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Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora das Lagrimas de Siracusa

Em Siracusa, Sicília, nos dias 29, 30 e 31 de agosto e 1º de setembro de 1953, uma imagenzinha de Nossa Senhora derramou abundantes lágrimas, fenômeno que pôde ser observado por muitas pessoas, por autoridades eclesiásticas e civis.

Vejamos como contam o fato:
Antonina Iannuzo, depois de rezar diante de sua imagem de Nossa Senhora, percebeu em seus olhos abundantes lágrimas. Pensou em princípio ser ilusão, mas logo depois parentes e o próprio marido puderam verificar o fato.
A pequenina imagem chorava a ponto de as lágrimas correrem pela face. Espalhou-se logo a notícia: da cidade, da Sicília, da Itália toda, e depois de toda a Europa começam a acorrer devotos e curiosos. Quintuplicaram os trens para Siracusa, e as passagens de avião eram reservadas com semanas de antecedência. Apesar do calor tórrido, a multidão era imensa. Veículos de todos os tipos e de todas as cores, ao longo das estradas, seguiam para lá.
Os doentes era colocados numa praça de 100 m2 à vista da “Madonina” exposta em um nicho aos olhos da multidão.
Durante dezoito horas por dia padres e religiosos se revezavam tocando objetos na imagem. Na própria casa dos Iannuzo formou-se logo o “Comitê da Virgem que chora” para exame dos miraculados. Em princípio os interrogatórios eram exigentes e severos; depois os médicos cansaram. Trezentos casos extraordinários puderam ser examinados desde o início pelas autoridades civis e eclesiásticas.
O arcebispo de Siracusa, dom Baranzini, acompanhado de todas as autoridades eclesiásticas da Província, celebrou a santa missa em plena rua.
Os químicos Leopoldo La Rosa e Francisco Cotzia analisara, 1 cm3 das lágrimas e concluíram: “O líquido revela a mesma composição e a mesma densidade das lágrimas humanas”.
Entre os casos tidos como milagrosos, conta-se o de Núnzio Vinci, operário de 49 anos, que sofria de uma artrite deformante e voltou para casa completamente curado. Foi o primeiro favorecido por Nossa Senhora.
A “Madonina” das lágrimas recebeu milhares de cartas e telegramas de súplicas e de agradecimento por graças recebidas.
Destinaram 3 milhões de liras para a construção de uma capela na praça de Siracusa onde se encontra a imagem.
Na edição semanal do L`Osservatore Romano de 21 de dezembro de 1953 lê-se a seguinte notícia: os bispos da Sicília, reunidos ontem para a costumada Conferência em Magheria (Palermo), ouviram amplo relato de dom Heitor Baranzini, arcebispo de Siracusa, relativo às lágrimas da imagem do Coração Imaculado de Maria repetidas viárias vezes nos dias 29, 30 e 31 de agosto e 1º de setembro deste ano (1953), em Siracusa (Via degli Orti, 11), e, ponderados atentamente os relativos testemunhos nos documentos originais, concluíram de modo unânime que não se pode duvidar da realidade da lacrimação.
E fazem votos de que tal manifestação da Mãe Celestial excite todos a salutar penitência e a maior devoção ao Coração Imaculado de Maria, augurando que se apresse a construção de um santuário que perpetue a memória do prodígio.
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora das Mercês na América Latinda

Entre todas as imagens da Virgem Santíssima, objeto de veneração desde o início da colonização, a mais maravilhosa foi, sem dúvida, Nossa Senhora das Mercês, também conhecida pelo título de “Peregrina de Quito”, pois foi conduzida a muitos lugares pelos religiosos Mercedários.

