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Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora Auxiliadora

Esta invocação mariana encontra suas raízes no ano 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lança seu olhar de cobiça sobre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate católico. A vitória aconteceu no dia 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão à Virgem acrescentando nas ladainhas loretanas a invocação: Auxiliadora dos Cristãos.

No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus: Napoleão I, empenhado em dominar os estados pontifícios, foi excomungado pelo Sumo Pontífice. Em resposta, o imperador francês seqüestrou o Vigário de Cristo, levando-o para a França. Movido por ardente fé na vitória, o Papa recorreu à intercessão de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto. O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Uma vez fracassado, Napoleão cedeu à opinião pública e libertou o Papa, que voltou a Savona para cumprir sua promessa. No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral. Os bens eclesiásticos foram restituídos. Napoleão viu-se obrigado a assinar a abdicação no mesmo palácio onde aprisionara o velho pontífice.

Para marcar seu agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.

O grande apóstolo da juventude, Dom Bosco, adotou esta invocação para sua Congregação Salesiana porque ele viveu numa época de luta entre o poder civil e o eclesiástico. A fundação de sua família religiosa, que difunde pelo mundo o amor a Nossa Senhora Auxiliadora, deu-se sob o ministério do Conde Cavour, no auge dos ódios políticos e religiosos que culminaram na queda de Roma e destruição do poder temporal da Igreja. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra educacional de Dom Bosco para defendê-la em todas as dificuldades.

No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São João Bosco iniciou a construção, em Turim, de um santuário, que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos.

A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu com sua mãe Margarida, a confiar inteiramente em Nossa Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o título Auxiliadora dos Cristãos. Para perpetuar o seu amor e a sua gratidão para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido por todos e para sempre que foi “Ela (Maria) quem tudo fez”, quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregação por ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fossem um monumento vivo dessa sua gratidão.

Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a “Virgem de Dom Bosco”.

Escreveu Dom Bosco: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso”.

Oração a Nossa Senhora Auxiliadora, Protetora do Lar

Santíssima Virgem Maria
a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos.
nós vos escolhemos como Senhora e Protetora desta casa.
Dignai-vos mostrar aqui Vosso auxílio poderoso.
Preservai esta casa de todo perigo:
do incêndio, da inundação, do raio, das tempestades, dos ladrões, dos malfeitores, da guerra
e de todas as outras calamidades que conheceis. Abençoai, protegei, defendei,
guardai como coisa vossa
as pessoas que vivem nesta casa.
Sobretudo concedei-lhes a graça mais importante, a de viverem sempre na amizade de Deus, evitando o pecado.
Dai-lhes a fé que tivestes na Palavra de Deus, e o amor que nutristes para com Vosso Filho Jesus e para com todos aqueles pelos quais Ele morreu na cruz.

Maria, Auxilio dos Cristãos, rogai por todos que moram nesta casa que Vos foi consagrada.

Amém.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora Conquistadora

Nos primeiros tempos de colonização dos povoados, no extremo oeste do Rio Grande do Sul, à margem esquerda do Rio Uruguai, os padres resolveram dar-lhes o mesmo padrão de família cristã da época. Erguendo suas aldeias junto a cada igreja que construíam, fundavam uma escola de ler, contar, de música e danças religiosas para as crianças que catequizavam em sua própria língua, ensinando-lhes a rezar o Pai-Nosso e a Ave-Maria.

A primeira dessas missões foi fundada pelo padre Roque Gonzáles em 1626. Após construir uma capela de pau-a-pique coberta de palha, que foi dedicada a Nossa Senhora da Candelária, ele rezou ali a primeira missa em terra missionária.

Com a nobre finalidade de trazer o silvícola para o redil de Cristo, o sacerdote percorreu, em canoa rústica pelo rio Ibicuí, 509 léguas no interior pampeano, levando consigo um quadro da Imaculada Conceição, a quem deu o nome carinhoso de “Conquistadora” porque na sua chegada em terras gaúchas conquistou a princípio os dois chefes índios que foram o esteio dos jesuítas no estabelecimento dos Sete Povos, e posteriormente as multidões de Selvagens.

