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Rumo ao Reino de Maria!

Das diversas formas de devoção mariana, uma há que se pode chamar perfeita. Assim é conhecida a ensinada por São Luís Maria Grignion de Montfort, falecido em 1716, na França. Em seu famoso Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, ele nos ensina esta prática que é o “caminho fácil, curto, perfeito e seguro para chegar à união com Nosso Senhor” (§152).

O Reino de Cristo, por meio do Reino de Maria.

No que consiste esta perfeita devoção à Mãe de Deus?

São Luís nos ensina:

“Foi por intermédio da Santíssima Virgem que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por meio d’Ela que Ele deve reinar no mundo” (§ 1).

Maria Santíssima, a obra-prima do Altíssimo, deve desempenhar papel especial nos últimos tempos. Nesse período, Ela brilhará como jamais brilhou, em misericórdia, força e graça. E terá mais filhos, servidores e escravos do que em todas as épocas anteriores. Por este meio, Jesus Cristo reinará totalmente em todos os corações.

Nada há que nos faça pertencer mais a Jesus Cristo do que a “escravidão de amor a Maria”, que significa uma entrega total, voluntária e filial à Santíssima Virgem. A consagração por amor a Maria é a devoção proposta no Tratado.

Uma perfeita consagração de si a Maria.

Esta prática consiste em entregar-se inteiramente à Santíssima Virgem, a fim de, por Ela, pertencer inteiramente a Jesus Cristo.

Numa palavra, tudo que temos na ordem da natureza e na ordem da graça, sem pretender nem esperar a mínima recompensa, a não ser a honra de pertencera Jesus Cristo por Maria e em Maria (cf. § 121).

Maria se dá a quem é seu escravo por amor.

A Santíssima Virgem, Mãe de doçura e misericórdia, vendo que alguém se Lhe entrega por completo, entrega-se também inteiramente ao consagrado. Ela o cobre com as suas graças, dá-lhe o apoio de seu poder e comunica-lhe suas virtudes. Como, enfim, essa pessoa consagrada é toda de Maria, Maria também é toda dela.

Pode haver recompensa maior?

“Todos os dons, virtudes e graças do Espírito Santo são distribuídos pelas mãos de Maria, a quem Ela quer, quando quer, como quer e quanto quer”, afirma São Bernardino de Sena.

Por isso, diz São Luís Grignion, nos últimos tempos, o Altíssimo e sua Santa Mãe devem suscitar grandes santos. Por suas palavras e por seu exemplo, arrastarão todo o mundo à verdadeira devoção e isto lhes há de

atrair inimigos sem conta, mas também vitórias inumeráveis e glória para o único Deus.

São Luís Grignion designa esses santos pelo nome de “apóstolos dos últimos tempos”, e os descreve com palavras de fogo, pouco usuais em nossos dias:

“Serão eles como flechas agudas nas mãos de Maria, purificados no fogo das grandes tribulações. Para os pobres e pequenos, terão o bom odor de Jesus Cristo.  E para os orgulhosos do mundo, um odor repugnante de morte. O Senhor das virtudes lhes dará a palavra e a força para fazer maravilhas e alcançar vitórias gloriosas sobre seus inimigos. Dormirão sem ouro nem prata e, o que é melhor, sem preocupações. Terão na boca a espada de dois gumes da palavra de Deus; em seus ombros ostentarão o estandarte ensangüentado da Cruz; na direita, o crucifixo, na esquerda, o rosário, no coração, os nomes sagrados de Jesus e de Maria!”

Nessa época, as almas respirarão Maria, como os corpos respiram o ar. E Maria reinará efetivamente nos corações e no mundo.

Pergunta São Luís: quando e como isso acontecerá? Só Deus o sabe!

Quanto a nós, cabe rezar e divulgar pelo mundo a verdadeira devoção a Maria Santíssima.

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As Bodas de Caná e o papel de Maria

Caná era uma cidade maior do que Nazaré. A História nada registra sobre o motivo por que Jesus e Maria foram convidados para o casamento.

As Bodas de Caná simbolizam o lar católico como deve ser, e indica a conduta a seguir face aos problemas e dificuldades da vida. Ali está prefigurada a família cristã assistida por Cristo, através da intercessão de Maria. A partir desse episódio, todos os cônjuges, até o fim do mundo, devem firmar-se na certeza de que Jesus solucionará qualquer drama ou aflição, se invocarem a onipotente mediação de Maria.

E foi numa festa de casamento que, a pedido de sua Mãe, Jesus quis realizar seu primeiro milagre: a transformação da água em vinho (Jo 2, 1-11).

Jesus operou esse milagre para inculcar-nos a convicção de que, apesar de não haver chegado a Sua hora, por uma palavra dos lábios da Mãe, Ele nos atenderá. Eis que em Caná abriu-se uma nova era na espiritualidade do gênero humano, com a inauguração de um especial regime da graça: a intercessão de Maria.

Em Caná, Maria nos ensina algo muito importante: apesar da negação de Jesus, Ela ordena aos criados fazerem tudo quanto Este lhes dissesse. Não havia Ele dito que não chegara ainda sua hora? Fica, portanto, em quem lê o Evangelho, a impressão de Maria não ter feito caso dessa resposta negativa…

Acontece que há algumas determinações de Deus que são condicionadas aos nossos desejos e reações. Ou seja, elas se cumprirão ou não, dependendo da nossa colaboração.