É uma estátua de madeira um pouco menor que o tamanho natural e representa a Virgem Santíssima sentada em seu trono com uma atitude imponente.  A mão esquerda sustenta o menino Jesus e a mão direita levanta o cetro ao alto. O rosto da imagem é majestoso.
Qual é a origem desta imagem? Uma vez fundada a cidade de São Francisco de Quito em 1534, os religiosos Mercedários pediram a autorização dos conquistadores para estabelecerem-se na cidade. O pedido foi aceito e o convento Mercedário foi fundado.
A devoção, que ocorreu desde o princípio, à imagem de Nossa Senhora das Mercês contribuiu de maneira especial para fazer esta ordem mais amada.
Nos primeiros anos da conquista, a emergente colônia espanhola era muito pobre. Pouco a pouco os colonos de Quito construíam suas casas, a praça principal e, ao lado dela, a primeira igreja paroquial.
O imperador Carlos V da Espanha colaborou muito com as cidades, os conventos e as igrejas das novas colônias da América. Foram enviados da Espanha aos Padres Mercedários, os quais o monarca apreciava de especial forma, diversos objetos para o culto e algumas imagens de Maria, entre elas a de Nossa Senhora das Mercês.
Desde a chegada da imagem começaram os milagres. Entre todos que esperavam sua chegada, existia um sacerdote cego que, apesar de seu grave inconveniente, foi pessoalmente ao encontro da imagem da Virgem Santíssima. Superando dificuldades, correu ao encontro da procissão dos devotos fora da cidade. Mal se aproximou da bonita imagem, recuperou de repente a vista, com enorme admiração e alegria daqueles que presenciaram o prodígio.
Mas nem todos conseguiram a felicidade de contemplar a entrada triunfal da maravilhosa imagem. Uma mulher pobre, surda e muda há vários anos estava em seu leito de dor. Ao tomar conhecimento do que aconteceu, chorou por estar privada do consolo de assistir a procissão. A mulher, submersa em seus tristes pensamentos, se consagrou a Rainha da Misericórdia e em seguida foi curada totalmente de sua doença. Tanto que poderia ir por seus próprios pés, cheia de agradecimento, visitar a imagem.
Com estes prodígios admiráveis a devoção popular a Nossa Senhora das Mercês cresceu muitíssimo. São muitas as graças concedidas por esta imagem sagrada a todos os povos e em circunstâncias extraordinárias. Assim, a grande popularidade da devoção a Nossa Senhora das Mercês, não somente no Equador, mas também em outros países, se deve a essa imagem.
Solenidade dia 24/09.
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora das Necessidades

Durante a “peste grande”, fugiram de Lisboa para a Ericeira dois cônjuges da freguesia dos Anjos, os quais encontraram perto da vila, numa ermida, uma imagem de Nossa Senhora da Saúde, a que muito se afeiçoaram. Por isso levaram-na, furtada, em seu regresso a Lisboa e mantiveram-na escondida em casa, começando depois a pedir esmolas, para lhe erigir uma capela, tendo dona Ana Gouveia de Vasconcelos doado um terreno que possuía no Alto de Alcântara.

Construiu-se a capela, e cresceu a devoção à Santíssima Virgem, representada na referida imagem que começou a ser invocada sob o título de Nossa Senhora das Necessidades (provavelmente porque os fiéis eram atendidos por Nossa Senhora em todas as suas necessidades).
Quando D. João V adoeceu, em 1742, quis que a imagem de Nossa Senhora das Necessidades fosse para a sua câmara e, tendo melhorado, mandou construir um rico templo no lugar onde esta a capela.
Junto ao templo mandou construir o magnífico palácio que até 1910 pertenceu à família real.
Em São Pedro da Ericeira existe atualmente uma imagem feita e modelada a partir de Nossa Senhora das Necessidades de Lisboa.
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora das Neves

Depois da proclamação do dogma da Maternidade divina de Maria no Concílio de Éfeso (ano 431), o Papa Sixto III consagrou em Roma uma Basílica em honra da Virgem, chamada posteriormente Santa Maria Maior. É a mais antiga igreja dedicada a Nossa Senhora.

