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Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora Aparecida

No ano de 1717, Dom Pedro de Almeida e Portugal, Conde de Assumar, passou na Vila de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, estado de São Paulo, com destino a Minas Gerais. A Câmara local, empenhada em receber tão grande autoridade, cuidou de preparar um banquete à altura da importante visita. Para tanto, pescadores locais foram convocados a trazerem muito peixe para o senhor conde e sua comitiva. A ordem foi prontamente atendida pelos pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso que lançaram suas redes no porto de Itaguaçu (no rio Paraíba). Seus esforços revelaram-se inúteis. Fizeram uma segunda tentativa, próximo a Guaratinguetá. Dessa vez, para surpresa dos homens, a rede trouxe uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, sem a cabeça.

Após mais alguns lançamentos da rede conseguiram a parte que faltava à escultura. Lavaram cuidadosamente a imagem c envolveram-na em panos, prosseguindo a pesca. Tantos peixes vieram à rede que tiveram que finalizar seus trabalhos.

Filipe Pedroso, homem piedoso, guardando as redes, levou a imagem para casa. Era de fato uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, feita de terra-cota, de cor escura. O pescador ficou com esta imagem em seu poder durante 15 anos.

Quando mudou-se para Itaguaçu, deixou-a com seu filho Atanásio, que construiu um singelo oratório-capela onde antigos vizinhos se encontravam para o terço.

Têm início os prodígios. Certa noite, durante a oração do terço, as velas que iluminavam a imagem se apagaram subitamente, sem que houvesse nenhuma corrente de ar que justificasse tal acontecimento. Silvana Rocha dirigiu-se ao altar para acender as velas novamente. Foi então que tudo se aclarou, as velas se acenderam novamente, sem intervenção de ninguém.

Outro acontecimento que mereceu registro: um escravo, de nome Zacarias, veio suplicar à Virgem que o libertasse do jugo de um senhor cruel. Grande milagre sucede: caem-lhe das mãos os ferros, sinal de sua condição de escravo. Nossa Senhora atendera seus rogos. Agora, Zacarias era um homem livre e feliz. As correntes do escravo Zacarias começaram a enriquecer o acervo dos milagres.

Foram aumentando as graças concedidas por Nossa Senhora. Era imperioso construir-se uma capela maior num local mais adequado. O vigário de Guaratinguetá pediu licença ao bispo do Rio de Janeiro e, uma vez escolhido o Morro dos Coqueiros como lugar mais apropriado, em 1743 se iniciou a construção de uma espaçosa capela, que ficou concluída em 1745. No dia 26 de julho, na Festa de Santana, foi benta e ce1ebrou-se a primeira missa. E multiplicaram-se as romarias. A capela foi diversas vezes reformada e aumentada, até que em 1846 começou a ser substituída pela atual. A 8 de dezembro de 1888 foi o novo santuário bento e inaugurado pelo bispo D. Lino Rodrigues de Carvalho.

Em 1894, chegam os Missionários Redentoristas, que iniciaram um admirável trabalho de evangelização e acolhida dos peregrinos. Eles difundiram por todo o país a devoção à Senhora Aparecida.

No dia 8 de setembro de 1904, Dom José de Camargo Barros colocou sobre a imagem da Virgem uma coroa de ouro e pedras preciosas doada pela Princesa Isabel. O 25° aniversário da coroação da imagem, em setembro de 1929, foi de um brilho inigualável. Grandes romarias, belas celebrações e um Congresso Mariano demonstraram o afeto que o país inteiro devotava à Virgem Aparecida. Nas sessões deste congresso o povo apresentou o desejo de que Nossa Senhora Aparecida fosse declarada padroeira do Brasil. O Papa Pio Xl, sensível aos anseios do povo brasileiro, assinou a 16 de julho de 1930 o decreto em que proclamou Nossa Senhora Aparecida Padroeira da Nação Brasileira. Diz o decreto: “Declaramos e constituímos a Beatíssima Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de Aparecida, Padroeira de todo o Brasil”.

Em 1931 a imagem visitou a então capital federal, a cidade do Rio de Janeiro, pela iniciativa do cardeal D. Sebastião Leme.

Mais de um milhão de fiéis, aclamaram Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil.

Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora Aparecida foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Em necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos Missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início a 11 de novembro de 1955 a construção de uma outra igreja, atual Basílica Nova, o maior Santuário Mariano do mundo.

Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo II e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional.

Oração:

Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida. Mãe de Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores, refúgio e consolação dos aflitos e atribulados, Virgem Santíssima cheia de poder e de bondade, lançai sobre nós um olhar favorável, para que sejamos socorridos por vós, em todas as necessidades em que nos acharmos.

Lembrai-vos, ó clementíssima Mãe Aparecida, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm a vós recorrido, invocado vosso santíssimo nome e implorado vossa singular proteção, fosse por vós abandonado.
Animados com esta confiança, a vós recorremos.

Tomamo-nos de hoje para sempre por nossa Mãe, nossa protetora, consolação e guia, esperança e luz na hora da morte.
Livrai-nos de tudo o que possa ofender-vos e a vosso Santíssimo Filho, Jesus.

Preservai-nos de todos os perigos da alma e do corpo; dirigi-nos em todos os negócios espirituais e temporais. Livrai-nos da tentação do demônio, para que, trilhando o caminho da virtude, possamos um dia ver-vos e amar-vos na eterna glória, por todos os séculos dos séculos.

Amém.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora Aparecida de Cabo Frio

Os viajantes que se aproximam da antiga cidade de Cabo Frio ficam encantados com a beleza de suas paisagens, marcadas pelas dunas brancas que cobrem suas praias pitorescas, as salinas e reminiscências arquitetônicas do período colonial

Foi nesse lugar maravilhoso, muito procurado atualmente pelos turistas nacionais e estrangeiros, que no dia 24 de setembro de 1721 o pescador Domingos André Ribeiro achou numa grota, no local denominado Focinho do Cabo, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, de mãos postas e com a lua sob os pés. Esta imagem de mais ou menos 30 em de altura encontrada entre os penedos batidos pelo mar, era de madeira incorruptível e, apesar da violência da correnteza, a pintura do rosto estava perfeita c a escultura não apresentava o mínimo defeito.

Ao tomarem conhecimento da milagrosa descoberta, os habitantes da cidade foram em procissão buscar a imagem e a levaram para a paróquia. Alguns dias depois a Câmara da cidade enviou ao rei de Portugal, D. João Vitória ES, carta comunicando esse fato extraordinário e pedindo auxilio para a construção de um templo em honra da Virgem Aparecida.

Por ordem expressa do soberano, o provedor da Real Fazenda fez as necessárias averiguações sobre o aparecimento da imagem de Nossa Senhora, assim como sobre os casos milagrosos manifestados por seu intermédio. Às duas devassas efetuadas, voltaram a Lisboa confirmando todas as noticias, principalmente o grande número de milagres alcançados pela intercessão da Virgem de Cabo Frio.

Finalmente o rei D. João V, convencido da veracidade dos fatos apresentados, ordenou, por uma provisão régia datada de 1731, que se fizesse por conta da Real Fazenda uma capela em honra da Virgem aparecida, dentro da Igreja Matriz de Nossa Senhora de Assunção, que foi também convenientemente remodelada, pois se achava em ruínas.

A cidade de Cabo Frio é uma das mais antigas do Brasil, fundada em 1615 pelo capitão Constantino Menelau, enviado para afugentar os ingleses que ali tentavam desembarcar e se estabelecer. A povoação surgiu no mesmo local onde muitos anos antes alguns corsários franceses, ajudados pelos índios tamoios, haviam construído uma fortaleza por eles denominada “Casa de Pedras”. Em seu lugar levantou-se o forte de São Mateus, em cuja ruínas o viajante ainda hoje pode admirar os velhos canhões coloniais.

A antiga vila denominada Santa Helena por Menelau, e cujo nome foi mudado posteriormente para Nossa Senhora da Assunção de Cabo Frio, até bem pouco tempo era conhecida apenas por pescadores e salineiros. Atualmente tem se tomado um centro de atração turística e a imagem da Virgem Aparecida, de sua pequena capela, assiste ao progresso sempre crescente da pitoresca cidade que ela escolheu para morada, muitos antes que os “caçadores de paisagens” descobrissem as belezas daquele recanto fluminense.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora Aparecida de Portugal

“Nos últimos anos do século XVIII, pedia esmola por esta terra um pobre ermitão, contando-se ser estrangeiro. Todos o amavam porque em muito bondoso, estimava os animais e respeitava as crianças. Morava num subterrâneo, numa antiga mina seca, que existia no monte da Conceição, lugar onde hoje se encontra a Ermida de Nossa Senhora Aparecida. Trazia consigo, num oratório, uma imagem da Virgem Maria, que apresentava quando pedia esmola. Por vezes alargava os seus passeios e, assim, se passavam meses sem ser visto nestes sítios. Mas, um dia, desapareceu de vez. O que lhe teria acontecido? Ninguém sabia responder. E. assim passou ao esquecimento.

