6ª. ed. – Lorena: Cléofas, 2006, p. 171).
Em outra dessas audiências das quartas feiras, João Paulo II tratou sobre “A oração de Maria”. O Papa assim concluía sua reflexão:
“Tendo recebido de Cristo a salvação e a graça, a Virgem é chamada a desempenhar um papel relevante na redenção da humanidade. Com a devoção mariana os cristãos reconhecem o valor da presença de Maria no caminho rumo à salvação, recorrendo a Ela para obter todo o gênero de graças. Eles sabem sobretudo que podem contar com a sua intercessão materna, para receber do Senhor [tudo] quanto é necessário ao desenvolvimento da vida divina e à obtenção da salvação eterna.
Como atestam os numerosos títulos atribuídos à Virgem e as peregrinações ininterruptas aos santuários marianos, a confiança dos fiéis na Mãe de Jesus impele-os a invocá-la nas necessidades quotidianas. Eles estão certos de que o seu coração materno não pode permanecer insensível às misérias materiais e espirituais de seus filhos” (idem – p. 181).
…em qualquer ocasião oportuna
As homilias de João Paulo II sobre a Bem-aventurada Virgem Maria e seu papel e lugar no mistério de Cristo e da Igreja chegam às centenas, não se limitando apenas às alocuções das quartas feiras. Ele dedicou também, em diversas outras ocasiões, um número enorme de orações e consagrações à Santíssima Virgem.
Às vezes, de passagem, em um discurso, uma audiência, ou outra oportunidade qualquer, relevante ou não, nascidas de seu coração, vinham à tona orações, lembranças ou algumas palavras sobre Nossa Senhora e a necessidade de se ter devoção a Ela. Eram sempre palavras acessíveis, porém, elevadas e com fundamento teológico profundo.
Os mistérios de Luz
Se quisermos completar um pouco mais o perfil mariano da alma de João Paulo II, seria bom lembrarmos que ele escreveu a encíclica “Redemptoris Mater” e também a carta apostólica “Rosarium Virginis Mariae”.
Estes escritos trazem um conjunto de pensamentos, meditações e afirmações de um Papa que já havia caminhado bastante na estrada de Maria. Eles trazem reflexões de um coração que se apaixonou pela Santa Mãe de Deus, a Virgem Maria.
Como corolário dessas meditações sobre o Rosário, o Papa acrescentou a ele um conjunto novo de cinco mistérios. Eles formam a quarta parte do Rosário e receberam a denominação de “Mistérios Luminosos” ou “Mistérios da Luz”.
“Quando recita o Rosário, a comunidade cristã está em sintonia com a memória e com o olhar de Maria.” (RVM) Os cinco mistérios acrescentados ao Santo Rosário colocarão o fiel em um tempo maior de contato com Nossa Senhora. E isso é fundamental para o católico, pois, “percorrer com Maria as cenas do Rosário é como ir à ‘escola’ de Maria para ler a Cristo, para penetrar em seus segredos, para entender sua mensagem.”
João Paulo II e Fátima
Provavelmente, a devoção do Papa João Paulo II a Nossa Senhora de Fátima veio de sua época de infância e juventude, pois, na Polônia, desde cedo, a história e a mensagem da Senhora da Cova da Iria foram bastante difundidas.
Os Bispos poloneses participantes do Concílio Vaticano II estavam entre os que mais se entusiasmaram quando s tratou da realização da consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria, segundo o pedido de Nossa Senhora, em Fátima. Entre estes bispos estava o ainda jovem Dom Wojtyla que participou ativamente da defesa e divulgação dessa Consagração.
Assim ele resumiu seu pensamento sobre esta temática: “Consagrar o mundo ao Coração Imaculado de Maria significa aproximar-nos, mediante a intercessão da Mãe, da própria Fonte da Vida, nascida no Gólgota. Este Manancial escorre ininterruptamente, dele brotando a redenção e a graça.” (Homilia do Papa João Paulo II,Fátima, 13 de maio de 1982- in Revista Arautos do Evangelho, Fev/2011, n. 110)
O então Dom Karol Wojtyla participou das quatro sessões do II Concílio do Vaticano. Estava presente quando o Papa Paulo VI anunciou o envio da rosa de ouro ao Santuário de Fátima (21 de Novembro de 1964) e o convite do Cardeal Cerejeira, na última sessão do Concílio, a todos os bispos do mundo, para irem ao Santuário no cinquentenário das aparições (1967).