O território das Missões Guaraníticas chegava até Bagé, trecho final da Estância de São Miguel, portanto esta imagem da Virgem foi a primeira que passou por aqueles campos, tendo sido venerada na capela de Santo André das Guenoas, nos limites de Dom Pedrito onde viviam as tribos guardadoras dos marcos pátrios, perto do forte de Santa Tecla.

Criou ainda o padre Roque as aldeias de São Nicolau e Assunção quando recebeu um pedido dos índios do Caró para lá organizar uma redução, pois muitos desejavam ser batizados e tomar-se cristãos. Dirigiu-se para aquela região, junto com o padre Afonso Rodrigues, e iniciou o arraial de Todos os Santos, inaugurando uma tosca igreja, construída com o auxílio dos silvícolas. No dia 15 do mesmo mês ele e seu companheiro foram assassinados por emissários do Cacique Nheçu, chefe dos índios conjurados, que se dirigiram para Assunção, matando também o padre Juan de Castilho. Estes três jesuítas martirizados foram posteriormente beatificados e são conhecidos como os três Mártires do Rio Grande.

Depois de matarem os sacerdotes, os índios revoltados saquearam e queimaram a capelinha e a casa dos padres. Entre os objetos encontrados no templo depredado estava um quadro de Imaculada Conceição, cópia da pintura do irmão Bernardes Rodrigues, feita em 1613. Rasgaram-na os matadores do beato Roque e queimaram-na. Índios cristãos juntaram alguns pedaços dela e levaram para Corrientes, onde a Mártir Excelsa, em migalhas, foi recebida com grandes homenagens.

Após alguns séculos de ausência a Virgem Campeira chegou novamente a Bagé em 1972, retomando ao seu antigo pago de glórias e abençoando o povo que a tomou por Madrinha. É admirável naquele recanto gaúcho o entusiasmo pela construção de seu Santuário e a expansão da Obra da Conquistadora, que em época remota seduziu o índio Missionário e atualmente defende as famílias católicas contra o divórcio, que, pretendendo resolver problemas pessoais, cria uma série de problemas sociais.

Como a primeira invocação da Virgem Maria que entrou no Rio Grande do Sul. Nossa Senhora Conquistadora é a Protetora nata do Estado, já tendo sido proclamada Padroeira da Diocese de Uruguaiana e de Província Sul dos Padres Palotinos.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora Consolata

No dia 20 de cada mês, a Paróquia Nossa Senhora Consolata – em Brasília – DF celebra o Dia da Consolação, com pedidos e intercessão – Adoração ao Santíssimo Sacramento – oração de cura – e Santa Missa – Intensa programação destinada a todos os que sofrem e necessitam da consolação de Jesus e a Intercessão de Maria Santíssima.

BEM-AVENTURADOS OS QUE SOFREM

Você provavelmente carrega algum problema, alguma angústia, sofre alguma dor, padece de alguma doença, está triste, deprimido, enlutado ou em crise, sente-se perseguido ou injustiçado.

Você como todo ser humano, sente-se atingido por algum mal, dura realidade da qual ninguém escapa.

Mas isso não deve atormentá-lo, muito menos levá-lo ao desespero. Tenha confiança e venha para os braços de Nossa Mãe do Céu, Ela quer consolá-lo, curá-lo, protegê-lo, abraçá-lo carinhosamente c conduzi-lo Aquele que é tudo, JESUS, nosso Irmão, e Senhor de nossas vidas, nosso Salvador c Supremo Consolador.

Não se esqueça jamais do que nos disse Jesus, no Sermão da Montanha:

“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!”(Mt5,4).

Seja você também um CONSOLADOR, visite um doente, um preso, vista um nu, dê de comer a quem tem fome, lute por justiça, faça um gesto para consolar alguém e reze a seguinte oração.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA CONSOLATA

Oprimido pelas tribulações, e reconhecendo minhas falhas e negligências, a vós recorro, Virgem Maria. Vós sois no céu li Rainha dos Anjos e dos Santos, mas aqui na terra quereis se a Mãe das Consolações.

Vós sois a Consolata e eu vosso filho. Quero ser semelhante a vós, quero ser consolado. Não peço honras, prazeres ou riquezas, só vos peço consolação.