Passaram-se muitos anos, até que um fenômeno veio chamar a atenção do povo para o antigo abrigo do ermitão. Eram estrelas cadentes que, em noites seguidas, ali pareciam ir beijar o chão. E também faíscas elétricas que, em dias de tempestade, ali caíam sem perigo. O povo e o vigário, admirados com o que se passava, resolveram ir escavar e encontraram sinais de uma mina aluída, onde apareceu a pequena imagem da Virgem, que passou a tomar o nome de Senhora Aparecida.

Perto de tal imagem, encontrava-se uma panela, alguns restos e carvão. Era ali que o pobre mendigo descansava e foi ali também, a sua sepultura. Foi, por certo, um novo alimento que soterrou, mas deixando inteira a pequenina imagem que o acompanhou em vida. Quando isto se descobriu, os sinos repicaram e lágrimas de alegria cobriram o rosto de todos quantos assistiram a este acontecimento. A notícia correu todo o norte de Portugal. A partir daí, começou a peregrinação a este santo lugar. Assim começou a festejar-se a Romaria de Senhora Aparecida, nos dias 13,14 e 15 de Agosto de cada ano.

ORAÇÃO

Ó Senhora Aparecida, grande milagre fizeste, aqui vem o penitente a quem vós vida deste. Ó Senhora Aparecida, nós já fomos e viemos, fomos pedir perdão dos pecados que fizemos.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora Auxiliadora

Esta invocação mariana encontra suas raízes no ano 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lança seu olhar de cobiça sobre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate católico. A vitória aconteceu no dia 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão à Virgem acrescentando nas ladainhas loretanas a invocação: Auxiliadora dos Cristãos.

No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus: Napoleão I, empenhado em dominar os estados pontifícios, foi excomungado pelo Sumo Pontífice. Em resposta, o imperador francês seqüestrou o Vigário de Cristo, levando-o para a França. Movido por ardente fé na vitória, o Papa recorreu à intercessão de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto. O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Uma vez fracassado, Napoleão cedeu à opinião pública e libertou o Papa, que voltou a Savona para cumprir sua promessa. No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral. Os bens eclesiásticos foram restituídos. Napoleão viu-se obrigado a assinar a abdicação no mesmo palácio onde aprisionara o velho pontífice.

Para marcar seu agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.

O grande apóstolo da juventude, Dom Bosco, adotou esta invocação para sua Congregação Salesiana porque ele viveu numa época de luta entre o poder civil e o eclesiástico. A fundação de sua família religiosa, que difunde pelo mundo o amor a Nossa Senhora Auxiliadora, deu-se sob o ministério do Conde Cavour, no auge dos ódios políticos e religiosos que culminaram na queda de Roma e destruição do poder temporal da Igreja. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra educacional de Dom Bosco para defendê-la em todas as dificuldades.

No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São João Bosco iniciou a construção, em Turim, de um santuário, que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos.

A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu com sua mãe Margarida, a confiar inteiramente em Nossa Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o título Auxiliadora dos Cristãos. Para perpetuar o seu amor e a sua gratidão para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido por todos e para sempre que foi “Ela (Maria) quem tudo fez”, quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregação por ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fossem um monumento vivo dessa sua gratidão.

Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a “Virgem de Dom Bosco”.

Escreveu Dom Bosco: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso”.

Oração a Nossa Senhora Auxiliadora, Protetora do Lar

Santíssima Virgem Maria
a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos.
nós vos escolhemos como Senhora e Protetora desta casa.
Dignai-vos mostrar aqui Vosso auxílio poderoso.
Preservai esta casa de todo perigo:
do incêndio, da inundação, do raio, das tempestades, dos ladrões, dos malfeitores, da guerra
e de todas as outras calamidades que conheceis. Abençoai, protegei, defendei,
guardai como coisa vossa
as pessoas que vivem nesta casa.
Sobretudo concedei-lhes a graça mais importante, a de viverem sempre na amizade de Deus, evitando o pecado.
Dai-lhes a fé que tivestes na Palavra de Deus, e o amor que nutristes para com Vosso Filho Jesus e para com todos aqueles pelos quais Ele morreu na cruz.

