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107448f56d233a492097f3843c04ed58 Há muitos anos, por iniciativa de João Paulo II, celebra-se no dia 11 de fevereiro o Dia Mundial do Enfermo.

A motivação da escolha desse dia foi o fato de, nessa data, a Igreja celebrar a memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes. Lourdes é uma pequena cidade, no sudoeste da França, situada no sopé dos magníficos Pirineus, para onde acorrem multidões de peregrinos, sobretudo em busca da cura de suas enfermidades.

Relatam as crônicas religiosas que no dia 11 de fevereiro de 1858, nessa cidade, na gruta de Massabielle, Nossa Senhora apareceu a uma pobre pastorinha de 14 anos, frágil de saúde, chamada Maria Bernarda Soubirous, conhecida desde a infância pelo nome de Bernadete.

Numa das dezoitos de suas aparições, Maria, sempre falando o dileto da região, identificou-se dizendo: “Eu Sou a Imaculada Conceição” (Que Soy era Immaculada councepciou), verdade dogmática que fora solenemente definida, pouco antes, em 1854, pelo bem-aventurado Papa Pio IX.

Hoje surge em Lourdes um lindo Santuário, um dos mais visitados do mundo. Peregrino em Lourdes em 2008, assim expressou Bento XVI: “A primeira vocação do Santuário de Lourdes é ser um lugar de encontro com Deus na oração e um lugar de serviço aos irmãos, particularmente através do acolhimento dos enfermos, dos pobres e de todas as pessoas que sofrem”.

São tantos os fatos admiráveis de cura física que lá ocorrem, que as autoridades religiosas estabeleceram um Comitê Internacional de médicos católicos e não católicos, encarregados de estudar cientificamente os casos considerados milagrosos.

Bernadette

No documento “Manifesto de Dresden” (1982), na Alemanha, teólogos luteranos se perguntam porque os evangélicos são tão relutantes em aceitar as curas milagrosas de Lourdes e de Fátima e afirmam que, através dessas curas, “parece que Deus quer dar uma resposta irrefutável à incredulidade de nossos dias. Como poderá um incrédulo continuar a viver na incredulidade diante de tais fatos?”

Bento XVI, numa sua mensagem por ocasião do Dia Mundial do Enfermo, escreveu que essa data “torna-se ocasião propicia para refletir sobre o mistério do sofrimento e, sobretudo, para despertar a sensibilidade em nossas comunidades e na sociedade, em relação aos nossos irmãos e irmãs doentes.

E lembrando o ensinamento evangélico da fraternidade, afirmou que “sobretudo o nosso irmão mais fraco, o sofredor e o necessitado de cuidados devem ser centro de nossa atenção, para que nenhum deles se sinta esquecido ou marginalizado”.

Em seguida asseverou que “uma sociedade que não é capaz de aceitar os sofrimentos e ter compaixão pelos doentes, é uma sociedade cruel e desumana”.

Discorrendo sobre o mistério da paixão dolorosa de Cristo e sua ressurreição, deixou-nos esta impressionante reflexão: “Somente um Deus que nos ama ao ponto de tomar sobre si as nossas feridas e nossa dor, sobretudo a dor do inocente, é digno de fé…

É propriamente por meio das feridas de Cristo que podemos ver, com os olhos da esperança, todos os males que afligem a humanidade”.

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Interessante notar que nessa mensagem, o papa se dirigiu aos jovens, pedindo-lhes que saibam reconhecer o Cristo e servi-lo também nos pobres, nos doentes, nos sofredores e em dificuldade. Eles precisam da ajuda dos jovens. E lhes faz um convite: “A todos vocês, jovens, faço o convite para criar pontes de amor e solidariedade, afim de que nenhum se sinta só, mas sim perto de Deus e parte da grande família dos seus filhos”.

E confortando os doentes disse-lhes que estão mais próximo do Coração do Cristo Crucificado a quem estão unidos pelos sofrimentos.

Falando de Maria aos pés da Cruz, escreve: “A compaixão materna de Maria para com seu Filho, torna-se compaixão materna para com cada um de nós nos nossos sofrimentos”.

Bento XVI assim concluiu sua mensagem: “Este Dia Mundial da Saúde convida também as Autoridades, para que invistam sempre mais energias nas estruturas da área da saúde, como ajuda e sustento aos sofredores, sobretudo aos pobres e necessitados”.

O Dia Mundial do Enfermo é um convite para que todos, em diversos modos, sejamos solidários com os doentes e com os que sofrem, colaborando assim para que nossa sociedade seja mais humana e cristã.

Autor:

Papin

Frei Lourenço Maria Papin, OP
Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima
Santa Cruz do Rio Pardo – SP


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