Santa Maria Maior é também invocada como Nossa Senhora das Neves, devido a uma antiga lenda segundo a qual um casal romano, que pedia à Virgem luzes para saber como empregar a sua fortuna, recebeu em sonhos a mensagem de que Santa Maria desejava que lhe fosse erigido um templo precisamente num lugar do monte Esquilino que aparecesse coberto de neve.
Isto aconteceu na noite de 4 para 5 de agosto, em pleno verão: no dia seguinte, o terreno onde hoje se ergue a Basílica amanheceu inteiramente nevado.
A Basílica de Santa Maria Maior de Roma, a mais antiga igreja do Ocidente consagrada à Virgem Maria, onde se deram tantos acontecimentos relacionados com a história da Igreja; especialmente, relaciona-se com essa igreja a definição dogmática da Maternidade divina de Maria, proclamada pelo Concílio de Éfeso. O templo foi construído sob essa invocação no século IV, sobre outro já existente, pouco tempo depois de encerrado o Concílio. O povo da cidade de Éfeso celebrou com grande entusiasmo a declaração dogmática dessa verdade, na qual, aliás, acreditava desde sempre. Essa alegria estendeu-se por toda a Igreja, e foi então que se construiu em Roma a grandiosa Basílica. Esse júbilo chega-nos hoje através desta festa em que louvamos Maria como Mãe de Deus.
Segundo uma piedosa lenda, certo patrício romano chamado João, de comum acordo com a sua esposa, resolveu dedicar os seus bens a honrar a Mãe de Deus, mas não sabia ao certo como fazê-lo. No meio da sua perplexidade, teve um sonho – como também o teve o Papa – pelo qual soube que a Virgem desejava que se construísse um templo em sua honra no monte Esquilino, que apareceu coberto de neve – coisa insólita – no dia 5 de agosto.
Embora a lenda seja posterior à edificação da Basílica, deu lugar a que a festa de hoje seja conhecida em muitos lugares como de Nossa Senhora das Neves e a que os alpinistas a tenham por Padroeira.
Em Roma, desde tempos imemoriais, o povo fiel honra a nossa Mãe nesse templo sob a invocação de Salus Populi Romani. Todos acorrem ali para pedir favores e graças, na certeza de estarem num lugar onde sempre são ouvidos. João Paulo II também visitou Nossa Senhora nesse templo romano, pouco depois de ter sido eleito Papa. “Maria – disse o Sumo Pontífice nessa ocasião – tem por missão levar todos os homens ao Redentor e dar testemunho dEle, mesmo sem palavras, apenas mediante o amor, com o qual manifesta a sua índole de mãe. É chamada a aproximar de Deus mesmo os que lhe opõem mais resistência, aqueles para quem é mais difícil crer no amor (…). É chamada a aproximar todos – quer dizer, cada um – do seu Filho”. E aos seus pés fez a dedicação de toda a sua vida e de todos os seus anseios à Mãe de Deus, com palavras que nós podemos repetir, imitando-o filialmente: “Totus tuus ego sum et omnia mea tua sunt. Accipio Te in me omnia; sou todo teu, e todas as minhas coisas são tuas. Sê o meu guia em tudo” (João Paulo II, Homilia em Santa Maria Maior, 8-XII-1978). Com a proteção da Virgem, caminhamos bem seguros.
São Bernardo afirma que Santa Maria é para nós o aqueduto por onde nos chegam todas as graças de que necessitamos diariamente.
Devemos procurar constantemente o seu auxílio, “porque esta é a vontade do Senhor, que quis que recebêssemos tudo por Maria”, especialmente quando nos sentimos mais fracos, nas dificuldades, nas tentações…, e tanto nas necessidades da alma como nas do corpo.
No Calvário, junto do seu Filho, a maternidade espiritual de Maria atingiu o seu cume. Quando todos desertaram, a Virgem permaneceu junto à cruz de Jesus (Jo 19,25), em perfeita união com a vontade divina, sofrendo e padecendo com o seu Filho, corredimindo. “Deus não se serviu de Maria como de um instrumento meramente passivo.
Ela cooperou para a salvação humana com livre fé e obediência” (Lumen gentium, 56). Esta maternidade da Virgem perdura sem cessar, e agora, no Céu, “não abandonou esta missão salvífica, mas pela sua múltipla intercessão continua a obter-nos os dons da salvação eterna” (Lumen gentium, 62).
Temos de agradecer muito a Deus que tenha querido dar-nos uma Mãe a quem recorrer na Vida da graça; e que essa Mãe tenha sido a Sua própria Mãe. Maria é nossa Mãe não só porque nos ama como uma mãe ou porque faz as suas vezes; a sua maternidade espiritual é muito superior e mais efetiva que qualquer maternidade legal ou baseada no afeto. É Mãe porque realmente nos gerou na ordem sobrenatural. Se recebemos o poder de chegarmos a ser filhos de Deus, de participarmos da natureza divina (cfr. 2Pe 1,4), foi graças à ação redentora de Cristo, que nos tornou semelhantes a Ele. Mas esse influxo passa por Maria. E assim, do mesmo modo que Deus Pai tem um só Filho segundo a natureza, e inúmeros segundo a graça, por Maria, Mãe de Cristo, chegamos a ser filhos de Deus. Das mãos de Maria recebemos todo o alimento espiritual, a defesa contra os inimigos, o consolo no meio das aflições.
Para a nossa Mãe do Céu, “jamais deixamos de ser pequenos, porque Ela nos abre o caminho para o Reino dos Céus, que será dado aos que se fazem crianças (cfr. Mt 19,14). De Nossa Senhora não devemos separar-nos nunca. Como a honraremos? Procurando a sua intimidade, falando-lhe, manifestando-lhe o nosso carinho, ponderando no coração as cenas da sua vida na terra, contando-lhe as nossas lutas, os nossos êxitos e os nossos fracassos.
No Brasil, Nossa Senhora das Neves é padroeira da cidade de João Pessoa. A ermida da Ilha da Maré, no Recôncavo Baiano, fundada em 1584, é uma preciosidade da arquitetura colonial brasileira. A imagem da Padroeira, de madeira estofada, é em estilo maneirista. Nossa Senhora das Neves é também cultuada em Olinda e Igaraçu, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora das Três Mãos

Este título, muito popular no Oriente, deve-se a um belíssimo ícone cujas origens encontram-se num episódio transmitido pela vida de São João Damasceno.