Se Maria não tivesse recomendado aos serventes que agissem de acordo com as orientações de Jesus, os nubentes e seus convidados não teriam tomado o melhor dos vinhos da História, nem os Apóstolos assistido a tão grandioso milagre. Em Caná, aprendemos de Maria o quanto Deus quer a nossa colaboração em sua obra.

Devido a esse sublime papel de medianeira e de onipotência suplicante da Santíssima Virgem, que se inicia publicamente nas Bodas de Caná, talvez pudéssemos dividir a História da espiritualidade em duas grandes eras: antes de Maria e depois de Maria.

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Maria, nossa Mãe

Maria continua no Céu a cumprir a missão que teve na Terra, de cooperadora no nascimento e desenvolvimento da vida divina em cada alma dos homens remidos.

O mês de maio sempre foi considerado, desde as nossas mais antigas tradições católicas, como o mês de Maria. Todos nós nos recordamos das solenidades que fazem parte deste momento do ano. O verdadeiro devoto de Maria é conduzido por Ela a Jesus. Aliás, Ela nos ensina a ouvir e fazer a vontade de Seu Filho – “Fazei o que Ele disser” (Jo 2, 5) – quando vê a falta de vida e alegria na caminhada da Aliança do Povo de Deus. A maioria de suas imagens no-La representam, de uma forma ou outra, sempre com referência a Cristo, principalmente em Seus braços, como que O anunciando ao mundo.

Duas prerrogativas uníssonas

Ao refletirmos acerca da maternidade de Maria, não podemos deixar de evidenciar: Ela é Mãe, entretanto, Virgem, porque concebeu segundo a ação amorosa do Espírito Santo. Mãe de Deus e Virgem: são uníssonas as duas prerrogativas, sempre proclamadas juntas, porque se integram e se qualificam reciprocamente. Maria é Mãe, mas mãe virgem; Maria é Virgem, virgem mãe. Se omitirmos um dos dois aspectos, não se compreende plenamente o mistério de Maria, como os Evangelhos no-La apresentam.

Maria, uma humilde criatura, gerou o Criador do mundo! O mês de maio renova-nos a consciência deste mistério, apresentando-nos a Mãe do Filho de Deus como copartícipe dos acontecimentos culminantes da História da Salvação. A tradição secular da Igreja considerou sempre o nascimento de Jesus e a Maternidade Divina de Maria como dois aspectos da Encarnação do Verbo. Recorda o Catecismo da Igreja Católica, citando o Concílio de Éfeso: “Com efeito, Aquele que Ela concebeu como homem por obra do Espírito Santo e que Se tornou verdadeiramente Seu Filho segundo a carne, não é senão o Filho eterno do Pai, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é, verdadeiramente, a Mãe de Deus”.1

Realmente, Nossa Senhora é “a Mãe de Deus”, daí derivam todos os outros aspectos da Sua missão; aspectos bem evidenciados pelos milhares de títulos com os quais as comunidades dos discípulos de Cristo em todas as partes do mundo honram- Na. Antes de tudo, os de “Imaculada” e de “Assunção” porque, sem dúvida, Aquela que devia gerar o Salvador não podia ser submetida à corrupção do pecado original. Por isso mesmo, Nossa Senhora é invocada como a Mãe do Corpo Místico, ou seja, da Igreja. O Catecismo da Igreja Católica, inspirando-se na tradição patrística expressa por Santo Agostinho, afirma que Ela é verdadeiramente “Mãe dos membros de Cristo, porque cooperou com o Seu amor para que na Igreja nascessem os fiéis, membros daquela Cabeça”.2 Toda a existência de Maria está estreitamente relacionada à de Jesus.

Missão que continua no Céu

Por fim, não podemos olvidar que Maria, Mãe de Deus, é a Mãe da Igreja, portanto, de todos nós. O Papa Paulo VI afirmou com propriedade: “A primeira verdade é esta: Maria é Mãe da Igreja não apenas por ser Mãe de Jesus Cristo e sua muito íntima colaboradora na ‘nova economia, quando o Filho de Deus assume d’Ela a natureza humana, para libertar o homem do pecado’ mediante os mistérios da sua carne (LG, n.55), mas também porque ‘refulge em toda a comunidade dos eleitos como modelo de virtude’ (cf. LG, n.65, também n.63). Como, na verdade, cada mãe humana não pode limitar a sua missão à geração de um novo homem mas deve alargá- la à nutrição e à educação, assim se comporta também a Bem-aventurada Virgem Maria. Depois de ter participado no sacrifício redentor do Filho, e de maneira tão íntima que Lhe fez merecer ser por Ele proclamada Mãe não só do discípulo João, mas – seja consentido afirmá-lo – do gênero humano, por aquele de algum modo representado, Ela continua agora no Céu a cumprir a missão que teve na Terra, de cooperadora no nascimento e desenvolvimento da vida divina em cada alma dos homens remidos. Esta é uma consoladora verdade, que por ser livre beneplácito de Deus sapientíssimo faz parte integrante do mistério da salvação humana; por isso ela deve ser considerada como de Fé por todos os cristãos”.3

