Em Siracusa, Sicília, nos dias 29, 30 e 31 de agosto e 1º de setembro de 1953, uma imagenzinha de Nossa Senhora derramou abundantes lágrimas, fenômeno que pôde ser observado por muitas pessoas, por autoridades eclesiásticas e civis.
Vejamos como contam o fato:
Antonina Iannuzo, depois de rezar diante de sua imagem de Nossa Senhora, percebeu em seus olhos abundantes lágrimas. Pensou em princípio ser ilusão, mas logo depois parentes e o próprio marido puderam verificar o fato.
A pequenina imagem chorava a ponto de as lágrimas correrem pela face. Espalhou-se logo a notícia: da cidade, da Sicília, da Itália toda, e depois de toda a Europa começam a acorrer devotos e curiosos. Quintuplicaram os trens para Siracusa, e as passagens de avião eram reservadas com semanas de antecedência. Apesar do calor tórrido, a multidão era imensa. Veículos de todos os tipos e de todas as cores, ao longo das estradas, seguiam para lá.
Os doentes era colocados numa praça de 100 m2 à vista da “Madonina” exposta em um nicho aos olhos da multidão.
Durante dezoito horas por dia padres e religiosos se revezavam tocando objetos na imagem. Na própria casa dos Iannuzo formou-se logo o “Comitê da Virgem que chora” para exame dos miraculados. Em princípio os interrogatórios eram exigentes e severos; depois os médicos cansaram. Trezentos casos extraordinários puderam ser examinados desde o início pelas autoridades civis e eclesiásticas.
O arcebispo de Siracusa, dom Baranzini, acompanhado de todas as autoridades eclesiásticas da Província, celebrou a santa missa em plena rua.
Os químicos Leopoldo La Rosa e Francisco Cotzia analisara, 1 cm3 das lágrimas e concluíram: “O líquido revela a mesma composição e a mesma densidade das lágrimas humanas”.
Entre os casos tidos como milagrosos, conta-se o de Núnzio Vinci, operário de 49 anos, que sofria de uma artrite deformante e voltou para casa completamente curado. Foi o primeiro favorecido por Nossa Senhora.
A “Madonina” das lágrimas recebeu milhares de cartas e telegramas de súplicas e de agradecimento por graças recebidas.
Destinaram 3 milhões de liras para a construção de uma capela na praça de Siracusa onde se encontra a imagem.
Na edição semanal do L`Osservatore Romano de 21 de dezembro de 1953 lê-se a seguinte notícia: os bispos da Sicília, reunidos ontem para a costumada Conferência em Magheria (Palermo), ouviram amplo relato de dom Heitor Baranzini, arcebispo de Siracusa, relativo às lágrimas da imagem do Coração Imaculado de Maria repetidas viárias vezes nos dias 29, 30 e 31 de agosto e 1º de setembro deste ano (1953), em Siracusa (Via degli Orti, 11), e, ponderados atentamente os relativos testemunhos nos documentos originais, concluíram de modo unânime que não se pode duvidar da realidade da lacrimação.
E fazem votos de que tal manifestação da Mãe Celestial excite todos a salutar penitência e a maior devoção ao Coração Imaculado de Maria, augurando que se apresse a construção de um santuário que perpetue a memória do prodígio.
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