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Fátima:

Lucia na sua Terceira Memória nos apresenta as partes do “Segredo” revelado por Nossa Senhora dentre elas a consagração que deveria ser feita, vejamos:

“Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza. Viste o inferno para onde vão as almas dos pobres pecadores, para as salvar Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu vos disse, salvarão muitas almas e terão paz. A Guerra vai acabar (1ª Guerra Mundial), mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para impedir, virei pedir a consagração da RUSSIA a meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos a RUSSIA se converterá e terão paz, se não espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito o que sofrer, varias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração Triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia que se converterá e será concedido ao mundo algum tempo de paz.

As cartas Ir. Lúcia

O que veremos a seguir não é um documento manuscrito pela Irmã Lúcia, mas tem todas as garantias de autenticidade, visto que foi o próprio diretor espiritual, nessa altura o Rev. P. José Bernardo Gonçalves, S. J. que o transcreveu direta e literalmente dos apontamentos da Vidente. A visão a que se refere o texto tem-na a Irmã Lúcia no dia 13 de junho de 1929, na capela da casa de Tuy (Espanha). Começa por narrar a visão da Santíssima Trindade que acompanha a da presença da Virgem Maria, mostrando o Seu Coração, como nas aparições de junho e julho de 1917. A promessa feita então torna-se agora realidade. E a Irmã Lúcia ouve a Virgem Maria que pede a consagração da Rússia ao Seu Coração Imaculado em circunstâncias bem determinadas.

Depois Nossa Senhora disse-me:

– É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do Mundo, a Consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio. São tantas as almas que a Justiça de Deus condena por pecados contra Mim cometidos que venho pedir reparação: sacrifica-te por esta intenção e ora. Dei conta disto ao Confessor que me mandou escrever o que Nossa Senhora queria se fizesse. Mais tarde, por meio duma comunicação íntima, Nossa Senhora disse-me, queixando-se: – Não quiseram atender ao Meu pedido!… Como o rei de França*, arrepender-se-ão e fá-la-ão, mas será tarde. A Rússia terá já espalhado os seus erros pelo mundo, provocando guerras, perseguições à igreja: O Santo Padre terá muito que sofrer.

Numa carta ao seu confessor Pe. José Bernardo Gonçalves, S.J. do dia 29 de maio de 1930 irmã Lucia relata que Nosso Senhor, tendo-lhe feito sentir no fundo do coração a sua Divina Presença, instou-lhe a pedir ao Santo Padre a aprovação da devoção reparadora dos Primeiros Sábados. São as Palavras da vidente:

“Se me não me engano, o Bom Deus promete terminar a perseguição na Rússia se o Santo Padre se dignar fazer, e mandar que o façam igualmente os Bispos do mundo católico, uma solene e público ato de reparação e consagração da Rússia aos Santíssimos Corações de Jesus e Maria, prometendo, Sua Santidade, mediante o fim desta perseguição, aprovar e recomendar a prática da já indicada devoção reparadora”

Com urgência, ela escreveu ao Pontífice novamente em 1940 suplicando:

“Em várias comunicações íntimas nosso Senhor não deixou de insistir neste pedido, prometendo ultimamente, encurtar os dias de tribulação que Ele determinou punir as nações por seus crimes, através da guerra, fome e várias perseguições à Santa Igreja e Vossa Santidade, se você vai consagrar o mundo ao Imaculado Coração de Maria, com uma menção especial para a Rússia, e pedir isso todos os Bispos do mundo fazem o mesmo em união com Vossa Santidade. —Tuy, Espanha, 2 de dezembro de 1940.”

Mas porque a Russia?

O que chama a nossa atenção é que as aparições se deu durante a primeira grande Guerra em 1917, e Nossa Senhora vai alertar aos videntes que:

“A Guerra vai acabar (1ª Guerra Mundial), mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior.”

E foi exatamente o que ocorreu! Se “as pessoas não deixarem de ofender a Deus” viria um pior, que foi exatamente a segunda grande guerra aonde Hilter (Alemanha) horrorizou o mundo com suas atrocidades!

            Mas Nossa Senhora nada falou sobre a Alemanha, estava sim preocupada era com a Rússia e por isso pedia a sua consagração ao seu Imaculado Coração, por quê?