O Documento de Aparecida diz: “Com Maria, chega o cumprimento da esperança dos pobres e do desejo de salvação. A Virgem de Nazaré teve uma missão única na História da Salvação: concebeu, educou e acompanhou Seu filho até a Cruz.
Desde a Cruz, Jesus Cristo confiou a Seus discípulos, representados por João, o dom da maternidade de Maria, que nasce diretamente da hora pascal de Cristo (Jo 19, 27). Perseverando junto aos Apóstolos à espera do Espírito (cf. At 1, 13-14), Ela cooperou com o nascimento da Igreja missionária, imprimindo- lhe um selo mariano que a identifica profundamente. Como Mãe, fortalece os vínculos fraternos entre todos, estimula a reconciliação e o perdão e ajuda os discípulos de Jesus Cristo a experimentarem, como uma família, a família de Deus. Em Maria, encontramo- nos com Cristo, o Pai, o Espírito Santo e os irmãos”.4

Sinal que mostra o caminho para Jesus

Por mais de quatro anos, fui Arcebispo de Santa Maria de Belém do Pará. Lá, pude contemplar o mistério de Deus pelo culto Mariano. No segundo domingo de outubro de cada um desses anos, contemplei mais de dois milhões de pessoas saírem pelas ruas de Belém, sem contar as manifestações por toda a Região Amazônica, para reverenciar a pequena Imagem da Virgem de Nazaré.

Em 11 de outubro de 2009, já como Arcebispo do Rio de Janeiro, fui a Aparecida para encerrar a Novena em honra da Virgem “Mãe de Deus e nossa”. No dia seguinte, dia da festa, eram mais de duzentas e cinquenta mil pessoas na Catedral Basílica. O povo de Deus, particularmente a grande maioria dos brasileiros, tem em Maria o sinal colocado no céu de suas vidas, que mostra o caminho para Cristo Jesus.

Escola de humildade, de serviço e de caridade

Na escola de Maria, escola de humildade, de serviço e de caridade, queremos pedir- Lhe que abençoe o povo brasileiro e ajude todos os seus devotos a serem discípulos- missionários de Jesus Cristo, como nos recomenda o Documento de Aparecida.

Que Ela nos ajude a sermos autênticos filhos de Deus e zelosos filhos da Igreja, quando no mundo devemos anunciar – na esteira da Virgem Mãe de Deus, Mãe da Igreja, Mãe do Brasil – o rosto terno de Jesus que nos chama à fidelidade ao Evangelho.

Que o olhar fiel e de serviço de Maria por Seu Filho nos ensine não só a rezar, mas a nos colocarmos em Seus braços para, com Jesus, caminharmos neste mundo anunciando o amor e vivendo este amor na comunidade dos seguidores do Ressuscitado que está em nosso meio! São Bernardo nos recorda, em um belo sermão sobre a Virgem, que no meio do mar da vida o cristão precisa fazer como um marinheiro que olha para a estrela a fim de encontrar o caminho do porto: “Olha para a estrela, invoca Maria!”.

1 Catecismo da Igreja Católica, n.495.
2 Idem, n.963.
3 Signum magnum, 13/5/1967, n.1.
4 DA n.267.

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Dom Orani João Tempesta, OCist
Arcebispo do Rio de Janeiro

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Ensinamentos de João Paulo II

A boca fala da abundancia do coração… As frases publicadas abaixo revelam mais algo daquilo que abundava no coração de João Paulo II. Conheça um pouco mais da alma desse Servo de Deus: é um modo de entender porque a Igreja o considera Beato.

Sobre a Oração

1 – É hora de redescobrir, queridos irmãos e irmãs, o valor da oração, sua força misteriosa, sua capacidade de voltar a nos conduzir a Deus e de nos introduzir na verdade radical do ser humano.

2 – Em nossas noites físicas e morais, (pela oração) se tu estás presente, e nos amas, e nos falas, já nos basta, embora muitas vezes não sentiremos o consolo.

3 – Quando um homem ora, coloca-se perante Deus, perante um Tu, um Tu divino, e compreende ao mesmo tempo a íntima verdade de seu próprio eu: Tu divino, eu humano, ser pessoal criado a imagem de Deus.

A Santíssima Eucaristia

1 – “O Santo Sacrifício da Missa quer ser também a celebração festiva da nossa salvação”. 29.09.79

2 – “O culto eucarístico brota do amor e serve ao amor, para o qual todos nós somos chamados em Cristo Jesus. E fruto vivo desse mesmo culto é o aperfeiçoamento da imagem de Deus que trazemos em nós, imagem que corresponde àquela que Cristo nos revelou. Tornando-nos assim “adoradores do Pai em espírito e verdade”, nós amadurecemos numa, cada vez mais, plena união com Cristo, estamos mais unidos a Ele”. 24.02.1980

3 – “E Eucaristia é grande apelo para a conversão. Sabemos que ela é convite para o Banquete; que, alimentando-nos com a Eucaristia, recebemos o Corpo e o Sangue de Cristo, sob as aparências do pão e do vinho. E precisamente porque é convite, a Eucaristia é e continua a ser apelo para a conversão”. 29.09.79

4.- “Numa plena e ativa participação no Sacrifício Eucarístico e na vida litúrgica completa da Igreja, todo o povo encontra a primeira e indispensável fonte do verdadeiro espírito cristão. Na Eucaristia encontra a força que o torna capaz de dar ao mundo o testemunho de vida.” 26.04.79

Sobre a Santa Virgem Mãe de Deus

1 – “O dogma da maternidade divina de Maria foi para o Concílio de Éfeso e é para a Igreja como um selo do dogma da Encarnação na qual o Verbo assume realmente, na unidade de sua pessoa, a natureza humana sem, anulá-la”.