No Império de Constantinopla no século VIII houve uma luta muito forte entre os inimigos dos ícones e seus defensores, entre os quais João Damasceno se destacava. Por ordem do imperador Leão Isáurico, o santo teve a sua mão direita cortada, a qual foi exposta em público.
Conta a lenda que ao anoitecer, João fez uma fervorosa oração diante de um ícone da Virgem, prometendo-lhe, com o braço mutilado, usar eternamente a sua mão direita para prestar honras à Santíssima Virgem se a sua mão fosse recuperada. Num gesto de gratidão, mandou executar uma mão de prata e pendurou-a ao ícone, para perpétua memória da grande graça alcançada. Em seguida mandou pintar o ícone com esta espécie de “ex voto”, que deu origem ao ícone da “Virgem das Três Mãos”.
No século XIII, o superior da Laura de São Saba ofereceu o ícone ao metropolita da Sérvia São Sava. Quando mais tarde os turcos invadiram a Sérvia, o ícone foi transferido para o monte Athos e, ainda hoje, ele é particularmente venerado no Mosteiro de Kilandari. Várias cópias desse ícone tornaram-se famosas na Rússia, Grécia, Sérvia e em outros países do Oriente, mantendo sempre a iconografia e o nome “das três mãos”.
Existe uma interpretação alegórica para a terceira mão: tratando-se de uma mão feminina, parecida às outras duas da Virgem, há os que a vêem como a mão da Mãe de Deus que nos socorre em nossas necessidades, como o fez miraculosamente a João Damasceno.
Este título é festejado em 28 de junho.
Nossa Senhora das Três Mãos, Rogai por nós que recorremos a vós!
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora das Vitórias

La Rochelle, importante porto francês, de fundação medieval, tornou-se, no início da Idade Moderna, um poderoso reduto do protestantismo. O Rei Luís XIII e seu ministro, o Cardeal Richelieu, empreenderam, em 1627, o cerco da cidadela, com a finalidade de acabar com a revolta dos huguenotes.

A empresa, porém, era bastante difícil, pois os revoltosos estavam apoiados pela Inglaterra, e o monarca pediu, então, à sua esposa, a Rainha Ana da Áustria, para tomar as devidas providências, de modo que, em todas as igrejas de Paris, fossem feitas orações públicas pelo triunfo de suas armas.
Assim pois, todos os sábados, o Arcebispo, com o clero à frente, a corte e numerosos fiéis, rezavam o terço, para pedir a Deus a derrota dos protestantes. Os capelães do exército promoveram, também, orações entre os soldados. Assim, a certas horas da tarde ecoavam, entre a tropa arregimentada, orações em louvor à Virgem Santíssima.
Deus atendeu ao pedido do Rei e, pouco depois, a praça forte se rendeu.
Em testemunho da gratidão por essa vitória, Luís XIII lançou em Paris, a pedra fundamental de uma igreja que se chamou Nossa Senhora das Vitórias, como recordação da tomada de La Rochelle.
O convento dos eremitas de Santo Agostinho, situado próximo desse templo, recebeu, pouco depois, um humilde camponês, conhecido pelo nome de Irmão Fiacre, encarregado dos mais rudes serviços do mosteiro, porém, grande devoto de Nossa Senhora.
A Rainha da França, Ana da Áustria, casada há mais de 23 anos, havia perdido a esperança de dar um herdeiro ao trono francês. O humilde Irmão Fiacre, com pena da rainha, e das conseqüências que essa situação poderia trazer à monarquia, encarregou-se de suplicar a intercessão de Nossa Senhora e do seu Divino Filho. Certa noite, Maria Santíssima apareceu para o Frade, prometendo-lhe atender às suas preces, com a condição de que as novenas fossem rezadas nos santuários por Ela designados. Após dez meses de orações, nascia a 5 de setembro de 1638, um menino, que seria mais tarde o Rei Luís XIV, o grande soberano, que emprestaria seu nome ao século XVII, conhecido como “Rei Sol”, um dos mais importantes monarcas da França.
Em agradecimento, publicou-se um Edito oficial consagrando a França e a família real à Virgem Santíssima. Foi o famoso Voto de Luís XIII, celebrado ainda hoje, nas paróquias francesas.
A igreja de Nossa Senhora das Vitórias, construída em estilo clássico, está coberta de ex-votos e sua iluminação é feita por lâmpadas votivas de milhares de velas, que atestam a veneração popular à Mãe Imaculada. Em sua fachada, foi gravada, em letras de outro, uma legenda de gratidão, por “tantas vitórias que lhe vieram do Céu, especialmente d’Aquela que arrasou a heresia”.
No século XIX, por ocasião das aparições de Nossa Senhora a Catarina de Labourè, o cura da Igreja de Nossa Senhora das Vitóriasfundou uma associação de orações, que reúne adeptos de todo o mundo, mostrando a intensa irradiação deste santuário. As principais festas são no Domingo da Septuagésima e o 4º Domingo de Outubro. As Missas são celebradas pela PAZ.
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora de Akita