Mãe dulcíssima, vós sabeis o modo; conheceis o caminho para ouvir-me, por isso confio plenamente em vós! Dizei uma palavra a Jesus que, com tanto amor e carinho, trazeis em vossos braços, e provarei a alegria do conforto. Consolado por vós e pelo vosso filho, saberei sofrer em paz as minhas penas; ser-me-á mais suave a dor e mais serena a morte. E quando chegar junto aos vosso trono, cantarei, eternamente, as vossas misericórdias. Assim seja.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora D’ablon

Nossa Senhora de d’Ablon, título proveniente do nome da cidade em que é venerada. é invocada contra a morte súbita.

O abade Lassailly, cura da paróquia, informa que há muito tempo ninguém morre em Ablon de morte repentina.

Um antigo ditado popular muito conhecido diz: “Em Ablon não se morre pelo ferro nem pelo fogo”.

Durante os bombardeios de 1944, verdadeiramente mortíferos, as vitimas se contaram por centenas fora da paróquia e ao redor dela, mas na paróquia de Nossa Senhora de d’Ablon não houve uma vítima sequer.

Ao sinal de alarme, os habitantes desciam para os abrigos rezando alto a invocação local: “Nossa Senhora de d’ Ablon, protegei-nos, rogai por nós!” E foram sempre salvos.

A imagem de Nossa Senhora de d’Ablon não escapou à fúria dos iconoclastas, que a precipitaram no rio Sena, de modo que foi provisoriamente substituída por outra, até que os fiéis, querendo manifestar seu reconhecimento à sua protetora por uma representação mais apropriada, mandaram esculpir uma imagem que é o símbolo patente do velho ditado acima citado:
Nossa Senhora está com a mão direita em ato de abençoar, e com a esquerda desvia uma espada e chamas.

A festa principal é em 15 de agosto.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora D’arcachon ou do Bom Porto

Arcachon é formada de duas aglomerações de casas: a estação balneária, na vizinhança da praia, e o quarteirão de inverno, estabelecido ao longo de uma linha de dunas, que o abrigam dos ventos do largo.

A palavra Arcachon é composta de deus palavras gregas, que significam “Porto de Socorro”.

Eis a lenda concernente a este título e Nossa Senhora: uma jovem franciscano que acabava de obter, por suas orações, o fim de uma tempestade recebeu nos braços, trazida pelas ondas, uma imagem da Rainha do Céu esculpida em bloco de alabastro, a qual parece datar do século XIII.

A primeira capela, construída em lugar impróprio, durou pouco tempo, sendo então edificada outra em lugar mais apropriado.

Nossa Senhora tinha outrora o título de Nossa Senhora do Bom Porto e foi coroada em 1873; atualmente é mais conhecida sob o título de Nossa Senhora d’ Arcachon, por ser Arcachon o nome do lugar em que está o santuário.

As peregrinações a este santuário são muito freqüentadas pelos marítimos, principalmente em 25 de março e em todas as festas de Nossa Senhora.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora D’Oropa

Ao nordeste de Biella, província do Piemonte, Itália, à altura de 200 metros, localiza-se o santuário onde se venera a imagem de uma Nossa Senhora de cor negra que, segundo uma antiga tradição, foi levada por Santo Eusébio da Terra Santa para o vale d’Oropa. Trata-se de um dos mais antigos locais de peregrinação do ocidente. Numa pedra que se encontra na basílica está afixada uma data: ano de 369.

Após fundar um mosteiro em Vercelli, Santo Eusébio retomou ao vale d’ Oropa e reuniu discípulos em torno de si, que depois viveram como eremitas seguindo a Regra de São Bento. Esses eremitas cuidaram do santuário até o século XV, suportando as aflições provocadas pelas invasões dos bárbaros. Só no século XI a paz voltar a reinar naquele lugar sagrado. No século XVII foram chamados para administrar o santuário padres seculares. Em 1918 ali chegaram os Padres Redentoristas.

Há uma lenda que diz o seguinte: tinham resolvido transportar a imagem milagrosa para Biella. Mal começaram a viagem, a imagem tomou-se tão pesada que era impossível conduzi-la. Quando decidiram retorná-la ao seu lugar, ela recuperou seu peso normal. No luar onde a imagem se recusou a ser transportada construíram uma capela conhecida como “capela do Transporte”, na subida do monte. Em 1599, ameaçada pela peste, a cidade de Biella invocou a proteção da Virgem, fazendo-lhe a promessa de tomar sobre si uma parte dos encargos para a manutenção do santuário e ajudar na aceleração da construção da basílica.