Maria, Auxilio dos Cristãos, rogai por todos que moram nesta casa que Vos foi consagrada.

Amém.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora Conquistadora

Nos primeiros tempos de colonização dos povoados, no extremo oeste do Rio Grande do Sul, à margem esquerda do Rio Uruguai, os padres resolveram dar-lhes o mesmo padrão de família cristã da época. Erguendo suas aldeias junto a cada igreja que construíam, fundavam uma escola de ler, contar, de música e danças religiosas para as crianças que catequizavam em sua própria língua, ensinando-lhes a rezar o Pai-Nosso e a Ave-Maria.

A primeira dessas missões foi fundada pelo padre Roque Gonzáles em 1626. Após construir uma capela de pau-a-pique coberta de palha, que foi dedicada a Nossa Senhora da Candelária, ele rezou ali a primeira missa em terra missionária.

Com a nobre finalidade de trazer o silvícola para o redil de Cristo, o sacerdote percorreu, em canoa rústica pelo rio Ibicuí, 509 léguas no interior pampeano, levando consigo um quadro da Imaculada Conceição, a quem deu o nome carinhoso de “Conquistadora” porque na sua chegada em terras gaúchas conquistou a princípio os dois chefes índios que foram o esteio dos jesuítas no estabelecimento dos Sete Povos, e posteriormente as multidões de Selvagens.

O território das Missões Guaraníticas chegava até Bagé, trecho final da Estância de São Miguel, portanto esta imagem da Virgem foi a primeira que passou por aqueles campos, tendo sido venerada na capela de Santo André das Guenoas, nos limites de Dom Pedrito onde viviam as tribos guardadoras dos marcos pátrios, perto do forte de Santa Tecla.

Criou ainda o padre Roque as aldeias de São Nicolau e Assunção quando recebeu um pedido dos índios do Caró para lá organizar uma redução, pois muitos desejavam ser batizados e tomar-se cristãos. Dirigiu-se para aquela região, junto com o padre Afonso Rodrigues, e iniciou o arraial de Todos os Santos, inaugurando uma tosca igreja, construída com o auxílio dos silvícolas. No dia 15 do mesmo mês ele e seu companheiro foram assassinados por emissários do Cacique Nheçu, chefe dos índios conjurados, que se dirigiram para Assunção, matando também o padre Juan de Castilho. Estes três jesuítas martirizados foram posteriormente beatificados e são conhecidos como os três Mártires do Rio Grande.

Depois de matarem os sacerdotes, os índios revoltados saquearam e queimaram a capelinha e a casa dos padres. Entre os objetos encontrados no templo depredado estava um quadro de Imaculada Conceição, cópia da pintura do irmão Bernardes Rodrigues, feita em 1613. Rasgaram-na os matadores do beato Roque e queimaram-na. Índios cristãos juntaram alguns pedaços dela e levaram para Corrientes, onde a Mártir Excelsa, em migalhas, foi recebida com grandes homenagens.

Após alguns séculos de ausência a Virgem Campeira chegou novamente a Bagé em 1972, retomando ao seu antigo pago de glórias e abençoando o povo que a tomou por Madrinha. É admirável naquele recanto gaúcho o entusiasmo pela construção de seu Santuário e a expansão da Obra da Conquistadora, que em época remota seduziu o índio Missionário e atualmente defende as famílias católicas contra o divórcio, que, pretendendo resolver problemas pessoais, cria uma série de problemas sociais.

Como a primeira invocação da Virgem Maria que entrou no Rio Grande do Sul. Nossa Senhora Conquistadora é a Protetora nata do Estado, já tendo sido proclamada Padroeira da Diocese de Uruguaiana e de Província Sul dos Padres Palotinos.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora Consolata

No dia 20 de cada mês, a Paróquia Nossa Senhora Consolata – em Brasília – DF celebra o Dia da Consolação, com pedidos e intercessão – Adoração ao Santíssimo Sacramento – oração de cura – e Santa Missa – Intensa programação destinada a todos os que sofrem e necessitam da consolação de Jesus e a Intercessão de Maria Santíssima.