            O que estamos vivenciando atualmente com a escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia, volta-se à tona as mensagens e profecias de Fátima e a pergunta que mais se faz atualmente é: A Rússia realmente foi consagrada ao Imaculado Coração? Vejamos sobre a ótica dos fatos ocorridos:

            A condições que Nossa Senhora colocou para que a Rússia se convertesse e não espalhasse os seus erros pelo mundo era:

  • Consagrar a Rússia ao seu Imaculado Coração
    1. Em união com todos os bispos do mundo inteiro
    2. Solene e pública
  • E a prática da devoção da Comunhão Reparadora dos Primeiros sábados

Após a tentativa de assassinato contra sua vida, o site do Vaticano diz que o Papa João Paulo II ‘imediatamente pensou em consagrar o mundo ao Imaculado Coração de Maria e ele compôs uma oração pelo que chamou de “Ato de Confiança”. Ele celebrou esta consagração do “mundo” em 1982, mas muitos bispos não receberam convites a tempo para participar, e assim, Ir. Lúcia disse que a consagração sim não cumprir as condições necessárias. Mais tarde naquele ano, ela escreveu ao Papa João Paulo II, declarando:

“Visto que não atendemos a este apelo da Mensagem, vemos que foi cumprido, a Rússia invadiu o mundo com seus erros. E se ainda não vimos o cumprimento completo da parte final desta profecia, vamos indo em direção a ela aos poucos, com grandes avanços. Se não rejeitarmos o caminho do pecado, do ódio, da vingança, da injustiça, das violações dos direitos da pessoa humana, da imoralidade e da violência etc.

E não digamos que é Deus quem nos castiga desta forma; pelo contrário, são as próprias pessoas que preparam sua própria punição. Na sua bondade, Deus nos avisa e nos chama para o caminho certo, respeitando a liberdade que nos deu; portanto, as pessoas são responsáveis.” —Visionária Ir. Lúcia em uma carta ao Santo Padre, 12 de maio de 1982; “A Mensagem de Fátima”, vaticano.va

As Consagrações

Dentre todas as consagrações realizadas pelos Papas desde o fim das aparições a que mais se aproximou das condições que Nossa Senhora colocou foi a do dia 25 de março de 1984 realizada por João Paulo II, que foi realizada com todos os bispos presentes em Roma, de forma solene, inclusive com a vinda da imagem principal de Nossa Senhora de Fátima que ficava na Capela das Aparições e publica realizada na presença de milhares de pessoas do mundo inteiro na praça de São Pedro. Mas tarde irmã Lucia no dia 29 de agosto de 1989 alegou que de fato a consagração foi feita como Nossa Senhora pediu!

Mas então por que ainda existe essa dúvida? Para entendermos melhor vejamos o ato de consagração feita pelo Papa S. João Paulo II no dia 25 de março de 1984:

“A Vossa proteção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus”!

Ao pronunciar estas palavras da antífona com que a Igreja de Cristo reza há séculos encontramo-nos hoje diante de Vós, ó Mãe, no Ano Jubilar da nossa Redenção.

Estamos aqui unidos com todos os Pastores da Igreja por um vínculo particular, pelo qual constituímos um corpo e um colégio, do mesmo modo que os Apóstolos, por vontade de Cristo, constituíam um corpo e um colégio com Pedro.

No vínculo desta unidade, pronunciamos as palavras do presente Ato, no qual desejamos incluir, uma vez mais, as esperanças e as angústias da Igreja pelo mundo contemporâneo.

Há quarenta anos, e depois ainda passados dez anos, o Vosso servo o Papa Pio XII, tendo diante dos olhos as dolorosas experiências da família humana, confiou e consagrou ao Vosso Coração Imaculado todo o mundo e especialmente os Povos que, pela situação em que se encontram, são particular objeto do Vosso amor e da Vossa solicitude.

É este mundo dos homens e das nações que nós temos diante dos olhos também hoje: o mundo do Segundo Milénio que está prestes a terminar, o mundo contemporâneo, o nosso mundo!