A primeira missa foi celebrada na basílica em 1600. Em 1620 a imagem foi coroada pela primeira vez, na presença de 25 mil pessoas, quando foram presenciados sete milagres. Uma segunda coroação foi realizada em 1720.

Os peregrinos puderam contemplar, na ocasião, uma coroa de estrelas sobre a imagem, bem como um cometa que parecia querer cair sobre o local. Outra coroação, em 1820, reuniu 100 mil fiéis no vale. A quarta coroação ocorreu nos primeiros anos após a Guerra Mundial. A festa foi presidida pelo Cardeal Isidoro Valfré, como legado do Papa.

São incontáveis os milagres operados por intercessão de Nossa Senhora d’Oropa no decorrer dos séculos. No livrinho Il di Santuário di Oropa. o Pe. Mario Trompetto informa que o rosto e as mãos da imagem jamais são atingidos pelo pó, apesar de nunca serem espanados. Este milagre pode ser observado por qualquer peregrino.

As peregrinações realizam-se durante todo o ano litúrgico, especialmente nos dias 21 de novembro, 15 de agosto e 8 de setembro. Uma grande procissão conhecida como “procissão da peste”, organizada pelos habitantes de Biella, acontece anualmente no dia 1º de maio.

Oração:

Senhora Nossa, Mãe de Deus, que vos dignastes interceder pelos moradores de Biella livrando-os da peste, lembrai-vos de todos aqueles que invocam o vosso nome santíssimo.

Rogai por nós junto ao vosso amantíssimo Filho, para que sejamos beneficiados com a saúde do corpo e da alma e livres de todos os males que possam nos atingir.

Amém.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Abadia

Também conhecida como Santa Maria do Bouro, por ser originária do convento do Bouro, próximo à cidade de Braga, em Portugal. A imagem, muito antiga, pertenciaa um recolhimento religioso chamado Mosteiro das Montanhas, que existia naqueles arredores por volta do ano 883. Com a invasão dos sarracenos, os religiosos escaparam levando consigo a imagem da Virgem.

No tempo do Conde Dom Henrique, um fidalgo chamado Pelágio Amado, tendo-se enviuvado, decidiu consagrar sua vida à oração e à penitência, abandonando a corte. Dirigindo-¬se a Braga, ali encontra, mais precisamente na ermida de São Miguel, um santo ermitão chamado Frei Lourenço.

Pelágio o procura suplicando-lhe para que o aceitasse como discípulo. O velho eremita, a princípio, duvidou que um homem tão débil fosse capaz de segui-lo em sua vida austeríssima. Frei Lourenço tirou-lhe os nobres trajes e ofereceu-lhe o hábito de eremita. Pelágio cresceu de tal forma na vida de santidade que causou admiração ao próprio mestre.

Cada um vivia em sua cela. Certa noite, o novo eremita Pelágio observou no meio do vale uma grande claridade. Contando ao velho a respeito da estranha luminosidade, na noite seguinte ficaram vigiando e os dois viram o resplendor que saía de uma das pedras iluminando grande parte daqueles vales. Ao amanhecer, trataram de constatar a razão do fenômeno

Para surpresa de ambos, encontraram entre as pedras uma imagem muito antiga da Virgem Maria. Felizes por tal descoberta, ajoelharam-se agradecendo a Deus por aquele favor. Mudaram as celas do alto do monte para aquele local.

Fizeram uma ermida e ali depositaram reverentemente a santa imagem.

O arcebispo de Braga teve notícia da prodígio e foi pessoalmente visitar o eremitério. Vendo a pobreza com que aqueles homens viviam, ordenou o prelado a construção dc uma igreja de pedra lavrada digna de abrigar a Mãe de Deus. Aos poucos foram aparecendo homens dispostos a se consagrarem a Deus e, unidos aos primeiros eremitas, formaram uma comunidade religiosa. Espalhou-se a fama de Nossa Senhora da Abadia. Seus milagres foram-se difundindo pela terra portuguesa. O próprio rei Dom Afonso Henriques foi pessoalmente visitar o santuário, onde deixou uma boa esmola para o culto divino e as necessidades daqueles servos de Deus.