2 – “Maria é ‘cheia de graça’, porque a Encarnação do Verbo, a união hipostática do Filho de Deus com a natureza humana, se realiza e cumpre precisamente nela”.

3 – “O ir ao encontro das necessidades do homem significa, ao mesmo tempo, sua introdução no raio de ação da missão messiânica e do poder salvador de Cristo. Por conseguinte, sucede uma mediação: Maria se põe entre seu Filho e os homens na realidade de suas privações, indigências e sofrimentos. Se põe “no meio”, ou seja, se faz mediadora não como uma pessoa desconhecida, senão no seu papel de mãe, consciente de que como tal pode – melhor “tem o direito de” – fazer presente ao Filho as necessidades dos homens”.

4 – “A Mãe de Cristo se apresenta diante dos homens como porta-voz da vontade do Filho, indicadora daquelas exigências que devem cumprir-se para que possa ser manifestado o poder salvador do Messias”.

5 – “Em Caná, mercê da intercessão de Maria (…), Jesus começa sua hora. Em Caná Maria aparece como a que crê em Jesus, sua fé provoca o primeiro “sinal” e contribui para despertar a fé dos discípulos “.

6 – “A missão maternal de Maria junto aos homens, de nenhuma maneira escurece nem diminui a única mediação de Cristo, pelo contrário, mostra sua eficácia. Esta função maternal brota, segundo o privilégio de Deus, da sobreabundância dos méritos de Cristo… dela depende totalmente e dela extrai toda a sua virtude.” (Redentoris Mater- 4, 9, 21, 22)

O Rosário da Santíssima Virgem

1 – “Em sua simplicidade e profundidade, continua sendo também neste terceiro Milênio apenas iniciado uma oração de grande significado, destinada a produzir frutos de santidade.”

2 – “O Rosário é uma oração centrada na cristologia. Na sobriedade de suas partes, concentra em si a profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é como um compêndio”.

3 – “Com o Rosário o povo cristão aprende de Maria a contemplar a beleza do rosto de Cristo e a experimentar a profundidade de seu amor.”

4 – “Pelo Rosário, o fiel obtém abundantes graças, como recebendo-as das próprias mãos da Mãe do Redentor.”

5 – “Esta oração teve um papel importante em minha vida espiritual desde minha juventude. O Rosário me acompanhou nos momentos de alegria e nos de tribulação. A ele confiei tantas preocupações e nele sempre encontrei consolo.”

6 – “Há vinte e quatro anos, no dia 29 de outubro de 1978, duas semanas depois da eleição à Sede de Pedro, como abrindo minha alma, expressei-me assim: «O Rosário é minha oração predileta. Prece maravilhosa! Maravilhosa em sua simplicidade e em sua profundidade.” […] Hoje, no início do vigésimo quinto ano de serviço como Sucessor de Pedro, quero fazer o mesmo. Quantas graças recebi da Santíssima Virgem através do Rosário nestes anos: Magnificat anima mea Dominum! Desejo elevar meu agradecimento ao Senhor com as palavras de sua Mãe Santíssima, sob cuja proteção coloquei meu ministério petrino: Totus tuus!”

7 – “No marco de uma pastoral mais ampla, fomentar o Rosário nas famílias cristãs é uma ajuda eficaz para contrastar os efeitos desoladores desta crise atual.”

8 – “Numerosos sinais mostram como a Santíssima Virgem exerce também hoje, precisamente através do Rosário, aquela solicitude materna para com todos os filhos da Igreja que o Redentor, pouco antes de morrer, confiou-lhe na pessoa do predileto: «Mulher, eis aí o teu filho!» (Jo 19, 26).”

9 – “Maria vive olhando a Cristo e tem em mente cada uma de suas palavras: « Guardava todas estas coisas, e as meditava em seu coração » (Lc 2, 19; cf. 2, 51). As memórias de Jesus, impressas em sua alma, a acompanharam em todos os momentos, levando-a a percorrer com o pensamento os diversos episódios de sua vida junto ao Filho. Foram aquelas lembranças que constituíram, em certo sentido, o ‘rosário’ que Ela recitou constantemente nos dias de sua vida terrena.”

“Quando recita o Rosário, a comunidade cristã está em sintonia com a memória e com o olhar de Maria.”

10 – “Percorrer com Maria as cenas do Rosário é como ir à ‘escola’ de Maria para ler a Cristo, para penetrar em seus segredos, para entender sua mensagem.” “O Rosário promove este ideal, oferecendo o ‘segredo’ para abrir-se mais facilmente a um conhecimento profundo e comprometido de Cristo. Poderíamos chamar o Rosário de Caminho de Maria.”

Vida Consagrada

1 – O chamamento para seguir o caminho dos conselhos evangélicos nasce do encontro íntimo com o amor de Cristo, que é amor redentor. Quando Cristo, «depois de vos ter fitado, vos amou», chamando cada um e cada uma de vós, amados Religiosos e Religiosas, aquele seu amor redentor foi dirigido a uma determinada pessoa, adquirindo ao mesmo tempo características esponsais: tornou-se amor de eleição. Tal amor abrange a pessoa toda, alma e corpo, seja homem ou mulher.

2 -“A Profissão religiosa coloca no coração de cada um e cada uma de vós, queridos Irmãos e Irmãs, o amor do Pai; aquele amor que há no coração de Jesus Cristo, Redentor do mundo. Este é um amor que abarca o mundo e tudo o que nele vem do Pai e que ao mesmo tempo deve vencer no mundo tudo o que «não vem do Pai”.