A Igreja, lembrada das palavras do Senhor: “Ide… e ensinai todas as nações… Eis que eu estou convosco todos os dias, até ao fim do mundo” (Mt. 28, 19-20), reavivou, no Concílio Vaticano Segundo, a consciência da sua missão neste mundo.

Por isso, ó Mãe dos homens e dos povos, Vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Vós que sentis maternamente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos diretamente ao Vosso Coração, e abraçai, com o amor da Mãe e da Serva do Senhor, este nosso mundo humano, que Vos confiamos e consagrarmos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos.

De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações, que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade.

“À Vossa proteção nos acolhemos Santa Mãe de Deus”! Não desprezeis as nossas súplicas que a Vós elevamos, nós que estamos na provação!Encontrando-nos hoje diante de Vós, Mãe de Cristo, diante de Vosso Coração Imaculado, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos com a consagração que, por nosso amor, o Vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: “Por eles eu consagro-me a Mim mesmo — foram as suas palavras — para eles serem também consagrados na verdade” (Jo. 17, 19). Queremos unir-nos ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu Coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e de conseguir a reparação.

A força desta consagração permanece por todos os tempos e abrange todos os homens, os povos e as nações; e supera todo o mal, que o espírito das trevas é capas de despertar no coração do homem e na sua história, e que, de facto, despertou nos nossos tempos.

Oh! quão profundamente sentimos a necessidade de consagração, pela humanidade e pelo mundo: pelo nosso mundo contemporâneo, em união com o próprio Cristo! Na realidade, a obra redentora de Cristo deve ser pelo mundo participada por meio da Igreja.

Manifesta-o o presente Ano da Redenção; o Jubileu extraordinário de toda a Igreja.

Sede bendita, neste Ano Santo, acima de todas as criaturas, Vós, Serva do Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento Divino!

Sede louvada, Vós que estais inteiramente unida à consagração redentora do Vosso Filho!

Mãe da Igreja! Iluminai o Povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade! Iluminai de modo especial os povos dos quais esperais a nossa consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da consagração de Cristo pela inteira família humana do mundo contemporâneo. Confiando-Vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós Vos confiamos também a própria consagração do mundo, depositando-a no Vosso Coração materno.

Oh, Coração Imaculado! Ajudai-nos a vencer a ameaça do mal que tão facilmente se enraíza nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a nossa época e parece fechar os caminhos do futuro!

Da fome e da guerra, livrai-nos!

Da guerra nuclear de uma autodestruição incalculável e de toda espécie de guerra, livrai-nos!

Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos!

Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos!

De todo o género de injustiças na vida social, nacional e internacional, livrai-nos!

Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos!

Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus, livrai-nos!

Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos!

Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos!

Acolhei, á Mãe de Cristo, este clamor carregado do sofrimento de todos os homens! Carregado do sofrimento de sociedades inteiras!

Ajudai-nos com a força do Espírito Santo a vencer todos os pecados: a pecado do homem e o “pecado do mundo”, enfim, o pecado em todas as suas manifestações.

Que se revele, uma vez mais, na história do mundo, a infinita potência salvífica da Redenção: a força infinita do Amor misericordioso! Que ele detenha o mal! Que ele transforme as consciências! Que se manifeste para todos, no Vosso Coração Imaculado a luz da Esperança!

Enfim ela foi feita? Vamos descobrir!

Como podemos verificar, S. João Paulo II fez o ato em momento solene e publico reunido com todos os bispos na praça São Pedro, mas não citou expressamente a RUSSIA nesse ato, mas disse: De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações, que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade.”  

Mas se a intenção era consagrar a Rússia e todo uma estrutura montada inclusive com a vinda da Imagem de Fátima, não citou expressamente a Rússia?

Pe. Gabriel dá este fascinante relato do que realmente aconteceu.

