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Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora das Três Mãos

Este título, muito popular no Oriente, deve-se a um belíssimo ícone cujas origens encontram-se num episódio transmitido pela vida de São João Damasceno.

No Império de Constantinopla no século VIII houve uma luta muito forte entre os inimigos dos ícones e seus defensores, entre os quais João Damasceno se destacava. Por ordem do imperador Leão Isáurico, o santo teve a sua mão direita cortada, a qual foi exposta em público.
Conta a lenda que ao anoitecer, João fez uma fervorosa oração diante de um ícone da Virgem, prometendo-lhe, com o braço mutilado, usar eternamente a sua mão direita para prestar honras à Santíssima Virgem se a sua mão fosse recuperada. Num gesto de gratidão, mandou executar uma mão de prata e pendurou-a ao ícone, para perpétua memória da grande graça alcançada. Em seguida mandou pintar o ícone com esta espécie de “ex voto”, que deu origem ao ícone da “Virgem das Três Mãos”.
No século XIII, o superior da Laura de São Saba ofereceu o ícone ao metropolita da Sérvia São Sava. Quando mais tarde os turcos invadiram a Sérvia, o ícone foi transferido para o monte Athos e, ainda hoje, ele é particularmente venerado no Mosteiro de Kilandari. Várias cópias desse ícone tornaram-se famosas na Rússia, Grécia, Sérvia e em outros países do Oriente, mantendo sempre a iconografia e o nome “das três mãos”.
Existe uma interpretação alegórica para a terceira mão: tratando-se de uma mão feminina, parecida às outras duas da Virgem, há os que a vêem como a mão da Mãe de Deus que nos socorre em nossas necessidades, como o fez miraculosamente a João Damasceno.
Este título é festejado em 28 de junho.
Nossa Senhora das Três Mãos, Rogai por nós que recorremos a vós!
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora das Vitórias

La Rochelle, importante porto francês, de fundação medieval, tornou-se, no início da Idade Moderna, um poderoso reduto do protestantismo. O Rei Luís XIII e seu ministro, o Cardeal Richelieu, empreenderam, em 1627, o cerco da cidadela, com a finalidade de acabar com a revolta dos huguenotes.

A empresa, porém, era bastante difícil, pois os revoltosos estavam apoiados pela Inglaterra, e o monarca pediu, então, à sua esposa, a Rainha Ana da Áustria, para tomar as devidas providências, de modo que, em todas as igrejas de Paris, fossem feitas orações públicas pelo triunfo de suas armas.
Assim pois, todos os sábados, o Arcebispo, com o clero à frente, a corte e numerosos fiéis, rezavam o terço, para pedir a Deus a derrota dos protestantes. Os capelães do exército promoveram, também, orações entre os soldados. Assim, a certas horas da tarde ecoavam, entre a tropa arregimentada, orações em louvor à Virgem Santíssima.
Deus atendeu ao pedido do Rei e, pouco depois, a praça forte se rendeu.
Em testemunho da gratidão por essa vitória, Luís XIII lançou em Paris, a pedra fundamental de uma igreja que se chamou Nossa Senhora das Vitórias, como recordação da tomada de La Rochelle.
O convento dos eremitas de Santo Agostinho, situado próximo desse templo, recebeu, pouco depois, um humilde camponês, conhecido pelo nome de Irmão Fiacre, encarregado dos mais rudes serviços do mosteiro, porém, grande devoto de Nossa Senhora.
A Rainha da França, Ana da Áustria, casada há mais de 23 anos, havia perdido a esperança de dar um herdeiro ao trono francês. O humilde Irmão Fiacre, com pena da rainha, e das conseqüências que essa situação poderia trazer à monarquia, encarregou-se de suplicar a intercessão de Nossa Senhora e do seu Divino Filho. Certa noite, Maria Santíssima apareceu para o Frade, prometendo-lhe atender às suas preces, com a condição de que as novenas fossem rezadas nos santuários por Ela designados. Após dez meses de orações, nascia a 5 de setembro de 1638, um menino, que seria mais tarde o Rei Luís XIV, o grande soberano, que emprestaria seu nome ao século XVII, conhecido como “Rei Sol”, um dos mais importantes monarcas da França.
Em agradecimento, publicou-se um Edito oficial consagrando a França e a família real à Virgem Santíssima. Foi o famoso Voto de Luís XIII, celebrado ainda hoje, nas paróquias francesas.
A igreja de Nossa Senhora das Vitórias, construída em estilo clássico, está coberta de ex-votos e sua iluminação é feita por lâmpadas votivas de milhares de velas, que atestam a veneração popular à Mãe Imaculada. Em sua fachada, foi gravada, em letras de outro, uma legenda de gratidão, por “tantas vitórias que lhe vieram do Céu, especialmente d’Aquela que arrasou a heresia”.
No século XIX, por ocasião das aparições de Nossa Senhora a Catarina de Labourè, o cura da Igreja de Nossa Senhora das Vitóriasfundou uma associação de orações, que reúne adeptos de todo o mundo, mostrando a intensa irradiação deste santuário. As principais festas são no Domingo da Septuagésima e o 4º Domingo de Outubro. As Missas são celebradas pela PAZ.
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora de Akita