Após a descoberta do novo mundo, a imagem de Nossa Senhora d’Abadia foi trazida ao Brasil certamente, por algum devoto bracarense, que a entronizou nos chapadões do próspero “Triângulo Mineiro”, onde encontramos várias cidades que têm Santa Maria do Douro como padroeira. Passou depois para Goiás, localizando-se principalmente em Muquém e na antiga capital da província, a Vila Boa, que ainda conserva sua bela matriz, construída no século XVIII.

N progressista cidade de Uberaba, Minas Gerais, cultua-se mui piedosamente a Virgem Maria sob o título de Santa Maria do Bouro. Sua igreja, construída em fins do século passado, possuía em suas proximidades uma cisterna cuja água era considerada milagrosa. Fiéis vinham de longe em busca dessa água santa. Devido aos abusos, certo dia, inexplicavelmente, a cisterna secou. Celebrada no dia 15 de agosto, a festa de Nossa Senhora da Abadia reúne centenas de devotos que se dirigem à Virgem do Bouro para fazer seus pedidos e apresentar sua gratidão pelas graças recebidas.

Oração a Nossa Sra. da Abadia
Senhora, mãe de Deus, que no cenáculo,
após a ascensão de Jesus ao céu, presidistes as orações suplicantes dos Apóstolos para a vinda do Divino Espírito Santo; agora, que estais no paraíso à frente dos coros dos anjos e santos, presidí, também, Senhora nossa rainha, toda a nossa vida, orientando-nos para a pátria celeste, onde desejamos estar convosco cantando, eternamente, as glórias de Jesus.
Amém.

Outra oração li Nossa Senhora da Abadia
(Oração recolhida na Paróquia de Abadia dos Dourados, Minas Gerais, Brasil, no centenário de celebração da festa da padroeira)

Ó Senhora da Abadia, aqui estão os vossos filhos que, cheios de gratidão, vieram vos agradecer: agradecer o Dom da vida; agradecer o Dom da fé; agradecer a vida divina:, agradecer a vida de família e de amizades; agradecer a vida da Igreja; agradecer os cem anos de celebração desta festa.

Estes vossos filhos, Senhora e Mãe,
vieram também pedir e suplicar:
olhai, ó Mãe, estes vossos filhos e suas famílias;
olhai, ó :Mãe, esta Paróquia e seu Vigário;
olhai, ó Mãe, esta diocese e seus Bispos;
olhai, ó Mãe, a Igreja e o Santo Padre, o Papa.

Fazei, ó Mãe e Rainha, que estes vossos filhos sejam testemunhas das verdades libertadoras anunciadas no Evangelho de vosso filho Jesus realizando o seu reino também na terra.

Ó Mãe, estes filhos querem gozar um dia de vossa presença na glória do céu, onde de corpo c alma estais com o Pai, reinais com vosso Filho Jesus e viveis com o Espírito Santo.

Amém.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Africa

Argel, com uma população de mais de um milhão de habitantes, ao norte da África é a capital da Argélia, o segundo maior país da África. No século IV havia neste país entre 600 e 700 bispos católicos.

Santo Agostinho, um dos maiores santos da Igreja, era argelino. Os árabes aí impuseram a religião islâmica a partir do século VII. Hoje o Islamismo é a religião do estado, praticada por 98% da população. Nas quatro dioceses argelinas não há mais que cerca de 60.000 católicos.

Em Argel encontra-se um célebre santuário mariano dedicado a Nossa Senhora da África. Duas mulheres foram as idealizadoras deste templo:

Margarita Bergezio e Anna Cuiquien, francesas, de origem italiana. Elas acompanharam o bispo Dom Pavy, em 1 &46, para dedicarem-se às obras sociais que o mesmo bispo fundara na Argélia. Quando ali chegaram as missionárias não encontraram nenhum santuário mariano. Por isso colocaram uma pequena imagem da Virgem sobre uma oliveira nas proximidades de Argel. Pouco a pouco o lugar se transformou num centro de peregrinação por parte de numerosos devotos de Nossa Senhora. As piedosas mulheres recolheram dinheiro e construíram uma capela provisória em 1857.