BEM-AVENTURADOS OS QUE SOFREM

Você provavelmente carrega algum problema, alguma angústia, sofre alguma dor, padece de alguma doença, está triste, deprimido, enlutado ou em crise, sente-se perseguido ou injustiçado.

Você como todo ser humano, sente-se atingido por algum mal, dura realidade da qual ninguém escapa.

Mas isso não deve atormentá-lo, muito menos levá-lo ao desespero. Tenha confiança e venha para os braços de Nossa Mãe do Céu, Ela quer consolá-lo, curá-lo, protegê-lo, abraçá-lo carinhosamente c conduzi-lo Aquele que é tudo, JESUS, nosso Irmão, e Senhor de nossas vidas, nosso Salvador c Supremo Consolador.

Não se esqueça jamais do que nos disse Jesus, no Sermão da Montanha:

“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!”(Mt5,4).

Seja você também um CONSOLADOR, visite um doente, um preso, vista um nu, dê de comer a quem tem fome, lute por justiça, faça um gesto para consolar alguém e reze a seguinte oração.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA CONSOLATA

Oprimido pelas tribulações, e reconhecendo minhas falhas e negligências, a vós recorro, Virgem Maria. Vós sois no céu li Rainha dos Anjos e dos Santos, mas aqui na terra quereis se a Mãe das Consolações.

Vós sois a Consolata e eu vosso filho. Quero ser semelhante a vós, quero ser consolado. Não peço honras, prazeres ou riquezas, só vos peço consolação.

Mãe dulcíssima, vós sabeis o modo; conheceis o caminho para ouvir-me, por isso confio plenamente em vós! Dizei uma palavra a Jesus que, com tanto amor e carinho, trazeis em vossos braços, e provarei a alegria do conforto. Consolado por vós e pelo vosso filho, saberei sofrer em paz as minhas penas; ser-me-á mais suave a dor e mais serena a morte. E quando chegar junto aos vosso trono, cantarei, eternamente, as vossas misericórdias. Assim seja.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora D’ablon

Nossa Senhora de d’Ablon, título proveniente do nome da cidade em que é venerada. é invocada contra a morte súbita.

O abade Lassailly, cura da paróquia, informa que há muito tempo ninguém morre em Ablon de morte repentina.

Um antigo ditado popular muito conhecido diz: “Em Ablon não se morre pelo ferro nem pelo fogo”.

Durante os bombardeios de 1944, verdadeiramente mortíferos, as vitimas se contaram por centenas fora da paróquia e ao redor dela, mas na paróquia de Nossa Senhora de d’Ablon não houve uma vítima sequer.

Ao sinal de alarme, os habitantes desciam para os abrigos rezando alto a invocação local: “Nossa Senhora de d’ Ablon, protegei-nos, rogai por nós!” E foram sempre salvos.

A imagem de Nossa Senhora de d’Ablon não escapou à fúria dos iconoclastas, que a precipitaram no rio Sena, de modo que foi provisoriamente substituída por outra, até que os fiéis, querendo manifestar seu reconhecimento à sua protetora por uma representação mais apropriada, mandaram esculpir uma imagem que é o símbolo patente do velho ditado acima citado:
Nossa Senhora está com a mão direita em ato de abençoar, e com a esquerda desvia uma espada e chamas.

A festa principal é em 15 de agosto.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora D’arcachon ou do Bom Porto

Arcachon é formada de duas aglomerações de casas: a estação balneária, na vizinhança da praia, e o quarteirão de inverno, estabelecido ao longo de uma linha de dunas, que o abrigam dos ventos do largo.

A palavra Arcachon é composta de deus palavras gregas, que significam “Porto de Socorro”.

Eis a lenda concernente a este título e Nossa Senhora: uma jovem franciscano que acabava de obter, por suas orações, o fim de uma tempestade recebeu nos braços, trazida pelas ondas, uma imagem da Rainha do Céu esculpida em bloco de alabastro, a qual parece datar do século XIII.

A primeira capela, construída em lugar impróprio, durou pouco tempo, sendo então edificada outra em lugar mais apropriado.

Nossa Senhora tinha outrora o título de Nossa Senhora do Bom Porto e foi coroada em 1873; atualmente é mais conhecida sob o título de Nossa Senhora d’ Arcachon, por ser Arcachon o nome do lugar em que está o santuário.