Em 28 de junho de 1973 uma ferida em forma de cruz apareceu na palma da mão esquerda da Irmã Agnes. A ferida sangrou abundantemente e causou-lhe muita dor. Em 6 de julho a Irmã Agnes ouviu uma voz vinda da estátua da Bem-aventurada Virgem Maria na capela onde ela estava rezando. A estátua foi esculpida de um único bloco de madeira de uma árvore Katsura e tem um metro de altura. Nossa Senhora falou com a Irmã Agnes e lhe deu uma mensagem.

No mesmo dia, algumas das irmãs notaram gotas de sangue fluindo da mão direita da estátua. Em quatro ocasiões este ato de escorrimento de sangue se repetiu. A ferida na mão da estátua permaneceu até 29 de setembro, quando desapareceu. Em 29 de setembro, o dia em que a ferida na estátua desapareceu, as irmãs perceberam que a estátua agora tinha começado a “suar”, especialmente na testa e pescoço.
Em 3 de agosto, a Irmã Agnes recebeu uma segunda mensagem. Em 13 de outubro, ela recebeu a terceira e última mensagem.
Dois anos depois, em 4 de janeiro de 1975, a estátua da Bem-aventurada Virgem começou a chorar. Ela continuou a chorar, com intervalos, pelos próximos 6 anos e oito meses. Ela chorou 101 vezes.
A seguir, as três mensagens de Nossa Senhora de Akita à Irmã Agnes:
“Minha filha, minha noviça, você tem me obedecido bem, abandonando tudo para me seguir. A doença em seus ouvidos é dolorosa? Sua surdez será curada, tenha certeza. A ferida em sua mão causa-lhe sofrimento? Reze em reparação pelos pecados dos homens. Cada pessoa nesta comunidade é minha filha insubstituível. Você reza direito a prece das Servas da Eucaristia? Então, vamos rezá-la juntas.”
“Sacratíssimo Coração de Jesus, verdadeiramente presente na Sagrada Eucaristia, eu consagro meu corpo e minha alma para ser inteiramente um com Vosso Coração, sendo sacrificado a cada instante em todos os altares do mundo e dando louvor ao Pai implorando pela vinda do Seu Reino.
Por favor receba este humilde oferecimento de mim mesma. Use-me como Vós desejais para a glória do Pai e a salvação das almas.
Santíssima Mãe de Deus, nunca me deixe ficar separada de Vosso Divino Filho. Por favor defendei-me e protegei-me como Vossa Especial Filha. Amém.”
Quando a prece acabou, a Voz Celeste disse:
“Reze muito pelo Papa, Bispos, e Sacerdotes. Desde o seu Batismo você tem sempre rezado fielmente por eles. Continue a rezar muito… muito. Diga ao seu superior todo que se passou hoje e obedeça-o em tudo que ele lhe dirá. Ele pediu que você ore com fervor.”
“Minha filha, minha noviça, você ama o Senhor? Se você ama o Senhor, ouça o que eu tenho a lhe dizer.
É muito importante… Você irá comunicar isso ao seu superior.
Muitos homens neste mundo afligem o Senhor. Eu desejo almas para consolá-lo, para aliviar a ira do Divino Pai. Eu desejo, com meu Filho, almas que reparem através de seu sofrimento e sua pobreza pelos pecadores e ingratos.
De modo a que o mundo possa conhecer Sua ira, o Pai Celeste está preparando para infligir um grande castigo em toda a humanidade. Com meu Filho eu tenho interferido tantas vezes para aplacar a ira do Pai. Eu tenho evitado a vinda de calamidades oferecendo a Ele os sofrimentos de meu Filho na Cruz, Seu Precioso Sangue, e almas amadas que O consolem formando uma corte de almas vítimas. Oração, penitência e sacrifícios corajosos podem aliviar a ira do Pai. Eu desejo isto também para a sua comunidade… que ela ame a pobreza, que ela se santifique e reze em reparação pelas ingratidões e ultrajes de tantos homens.
Recitem a oração das Servas da Eucaristia com consciência do seu significado; coloquem-na em prática; ofereçam em reparação (o que quer que Deus envie) pelos pecados. Deixe cada uma esforçar-se, de acordo com sua capacidade e posição, para oferecer a si mesma ao Senhor.