3 – “O consagrado é aquele que afirma e vive em si mesmo o senhorio absoluto de Deus, que quer ser tudo em todos”. (Exortação Apostólica Redemptionis Donum- 25-março-1984)

Frases sobre assuntos variados

1 – “Nem todos estão chamados a ser artistas no sentido específico da palavra. Entretanto, segundo a expressão do Gênesis, a cada homem é confiada a tarefa de ser artífice da própria vida; de certo modo, deve fazer dela uma obra de arte, uma obra-prima.”

2 – “A Igreja de hoje não precisa de “cristãos em tempo parcial”, mas sim de cristãos em tempo integral!”

3 – “A Igreja é a carícia do amor de Deus ao mundo.”

4 – “A juventude não é apenas um período de vida (…), mas uma qualidade de alma que se caracteriza precisamente por um idealismo que se abre para o amanhã.”

5 – “A pior prisão é um coração fechado.”

6 – “A terceira idade é uma dádiva de Deus e chegar a ela é um privilégio.”

7 – “A vocação do cristão é a santidade, em todo momento da vida. Na primavera da juventude, na plenitude do verão da idade madura, e depois também no outono e no inverno da velhice, e por último, na hora da morte.”

8 – “Afeta-me qualquer ameaça contra o homem, contra a família e a nação. Ameaças que têm sempre sua origem em nossa debilidade humana, na forma superficial de considerar a vida.”

9 – “Amar é o contrário de utilizar.”

10 – “Deus não é um ser indiferente ou longínquo, pois não estamos abandonados a nós mesmos.”

11 – “Deus se deixa conquistar pelo humilde. E recusa a arrogância do orgulhoso.”

12 – “Em realidade, todas as coisas, todos os acontecimentos, para quem sabe lê-los com profundidade, encerram uma mensagem que, em definitivo, remete a Deus.”

13 – “Os meios de comunicação acostumaram certos setores sociais a escutar o que “afaga os ouvidos”.”

14 – Se queres a paz, trabalha pela justiça. Se queres a justiça, defende a vida. Se queres a vida, abraça a verdade, a verdade revelada por Deus.”

15 – “Quando o homem se põe como medida de todas as coisas, converte-se em escravo de sua própria finitude.”

16 – “Rico, de fato, não é aquele que tem, mas aquele que dá.”

Fonte: Arautos do Evangelho
Orações

Oração à Nossa Senhora para o Dia das Mães

Eu te amo MariaMãe de Deus, Nossa Senhora, interceda por todas as mães nas suas mais diversas necessidades. Que o amor e a generosidade do coração de todas elas sejam os exemplos de permanecerem sempre no coração de todos os filhos.

Mãe querida, ajuda todas as mães que geraram os seus filhos para a vida, gerarem também para a graça, Virgem Maria, modelo de mulher santa, faça que todas as mulheres saibam ser no mundo um sinal da presença materna de Deus.

Amém!

Autor: Pe. Reginaldo Manzotti

Mensagens Medjugorje

Medjugorje – Mensagem a Mirjana – 02/05/2011

Queridos filhos;

Deus, o Pai está me enviando para lhes mostrar o caminho da Salvação, porque Ele, meus filhos, deseja salvá-los e não condená-los. É por isso que eu, como mãe, os estou reunindo em torno de mim, porque com o meu amor maternal, desejo ajudá-los a ficarem livres da sujeira do passado e a começarem a viver de novo e de um modo diferente. Eu os estou chamando para ressuscitarem em meu Filho. Junto com a confissão dos pecados renunciem a tudo que os têm afastado de meu Filho e que tem feito a sua vida vazia e sem sucesso. Digam ‘sim’ ao Pai com o coração e preparem-se no caminho da Salvação a qual Ele os está chamando através do Espírito Santo.

Obrigada.

Eu estou orando especialmente pelos pastores, para que Deus os ajude a estar ao vosso lado com uma plenitude de coração.

Orações

Oração pedindo graças por Intercessão de João Paulo II, beato

Foto Oficial do Beato João Paulo II

ORAÇÃO PEDINDO GRAÇAS

POR INTERCESSÃO DO BEATO

JOÃO PAULO II, PAPA

 

Ó Trindade Santa, nós Vos agradecemos  por ter dado à Igreja o Beato João Paulo II e por ter feito resplandecer nele a ternura da vossa Paternidade, a glória da cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de amor.

Confiando totalmente na vossa infinita misericórdia e na materna intercessão de Maria, ele foi para nós uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade como a mais alta medida da vida cristã ordinária, caminho para alcançar a comunhão eterna Convosco. Segundo a Vossa vontade, concedei-nos, por sua intercessão, a graça que imploramos, na esperança de que ele seja logo inscrito no número dos vossos santos. Amém

 

 

Com a aprovação eclesiástica

AGOSTINO CARD. VALLINI

Vigário Geral de Sua Santidade para a Diocese de Roma

Comunicar as graças recebidas a:

Postulazione della Causa di Canonizzazione

del Beato Giovanni Paolo II

Piazza S. Giovanni in Laterano, 6/a – 00184 Roma

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Frases de João Paulo II

Os escritos e discursos de João Paulo II são fonte de ensinamentos. Ele tinha sempre uma palavra a ser dita sobre os mais variados temas da atualidade. Eles edificaram e animavam. Você conhecia o que aqui transcrevemos?