Em 28 de junho de 1973 uma ferida em forma de cruz apareceu na palma da mão esquerda da Irmã Agnes. A ferida sangrou abundantemente e causou-lhe muita dor. Em 6 de julho a Irmã Agnes ouviu uma voz vinda da estátua da Bem-aventurada Virgem Maria na capela onde ela estava rezando. A estátua foi esculpida de um único bloco de madeira de uma árvore Katsura e tem um metro de altura. Nossa Senhora falou com a Irmã Agnes e lhe deu uma mensagem.

No mesmo dia, algumas das irmãs notaram gotas de sangue fluindo da mão direita da estátua. Em quatro ocasiões este ato de escorrimento de sangue se repetiu. A ferida na mão da estátua permaneceu até 29 de setembro, quando desapareceu. Em 29 de setembro, o dia em que a ferida na estátua desapareceu, as irmãs perceberam que a estátua agora tinha começado a “suar”, especialmente na testa e pescoço.
Em 3 de agosto, a Irmã Agnes recebeu uma segunda mensagem. Em 13 de outubro, ela recebeu a terceira e última mensagem.
Dois anos depois, em 4 de janeiro de 1975, a estátua da Bem-aventurada Virgem começou a chorar. Ela continuou a chorar, com intervalos, pelos próximos 6 anos e oito meses. Ela chorou 101 vezes.
A seguir, as três mensagens de Nossa Senhora de Akita à Irmã Agnes:
“Minha filha, minha noviça, você tem me obedecido bem, abandonando tudo para me seguir. A doença em seus ouvidos é dolorosa? Sua surdez será curada, tenha certeza. A ferida em sua mão causa-lhe sofrimento? Reze em reparação pelos pecados dos homens. Cada pessoa nesta comunidade é minha filha insubstituível. Você reza direito a prece das Servas da Eucaristia? Então, vamos rezá-la juntas.”
“Sacratíssimo Coração de Jesus, verdadeiramente presente na Sagrada Eucaristia, eu consagro meu corpo e minha alma para ser inteiramente um com Vosso Coração, sendo sacrificado a cada instante em todos os altares do mundo e dando louvor ao Pai implorando pela vinda do Seu Reino.
Por favor receba este humilde oferecimento de mim mesma. Use-me como Vós desejais para a glória do Pai e a salvação das almas.
Santíssima Mãe de Deus, nunca me deixe ficar separada de Vosso Divino Filho. Por favor defendei-me e protegei-me como Vossa Especial Filha. Amém.”
Quando a prece acabou, a Voz Celeste disse:
“Reze muito pelo Papa, Bispos, e Sacerdotes. Desde o seu Batismo você tem sempre rezado fielmente por eles. Continue a rezar muito… muito. Diga ao seu superior todo que se passou hoje e obedeça-o em tudo que ele lhe dirá. Ele pediu que você ore com fervor.”
“Minha filha, minha noviça, você ama o Senhor? Se você ama o Senhor, ouça o que eu tenho a lhe dizer.
É muito importante… Você irá comunicar isso ao seu superior.
Muitos homens neste mundo afligem o Senhor. Eu desejo almas para consolá-lo, para aliviar a ira do Divino Pai. Eu desejo, com meu Filho, almas que reparem através de seu sofrimento e sua pobreza pelos pecadores e ingratos.
De modo a que o mundo possa conhecer Sua ira, o Pai Celeste está preparando para infligir um grande castigo em toda a humanidade. Com meu Filho eu tenho interferido tantas vezes para aplacar a ira do Pai. Eu tenho evitado a vinda de calamidades oferecendo a Ele os sofrimentos de meu Filho na Cruz, Seu Precioso Sangue, e almas amadas que O consolem formando uma corte de almas vítimas. Oração, penitência e sacrifícios corajosos podem aliviar a ira do Pai. Eu desejo isto também para a sua comunidade… que ela ame a pobreza, que ela se santifique e reze em reparação pelas ingratidões e ultrajes de tantos homens.
Recitem a oração das Servas da Eucaristia com consciência do seu significado; coloquem-na em prática; ofereçam em reparação (o que quer que Deus envie) pelos pecados. Deixe cada uma esforçar-se, de acordo com sua capacidade e posição, para oferecer a si mesma ao Senhor.
Mesmo em uma instituição secular a oração é necessária. Almas que desejam orar já estão a caminho de serem reunidas. Sem prender-se demasiadamente à forma, sejam fiéis e fervorosas na oração para consolar o Mestre.”
Após um silêncio:
“O que você está pensando em seu coração é verdade? Você está realmente decidida a tornar-se a pedra rejeitada? Minha noviça, você que deseja pertencer sem reserva ao Senhor, a tornar-se a esposa digna do Esposo, faça seus votos sabendo que você deve ser pregada à Cruz com três cravos. Estes três cravos são a pobreza, a castidade, e a obediência. Dos três, a obediência é o fundamento. Em total abandono, deixe-se guiar pelo seu superior. Ele vai saber entendê-la e dirigi-la.”
“Minha querida filha, ouça bem ao que eu tenho a lhe dizer. Você irá informar seu superior.”
Após um curto silêncio:
“Como eu lhe disse, se os homens não se arrependerem e melhorarem, o Pai irá infligir uma terrível punição a toda a humanidade. Será uma punição maior do que o dilúvio, tal como nunca se viu antes. Fogo irá cair do céu e vai eliminar uma grande parte da humanidade, os bons assim como os maus, sem poupar nem sacerdotes nem fiéis. Os sobreviventes irão ver-se tão desolados que irão invejar os mortos. As únicas armas que irão restar para vocês serão o Rosário e o Sinal deixado pelo Meu Filho. Recitem todos os dias as orações do Rosário. Com o Rosário, rezem pelo Papa, os bispos e os sacerdotes.
A obra do maligno vai infiltrar-se até mesmo dentro da Igreja de tal modo que se verão cardeais opondo-se a cardeais, bispos contra bispos. Os sacerdotes que me veneram serão desprezados e combatidos pelos seus confrades… igrejas e altares saqueados; a Igreja ficará cheia daqueles que aceitam compromissos e o demônio vai pressionar muitos sacerdotes e almas consagradas a deixarem o serviço do Senhor.
O demônio vai ser especialmente implacável contra as almas consagradas a Deus. O pensamento da perda de tantas almas é a causa de minha tristeza. Se os pecados aumentarem em número e gravidade, não haverá mais perdão para eles.
Com coragem, fale ao seu superior. Ele saberá como encorajar cada uma de vocês a rezar e fazer obras de reparação.
É o Bispo Ito, que dirige a sua comunidade.”
E Ela sorriu e então disse:
“Você ainda tem algo a perguntar? Hoje é a última vez que eu vou falar com você em viva voz. De agora em diante você irá obedecer aquele que foi enviado para você e seu superior.
Reze muito as orações do Rosário. Eu sozinha ainda sou capaz de salvar vocês das calamidades que se aproximam. Aqueles que colocarem sua confiança em mim serão salvos.”
A Igreja aprovou as mensagens e as lacrimações da estátua como sobrenaturais.
Abril de 1984: O Reverendíssimo John Shojiro Ito, Bispo de Niigata, Japão, após anos de extensas investigações, declarou que os eventos de Akita, Japão são de origem sobrenatural, e autorizou para toda a diocese a veneração da Santíssima Mãe de Akita.
Em 22 de abril de 1984, após oito anos de investigações, após consulta com a Santa Sé, as mensagens de Nossa Senhora de Akita foram aprovadas pelo Bispo da diocese.
Na vila japonesa de Akita, uma estátua da Mãe, de acordo com o testemunho de mais de 500 cristãos e não-cristãos, incluindo o prefeito da cidade, budista, exalou sangue, suor e lágrimas.
Uma religiosa, Agnes Katsuko Sasagawa recebeu os estigmas e também recebeu mensagens de Nossa Senhora.
Junho de 1988, Cidade do Vaticano: Joseph Cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, proferiu julgamento definitivo sobre os eventos e mensagens de Akita como confiáveis e dignos de fé.
Essa devoção está incluída em nossa homepage mariana porque a Igreja declarou que seus eventos são “confiáveis e dignos de fé”.
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora de Altagrácia

Há mais de três séculos, um colonizador espanhol, muito rico, residente na região de Duey, São Domingos, fez uma viagem à cidade de Ozam para vender gado, no começo de Janeiro. Possuía duas filhas: a mais velha, mais vaidosa, pediu-lhe que trouxesse de presente vestidos e colares. A outra, com apenas 14 anos, mais voltada à piedade, pediu uma imagem da Virgem de Altagracia. O pai estranhou tal pedido, já que nunca ouvira falar dessa Nossa Senhora. De qualquer modo, a menina garantiu-lhe que a encontraria.