Mesmo em uma instituição secular a oração é necessária. Almas que desejam orar já estão a caminho de serem reunidas. Sem prender-se demasiadamente à forma, sejam fiéis e fervorosas na oração para consolar o Mestre.”
Após um silêncio:
“O que você está pensando em seu coração é verdade? Você está realmente decidida a tornar-se a pedra rejeitada? Minha noviça, você que deseja pertencer sem reserva ao Senhor, a tornar-se a esposa digna do Esposo, faça seus votos sabendo que você deve ser pregada à Cruz com três cravos. Estes três cravos são a pobreza, a castidade, e a obediência. Dos três, a obediência é o fundamento. Em total abandono, deixe-se guiar pelo seu superior. Ele vai saber entendê-la e dirigi-la.”
“Minha querida filha, ouça bem ao que eu tenho a lhe dizer. Você irá informar seu superior.”
Após um curto silêncio:
“Como eu lhe disse, se os homens não se arrependerem e melhorarem, o Pai irá infligir uma terrível punição a toda a humanidade. Será uma punição maior do que o dilúvio, tal como nunca se viu antes. Fogo irá cair do céu e vai eliminar uma grande parte da humanidade, os bons assim como os maus, sem poupar nem sacerdotes nem fiéis. Os sobreviventes irão ver-se tão desolados que irão invejar os mortos. As únicas armas que irão restar para vocês serão o Rosário e o Sinal deixado pelo Meu Filho. Recitem todos os dias as orações do Rosário. Com o Rosário, rezem pelo Papa, os bispos e os sacerdotes.
A obra do maligno vai infiltrar-se até mesmo dentro da Igreja de tal modo que se verão cardeais opondo-se a cardeais, bispos contra bispos. Os sacerdotes que me veneram serão desprezados e combatidos pelos seus confrades… igrejas e altares saqueados; a Igreja ficará cheia daqueles que aceitam compromissos e o demônio vai pressionar muitos sacerdotes e almas consagradas a deixarem o serviço do Senhor.
O demônio vai ser especialmente implacável contra as almas consagradas a Deus. O pensamento da perda de tantas almas é a causa de minha tristeza. Se os pecados aumentarem em número e gravidade, não haverá mais perdão para eles.
Com coragem, fale ao seu superior. Ele saberá como encorajar cada uma de vocês a rezar e fazer obras de reparação.
É o Bispo Ito, que dirige a sua comunidade.”
E Ela sorriu e então disse:
“Você ainda tem algo a perguntar? Hoje é a última vez que eu vou falar com você em viva voz. De agora em diante você irá obedecer aquele que foi enviado para você e seu superior.
Reze muito as orações do Rosário. Eu sozinha ainda sou capaz de salvar vocês das calamidades que se aproximam. Aqueles que colocarem sua confiança em mim serão salvos.”
A Igreja aprovou as mensagens e as lacrimações da estátua como sobrenaturais.
Abril de 1984: O Reverendíssimo John Shojiro Ito, Bispo de Niigata, Japão, após anos de extensas investigações, declarou que os eventos de Akita, Japão são de origem sobrenatural, e autorizou para toda a diocese a veneração da Santíssima Mãe de Akita.
Em 22 de abril de 1984, após oito anos de investigações, após consulta com a Santa Sé, as mensagens de Nossa Senhora de Akita foram aprovadas pelo Bispo da diocese.
Na vila japonesa de Akita, uma estátua da Mãe, de acordo com o testemunho de mais de 500 cristãos e não-cristãos, incluindo o prefeito da cidade, budista, exalou sangue, suor e lágrimas.
Uma religiosa, Agnes Katsuko Sasagawa recebeu os estigmas e também recebeu mensagens de Nossa Senhora.
Junho de 1988, Cidade do Vaticano: Joseph Cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, proferiu julgamento definitivo sobre os eventos e mensagens de Akita como confiáveis e dignos de fé.
Essa devoção está incluída em nossa homepage mariana porque a Igreja declarou que seus eventos são “confiáveis e dignos de fé”.
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora de Altagrácia