O atual santuário foi concluído em 1872 sobre um promontório que domina o mar e a cidade de Argel. Numerosos são os peregrinos que o visitam. Há milhares de ex-votos espalhados nas paredes. Não apenas católicos, como também muçulmanos, especialmente as mulheres, vêm de todas as partes para rezar ante à imagem da Santíssima Virgem, chamada em árabe de “Lalla Mariam”.

Nossa Senhora da África, Rogai por nós que recorremos a Vós!

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Agonia

Foi nas vésperas do Natal de 1994 que a imagem de Nossa Senhora da Agonia chegou ao nosso pais, como um grande presente para o Brasil.

Sua entrada solene na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Soledade emocionou os que lá estavam e também os ouvintes da Rádio Itajubá, que participavam da missa das 19 horas de domingo. Tudo começou quando um rico português radicado no Brasil, Sr. Antônio de Lima Costa, nascido em Lanheses – cidade próxima a Viana do Castelo, onde existe um Santuário dedicado a Nossa Senhora da Agonia – foi inspirado a trazer para o Brasil uma imagem, réplica da imagem de Portugal, para ser venerada numa igreja, cujo terreno, no alto de um monte, ele próprio faria doação à Diocese.

Tão logo se tomou conhecimento da existência desse terreno (mesmo sem a imagem ter chegado a Itajubá), as pessoas começaram a fazer “vias-sacras”, saindo da porteira da fazenda do Sr. Costa, seguindo as “estações” por uma estradinha de terra que contorna o monte, sendo rezada a “última estação”, no local do futuro Santuário.

Só mais tarde, no Brasil, se soube que também em Portugal, tudo começou com uma “via-sacra” que, partindo do Convento Franciscano de Santo Antônio, terminava no “Morro da Forca”, onde se rezava a “décima – quarta estação” no local que, mais tarde, se construiu a Igreja. A devoção a Nossa Senhora da Agonia cm Viana do Castelo é tão grande que, durante três dias, toda a cidade trabalha dia e noite, para cobrir de tapetes de flores o trajeto que a Senhora faz indo em direção ao mar, onde acontece uma linda procissão de barcos.

Nossa Senhora da Agonia em Portugal, é protetora dos pescadores, que a ela confiam as suas “agonias” (lutas) travadas com o mar bravio daquela região e, por isso, não medem esforços para realizar essa maravilhosa festa que recebe, todos os anos, cerca de duzentos e cinqüenta mil romeiros nos três dias de festa: 18, 19 e 20 de agosto (dia de Nossa Senhora da Agonia). Mas, voltemos ao Brasil onde a imagem da Senhora da Agonia acabara de chegar após um ano e meio de espera e, ainda, a construção de seu Santuário nem começara. Ao lado da imagem da Padroeira do Brasil, ela fica então, por mais de ano, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Soledade, onde é venerada por muitas pessoas que começam a alcançar graças e mais graças, pela sua intercessão.

Começa-se, então um “sem fim de passeios” com a imagem, que vai, em um andor, para as praças e garagens de casas, onde são realizadas várias Celebrações Eucarísticas; aliás, a imagem não chega nem a ter um altar, mas é fixada permanentemente no andor, o que facilita a sua locomoção.

Enquanto isso, a Comunidade da qual ela é padroeira começa a crescer e a se fortalecer com suas catequeses em garagens, terços nas casas, novenas na praça e vias- sacras nas ruas e no Monte do futuro Santuário. Sentiu-se, então, a necessidade de um lugar, onde a Comunidade pudesse se encontrar e concentrar seus trabalhos, pastorais e movimentos, que foram sendo criados paulatinamente.

A “Igreja-viva” (a mais importante) estava sendo construída rapidamente a olhos vistos, mas a “Igreja-de-pedras” ainda continuava no papel. Foi então que no dia 19 de maio de 1996, a imagem de Nossa Senhora da Agonia foi entronizada numa cerimônia de Primeira Comunhão, numa pequena capela provisória situada à Rua Prefeito Tigre Maia, em um terreno emprestado por um gentil morador de um dos bairros que rodeiam o Monte onde será construído o Santuário.