A Liberdade deve basear-se na verdade.

1 – “O verdadeiro conhecimento e autêntica liberdade encontram-se em Jesus. Deixai que Jesus sempre faça parte de vossa fome de verdade e justiça, e de vosso compromisso pelo bem-estar de vossos semelhantes”.

2 – “A Revelação ensina que não pertence ao homem o poder de decidir o bem e o mal, mas somente a Deus. O homem é certamente livre, uma vez que pode compreender e acolher os mandamentos de Deus. E goza de uma liberdade bastante ampla, já que pode comer «de todas as árvores do jardim». Mas esta liberdade não é ilimitada: deve deter-se diante da «árvore da ciência do bem e do mal», chamada que é a aceitar a lei moral que Deus dá ao homem. Na verdade, a liberdade do homem encontra a sua verdadeira e plena realização, precisamente nesta aceitação. Deus, que «só é bom», conhece perfeitamente o que é bom para o homem, e, devido ao seu mesmo amor, propõe-lo nos mandamentos.”

3 – “Portanto, a lei de Deus não diminui e muito menos elimina a liberdade do homem, pelo contrário, garante-a e promove-a. Bem distintas se apresentam, porém, algumas tendências culturais hodiernas, que estão na origem de muitas orientações éticas que colocam no centro do seu pensamento um suposto conflito entre a liberdade e a lei. Tais são as doutrinas que atribuem a simples indivíduos ou a grupos sociais a faculdade de decidir o bem e o mal: a liberdade humana poderia «criar os valores», e gozaria de uma primazia sobre a verdade, até ao ponto de a própria verdade ser considerada uma criação da liberdade. Esta, portanto, reivindicaria tal autonomia moral, que, praticamente, significaria a sua soberania absoluta.”

4 – “A liberdade, em todos seus aspectos, deve se basear na verdade. Quero repetir aqui as palavras de Jesus: “E a verdade vos libertará” (Jo 8,32).

5 – “Só a liberdade que se submete à Verdade conduz a pessoa humana a seu verdadeiro bem. O bem da pessoa consiste em estar na Verdade e em realizar a Verdade”.(Veritatis Splendor)

O respeito à vida como fundamento de direitos

1 – “O respeito à vida é fundamento de qualquer outro direito, inclusive o da liberdade.”

2 – “A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta desde o momento da concepção. A partir do primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos seus direitos de pessoa, entre os quais está o direito inviolável de todo ser inocente à vida”.

3 – Qualquer ameaça contra o homem, contra a família e a nação me atinge. Ameaças que têm sempre sua origem em nossa fraqueza humana, na forma superficial de considerar a vida.”

4 – Todo ser humano, desde sua concepção, tem direito de nascer, quer dizer, a viver sua própria vida. Não só o bem-estar, mas também, de certo modo, a própria existência da sociedade, depende da salvaguarda deste direito primordial.

5 – Se a criança por nascer tem negado este direito (à vida), será cada vez mais difícil reconhecer sem discriminações o mesmo direito a todos os seres humanos.

A Família como Igreja domestica

1 – A família está chamada a ser templo, ou seja, casa de oração: uma oração simples, cheia de esforço e de ternura. Uma oração que se faz vida, para que toda a vida se transforme em oração.

2 – Em uma família que reza não faltará nunca a consciência da própria vocação fundamental: a de ser um grande caminho de comunhão.

3 – O homem é essencialmente um ser social; com maior razão, pode-se dizer que é um ser “familiar”.

4 – “O matrimônio e a família cristã edificam a Igreja. Os filhos são frutos preciosos do matrimônio.”

5 – A família é “base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem pela primeira vez os valores que os guiarão durante toda a vida”.

6 – Que toda família do mundo possa repetir o que afirma o salmista: “Vede como é doce, como é agradável conviver os irmãos reunidos” (Sl 133, 1).

7 – Os pais têm direitos e responsabilidades específicas na educação e na formação de seus filhos nos valores morais, especialmente na difícil idade da adolescência. (Familiaris Consortio – Exortação Apostólica – 1981)

O homem e a necessidade de Deus

1.- “A pessoa humana tem uma necessidade que é ainda mais profunda, uma fome que é maior que aquela que o pão pode saciar -é a fome que possui o coração humano da imensidade de Deus”.

2.- “A caridade procede de Deus, e tudo o que ele ama nasce de Deus e conhece a Deus… porque Deus é amor (1 Jo 4,7-9). Somente o que é construído sobre Deus, sobre o amor, é durável”.

Uma só missão: anunciar Cristo, evangelizar

1 – “Como os Reis Magos, sede também vós peregrinos animados pelo desejo de encontrar o Messias e de adorá-lo! Anunciai com valentia que Cristo, morto e ressuscitado, é vencedor do mal e da morte!”

2 – “Se quiserdes ser eficazes pregadores da Palavra, deveis ser homens de fé profunda, e ao mesmo tempo ouvintes atuantes da Palavra”.

3 – “A Palavra de Deus é digna de todos vossos esforços. Abraçá-la em toda sua pureza e integridade, e difundi-la com o exemplo e a pregação, é uma grande missão. Esta é vossa missão hoje, amanhã e pelo resto de vossas vidas”.