Há mais de três séculos, um colonizador espanhol, muito rico, residente na região de Duey, São Domingos, fez uma viagem à cidade de Ozam para vender gado, no começo de Janeiro. Possuía duas filhas: a mais velha, mais vaidosa, pediu-lhe que trouxesse de presente vestidos e colares. A outra, com apenas 14 anos, mais voltada à piedade, pediu uma imagem da Virgem de Altagracia. O pai estranhou tal pedido, já que nunca ouvira falar dessa Nossa Senhora. De qualquer modo, a menina garantiu-lhe que a encontraria.

De retorno, levava os presentes da filha mais velha e, no coração, um profundo pesar por não ter encontrado a Virgem de Altagracia para a menina. Procurara a imagem por todos os lugares onde passara, chegando a consultar os Cônegos do Cabido e ao próprio Arcebispo, que não conheciam tal invocação mariana. Ao passar por Los Dos Rios, pernoitou em casa de um velho amigo. Nessa passagem, ao anoitecer, enquanto ceavam, o hóspede falou sobre sua tristeza em chegar em casa sem o presente que prometera à sua filha predileta. Oportunamente, um senhor idoso, que havia pedido para lhe deixarem passar ali aquela noite, levantou-se do lugar afastado onde se encontrava, aproximou-se à mesa e disse: “Como não existe a Virgem de Altagracia? Eu a trago comigo”. E enfiou a mão em seu alforge, e mostrou uma pintura de Maria adorando a um menino. O pai, vendo realizado o sonho de sua filha, convidou o ancião que passasse em sua casa para receber um donativo em retribuição à sua generosidade.
No dia seguinte, ao se levantar, a família procurou e não encontrou aquele senhor idoso.
Eis, em linhas gerais, a história do aparecimento deste primeiro quadro de Nossa Senhora de Altagracia. Ele possui 33 centímetros de largura e 45 de altura. Segundo a opinião dos especialistas, trata-se de uma obra primitiva da escola espanhola pintada nos finais do século XV. A tela, que mostra uma cena da natividade, foi restaurada com sucesso, na Espanha, em 1978. Agora é possível apreciar-se toda sua beleza e cores originais. Sobre a tela aparece a cena do nascimento de Jesus. A Virgem, formosa e serena ocupa o centro do quadro.
Conta a tradição que, a menina, acompanhada de várias pessoas, foi receber seu pai no mesmo local onde hoje se situa o Santuário de Higüey. Ela, aos pés de uma laranjeira que ainda se conserva, apesar dos anos, mostrou às pessoas, naquele dia 21 de janeiro, sua tão desejada imagem. A partir desse dia, ficou estabelecido o culto à Virgem de Altagracia, que foi também chamada de Virgem da Menina.
A devoção à Virgem de Altagracia tornou-se muito popular. Ao seu santuário, todos os anos, acorrem milhares de romeiros. A moderna basílica, em Higüey, capital da Província de Altagracia, construída entre 1974 e 1978, é o monumento religioso mais importante de Santo Domingo e centro religioso que atrai a atenção de todos os povos latino-americanos. É o lugar onde o povo dominicano encontra sua padroeira, a Virgem de Altagracia.
Nossa Senhora de Altagracia, rogai por nós, que recorremos a vós!
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora de Azambuja

