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2502857227_f9bac7f706“E era-lhes submisso” (Lc 2, 51), assim termina o episódio narrado pelas Sagradas Escrituras quando faz menção do encontro entre o Menino Jesus e Nossa Senhora e São José, após três dias de angustiosa procura do Santo Casal pelo Filho que se perdera. Se perdera? Não propriamente. Antes cuidava das coisas de seu Eterno Pai…

Alguém poderia indagar ser difícil achar neste fato um exemplo de submissão, uma vez que o Menino Deus se havia apartado dos pais. Pelo contrário! O mesmo episódio não só atesta a divina submissão de Nosso Senhor, senão que também figura como o modelo exemplar da devoção que se deve ter pela Santa Mãe de Deus, pois após as breves palavras conclusivas: “era-lhes submisso”, resume a maior parte da vida do Salvador, uma vez que a continuação do texto sagrado saltará preciosos anos da vida de Cristo.

A maior parte de seus anos ficou Cristo oculto. Aonde estava Ele? Contemplando o paraíso que havia criado para si… Quem? Maria Santíssima.

A respeito da admirável submissão de Cristo a Nossa Senhora comenta um autor:

Jesus era, Ele mesmo, o modelo dos filhos; tenha a bondade de me dizer que amor concebeu Ele pela Mãe ideal à qual o Padre Eterno o havia confiado!

Não procureis, portanto, onde a devoção mariana nasceu. Ela teve sua origem no primeiro sorriso do Menino-Deus, respondendo ao primeiro sorriso de Maria debruçada sobre a manjedoura. Ela cresceu de dia a dia, a cada carícia de Maria, a cada uma das delicadezas que Ela não cessou de prodigalizar a Jesus menino, a Jesus adolescente, a Jesus homem feito e, finalmente, a Jesus agonizante sobre o Madeiro. (…)

Não indagueis mais em que justos limites a devoção mariana deve se conter! Sua regra, sua medida, ei-la: amai a Maria, se o puderdes, tanto quanto Jesus A amou. Sim, o modelo da piedade em relação à Bem-aventurada Virgem é o próprio Filho de Deus. Seu exemplo dita o nosso dever.”[1]

FONTE: ARAUTOS DO EVANGELHO – GRANA VIANA


[1] LA BOULLAYE, Pinard de. In: CLÁ DIAS, Mons. João Scognamiglio. Pequeno Ofício da Imaculada Conceição comentado. 2 ed. São Paulo: Lumen Sapientiae, 2011, p. 87.


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