A Ir. Lucia sempre dizia que Nossa Senhora pediu a Consagração da Rússia, e somente da Rússia … Mas o tempo passou e a consagração não foi feita, então Nosso Senhor ficou profundamente ofendido … Podemos influenciar os eventos. Isto é um fato!… Nosso Senhor apareceu para Ir. Lucia e disse a ela: “Eles farão a consagração, mas será tarde!” Sinto arrepios na espinha quando ouço essas palavras “vai ser tarde”. Nosso Senhor prossegue dizendo: “A conversão da Rússia será um Triunfo que será reconhecido por todo o mundo” … Sim, em 1984 o Papa (João Paulo II) tentou muito timidamente consagrar a Rússia na Praça de São Pedro. Eu estava lá a poucos metros dele porque era o organizador do evento … ele tentou a Consagração, mas ao seu redor estavam alguns políticos que lhe disseram “você não pode nomear a Rússia, não pode!” E ele perguntou novamente: “Posso nomeá-lo?” E eles disseram: “Não, não, não!” — Fr. Gabriel Amorth, entrevista com Fatima TV, novembro de 2012.

Irmã Lúcia como João Paulo II não estavam certos de que a consagração atendesse aos requisitos de Nossa Senhora. No entanto, Ir. Lúcia aparentemente confirmou em cartas pessoais escritas à mão que a consagração era de fato aceita.

“Sumo Pontífice, João Paulo II escreveu a todos os bispos do mundo pedindo-lhes que se unissem a ele. Mandou buscar o estatuto de Nossa Senhora de Fátima – o da Capelinha a ser levado a Roma e no dia 25 de março de 1984 – publicamente – com os bispos que desejavam unir-se a Sua Santidade, fez a Consagração como Nossa Senhora pediu. Eles então me perguntaram se foi feito como Nossa Senhora pediu, e eu disse: “SIM”. Agora estava feito.” — Carta a Ir. Maria de Belém, Coimbra, 29 de agosto de 1989

E em uma carta ao Pe. Robert J. Fox, ela disse:

“Sim, foi realizado, e desde então tenho dito que foi feito. E digo que nenhuma outra pessoa responde por mim, sou eu que recebo e abro todas as cartas e respondo.” — Coimbra, 3 de julho de 1990, Irmã Lúcia

Ela afirmou isso novamente em uma entrevista gravada em áudio e vídeo com Sua Eminência, Ricardo Cardeal Vidal em 1993. No entanto, deve-se dizer que os videntes nem sempre são os melhores ou necessariamente os intérpretes finais de suas revelações.

Numa entrevista concedida a Sua Eminência, Ricardo Cardeal Vidal no ano de 1993 ela veio afirmar novamente que havia se cumprido, mas deve lembrar que os videntes nem sempre são os melhores intérpretes finais de suas revelações.

“É legítimo conjecturar que, ao reavaliar o ato de João Paulo II em 1984, Irmã Lúcia se deixou influenciar pelo clima de otimismo que se espalhou pelo mundo após o colapso do Império Soviético. Note-se que a Irmã Lúcia não usufruiu do carisma da infalibilidade na interpretação da sublime mensagem que recebeu. Portanto, cabe aos historiadores, teólogos e pastores da Igreja analisar a coerência destas declarações, recolhidas pelo Cardeal Bertone, com as declarações anteriores da própria Irmã Lúcia. No entanto, uma coisa é clara: os frutos da consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, anunciados por Nossa Senhora, estão longe de se concretizarem. Não há paz no mundo.” — Padre David Francisquini, publicado na revista brasileira “Revista Catolicismo” (Nº 836, Agosto/2020):

Revelações de Nossa Senhora para Pe. Gobbi

Em seu livro “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora, Pe. Gobbi descreve as revelações de Nossa Senhora trarão um pouco de luz a essa dúvida, são elas

Revelação no dia 25 de março de 1984 (Pág.: 489) [o mesmo dia da consagração]

“Sim eu mesma manifestei a minha vontade em Fátima, quando apareci em 1917. Pedi esta consagração várias vezes à minha filha, Irmã Lúcia, que se encontra ainda na terra, para cumprir esta missão que lhe confiei. Nestes anos, pedi-a insistentemente através da mensagem confiada ao meu Movimento Sacerdotal. Hoje peço novamente a todos a consagração ao meu Imaculado Coração. Peço antes de mais nada ao Papa João Paulo II, primeiro filho predileto que a realiza por ocasião desta festa, de maneira solene, depois de ter escrito aos Bispos do mundo para fazerem em união com ele.

Infelizmente, o convite não foi acolhido por todos os Bispos. Circunstâncias particulares ainda não permitiram que me fosse consagrada expressamente a Rússia, como pedi várias vezes. Tal como já vos disse, esta consagração ser-Me-á feita quando acontecimentos sangrentos já estiverem em vias de realizar.”