 As famílias vindas do distrito de Treviglio (Itália), no dia 22 de outubro de 1875, para emigrarem para o Brasil, depois de embarcarem em Le Havre (França), combinaram entre si que ficariam sempre unidas. Para isso levantariam uma igrejinha ou capela em honra da “Madonna de Caravaggio”. A promessa de permanecerem sempre juntos não se concretizou, fixando-se no vale de Azambuja (valata Azambuja), situado a três quilômetros de Brusque, apenas 9 colonos. Inicialmente chamado de “Caminho do Ribeirão” ou “Caminho do Meio”, tomou o nome de Azambuja, possivelmente em homenagem ao Diretor do Departamento de Terras, Conselheiro Dr. Bernardo Augusto Nascentes d’Azambuja.

Já em 1876, apenas tinham chegado os primeiros colonos ao Vale de Azambuja, começaram a pensar em construir uma Capela em honra de Nossa Senhora de Caravaggio. Após algumas discussões de como fazê-la, no primeiro domingo de novembro de 1884, chegaram a uma conclusão: decidiram construí-la de tijolos, para que ficasse mais segura e mais barata, pois tudo se faria ali mesmo. No final deste mês era iniciada a fabricação dos tijolos e das telhas para o futuro templo. Foi erguida uma pequena igreja, medindo
6 metros de comprimento por 3 de largura. Com a sacristia totalizava 36 metros quadrados. O terreno foi doado por Pietro Colzani, possuidor do lote nº 16. Sobre o altar, um quadro de Nossa Senhora de Caravaggio, vindo diretamente da Itália. Este quadro ainda hoje pode ser admirado na gruta anexa ao Santuário. Aqui não se invoca Nossa Senhora de Caravaggio, mas Nossa Senhora de “Azambuja”.
No dia 24 de abril de
1887 a Capela foi benta pelo Padre Marcello Ronchi SJ, estando presente também o Pe. João Fritzen SJ, Vigário de Brusque.
Azambuja logo torna-se um centro de peregrinações. Crescendo o número de romeiros e vendo a importância espiritual que alcançava, Pe. Antônio Eising inicia a construção de uma nova Igreja, no mesmo ano em que chega a Brusque,
1892. A nova Igreja, que mede 10 metros de largura por 12 de comprimento, fora o Presbitério, está concluída em 1894. A antiga ermida, que ficava um pouco abaixo do atual Santuário, conservou o quadro de Nossa Senhora. Encomendaram na Itália as imagens de Nossa Senhora e de Joanita, as mesmas que ainda hoje se encontram no altar-mor do Santuário.
A partir de 1892 é comemorada a tradicional festa de 26 de maio, dia da aparição. Em 15 de agosto de 1900 é celebrada pela primeira vez a festa da Assunção de Nossa Senhora.
Cada vez mais afluíam devotos para as festas. Consta que na festa de 1900 contaram-se 2.000 romeiros.
Crescendo a importância, o Bispo Diocesano de Curitiba Dom Duarte Leopoldo e Silva, a 1º de setembro de 1905, eleva a Capela de Azambuja à dignidade de Santuário Episcopal, com o título de Santuário de Nossa Senhora de Azambuja, desmembrando-o da jurisdição do Vigário de Brusque. Na mesma oportunidade é nomeado Pe. Gabriel Lux, SCJ, “Fabriqueiro-Administrador do Santuário e Delegado da Autoridade Diocesana, com plenos poderes”
A finalidade desta criação, basicamente, foi de, através das esmolas dos romeiros, se propiciar condições de subsistência à Santa Casa de Misericórdia de Nossa Senhora de Azambuja, que havia sido criada três anos antes, a 29 de junho de 1902.
Em abril de 1927 é transferido para Azambuja o Seminário Menor da Aquidiocese de Florianópolis. Pe. Jaime de Barros Câmara, que mais tarde viria a ser Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, foi seu primeiro Reitor. Desde então os sacerdotes professores do Seminário, assumem também a pastoral do Santuário.
No dia 2 de novembro de 1927 são retirados da antiga Capelinha os quadros, bancos e ex-votos. No dia seguinte é feita a demolição da mesma. Ali junto à fonte, cujas águas são tidas como miraculosas, dá-se início à construção de uma gruta. Um ano depois, a 9 de dezembro de 1928, Pe. Jaime abençoava e inaugurava o novo monumento de piedade. Na gruta são entronizadas as imagens de nossa Senhora de Lourdes e Bernadete. Sobre a gruta, que está dois metros abaixo do nível do terreno, uma capela, onde estão o quadro de Nossa Senhora de Caravaggio e os ex-votos dos romeiros.
No dia 8 de dezembro de 1939 era lançada a pedra fundamental do novo e majestoso Santuário, o terceiro a ser edificado. Suas paredes foram erguidas em redor do Santuário anterior. O projeto, idealizado pelo renomado arquiteto Simão Gramlich, prevê uma torre com
40 metros de altura e uma nave central medindo 45 metros de comprimento por 16 metros de largura com uma altura de 20 metros. Entre junho e setembro de 1941 se destrói o antigo Santuário.
Embora já estivesse sendo usado desde 1943, somente em 26 de maio de 1956 Dom Joaquim Domingues de Oliveira oficia a consagração do Templo.
A partir de 1950 se constrói o “Morro do Rosário”: consta dos 15 Mistérios do Rosário, distribuídos ao longo do caminho de acesso ao cume do morro que fica atrás do Santuário. No topo o último dos Mistérios Gloriosos: a coroação da Virgem Maria pela Santíssima Trindade. Cada um dos mistérios consta de estátua ou grupos de estátuas feitas de cimento, em tamanho natural.
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora de Belém (Bethléem)