Um ano depois acontece, também numa Celebração de Primeira Eucaristia, a entronização do Santíssimo Sacramento nesta Capelinha, o que veio a fermentar ainda mais a vida em comunidade e as devoções eucarística e mariana.

Uma oração a Nossa Senhora da Agonia, composta por uma carmelita de Pouso Alegre, recebeu aprovação eclesiástica, por ocasião de sua primeira festa aqui no Brasil; a partir de então, milhares de estampas da Virgem, contendo essa oração, estão sendo distribuídas por todo o território nacional e até mesmo fora dele.

Dentre alguns fatos que mostram o poder da Mãe de Deus, sob a invocação de Nossa Senhora da Agonia, destacamos um particular, o ocorrido quando de sua chegada ao Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A comitiva designada para trazer a imagem para Itajubá encontrou grandes embaraços para retirá-la do aeroporto. Além de uma quantia em dinheiro que não se dispunha na ocasião, foram exigidos documentos que não tinham vindos de Portugal e, por isso, não era possível liberar a imagem.

Rezava-se e invocava-se a intervenção de Nossa Senhora da Agonia, quando o principal encarregado pela liberação da preciosa encomenda na alfândega aparece e pergunta ao Se. Azevedo (português amigo do Sr. Costa, que recebeu a procuração do nosso pároco para representá-lo na retirada da imagem):

O senhor é o Padre Tarcisio? Não, cu sou o seu procurador, respondeu o Sr. Azevedo, com sotaque português. Ainda bem, pois eu não gosto de padres! Mas para o senhor vou contar o que me aconteceu. Eu sou ateu, não acredito em nada, mas, ao abrir a caixa da mercadoria de vocês, logo que retirei sua tampa e afastei com as mãos as palhas que protegiam a imagem, apareceu o rosto de Nossa Senhora com aquelas lágrimas… Bem, alguma coisa aconteceu dentro de mim. Quer saber de uma coisa? Podem levá-la e que ela nos proteja! E as pessoas da comitiva, alegres, festejaram e agradeceram a Senhora da Agonia pelo seu primeiro “milagre” em terras do Brasil, feito no coração daquele que se dizia ateu.

Oração

Ó Maria. Rainha dos Mártires, Senhora da Agonia, Vós que permanecestes de pé junto à Cruz de vosso Divino Filho Jesus, e às suas palavras: “Mulher, eis o teu filho”- “Filho. eis tua Mãe”, – tornaste-Vos nossa Mãe: acolhei, com bondade, nossa prece filial.

Ó Senhora da Agonia, assim como o discípulo acolheu-Vos em sua casa, também nós queremos abrir-Vos as portas de nossos corações, de nossos lares, CONSAGRANDO- VOS toda a nossa vida: passada, presente e futura.

Exercei, pois, Vossa função de Mãe, ensinando-nos a viver, em todos os momentos, a vontade de Deus, levando-nos, assim, a imitar o Vosso SIM de Nazaré, que culminou com o SIM do Calvário.

Vinde, ó Mãe, em socorro de nossas angústias, não permitindo que nos desviemos do caminho do bem, da verdade, do amor!

Conduzi nossas vidas ao porto seguro da salvação, que é: JESUS!

Ousando somar nossas agonias às Vossas, diante desta dificuldade… (dizer o pedido), recorremos à vossa materna

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Conceição da Lapa

Em um risonho vale que se abre no meio de serras íngremes nas proximidades de Ouro Preto está situada a povoação de Antônio Pereira, fundada nos primórdios do século XVIll por Antônio Pereira Machado, um dos primeiros habitantes de Mariana. Diz o historiador Augusto de Lima Jr. que ali as casas mais antigas, construidas em blocos de cangas e com seus telhados enegrecidos pela ação do tempo, lembram as aldeias dos Pireneus ou do norte de Portugal, habitadas por pastores. Os moradores do povoado são descendentes dos antigos aventureiros do ouro e se dedicam às fainas agrícolas e pastorais, de parcos rendimentos, de modo que o vilarejo aos poucos vai mergulhando em profunda decadência.