Revelação no dia 13 de maio de 1990 (pag. 780/781):

“Desci do Céu há setenta e três anos, nesta Cova da Iria, para vos indicar o caminho a percorrer no decurso deste vosso difícil século. Os acontecimentos tão dolorosos que se sucederam, deram pleno cumprimento às palavras da minha profecia.

– A humanidade não acolheu o meu materno convite para voltar ao Senhor, pelo caminho da conversão do coração e da vida, da oração e penitência.

Assim, conheceu os anos terríveis da segunda guerra mundial, que provocou dezenas de milhões de mortos e vastas destruições de povos e nações.

A Rússia não Me foi consagrada pelo Papa com todos os Bispos e, assim não recebeu a graça da conversão e difundiu os seus erros por toda a parte do mundo, provocando guerras, violências, revoluções sangrentas e perseguições à Igreja e a Santo Padre.

Profecia de Papa Bento XVI

No dia 13 de maio de 2010 em visita a cidade de Fátima, o Papa Emérito Bento XVI disse:  

“Que estão equivocados aqueles que pensam que a mensagem de Nossa Senhora de Fátima “terminou”, pois, embora tenha tentado, o homem não conseguiu “desencadear um ciclo de mortes e terror” e aqui “permanece o projeto de Deus para o homem”.

Aparições Marianas e a Rússia

As aparições de Nossa Senhora em nosso tempo como Fátima, e aquelas que ainda não foram aprovadas pela igreja: Garabandal, Medjugorje e muitas outras ao contrário que muitos acreditam que é para anunciar o “castigo de Deus”, não tem outra finalidade que mostrar o caminho para evitar esse “castigo” pois como Mãe, Nossa Senhora com seu materno e Imaculado Coração quer salvar o maior número de almas possíveis!

            Estamos prestes a vivenciar esses tempos difíceis que os videntes não cansam de anunciar já que não temos atendido os pedidos de Nossa Senhora. Os sinais são visíveis e nos preparam para isso.

            Em Garabandal de 1961 a 1965 (e aqui quero deixar bem explicito que essa aparição não foi reconhecida da época pelo seu Bispo e, portanto, não reconhecida pela Igreja, mas fatos de testemunhos públicos das pessoas que participaram da investigação trazem dúvidas sobre elas, portanto enquanto a Igreja não se pronuncia oficialmente, trataremos com menções que pode nos ajudar nos acontecimentos atuais) Nossa Senhora revelou o que sucederá se acaso não atendêssemos os seus pedidos:

            Haverá três grandes acontecimentos:

  • O Aviso
  • O Grande Milagre
  • E o Castigo se acaso o mundo não mudar após os acontecimentos anteriores.

Conchita explica o que Nossa Senhora alertou: 

“Pouco antes do AVISO, começará, de modo rápido e inesperado, uma circunstância liderada pela Rússia que implicará que a sociedade em todo mundo, e a Europa principalmente, se verá dominada de novo pelo comunismo. Se não nos convertermos, a Rússia será a dona do mundo. O mundo não esperará porque, falsamente, acreditará que o comunismo havia desaparecido.

O momento em que se desencadeará as hostilidades em distintos pontos da Europa será o retorno de uma viagem do Papa a Moscovo. No livro “Fim dos Tempos”, de Albrecht Weber, escritor alemão que entrevistou Conchita a 13 de Novembro de 1965, contém este depoimento atribuído à Conchita: “O Papa irá à Rússia, a Moscovo. Assim que ele retornar ao Vaticano, as hostilidades irão explodir em diferentes partes da Europa”.

Durante esse tempo, a Igreja parecerá ter desaparecido, será difícil receber os sacramentos e os sacerdotes deverão se esconder e muitos serão assassinados. Quando as coisas estiverem pior, então Deus enviará o AVISO.”

Em Medjugorje a vidente Mirjana certa vez disse:

“Nossa Senhora me mostrou o primeiro segredo e ele apareceu a mim como um filme vi que a Terra estava desolada e um problema, uma conturbação estava acontecendo em uma região do mundo Nossa Senhora falou sobre aqueles que não crêem e disse eles não sabem o que lhes esperam.”

