Na freguesia de São Lourenço de Calvos há, desde tempos remotos, uma capela sob a invocação de – Nossa Senhora da Lapinha, cuja imagem é uma das mais milagrosas e queridas do concelho de Guimarães e terras circunvizinhas.
Em 1663 já o célebre clamor ou ronda (hoje romaria ou procissão) ia a Guimarães, como nos informa uma deliberação do cabido da Colegiada.
Proveio a denominação de – Nossa Senhora da Lapinha – de ter sido encontrada a primeira imagem da Senhora em uma lapa, ou penedo, que servia de fundo à capela-mor até a construção da nova capela; afirma a tradição popular que Nossa Senhora manifestou, milagrosamente, decidida vontade de ser venerada no lugar onde apareceu; portanto, levada para outro, desaparecia misteriosamente pela calada da noite e voltava para o primeiro lugar; este fato, repetido por diversas vezes, produziu a ereção da capela em honra de – Nossa Senhora da Lapinha.
A festa principal da titular celebra-se com toda a pompa na segunda-feira do Espírito Santo, e nesse dia determina-se aquele em que a Senhora irá processionalmente a Guimarães, em regra, no domingo imediato a 13 de junho.
Esta procissão (ou clamor) é uma das solenidades mais concorridas, mais singular e característica do concelho de Guimarães e terras vizinhas à Lapinha.
Cumprindo antigo voto, Nossa Senhora, carregada de adornos, cordões e jóias, ostenta-se donairosa no seu trono, levantado em vistoso andor, o qual é conduzido aos ombros de espadaúdos moços, que á porfia disputam a honra de carregar o andor.
Resumindo, direi ainda, somente, que Nossa Senhora da Lapinha faz anualmente a sua entrada em Guimarães, e, após alguma demora na igreja de Nossa Senhora da Oliveira, regressa, por outro caminho, a sua capela, entoando o povo, durante o percurso de 15 quilômetros, pelo menos, a ladainha de Todos os Santos.
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