A verdadeira fonte da paz

1 – “Homens e mulheres do terceiro milênio! Dexai-me repetir: abri o coração a Cristo crucificado e ressuscitado, que vos oferece a paz! Onde entra Cristo ressuscitado, com Ele entra a verdadeira paz”

2 – “Neste tempo ameaçado pela violência, pelo ódio e pela guerra, testemunhai que Ele (Jesus), e somente Ele, pode dar a verdadeira paz ao coração do homem, às famílias e aos povos da terra. Esforçai-vos em buscar e promover a paz, a justiça e a fraternidade. E não esqueçais da palavra do Evangelho: «Bem-aventurados os que trabalham pela paz, porque eles serão chamados filhos de Deus» (Mt 5,9).”

3 – ” A verdadeira reconciliação entre homens em conflito e em inimizade só é possível, se se deixam reconciliar ao mesmo tempo com Deus”

Sobre os jovens, para os jovens

1 – “A Igreja os vê com confiança e espera que sejam o povo das bem-aventuranças! “Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo” (Mt 5, 13-14).

2 – “Não temam responder generosamente ao chamado do Senhor. Deixem que sua fé brilhe no mundo, que suas ações mostrem seu compromisso com a mensagem salvadora do Evangelho!”

3 – Como os Reis Magos, sejam também peregrinos animados pelo desejo de encontrar ao Messias e de adorá-lo! Anunciai com coragem que Cristo, morto e ressuscitado, é vencedor do mal e da morte!”

4 – “Queridos jovens, já sabeis que o cristianismo não é uma opinião e não consiste em palavras vãs. O cristianismo é Cristo! É uma Pessoa, é o que Vive! Encontrar a Jesus, amá-lo e fazê-lo amar: eis aquí a vocação cristã.”

5 – “Queridos jovens, só Jesus conhece vosso coração, vossos desejos mais profundos. Só Éle, quem os amou até a morte, (Jn 13,1), é capaz de saciar vossas aspirações. Suas palavras de vida eterna, palavras que dão sentido à vida. Ninguém fora de Cristo poderá dar-vos a verdadeira felicidade.”

6 – “Agora mais que nunca é urgente que sejais os “sentinelas da manhã”, os vigias que anunciam a luz da alvorada e a nova primavera do Evangelho, da que já são vistas os brotos. A humanidade necessita imperiosamente do testemunho de jovens livres e valentes, que se atrevam a caminhar contra a corrente e a proclamar com força e entusiasmo a própria Fé em Deus, Senhor e Salvador.” (Das Mensagens para a XVII Jornada Mundial da Juventude – julho de 2002.)

A cruz não é escândalo, é esperança

1 – “O sofrimento humano alcançou seu ápice na paixão de Cristo.”

2 – “Onde surge a Cruz, vê-se o sinal de que chegou a Boa Notícia da salvação do homem mediante o amor. Onde se ergue a cruz, está o sinal de que foi iniciada a evangelização. A cruz se transforma também em símbolo de esperança. De instrumento de castigo, passa a ser imagem de vida nova, de um mundo novo”.

3 – “A cruz, na qual se morre para viver; para viver em Deus e com Deus, para viver na verdade, na liberdade e no amor, para viver eternamente”.

4 – “Na cruz de Cristo não apenas se cumpriu a redenção mediante o sofrimento, como o próprio sofrimento humano foi redimido.” “A cruz de Cristo tornou-se uma fonte da qual brotam rios de água viva.”

Confiança, fragilidade e graça

1 – “Os verdadeiros discípulos de Cristo têm consciência de sua própria fragilidade. Por isto colocam toda sua confiança na graça de Deus que acolhem com coração indiviso, convencidos de que sem Ele não podem fazer nada (cfr Jo 15,5). O que os caracteriza e distingue do resto dos homens não são os talentos ou as disposições naturais. É sua firme determinação em caminhar sobre as pegadas de Jesus”.

2 – “Sabei também vós, queridos amigos, que esta missão não é fácil. E que pode tornar-se até mesmo impossível, se contardes apenas com vós mesmos. Mas «o que é impossível para os homens, é possível para Deus» (Lc 18,27; 1,37).”

A Fé e a Razão

1.- “A fé e a razão (Fides et ratio) são como as duas asas com as quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade. Deus colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, definitivamente, de conhecê-lo para que, conhecendo-o e amando-o, possa alcançar também a plena verdade sobre si mesmo (cf. Ex 33, 18; Sl 27 [26], 8-9; 63 [62], 2-3; Jo 14, 8; 1 Jo 3, 2).

2 – O homem parece ter-se esquecido de que este é sempre chamado a voltar-se também para uma realidade que o transcende. Sem referência a esta, cada um fica ao sabor do livre arbítrio, e a sua condição de pessoa acaba por ser avaliada com critérios pragmáticos baseados essencialmente sobre o dado experimental, na errada convicção de que tudo deve ser dominado pela técnica. Foi assim que a razão, sob o peso de tanto saber, em vez de exprimir melhor a tensão para a verdade, curvou-se sobre si mesma, tornando-se incapaz, com o passar do tempo, de levantar o olhar para o alto e de ousar atingir a verdade do ser. A filosofia moderna, esquecendo-se de orientar a sua pesquisa para o ser, concentrou a própria investigação sobre o conhecimento humano. Em vez de se apoiar sobre a capacidade que o homem tem de conhecer a verdade, preferiu sublinhar as suas limitações e condicionalismos. (Fides et Ratio – setembro de 1998)

 Fonte: Arautos do Evangelho (Abril/2011)

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“E os dois corriam juntos”

Autor: Frei Lourenço M. Papin, OP

Com efusão de alegria, a Liturgia da Igreja celebra, no Domingo de Páscoa, a ressurreição de Cristo.

