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Padroeira Do Rio Grande Do Sul  (festa 31 de Maio)

“Medianeira de todas as graças que na terra derramam os céus, esperamos em ti que nos faça ó Maria subir até Deus” (D. Aquino Corrêa).

 Sempre que professamos a nossa fé rezando a oração do Creio, proclamamos que Jesus Cristo, filho de Deus, nasceu da virgem Maria. Queremos por ventura, nos referir a duas pessoas diversas: a pessoa do filho de Deus e daquele que nasceu da virgem Maria? Absolutamente não! Trata-se de uma só e mesma pessoa a qual, sendo Deus e Homem, é filho de Deus segundo a natureza divina e é filho de Maria, segundo a natureza humana. Foi baseado nesta verdade que os santos Padres ensinam que a virgem é mãe de Deus.

 É bom sempre lembrar que, Deus querendo resgatar o gênero humano, depôs o preço do resgate nas mãos de Maria. Santo Alberto Magno nos diz que: “Maria companheira na paixão tornou-se cooperadora na redenção”.

 Na idade média encontramos uma série de teólogos que falam explicitamente na mediação e na corredenção de Nossa Senhora.

 Um experiente teólogo conhecido apenas por Arnaldo nos diz que no calvário “Havia dois altares: um no coração de Maria e outro no corpo de Jesus. Enquanto o Cristo imolava sua carne, Maria imolava sua alma”.

 No dia 22 de março de 1918, o então Papa Bento XV classicamente expressa a doutrina da corredenção de Maria na encíclica “ Intersodalícia”, que diz: “de tal modo Maria padeceu e quase morreu com seu filho paciente e moribundo; de tal modo renunciou ao seus direitos maternos, e, para aplacar a justiça divina, concorreu quanto estava ao seu alcance para a imolação de seu filho, que justamente se pode dizer que com Cristo resgatou o gênero humano”.

 Alguns anos antes, ou seja, em 08 de setembro de 1894 o Papa Leão XIII, usando a frase de São Bernardino de Siena, assim concluiu a sua encíclica, “Incunda Semper”: -“Toda a graça que se concede a este mundo tem uma tríplice procedência: pois numa belíssima ordem, do Pai é passado ao Filho, do Filho à Santíssima Virgem e dela, por fim, para nós”. É uma mediação por meio de intercessão.

 Diz-se que Jesus Cristo para honrar sua mãe determinou que todas as graças que ele nos mereceu, não fossem dispensadas a humanidade senão por meio dela.

 Concluímos que o Espírito Santo desceu sobre a Virgem Maria e os apóstolos, quando estavam em oração no cenáculo, momento solene do nascimento da Igreja. Assim por sua maternidade divina, Maria se tornou co-redentora, obteve a função de medianeira e se tornou Mãe da Igreja, da qual ela é o modelo perfeito.

 A festa de Nossa Senhora Medianeira de todas as graças, foi instituída pelo Papa Bento XV em 1921, e sua data 30 de maio.

O QUADRO DA MEDIANEIRA

O cardeal Primaz da Bélgica idealizou o ícone que hoje conhecemos, e para tanto buscou na Sagrada Escritura os símbolos nele apresentados.

 Dom Mercier encontrou no livro do profeta Ezequiel uma visão que fala: “A glória de Deus enchia todo o templo”. No quadro vemos a trindade santa, onde Deus Pai é um ancião (eternidade de Deus), coroado (todo poderoso) que recebe o sacrifício de Jesus na cruz. Único sacrifício agradável a Deus q eu seria oferecido do nascer ao por do sol, como profetizou Malaquias. O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, está entre os dois, em forma de pomba. Aos pés de Deus, seis querubins de seis asas, conforme o profeta Isaías: “ Querubins com seis asas esvoaçavam no templo, dizendo: Santo, Santo é o Senhor Deus dos exércitos.”

 As letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego, nos lembram que Deus é o princípio e o fim de todas as coisas. Todos os privilégios de Nossa Senhora vêm dos merecimentos de Jesus na cruz. Por isso, as graças como raios, descem do crucificado sobre Maria e dela sobre o mundo.

 Lembra-nos a frase de São Bernardo: “A vontade de Deus é que recebamos tudo por Maria”.

 Percebemos Nossa Senhora de braços abertos, posição de oração intercedendo por nós, dia e noite, levando a Jesus nossos anseios e nos trazendo as bênçãos e graças divinas. O ícone foi pintado pela irmã franciscana Angelita Stefani.

NO RIO GRANDE DO SUL

A devoção foi trazida no ano de 1928, pelo Jesuíta Frei Inácio Valle da Bélgica e introduzida no seminário São José, na cidade de Santa Maria. Dois anos depois, ou seja, em 1930, a cidade estava sendo ameaçada por uma luta armada, quando um grupo de romeiros foi ao seminário rezar a Medianeira. Os ânimos serenaram e a paz voltou a reinar.

 Num gesto de gratidão, um grupo bem maior voltou ao seminário para agradecer a intercessão da Virgem Medianeira.

 Desde aquela época um número cada vez maior, até os dias de hoje participa da romaria estadual de Nossa Senhora Medianeira, no segundo domingo de novembro. O povo do Rio Grande manifesta sempre mais o seu amor e sua gratidão a padroeira do estado.

Maria Imaculada, Medianeira de todas as graças, rogai por nós que recorremos, a vós.

Por Márcio Antônio Reiser O.F.S.

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