A Profecia de St. Maximiliano Maria Kolbe

Certa vez St. Maximiliano Kolbe profetizou:

“A imagem da Imaculada um dia substituirá a grande estrela vermelha sobre o Kremlin, mas somente após um grande e sangrento julgamento.”  —St. Maximiliano Kolbe, Sinais, maravilhas e resposta, Pe. Albert J. Herbert, p.126

Enfim a resposta!

Diante de tudo que vimos, podemos afirmar que até agora ainda não havia sido feito a consagração da Rússia ao Imaculado Coração tal qual Nossa Senhora desejava.

Mesmo com as iniciativas de todos os Papas desde 1917 nenhum deles conseguiram cumprir a risca as condições de Nossa Senhora, os motivos em si não temos como afirmar com toda a certeza, mas seria influencias de dentro da própria Igreja, talvez pressões politicas? Talvez nunca saberemos ao certo, mas mesmo assim a Providencia Divina e a Intervenção de Nossa Senhora com esses atos trouxe várias consequências benéficas para a humanidade uma delas foi a queda do Muro de Berlim, ícone do comunismo.

A Esperança!

Com a escalada da Guerra neste último dia 25 de março de 2022, Papa Francisco em união com os Bispos e toda a Igreja realizou diante da Imagem de Nossa Senhora de Fátima no Vaticano em Ato Solene e Público a consagração da Rússia, vejamos esse ato:

“Ó Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, nós, nesta hora de tribulação, recorremos a Vós. Você é Mãe, você nos ama e nos conhece: nada está escondido de você do que nos importa. Mãe de misericórdia, muitas vezes experimentamos a tua ternura providente, a tua presença que traz de volta a paz, para que nos guies sempre a Jesus, Príncipe da paz.

Mas perdemos o caminho para a paz. Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões de mortos nas guerras mundiais. Desconsideramos os compromissos assumidos como Comunidade de Nações e traímos os sonhos de paz dos povos e as esperanças dos jovens. Nós adoecemos de ganância, nos trancamos em interesses nacionalistas, nos deixamos paralisar pela indiferença e paralisados pelo egoísmo. Temos preferido ignorar Deus, conviver com nossas falsidades, alimentar agressões, suprimir vidas e acumular armas, esquecendo que somos guardiões do nosso próximo e da nossa casa comum. Despedaçamos o jardim da terra com a guerra, ferimos o coração de nosso Pai com o pecado, que quer que sejamos irmãos. Nos tornamos indiferentes a tudo e a todos, exceto para nós mesmos. E com vergonha dizemos: perdoa-nos, Senhor!

Na miséria do pecado, nas nossas fadigas e fraquezas, no mistério da iniquidade do mal e da guerra, Tu, Mãe Santa, lembra-nos que Deus não nos abandona, mas continua a olhar-nos com amor, desejoso de nos perdoar e levante-se novamente. Foi Ele que nos deu você e colocou em seu Imaculado Coração um refúgio para a Igreja e para a humanidade. Pela bondade divina você está conosco e mesmo nas curvas mais estreitas da história você nos conduz com ternura.

Recorramos, pois, a vós, batamos à porta do vosso Coração, vossos queridos filhos que não se cansam de visitar e convidar à conversão. Nesta hora escura, venha nos ajudar e nos consolar. Repita para cada um de nós: “Não estou aqui, quem sou sua mãe?” Você sabe desatar os emaranhados de nossos corações e os nós de nosso tempo. Colocamos nossa confiança em você. Temos certeza de que você, especialmente no momento do julgamento, não despreza nossos apelos e vem em nosso auxílio.

Foi o que fizestes em Caná da Galileia, quando apressastes a hora da intervenção de Jesus e apresentastes o seu primeiro sinal ao mundo. Quando a festa se transformou em tristeza, você lhe disse: “Eles não têm vinho” ( Jo 2 , 3). Repete-o novamente a Deus, ó Mãe, porque hoje acabou o vinho da esperança, a alegria se desvaneceu, a fraternidade foi diluída. Perdemos a humanidade, desperdiçamos a paz. Nós nos tornamos capazes de toda violência e destruição. Precisamos urgentemente da sua intervenção materna.