Belléan é uma aldeia que fica perto do santuário de Nossa Senhora de Belém (Bethléem em francês); supõe-se por isso que a pronúncia popular de “Belém” influísse no título que deram a Nossa Senhora ,de Belém, em vez de Belléan, pois outra explicação não conhecem.

O costume tradicional conservou uma regra severa para os dias de peregrinação: exige que as moças que desejam casar-se no decurso do ano acompanhem a pé, sem rir nem falar, o trajeto de Vannes a Belléan.
Uma lenda local refere a história do cativeiro de Garo, proprietário do castelo vizinho de Ploeren. Em Lembrança do cativeiro, invoca-se Nossa Senhora de Belém a favor dos prisioneiros.
Durante a última guerra, as famílias que estavam sem notícias dos seus deviam mandar tocar o sino do santuário.
Realizam-se peregrinações em 15 de agosto e 08 de setembro.
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora de Bistrica

 
Aparecem referências ao lugar chamado “Bistrica” na Croácia, em documentos escritos no ano de 1209. Trata-se de um pitoresco vale situado em Hrvatsko Zagorje, a norte de Zagreb. A paróquia e a igreja de “Marija Bistrica” já eram citados no ano 1334.
A imagem de Nossa Senhora remonta ao século XV. Antes esteve na igreja de Visinski. Por volta do ano 1545, devido à ameaça dos otomanos, ela foi transferida para Bistrica. Em 1650 foi escondida na parede da igreja e logo depois foi esquecida.
Em 1684, sob a supervisão do bispo Martin Borkovic a imagem foi novamente encontrada e colocada num altar. Desde então tiveram início as numerosas peregrinações dos devotos de Nossa Senhora. Em 1880, terrível incêndio destruiu a igreja mas a imagem foi milagrosamente preservada.
Em seguida o arquiteto Herman Bole cuida da restauração do templo.
A imagem de Nossa Senhora de Bistrica é negra. Segundo a história, ela tornou-se preta por causa do incêndio ocorrido em 1880. Há historiadores da arte que reinvidicam que as “madonas” negras eram assim feitas de propósito no século XII. Os artistas teriam-nas esculpido com a tez escura inspirados no Antigo Testamento, no qual o rei Salomão elogia a beleza morena das mulheres de Jerusalém.
Em 1715 o parlamento da Croácia presenteou o templo com o principal em honra da “Bistricka Gospa”. Anteriormente dedicada a São Pedro e São Paulo, a igreja é colocada sob o patrocínio de “Snijezna Gospa” (Nossa Senhora das Neves). A denominação atual é “Majka Bozja Bistricka” (Mãe de Deus de Bistrica).
O Papa Bento XIV (1750-1758) concedeu uma indulgência plenária a todos os peregrinos que naquele santuário confessarem os seus pecados e participarem da Eucaristia.
Em 1923 o Papa Pio XI concedeu ao Santuário o honroso título de Basílica Menor. Em 1935 o Arcebispo de Zagreb solenemente coroou a imagem, proclamando-a Rainha de todo o povo da Croácia. Em 1971, a Conferência dos Bispos nomeou o templo como Santuário Nacional. Em 1984 ali se realizou o Congresso Eucarístico Nacional com a presença de centena de milhares de croatas.