As peregrinações a este santuário são muito freqüentadas pelos marítimos, principalmente em 25 de março e em todas as festas de Nossa Senhora.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora D’Oropa

Ao nordeste de Biella, província do Piemonte, Itália, à altura de 200 metros, localiza-se o santuário onde se venera a imagem de uma Nossa Senhora de cor negra que, segundo uma antiga tradição, foi levada por Santo Eusébio da Terra Santa para o vale d’Oropa. Trata-se de um dos mais antigos locais de peregrinação do ocidente. Numa pedra que se encontra na basílica está afixada uma data: ano de 369.

Após fundar um mosteiro em Vercelli, Santo Eusébio retomou ao vale d’ Oropa e reuniu discípulos em torno de si, que depois viveram como eremitas seguindo a Regra de São Bento. Esses eremitas cuidaram do santuário até o século XV, suportando as aflições provocadas pelas invasões dos bárbaros. Só no século XI a paz voltar a reinar naquele lugar sagrado. No século XVII foram chamados para administrar o santuário padres seculares. Em 1918 ali chegaram os Padres Redentoristas.

Há uma lenda que diz o seguinte: tinham resolvido transportar a imagem milagrosa para Biella. Mal começaram a viagem, a imagem tomou-se tão pesada que era impossível conduzi-la. Quando decidiram retorná-la ao seu lugar, ela recuperou seu peso normal. No luar onde a imagem se recusou a ser transportada construíram uma capela conhecida como “capela do Transporte”, na subida do monte. Em 1599, ameaçada pela peste, a cidade de Biella invocou a proteção da Virgem, fazendo-lhe a promessa de tomar sobre si uma parte dos encargos para a manutenção do santuário e ajudar na aceleração da construção da basílica.

A primeira missa foi celebrada na basílica em 1600. Em 1620 a imagem foi coroada pela primeira vez, na presença de 25 mil pessoas, quando foram presenciados sete milagres. Uma segunda coroação foi realizada em 1720.

Os peregrinos puderam contemplar, na ocasião, uma coroa de estrelas sobre a imagem, bem como um cometa que parecia querer cair sobre o local. Outra coroação, em 1820, reuniu 100 mil fiéis no vale. A quarta coroação ocorreu nos primeiros anos após a Guerra Mundial. A festa foi presidida pelo Cardeal Isidoro Valfré, como legado do Papa.

São incontáveis os milagres operados por intercessão de Nossa Senhora d’Oropa no decorrer dos séculos. No livrinho Il di Santuário di Oropa. o Pe. Mario Trompetto informa que o rosto e as mãos da imagem jamais são atingidos pelo pó, apesar de nunca serem espanados. Este milagre pode ser observado por qualquer peregrino.

As peregrinações realizam-se durante todo o ano litúrgico, especialmente nos dias 21 de novembro, 15 de agosto e 8 de setembro. Uma grande procissão conhecida como “procissão da peste”, organizada pelos habitantes de Biella, acontece anualmente no dia 1º de maio.

Oração:

Senhora Nossa, Mãe de Deus, que vos dignastes interceder pelos moradores de Biella livrando-os da peste, lembrai-vos de todos aqueles que invocam o vosso nome santíssimo.

Rogai por nós junto ao vosso amantíssimo Filho, para que sejamos beneficiados com a saúde do corpo e da alma e livres de todos os males que possam nos atingir.

Amém.

Invocações Marianas

Invocação Mariana: Nossa Senhora da Abadia

Também conhecida como Santa Maria do Bouro, por ser originária do convento do Bouro, próximo à cidade de Braga, em Portugal. A imagem, muito antiga, pertenciaa um recolhimento religioso chamado Mosteiro das Montanhas, que existia naqueles arredores por volta do ano 883. Com a invasão dos sarracenos, os religiosos escaparam levando consigo a imagem da Virgem.

No tempo do Conde Dom Henrique, um fidalgo chamado Pelágio Amado, tendo-se enviuvado, decidiu consagrar sua vida à oração e à penitência, abandonando a corte. Dirigindo-¬se a Braga, ali encontra, mais precisamente na ermida de São Miguel, um santo ermitão chamado Frei Lourenço.

Pelágio o procura suplicando-lhe para que o aceitasse como discípulo. O velho eremita, a princípio, duvidou que um homem tão débil fosse capaz de segui-lo em sua vida austeríssima. Frei Lourenço tirou-lhe os nobres trajes e ofereceu-lhe o hábito de eremita. Pelágio cresceu de tal forma na vida de santidade que causou admiração ao próprio mestre.