De retorno, levava os presentes da filha mais velha e, no coração, um profundo pesar por não ter encontrado a Virgem de Altagracia para a menina. Procurara a imagem por todos os lugares onde passara, chegando a consultar os Cônegos do Cabido e ao próprio Arcebispo, que não conheciam tal invocação mariana. Ao passar por Los Dos Rios, pernoitou em casa de um velho amigo. Nessa passagem, ao anoitecer, enquanto ceavam, o hóspede falou sobre sua tristeza em chegar em casa sem o presente que prometera à sua filha predileta. Oportunamente, um senhor idoso, que havia pedido para lhe deixarem passar ali aquela noite, levantou-se do lugar afastado onde se encontrava, aproximou-se à mesa e disse: “Como não existe a Virgem de Altagracia? Eu a trago comigo”. E enfiou a mão em seu alforge, e mostrou uma pintura de Maria adorando a um menino. O pai, vendo realizado o sonho de sua filha, convidou o ancião que passasse em sua casa para receber um donativo em retribuição à sua generosidade.
No dia seguinte, ao se levantar, a família procurou e não encontrou aquele senhor idoso.
Eis, em linhas gerais, a história do aparecimento deste primeiro quadro de Nossa Senhora de Altagracia. Ele possui 33 centímetros de largura e 45 de altura. Segundo a opinião dos especialistas, trata-se de uma obra primitiva da escola espanhola pintada nos finais do século XV. A tela, que mostra uma cena da natividade, foi restaurada com sucesso, na Espanha, em 1978. Agora é possível apreciar-se toda sua beleza e cores originais. Sobre a tela aparece a cena do nascimento de Jesus. A Virgem, formosa e serena ocupa o centro do quadro.
Conta a tradição que, a menina, acompanhada de várias pessoas, foi receber seu pai no mesmo local onde hoje se situa o Santuário de Higüey. Ela, aos pés de uma laranjeira que ainda se conserva, apesar dos anos, mostrou às pessoas, naquele dia 21 de janeiro, sua tão desejada imagem. A partir desse dia, ficou estabelecido o culto à Virgem de Altagracia, que foi também chamada de Virgem da Menina.
A devoção à Virgem de Altagracia tornou-se muito popular. Ao seu santuário, todos os anos, acorrem milhares de romeiros. A moderna basílica, em Higüey, capital da Província de Altagracia, construída entre 1974 e 1978, é o monumento religioso mais importante de Santo Domingo e centro religioso que atrai a atenção de todos os povos latino-americanos. É o lugar onde o povo dominicano encontra sua padroeira, a Virgem de Altagracia.
Nossa Senhora de Altagracia, rogai por nós, que recorremos a vós!
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Invocação Mariana: Nossa Senhora de Azambuja

 As famílias vindas do distrito de Treviglio (Itália), no dia 22 de outubro de 1875, para emigrarem para o Brasil, depois de embarcarem em Le Havre (França), combinaram entre si que ficariam sempre unidas. Para isso levantariam uma igrejinha ou capela em honra da “Madonna de Caravaggio”. A promessa de permanecerem sempre juntos não se concretizou, fixando-se no vale de Azambuja (valata Azambuja), situado a três quilômetros de Brusque, apenas 9 colonos. Inicialmente chamado de “Caminho do Ribeirão” ou “Caminho do Meio”, tomou o nome de Azambuja, possivelmente em homenagem ao Diretor do Departamento de Terras, Conselheiro Dr. Bernardo Augusto Nascentes d’Azambuja.