Aceite, portanto, ó Mãe, esta nossa súplica.

Você, estrela do mar, não nos deixe naufragar na tempestade da guerra.

Você, Arca da Nova Aliança, inspira projetos e caminhos de reconciliação.

Você, “terra do céu”, traz a harmonia de Deus de volta ao mundo.

Apague o ódio, aplaque a vingança, ensine-nos o perdão.

Liberte-nos da guerra, proteja o mundo da ameaça nuclear.

Rainha do Rosário, desperta em nós a necessidade de rezar e de amar.

Rainha da família humana, ela mostra aos povos o caminho da fraternidade.

Rainha da Paz, obtenha a paz para o mundo.

Suas lágrimas, ó Mãe, movem nossos corações endurecidos. Que as lágrimas que você derramou por nós façam este vale que nosso ódio secou. E enquanto o barulho das armas não é silencioso, sua oração nos dispõe à paz. Suas mãos maternais acariciam quem sofre e foge sob o peso das bombas. Teu abraço maternal consola aqueles que são obrigados a deixar suas casas e seu país. Que o seu Coração dolorido nos mova à compaixão e nos estimule a abrir as portas e cuidar da humanidade ferida e rejeitada.

Santa Mãe de Deus, enquanto você estava sob a cruz, Jesus, vendo o discípulo ao seu lado, disse-lhe: “Eis o teu filho” ( Jo 19,26): assim ele confiou cada um de nós a ti. Então ao discípulo, a cada um de nós, disse: “Eis aí tua mãe” (v. 27). Mãe, agora queremos dar-lhe as boas-vindas à nossa vida e à nossa história. Nesta hora, a humanidade, exausta e perturbada, está sob a cruz com você. E ele precisa confiar-se a ti, consagrar-se a Cristo através de ti. O povo ucraniano e o povo russo, que vos veneram com amor, recorrem a vós, enquanto o vosso Coração bate por eles e por todos os povos mortos pela guerra, fome, injustiça e miséria.

Por isso, nós, Mãe de Deus e nossa, solenemente confiamos e consagramos ao vosso Imaculado Coração nós mesmos, a Igreja e toda a humanidade, especialmente a Rússia e a Ucrânia. Aceite este nosso ato que realizamos com confiança e amor, deixe a guerra cessar, dê paz ao mundo. O sim que brotou do teu Coração abriu as portas da história ao Príncipe da Paz; confiamos que novamente, através do seu Coração, a paz virá. A vós, portanto, consagramos o futuro de toda a família humana, as necessidades e expectativas dos povos, as ansiedades e esperanças do mundo.

Por vós a Misericórdia divina se derrama sobre a Terra e a doce batida da paz volta a marcar os nossos dias. Mulher do sim, sobre quem desceu o Espírito Santo, traz de volta a nós a harmonia de Deus, sacia a secura do nosso coração, vós que “sois fonte viva de esperança”. Tu teceste a humanidade a Jesus, faz-nos artesãos de comunhão. Você percorreu nossos caminhos, nos guiou pelos caminhos da paz. Um homem.”

Nesse ato de consagração percebemos que todas as condições pedidas por Nossa Senhora em Fátima, parecem ter sido atendidas.

Por isso os dias correntes nos mostrarão se finalmente atendemos os pedidos Urgente de Nossa Senhora, e contemplarmos por fim a profecia que deixou:

POR FIM O MEU IMACULADO CORAÇÃO TRIUNFARÁ!”

Imaculado Coração

Sérgio Alessandro Perin

Fontes Bibliográficas:

  • JESUS, Lúcia. Memórias. 1ª Edição. Editora Santuário de Fátima, 2016
  • GOBBI, Pe. Stefano. 26ª Edição. Edições Loyola, 2007
  • MACHADO, Antonio Augusto Borelli. 34ª Edição. Editora Vera Cruz, 1993
  •  FRANCISCO, Vaticano. Atividades do Santo Padre, 2022 Disponível em <https://www.vatican.va/> acessado em 26/03/2022
  •  MEDJUGORJE, Mensagens, 2022. Disponível em <https://www.medjugorje.ws/> acessado em 26/03/2022

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