Cada um vivia em sua cela. Certa noite, o novo eremita Pelágio observou no meio do vale uma grande claridade. Contando ao velho a respeito da estranha luminosidade, na noite seguinte ficaram vigiando e os dois viram o resplendor que saía de uma das pedras iluminando grande parte daqueles vales. Ao amanhecer, trataram de constatar a razão do fenômeno

Para surpresa de ambos, encontraram entre as pedras uma imagem muito antiga da Virgem Maria. Felizes por tal descoberta, ajoelharam-se agradecendo a Deus por aquele favor. Mudaram as celas do alto do monte para aquele local.

Fizeram uma ermida e ali depositaram reverentemente a santa imagem.

O arcebispo de Braga teve notícia da prodígio e foi pessoalmente visitar o eremitério. Vendo a pobreza com que aqueles homens viviam, ordenou o prelado a construção dc uma igreja de pedra lavrada digna de abrigar a Mãe de Deus. Aos poucos foram aparecendo homens dispostos a se consagrarem a Deus e, unidos aos primeiros eremitas, formaram uma comunidade religiosa. Espalhou-se a fama de Nossa Senhora da Abadia. Seus milagres foram-se difundindo pela terra portuguesa. O próprio rei Dom Afonso Henriques foi pessoalmente visitar o santuário, onde deixou uma boa esmola para o culto divino e as necessidades daqueles servos de Deus.

Após a descoberta do novo mundo, a imagem de Nossa Senhora d’Abadia foi trazida ao Brasil certamente, por algum devoto bracarense, que a entronizou nos chapadões do próspero “Triângulo Mineiro”, onde encontramos várias cidades que têm Santa Maria do Douro como padroeira. Passou depois para Goiás, localizando-se principalmente em Muquém e na antiga capital da província, a Vila Boa, que ainda conserva sua bela matriz, construída no século XVIII.

N progressista cidade de Uberaba, Minas Gerais, cultua-se mui piedosamente a Virgem Maria sob o título de Santa Maria do Bouro. Sua igreja, construída em fins do século passado, possuía em suas proximidades uma cisterna cuja água era considerada milagrosa. Fiéis vinham de longe em busca dessa água santa. Devido aos abusos, certo dia, inexplicavelmente, a cisterna secou. Celebrada no dia 15 de agosto, a festa de Nossa Senhora da Abadia reúne centenas de devotos que se dirigem à Virgem do Bouro para fazer seus pedidos e apresentar sua gratidão pelas graças recebidas.

Oração a Nossa Sra. da Abadia
Senhora, mãe de Deus, que no cenáculo,
após a ascensão de Jesus ao céu, presidistes as orações suplicantes dos Apóstolos para a vinda do Divino Espírito Santo; agora, que estais no paraíso à frente dos coros dos anjos e santos, presidí, também, Senhora nossa rainha, toda a nossa vida, orientando-nos para a pátria celeste, onde desejamos estar convosco cantando, eternamente, as glórias de Jesus.
Amém.

Outra oração li Nossa Senhora da Abadia
(Oração recolhida na Paróquia de Abadia dos Dourados, Minas Gerais, Brasil, no centenário de celebração da festa da padroeira)

Ó Senhora da Abadia, aqui estão os vossos filhos que, cheios de gratidão, vieram vos agradecer: agradecer o Dom da vida; agradecer o Dom da fé; agradecer a vida divina:, agradecer a vida de família e de amizades; agradecer a vida da Igreja; agradecer os cem anos de celebração desta festa.

Estes vossos filhos, Senhora e Mãe,
vieram também pedir e suplicar:
olhai, ó Mãe, estes vossos filhos e suas famílias;
olhai, ó :Mãe, esta Paróquia e seu Vigário;
olhai, ó Mãe, esta diocese e seus Bispos;
olhai, ó Mãe, a Igreja e o Santo Padre, o Papa.

Fazei, ó Mãe e Rainha, que estes vossos filhos sejam testemunhas das verdades libertadoras anunciadas no Evangelho de vosso filho Jesus realizando o seu reino também na terra.

Ó Mãe, estes filhos querem gozar um dia de vossa presença na glória do céu, onde de corpo c alma estais com o Pai, reinais com vosso Filho Jesus e viveis com o Espírito Santo.

Amém.