Já em 1876, apenas tinham chegado os primeiros colonos ao Vale de Azambuja, começaram a pensar em construir uma Capela em honra de Nossa Senhora de Caravaggio. Após algumas discussões de como fazê-la, no primeiro domingo de novembro de 1884, chegaram a uma conclusão: decidiram construí-la de tijolos, para que ficasse mais segura e mais barata, pois tudo se faria ali mesmo. No final deste mês era iniciada a fabricação dos tijolos e das telhas para o futuro templo. Foi erguida uma pequena igreja, medindo
6 metros de comprimento por 3 de largura. Com a sacristia totalizava 36 metros quadrados. O terreno foi doado por Pietro Colzani, possuidor do lote nº 16. Sobre o altar, um quadro de Nossa Senhora de Caravaggio, vindo diretamente da Itália. Este quadro ainda hoje pode ser admirado na gruta anexa ao Santuário. Aqui não se invoca Nossa Senhora de Caravaggio, mas Nossa Senhora de “Azambuja”.
No dia 24 de abril de
1887 a Capela foi benta pelo Padre Marcello Ronchi SJ, estando presente também o Pe. João Fritzen SJ, Vigário de Brusque.
Azambuja logo torna-se um centro de peregrinações. Crescendo o número de romeiros e vendo a importância espiritual que alcançava, Pe. Antônio Eising inicia a construção de uma nova Igreja, no mesmo ano em que chega a Brusque,
1892. A nova Igreja, que mede 10 metros de largura por 12 de comprimento, fora o Presbitério, está concluída em 1894. A antiga ermida, que ficava um pouco abaixo do atual Santuário, conservou o quadro de Nossa Senhora. Encomendaram na Itália as imagens de Nossa Senhora e de Joanita, as mesmas que ainda hoje se encontram no altar-mor do Santuário.
A partir de 1892 é comemorada a tradicional festa de 26 de maio, dia da aparição. Em 15 de agosto de 1900 é celebrada pela primeira vez a festa da Assunção de Nossa Senhora.
Cada vez mais afluíam devotos para as festas. Consta que na festa de 1900 contaram-se 2.000 romeiros.
Crescendo a importância, o Bispo Diocesano de Curitiba Dom Duarte Leopoldo e Silva, a 1º de setembro de 1905, eleva a Capela de Azambuja à dignidade de Santuário Episcopal, com o título de Santuário de Nossa Senhora de Azambuja, desmembrando-o da jurisdição do Vigário de Brusque. Na mesma oportunidade é nomeado Pe. Gabriel Lux, SCJ, “Fabriqueiro-Administrador do Santuário e Delegado da Autoridade Diocesana, com plenos poderes”
A finalidade desta criação, basicamente, foi de, através das esmolas dos romeiros, se propiciar condições de subsistência à Santa Casa de Misericórdia de Nossa Senhora de Azambuja, que havia sido criada três anos antes, a 29 de junho de 1902.
Em abril de 1927 é transferido para Azambuja o Seminário Menor da Aquidiocese de Florianópolis. Pe. Jaime de Barros Câmara, que mais tarde viria a ser Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, foi seu primeiro Reitor. Desde então os sacerdotes professores do Seminário, assumem também a pastoral do Santuário.
No dia 2 de novembro de 1927 são retirados da antiga Capelinha os quadros, bancos e ex-votos. No dia seguinte é feita a demolição da mesma. Ali junto à fonte, cujas águas são tidas como miraculosas, dá-se início à construção de uma gruta. Um ano depois, a 9 de dezembro de 1928, Pe. Jaime abençoava e inaugurava o novo monumento de piedade. Na gruta são entronizadas as imagens de nossa Senhora de Lourdes e Bernadete. Sobre a gruta, que está dois metros abaixo do nível do terreno, uma capela, onde estão o quadro de Nossa Senhora de Caravaggio e os ex-votos dos romeiros.
No dia 8 de dezembro de 1939 era lançada a pedra fundamental do novo e majestoso Santuário, o terceiro a ser edificado. Suas paredes foram erguidas em redor do Santuário anterior. O projeto, idealizado pelo renomado arquiteto Simão Gramlich, prevê uma torre com
40 metros de altura e uma nave central medindo 45 metros de comprimento por 16 metros de largura com uma altura de 20 metros. Entre junho e setembro de 1941 se destrói o antigo Santuário.
Embora já estivesse sendo usado desde 1943, somente em 26 de maio de 1956 Dom Joaquim Domingues de Oliveira oficia a consagração do Templo.
A partir de 1950 se constrói o “Morro do Rosário”: consta dos 15 Mistérios do Rosário, distribuídos ao longo do caminho de acesso ao cume do morro que fica atrás do Santuário. No topo o último dos Mistérios Gloriosos: a coroação da Virgem Maria pela Santíssima Trindade. Cada um dos mistérios consta de estátua ou grupos de estátuas feitas de cimento, em tamanho natural.
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora de Belém (Bethléem)

Belléan é uma aldeia que fica perto do santuário de Nossa Senhora de Belém (Bethléem em francês); supõe-se por isso que a pronúncia popular de “Belém” influísse no título que deram a Nossa Senhora ,de Belém, em vez de Belléan, pois outra explicação não conhecem.

O costume tradicional conservou uma regra severa para os dias de peregrinação: exige que as moças que desejam casar-se no decurso do ano acompanhem a pé, sem rir nem falar, o trajeto de Vannes a Belléan.
Uma lenda local refere a história do cativeiro de Garo, proprietário do castelo vizinho de Ploeren. Em Lembrança do cativeiro, invoca-se Nossa Senhora de Belém a favor dos prisioneiros.
Durante a última guerra, as famílias que estavam sem notícias dos seus deviam mandar tocar o sino do santuário.
Realizam-se peregrinações em 15 de agosto e 08 de setembro.