Sua primeira matriz, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, foi consumida pelo fogo em uma noite fatídica. A população, despertada pelos estrondos do pavoroso incêndio, viu o templo destruído em poucas horas. O auto do corpo de delito declarou que a catástrofe fora fortuita e inexplicada, proveniente talvez de alguma faisca de vela mal apagada, ou do fogo da lâmpada de azeite. Circula entretanto uma lenda segundo a qual o culpado pelo sinistro fora um sujeito mais tarde condenado à forca em Goiás ou Mato Grosso. Contam que na hora do suplício declarou aceitar a morte por castigo, não como justa puníção de outro crime, monstruoso e real, que praticara em Minas, ateando fogo a uma de suas igrejas.

O incêndio da matriz trouxe uma profunda tristeza ao povo de Antônio Pereira, que não se conformava com a perda da casa de sua padroeira, pois devido à pobreza ali reinante não via possibilidade de construir outra. A Virgem Maria, Mãe Bondosa, presenteou seus humildes devotos com um santuário natural encravado numa rocha e adornado por caprichosos estalactites, Este templo, consagrado a Nossa Senhora da Conceição da Lapa, mais conhecido pelo nome de Nossa Senhora da Lapa de Antônio Pereira, é um dos mais interessantes santuário do Brasil.

Raiava o dia 15 de agosto, festa da Assunção da Virgem, quando um menino, a pedido do pai, foi juntar os burros de tropa que pastavam pelas beiradas da serra. Passava ele perto do monte vizinho ao vilarejo, quando atravessou rápido em sua frente um bonito coelho branco. Intrigado com a presença do animalzinho, raro naquelas paragens, a criança quis pegá-lo e saiu correndo ao seu encalço até chegar perto de um alto penedo. No momento em que ia alcançá-lo, o coelho desapareceu, embrenhando-se por uns ramos que cobriam a pedra. Quebrando os galhos que o atrapalhavam, o garoto descobriu uma fenda na rocha e por ela penetrou ansioso por pegar o belo animalzinho.

Em sua frente surgiu então uma enorme grota, deslumbrante de beleza e, ao dar alguns passos, o meninoo percebeu, sentada sobre uma pedra como em um altar natural, uma jovem senhora dominada por estranha luz. A principio ele assustou-se, porém, esquecendo-se do coelhinho, saiu correndo para o arraial a fim de narrar a seus pais o que lhe acontecera.

Recebida a notícia deste falo extraordinário, várias pessoas correram para o lugar indicado, onde não viram a Senhora, mas encontraram sobre a pedra uma imagem da Imaculada Conceição, que parecia estar ali havia muito tempo. Esta imagem recebeu o título de Senhora da Conceição da Lapa.

A novidade se espalhou e o povo começou a afluir à gruta, principalmente após as curas mílagrosas ocorridas no local. Todos se admiraram com a sua forma, que parecia uma igreja feita por mãos humanas e talhada com minúcias de pedra. O céu socorria assim a população que se encontrava sem o templo de sua padroeira, incendiado, havia pouco, por mãos criminosas.

Dirigiram-se então os fiéis à cidade de Mariana, que era a sede episcopal, e solicitaram ao bispo a permissão para transformarem a gruta em capela consagrada a Maria Santissima. Concedidas as licenças necessárias, foram aproveitadas as próprias pedras da lapa para armação da igreja. Altares, púlpitos, tudo se empregou do natural e ainda hoje admiram-se os detalhes da rocha sob o capricho das estalactites deste templo original.

Ali foi colocada a imagem de Nossa Senhora da Conceição com o título de Lapa e começou-se a rezar a Santa Missa.

Esta devoção continua até hoje, pois são inúmeras as maravilhas operadas pela Virgem, especialmente por intermédio de uma mina de água fresca que corre no interior da gruta. Uns a bebem, outros se lavam com ela e muitos conseguem alivio para seus males.

O santuário de Nossa Senhora da Conceição da Lapa tornou-se célebre e anualmente, nos dias de festa de sua padroeira, grande romarias para ali se dirigem a fim de homenagear a Virgem Maria. O arraial é bem pobre e tudo ao redor indica decadência, menos a devoção à Mãe Santíssima, qu todos os anos desperta do seu torpor secular a pequena cidade de Antônio Pereira.