Atos 1, 12-14; Lucas 1, 26-38
Paul Claudel escreveu e encantou a todos com seu poema La Vierge à midi. O poema que transcrevemos assim começa: É meio dia. Vejo a Igreja aberta. Impossível deixar de entrar. Nesta festa do Rosário de Maria, cabe bem esse texto de exaltação de Maria.
Mãe de Jesus, não venho rezar.
Nada tenho a oferecer. Nada tenho a pedir.
Venho simplesmente para te olhar.
Olhar, chorar de felicidade
por saber que sou teu filho e tu estás aí…
Nada dizer, contemplar teu rosto,
deixar que o coração cante com seu linguajar próprio.
Não dizer nada, apenas cantar
porque se tem o coração cheio,
completamente cheio de júbilo,
cantar como um melro que
fantasiosamente inventa refrãos e responsórios.
Porque és bela, porque és imaculada,
a mulher da Graça finalmente recuperada,
a criatura em sua honra primeira
e em sua realização final tal como saiu das mãos do Criador
na manhã de seu esplendor original.
Inefavelmente intacta porque és a Mãe de Jesus Cristo,
a verdade em teus braços,
única esperança e único fruto.
Porque tu és a mulher,
o Éden da antiga ternura esquecida,
cujo olhar se identifica com o coração
e faz jorrar tantas lágrimas acumuladas.
Recebe o agradecimento
simplesmente porque tu vives para sempre,
simplesmente porque és Maria,
simplesmente porque tu existes.
Mãe de Jesus Cristo.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
FONTE:
Franciscanos.org
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