No dia 3 de outubro de 1998, num sábado, o papa João Paulo II beatificou em Bistrica o Cardel Aloísio Stepinac, conhecido por seu amor e reverência para com a Virgem durante toda sua vida. Mais de 500 mil pessoas participaram da missa solene de beatificação.
Nossa Senhora de Bistrica, rogai por nós que recorremos a vós!
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora de Bonária

Ao sudoeste da cidade de Cagliari, em uma colina, fica a cidade de Bonária (Bons Ares), muito conhecida como lugar de peregrinações.

Aí fundaram os Irmãos da Misericórdia, em 1330, seu primeiro convento na Sardenha. Foi seu fundador, um distinto morador de Cagliari, frei Carlo Catalon, que um dia, durante a oração, tendo sido arrebatado em êxtase, teve uma visão profética, uma cena singular: depois de uma grande tempestade, aproximar-se-ia do porto de Bonária um hóspede misterioso, que traria à cidade grandes benefícios espirituais e também notáveis benefícios materiais.
O profético acontecimento teve lugar em 25 de março de 1370: um navio mercante viajava da Espanha para a Itália, e eis que repentinamente, quando já se avistava a ilha de Sardenha, desaba um tão grande temporal que o naufrágio parecia iminente, pelo que resolveu o comandante lançar a carga ao mar, para aliviar o navio.
Entre a carga havia um pesado caixão, do qual ninguém sabia o conteúdo, e que também foi lançado ao mar.
Mas, ó prodígio: mal caiu na água o referido caixão, acalmaram-se as ondas como por encanto!
Quiseram então salvar o caixote, para ver o que continha, mas foram baldados os esforços da tripulação, pois ele se esquivou teimosamente e foi como que nadando em direção à praia, até parar defronte da igreja de Bonária.
Dois Irmãos da Misericórdia acudiram logo e pegaram-no sem nenhuma dificuldade, transportando-o para a igreja. Ao abri-lo, viram diante de si, com grande surpresa, uma imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus!
A imagem tinha 56 cm de altura. O semblante da mãe de Deus era meio escuro e muito expressivo; o vestido, carmesim, e o manto, azul escuro; a mão direita estava na posição de quem segurasse uma vela, que de fato mais tarde lhe puseram na mão; no braço esquerdo sustentava o Menino, que tinha na mão esquerda a figura do globo terrestre, estando a direita na posição de abençoar.
Como a imagem foi dar na praia defronte da igreja de Bonária, deram-lhe o título de Nossa Senhora de Bonária, e assim Maria Santíssima granjeou um novo título.
Nossa Senhora de Bonária é venerada como a padroeira da Sardenha e de Cagliari.
Em sua honra fazem muitas festas nas cidades e nas aldeias, e as mães sardenhenses dão a suas filhas, com muito gosto, o nome de Bonária.
Como a antiga igreja se tornou pequena para a grande multidão de peregrinos, começaram no princípio do século XX uma grandiosa construção: a nova igreja em estilo barroco, a qual foi consagrada em 22 de abril de 1926.
Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora de Bonate

