Certo jovem que se desencaminhara, acabou sendo condenado à morte por ter cometido inúmeros “crimes hediondos”. O local onde se encontrava, à espera da execução estava fortemente guarnecido pela polícia, não tanto para impedir a sua fuga, mas para impedir seu linchamento.
Em meio a esse confronto, uma senhora consegue passar o cordão policial, entrar no prédio e pedir para ver o condenado. Ante o espanto da autoridade, que lembrava à senhora a gravidade dos crimes, ela apenas respondeu:
— É meu filho…
E conseguiu estar com o mesmo. Tal pode o amor de uma mãe. (*)
* * * * *
E nós, lembramo-nos que temos uma Mãe, com “M” maiúsculo? E ainda quando nossa consciência nos acuse de faltas — quantas vezes graves! — Ela, Nossa Senhora, vem a nossa procura e lembra-nos:
— És meu filho…
Fundamentando o dito acima, transcrevemos parcialmente um artigo do Pe. Alex Barbosa de Brito, sacerdote dos Arautos do Evangelho.
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MÃE BONDOSA QUE ROGA POR FILHOS PECADORES
Entre os mil títulos da única e mesma Maria, aquele que se encontra nos lábios de todos os cristãos, e com mais frequência é recordado, é sem dúvida o de “mãe”. Todos os dias, sem nos darmos conta, ao rezarmos a Ave-Maria, lembramos esta verdade doce e consoladora.
No Pai-nosso, chamamos a Deus de Pai e pedimos o Reino, o pão e o perdão. Na Ave-Maria, nada pedimos, a não ser: “rogai por nós pecadores”, sem indicar nenhum outro desejo. É a oração de quem pede sem pedir, pois, sendo Ela Mãe, conhece as nossas necessidades e sabe, melhor do que nós mesmos, aquilo que nos convém. Por quê? Simplesmente por ser Mãe!
A certeza da bondade de Nossa Senhora para com os homens e do seu poder de intercessão junto ao seu Divino Filho, nós a haurimos nos próprios Evangelhos. Nas Bodas de Caná, foi a Virgem quem percebeu que o vinho veio a faltar e, sem ninguém Lhe pedir, tomou a iniciativa de recorrer a Ele.
“Minha hora ainda não chegou” (Jo 2, 4), argumentou Jesus. Mas as mães não costumam marcar hora para socorrer os filhos, por isso Ela disse aos serventes: “Façam tudo quanto Ele vos disser” (Jo 2, 5). Ao mesmo tempo em que apressava o milagre, a Mãe de Deus e nossa nos dava um precioso conselho, como quem diz: “simplesmente faça”, sem indicar quando nem como. Com efeito, precisamos confiar em Jesus quando nos manda fazer algo, em qualquer tempo ou lugar, pois Ele tem poder para mudar água em vinho, doença em saúde ou, se for de sua vontade, fraqueza em força para enfrentar o sofrimento.
A respeito do poder de intercessão de Maria junto ao seu Filho, o então Cardeal Ratzinger cita um comovedor comentário, no qual coloca o próprio Deus como um “devedor” da Virgem Mãe. Maria tudo pode, pois seu Filho “não deixa de satisfazer nenhum de seus desejos, porque nunca Lhe restituiu o que d’Ela tomou emprestado”.(1) Isso nos faz sentir à vontade e confiantes junto à Mãe de Deus, pois Ela é tão misericordiosa quanto poderosa.
MARIA TEM PRESSA EM NOS AJUDAR
Ademais, Maria Santíssima tem pressa em socorrer seus filhos necessitados, mesmo se estes nada Lhe pedem: não subiu Ela apressada a montanha para ir ajudar sua prima Isabel, logo depois de receber o anúncio do Anjo? (cf. Lc 1,39). Não podemos, pois, duvidar! Também no Céu Maria tem pressa, pressa de nos ajudar.
Por isso, sempre será verdadeiro que “de Maria nunquam satis”. Isto é, “Maria não foi ainda suficientemente louvada e exaltada, honrada, amada e servida. Ela merece muito maior louvor, respeito, amor e serviço”. (3)Conforme nos ensina São Luís Grignion, a conduta das três Pessoas da Santíssima Trindade é imutável e, portanto, Deus quer servir-Se de Maria na santificação das almas até a consumação dos séculos. (2)
Pe. Alex Barbosa de Brito, EP
Fonte: Arautos do Evangelho
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