Ao sobrevoar o território de Portugal —25 de janeiro de 1979— João Paulo II lembrava-se de Fátima em sua mensagem ao presidente: “com cordiais saudações, vai o nosso pensamento para o dileto povo português, auspiciando-lhe e implorando a Maria Santíssima, tão cultuada especialmente em Fátima, a contínua assistência e favores de Deus” (OR, 11 Mar. 1979, p. 2).
Proteção de Fátima: o Papa não morreu
Em 13 de Maio de 1981 completavam 64 anos da primeira aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria. Era também comemorado o cinquentenário da consagração de Portugal ao Imaculado Coração de Maria e o Episcopado Português tinha resolvido que nesse dia seria renovada essa consagração. Para a ocasião, João Paulo II havia enviado um telegrama afirmando considerar-se presente à cerimônia.
O Cardeal D. Antônio Ribeiro leu o texto da consagração e a prece pelas intenções do Papa. Leu também uma mensagem onde agradecia o telegrama do Papa e, em nome de todos, pedia a Nossa Senhora “as melhores graças e bênçãos de Deus” para o Papa (cfr. “Voz da Fátima”, 13 Jun. 1981; OR, 9 Mai. 1982, p. 7, cols. 3-4).
Justamente na tarde deste mesmo dia chegou a notícia do atentado contra o Papa. Desde então, no Santuário de Fátima as autoridades eclesiásticas e os peregrinos se uniram em oração pelo Papa.
“Não podíamos deixar morrer o Santo Padre. Pela proteção de Nossa Senhora, Consoladora dos Aflitos, Saúde dos Enfermos, Mãe da Santa Esperança, o Papa não morreu”, dizia o Bispo de Leiria, um ano depois. (OR, 9 Mai. 1982, p. 9, col. 1-2).
No ritmo da “Senhora da Mensagem”
Podemos afirmar que, desde esse dia, o pontificado do Papa João Paulo II decorreu ao ritmo da “Senhora da Mensagem”, como ele costumava dizer. Alguns momentos são significativos e mostram essa sintonia com a mensagem de Fátima:
– 13 de Maio de 1982 – primeira peregrinação do Papa ao Santuário de Fátima;
– a consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria, na Praça de S. Pedro, na presença da Imagem de Nossa Senhora de Fátima, da Capelinha das Aparições, a 25 de Março de 1984;
– a segunda peregrinação, no décimo aniversário do atentado, a 13 de Maio de 1991;
– a terceira peregrinação com a beatificação dos pastorezinhos Francisco e Jacinta, em Fátima, e o anúncio da terceira parte do segredo de 1917, a 13 de Maio do ano jubilar de 2000, e a sua revelação completa, a 20 de Junho do mesmo ano.
– Finalmente, a nova ida da Imagem de Nossa Senhora de Fátima, à Praça de S. Pedro, no dia 8 de Outubro de 2000, quando o Papa João Paulo II consagrou a Nossa Senhora o novo milênio, na presença dos bispos do mundo inteiro.
Em alocuções e outros documentos oficiais de seu pontificado, João Paulo II refere-se a Nossa Senhora de Fátima em 110 ocasiões diferentes.
O Papa João Paulo II teve uma última atenção para com Fátima: enviou uma mensagem para a Irmã Lúcia que, a 13 de fevereiro de 2005 ainda a pode ler poucas horas antes de falecer. Menos de dois meses depois, 2 de abril, quando morreu João Paulo II, na Praça de S. Pedro ouvia-se constantemente o “Ave de Fátima”. Cantando, o povo associava definitivamente João Paulo II a Nossa Senhora de Fátima.
Fonte: Arautos do Evangelho