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Segunda Alegria

Segunda Alegria de Maria Santíssima! VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA

“Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança saltou de alegria no meu ventre”. (Lc 1,44 )

Exemplo de amor e serviço

Maria de Nazaré é para a Igreja um grande exemplo de amor e de serviço a Deus ao próximo. Após a Visita do Arcanjo Gabriel e ainda gestando a alegria da Anunciação, Maria “partiu apressadamente para a região montanhosa” (Lc 1, 39) irradiando graças e alegria espiritual. Saiu às pressas em direção às Montanhas, região afastada, vivendo uma gravidez que aos olhos dos homens era fora da Lei. Empreender uma viagem de Nazaré, na Galileia, até Ain Karin, na Judéia levava dias e certamente não foi fácil para a jovem nazarena que estava grávida.

Há visitas que são sempre motivos de grande alegria e certamente a visita de Maria é contada entre estas visitas que levam consigo palavras amigas, risos e felicidades. Em seu Livro “As Glórias de Maria”, Santo Afonso Maria de Ligório, afirma que é feliz a família visitada por uma pessoa ilustre, de estima e esta alegria não é contada apenas pelas honras da visita, mas também pelos benefícios e prodígios que espera receber aqueles que são visitados. “Por mais feliz, porém, se tenha a alma que é visitada por Maria, Rainha do mundo.  

Essa bondosa Mãe não pode deixar de encher de bens e de graças tais almas bem-aventuradas” (p. 299). Assim foi a experiência vivida por Isabel e João Batista. Estes experimentaram a grande alegria de receber no aconchego de seu lar a visita da Virgem Mãe do Salvador. A família constituída por Isabel e Zacarias foi cumulada de graças e bênçãos celestiais.

A casa de Ain Karin vivia a alegria de ser portadora de uma promessa. A esterilidade do casal, Isabel e Zacarias, era motivo de vergonha para aquela sociedade. A gravidez de Isabel gera agora no seio daquele lar a alegria e transformação pessoal e social. Aquele casal que antes experimentava a tristeza de não ter gerado um filho, agora vive a alegria de serem participantes do projeto de Salvação pois trazem ao mundo o precursor do Filho de Deus, João Batista.

A Medianeira de todas as graças

No encontro de Maria e Isabel ocorre uma explosão de alegria. A alegria de Deus se funde com a alegria de duas mães, todas de Deus e tão humana. A mãe do precursor fica “cheia do Espírito Santo” quando a criança “pulou de alegria” (Lc 1, 41) em seu ventre. A causa de tanta alegria é a efusão do Espírito Santo que procede do Filho de Deus sendo gerado no ventre virginal de Maria.

A voz de Maria se faz ecoar e atinge feliz os ouvidos de Isabel que sai ao seu encontro. Ao passo que Isabel sente a aproximação de Maria, João Batista experimenta a graça da presença do Salvador. A presença do Espírito Santo alegra aquele encontro, e faz com que a prima Isabel reconheça em Maria “a mãe do meu Senhor” (Lc 1, 43). Em sua vida pública, Jesus ensina aos seus que “toda árvore é conhecida pelos seus frutos” (Lc 6, 44), e o bendito fruto do ventre de Maria é o próprio Cristo, “o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16).

Desde a concepção de Jesus, Deus desejou que Maria se tornasse a medianeira das graças entre Jesus Cristo Salvador e os homens. A presença de Cristo, trazido no seio da Virgem Maria, no momento da Visitação fez com que o Espírito Santo descesse e inundasse àquelas almas derramando sobre elas a alegria de Deus. Na visitação se vislumbra a presença clara dos frutos do Espírito citados pelo apóstolo Paula na Carta aos Gálatas logo após falar da caridade: Alegria e Paz. O amor, a alegria e a paz são os sinais claros da graça de Deus no encontro das duas matriarcas.

A alegria de Isabel e João Batista é radiante na Visitação. Porém, a alegria mais bela é a de Maria ao cantar o Magnificat (Lc 1, 40-55) pois se sente inundada de júbilo pelo mesmo Espírito. O Magnificat é o itinerário espiritual da jovem Maria. No Magnificat Maria louva e bendiz o Senhor que a escolhe para a alegre missão de gerar o Messias. Jesus, o Messias, vem para salvar o povo santo de Israel do qual Maria faz parte. “A minha alma glorifica o Senhor, e o meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para a pequenez da sua serva!” (Lc 1, 47-48).

A humildade

As palavras da Mãe de Jesus nasce de um amor intenso e de uma alegria excessiva nos quais a alma de Maria e sua vida se erguem inteiramente dentro do espírito. Ao proclamar que sua alma glorifica o Senhor Deus, Maria afirma que sua vida e seus dons se movimentam a partir do amor incondicional de Deus, em louvor e incessante alegria. A humildade de Maria faz com que a mesma reconheça sua pequenez e a grandiosidade de Deus que olhou para a humildade de sua serva. Ao longo das Sagradas Escrituras vemos um Deus que ama os humildes de coração e afasta para longe de seu olhar todos os soberbos de coração. No Magnificat, Maria canta por três vezes que “Deus resiste aos orgulhosos, e dá a sua graça aos humildes”. Inspirada pelo Espírito Santo, a Virgem proclama que Deus “derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes” (Lc 1, 52).

Maria no Magnificat louva e agradece a Deus, que olha para a humilde de sua serva. Contemplamos a “alegria interior da Mulher que assume uma atitude de serva e exulta em seu espírito, reconhecendo a ação de Deus Salvador”.¹ Maria é mulher, que alegre, canta e louva na primeira pessoa: “Minha alma engrandece o Senhor, o meu espírito exulta em Deus meu Salvador” (Lc 1,46). Deus é sujeito que age na história dos homens. A ação de Deus é de suma misericórdia para com todos os que o temem. Assim Ele exalta os humildes e cumula de bens os famintos socorrendo a Israel seu servo. Para com todos os de coração orgulhoso, Deus age fazendo uso da força de seu braço e dispersou os soberbos, derrubando os poderosos de seus tronos e despedindo a todos estes de mãos vazias.

Fonte:
Academia Marial de Aparecida

Autor:
Vinícius Aparecido de Lima Oliveira (Associado da Academia Marial de Aparecida)

Bibliografia do autor:

  1. PAROQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS. Magnificat, o cântico de Maria. 2012. Disponível em: . Acesso em: 30, Julho de 2023.

Consulta de Pesquisa do autor:

– Bíblia Online Paulus

– Magnificat: O louvor de Maria

– Canção Nova Formação


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