Em 1944, na cidade de Bonate, diocese de Bérgamo, Itália, no dia 13 de maio, várias crianças colhiam flores para depositarem aos pés da Virgem Maria. Num dado momento, as meninas que acompanhavam a colega, de nome Adelaide Roncali, dez anos, viram que ela estava imóvel, olhando para o alto, como que alheia a tudo. Não respondendo aos chamados, as amigas foram correndo dizer à mãe de Adelaide que “ela tinha morrido em pé.

Acreditou-se, porém, que Nossa Senhora aparecera, a Adelaide. Estava vestida de branco. Espargia muita luz e que Maria a tranqüilizou dizendo: “Não tema, eu sou Maria. Seja boazinha e eu voltarei até você”. 0 êxtase se repetiu mais 13 vezes, em duas etapas: de 13 a 21 e de 28 a 31 de maio. Assim como em Lourdes, Fátima, Salete e outros lugares, Nossa Senhora aconselhou a oração, sobretudo a reza do terço meditado nos mistérios da vida de Jesus. Insistia na penitência. Que acabassem com a impureza e blasfêmia.
Como sempre, a notícia logo correu. Muita gente queria se beneficiar das aparições, implorando curas. Conta-se que mais de um milhão de peregrinos se concentrou no local. Umas duzentas pessoas proclamaram-se curadas. 0 Bispo de Bérgamo constituiu uma comissão de médicos para estudar o caso. Dentre os 70 milagres indicados, apenas um cego, vítima de combate na guerra, ficou curado repentinamente.
O povo, empolgado por mais essa manifestação, proclamou Maria com mais um título: Nossa Senhora de Bonate.
 
Oração a Nossa Senhora de Bonate
Senhor nosso Deus, concedei-nos sempre saúde de alma e corpo, e fazei que, ela intercessão de Nossa Senhora de Bonate, sejamos libertos de todo pecado e, livres das tristezas presentes, gozemos as alegrias eternas. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.
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Invocação Mariana: Nossa Senhora de Buglose

À margem direita do rio Adour, a 12 km de Dax, foi erigida a antiga capela de Nossa Senhora de Buglose, porém Nossa Senhora não tinha ainda este título.

Tendo Joana d’Albret ordenado a destruição dos oratórios das zonas rurais, alegando que só serviam para tolas superstições, a imagem de Nossa Senhora venerada nessa capela só pôde ser salva do incêndio e escondida; mas só muito tempo depois foi encontrada em uma fonte, informa a lenda, por um boi.
Deste pormenor se originou o título dado à imagem, formado de duas palavras gregas significando “langue de boeuf” (língua de boi), daí Buglose. O lugar também tomou este nome.
Luís XIII mandou reparar a capela incendiada, mais tarde substituída por uma igreja de três naves, que possui atualmente um carrilhão de 64 sinos.
Os Padres Lazaristas assumiram o encargo da conservação da igreja e da organização das peregrinações durante 87 anos.
Buglose foi um centro de regeneração cristã.
Os milagres se multiplicaram aí durante anos, tendo um grande número de enfermos recuperado a saúde nesse lugar bendito, como atestam numerosos processos verbais.
Há, perto do santuário, uma fonte milagrosa, na qual esteve escondida a imagem, dizem, durante 50 anos.
Nossa Senhora de Buglose foi coroada em 1866.
As peregrinações a este santuário são realizadas em maio e de 8 a 15 de setembro, oitava da Natividade.