Foi declarada padroeira da Málaga pelo Papa Pio IX em 12 de dezembro de 1867
E foi coroada cononicamente em 8 de fevereiro de 1943.
A Bahia de Todos os Santos já era conhecida desde a primeira Expedição Exploradora de 1501, enviada pelo Rei de Portugal para fazer um reconhecimento do território recém – descoberto.
Muito antes da vinda dos primeiros donatários, existia ali uma verdadeira colônia de portugueses que viviam em perfeita harmonia com os índios, sob a direção de Diogo Alvares, o Caramurú. Até uma igrejinha, a de Nossa Senhora da Graça, havia sido erguida sob o patrocínio de Catarina Alvares, a esposa do pioneiro.
Pouco depois, chegou àquelas paragens do Novo Mundo o donatário Francisco Pereira Coutinho, a quem El-Rei havia doado as terras para que as povoasse e desenvolvesse. Entretanto, apesar de no início ter ele conseguido uma paz relativa com os indígenas, os abusos e provocações dos colonos irritaram os selvagens e as lutas recomeçaram, sem que o próprio Diogo Alvares fosse capaz de evitá-las.
Em um destes combates, os portugueses foram assediados por numeroso exército de silvícolas, que tentavam expulsá-los de suas terras. Os lusitanos, desesperados, recorreram á Virgem Maria e, após uma renhida batalha, conseguiram derrotar os inimigos. Em agradecimento à proteção da Mãe de Deus, deram-lhe o título de Senhora da Vitória e construíram um templo em sua homenagem, que foi a primeira paróquia e Igreja matriz da Bahia.
Quando Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral, veio para o Brasil em 1549 e fundou a cidade de Salvador, já encontrou a capela da Vitória e a conservou em memória dos primitivos tempos da colonização. Esta Igreja, reconstruída várias vezes, conserva atualmente a fachada da reforma levada a efeito com o auxilio dado pelo Príncipe Regente Dom João, quando ali esteve em 1808, e obedece a desenho neoclássico.
A invocação de Nossa Senhora da Vitória já existia em Portugal desde o tempo de Dom João I, quando este rei, grato à Virgem Maria pela vitória alcançada em Aljubarrota contra os castelhanos, mandara construir um Mosteiro e um Santuário, talvez o mais velho em estilo gótico português, que recebeu o nome de Santa Maria da Vitória, que é sem dúvida uma das obras primas da arquitetura religiosa lusitana.
Em 1571, a esquadra cristã conseguiu o estrondoso triunfo contra os turcos na batalha naval de Lepanto, afastando definitivamente do continente europeu o perigo muçulmano, que o ameaçara durante vários séculos. O Papa Pio V então, em sinal de gratidão, deu à Virgem Maria o título de Nossa Senhora da Vitória. Naquela ocasião, o desconhecido Brasil, talvez devido à herança da fé portuguesa, já possuía dois Santuários dedicados a esta devoção: o de Salvador e o da capital do Espírito Santo. A vila de Nossa Senhora da Vitória foi fundada em 1551 pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho, em reconhecimento à proteção de Maria Santíssima num combate contra os Índios Goitacases.
A efígie da primitiva Igreja de Salvador, contrastando com a do Espírito Santo, é muito antiga e consta que fora enviada pelo rei Dom Manuel. Estudiosos do assunto, contudo, acham mais provável que ela tenha sido presente de Dom João III, que a entregou a Tomé de Sousa para que ele a trouxesse em sua companhia e lhe dedicasse a primeira paróquia do Brasil. Ela está atualmente na sacristia da Matriz, porém a tradicional palma de prata sobredourada e ornamentada de pedras verdes e vermelhas que lhe foi oferecida após a vitória contra os índios está guardada para evitar ser a presa de ladrões, que atualmente andam à procura de tesouros das Igrejas. A santa que figura sobre o altar-mor é de estilo barroco, datado do século XVII ou XVIII.
Em São Luiz do Maranhão, na luta contra os holandeses em 1662, Ela apareceu no outeiro da Cruz, transformando em pólvora a areia branca da estrada, o que permitiu a vitória dos brasileiros contra os flamengos, que fugiram espavoridos. Outra lenda interessante é a da Igreja de Ilhéus, edificada por volta de 1530, quando a luta entre colonos e indígenas estava mais acirrada. Conta-se que numa das batalhas contra os Aimorés uma linda senhora branca, montada em garboso cavalo, ia à frente dos colonizadores assustando os selvagens, que foram vencidos. A fim de celebrar este acontecimento, a capela, que estava sendo construída com auxílio das mulheres, foi dedicada a Nossa Senhora da Vitória.
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