É bonito e singelo o texto do Evangelho desse dia. Narra-nos João que, bem de madrugada, Maria Madalena foi visitar o túmulo de Jesus. Vendo o túmulo vazio, saiu correndo para comunicar a Simão Pedro e João que o Senhor não estava lá.  Às pressas, os dois apóstolos se dirigiram ao túmulo. “E os dois corriam juntos”. João, sendo mais novo, chegou primeiro. Viu o túmulo vazio e as faixas de linho (nas quais fora envolto Jesus) que estavam no chão. Não se atreveu a entrar, respeitando a autoridade de Pedro. Certamente ofegante, chega Pedro que foi logo entrando no túmulo. Além das faixas viu também o pano que cobrira a cabeça de Jesus enrolado num lugar à parte. Delicadamente enrolado por Jesus. João, então, também entrou. “Ele viu e acreditou”. João e Simão Pedro viram e acreditaram na ressurreição do Senhor (Cf. Jo 20, 1-9).

Domingo de Páscoa nos coloca diante do mistério da Ressurreição de Cristo, verdade proeminente e fundamental de nossa fé.

A pena de morte da cruz que o Império Romano infligia a uma pessoa, equivalia ao seu banimento e total aniquilamento social. Numa perspectiva humana, a vida e a obra de Cristo se caracterizariam como um grande fracasso. De fato, num primeiro momento, os apóstolos e todos os seus seguidores, ou debandaram desconcertados ou ficaram confusos e atônitos. Somente a Ressurreição física e gloriosa do Cristo pode explicar o ressurgir imediato de sua missão e obra.

O apóstolo Paulo, declara com humildade e franqueza histórica: “Cristo ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas (Pedro) e depois aos doze. Em seguida apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive. Em último lugar apareceu também a mim, como a um abortivo” (1 Cor 15, 1-8). O mesmo apóstolo chega a exclamar: “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia também é a vossa fé”! (1 Cor 15, 13) Paulo prioriza a aparição do Ressuscitado a Cefas e aos apóstolos, por serem pedras fundamentais da Igreja. Sabemos, todavia, que Maria Madalena e as santas mulheres que vieram ao sepulcro para terminar de embalsamar o corpo de Jesus, foram as primeiras que depararam com o túmulo vazio, as primeiras que se encontraram com o Ressuscitado e as primeiras que anunciaram a Ressurreição aos próprios apóstolos (Cf. Jo 20, 1-18; Mt 29, 9-10; Mc 16, 9-11).

A fé na Ressurreição da primeira comunidade cristã se alicerça, pois, no testemunho de mulheres e homens concretos e confiáveis que eram conhecidos de todos. A Ressurreição torna-se a prova cabal da divindade de Jesus. “O mistério da Ressurreição de Cristo é um acontecimento real que teve manifestações historicamente constatadas, como atesta o Novo Testamento”. (Catecismo da Igreja Católica, nº 639). Interessante notar como a primeira comunidade cristã não foi tomada por nenhuma exaltação ou euforia mística ou fanática diante do anúncio da Ressurreição. Aliás, a verdadeira fé é sempre serena e equilibrada.

Com a Ressurreição de Cristo iniciou-se a construção de uma era nova para a humanidade. Sua Ressurreição é a vitória da vida sobre a morte, é semente de esperança plantada no coração da história. É anúncio e realização de vida nova no amor, na graça, na justiça, na liberdade e na verdade. É exigência de vida digna em sua dimensão religiosa, moral, ética, física e psíquica. É anúncio e garantia da ressurreição dos mortos como dignificação máxima do corpo humano e do humanismo cristão. É a sua presença viva e atuante no meio de nós.

A Ressurreição de Cristo é força que nos impele na transformação do velho mundo, num mundo novo onde a última palavra não seja da morte mas sim da vida sempre ressurgindo e vencendo a morte.

“E os dois corriam juntos”… Que a Páscoa seja nossa corrida ao alegre encontro com o Senhor ressuscitado são os votos que cordialmente apresento ao prezado amigo leitor.

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Cerca de mil anglicanos se convertem ao catolicismo na Semana Santa

Londres (Terça-feira, 26-04-2011, Gaudium Press)

Esta Semana Santa trouxe mais algumas alegrias para a Igreja Católica. Isto porque cerca de mil anglicanos converteram-se ao catolicismo neste período. As informações estão no site do Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham (www.ordinariate.org.uk), na Inglaterra, espécie de diocese sem território na qual foram formados novos membros da religião católica.

As cerimônias de conversão ocorreram em sete catedrais diferentes. Na região sul de Londres, nos templos de Southwark, South Benfleet e Walhamstow; e na região Central, nas catedrais de Tunbridge Well, Deal, Oxford e London.

O patrono do Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham e um dos bipos anglicanos que agora é sacerdote católico, Monsenhor Keith Moon, foi um dos líderes religiosos responsáveis pela recepção dos novos integrantes. A cerimônia realizada pelo monsenhor aconteceu na segunda-feira,18, e foi a primeira celebrada pelo religioso após sua conversão.

O Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham segue as normas estabelecidas pela Constituição Apostólica “Anglicanorum Coetibus” para os fiéis anglicanos que desejam entrar em comunhão com a Igreja Católica.

Com informações da Rádio Vaticana.