Aix, antiga capital da Provença, cidade elegante e bem construída, foi fundada no ano de 120 a. C.
Invocação Mariana: Nossa Senhora da Sede
Nossa Senhora da Serra
A Espanha é um país de arraigada tradição mariana. Centenas de templos erigidos em honra da Virgem se espalham por pequenas e grandes cidades. Muitas devoções marianas espanholas ultrapassaram os limites da Península Ibérica, levadas pelos colonizadores, como é o caso de Nossa Senhora do Pilar, considerado o mais antigo título de Nossa Senhora. Outras devoções, mais regionais, não aportaram com tanta força no Novo Mundo. Mesmo restritas a certas regiões e províncias, seria lastimável desconhecê-las.
Nossa Senhora da Vida
Notável «retábulo fingido» de cerâmica policromada, constituído por nada menos de 1384 azulejos, este conjunto azulejar de características monumentais procede da Capela de Nossa Senhora da Vidana extinta igreja de Santo André de Lisboa, fundada pelo nobre Bartolomeu Vaz de Lemos, que aí jazeu em campa armoriada datada de 1580.
Invocação Mariana: Nossa Senhora da Visitação
Após a anunciação do anjo, Maria sai apressadamente, diz São Lucas, para visitar sua prima Isabel. Vai prestar-lhe serviços, ajuntando-se provavelmente a alguma caravana de peregrinos que vão à Jerusalém, passa a Samaria e atinge Ain-Karem, na Judéia, onde mora a família de Zacarias. É fácil imaginar os sentimentos que povoam sua alma na meditação do mistério anunciado pelo anjo. São sentimentos de humilde gratidão para com a grandeza e a bondade de Deus tão bem expressos na presença da prima com o cântico do “Magnificat”.
Invocação Mariana: Nossa Senhora da Vitória
Foi declarada padroeira da Málaga pelo Papa Pio IX em 12 de dezembro de 1867
E foi coroada cononicamente em 8 de fevereiro de 1943.
A Bahia de Todos os Santos já era conhecida desde a primeira Expedição Exploradora de 1501, enviada pelo Rei de Portugal para fazer um reconhecimento do território recém – descoberto.
Muito antes da vinda dos primeiros donatários, existia ali uma verdadeira colônia de portugueses que viviam em perfeita harmonia com os índios, sob a direção de Diogo Alvares, o Caramurú. Até uma igrejinha, a de Nossa Senhora da Graça, havia sido erguida sob o patrocínio de Catarina Alvares, a esposa do pioneiro.
Pouco depois, chegou àquelas paragens do Novo Mundo o donatário Francisco Pereira Coutinho, a quem El-Rei havia doado as terras para que as povoasse e desenvolvesse. Entretanto, apesar de no início ter ele conseguido uma paz relativa com os indígenas, os abusos e provocações dos colonos irritaram os selvagens e as lutas recomeçaram, sem que o próprio Diogo Alvares fosse capaz de evitá-las.
Em um destes combates, os portugueses foram assediados por numeroso exército de silvícolas, que tentavam expulsá-los de suas terras. Os lusitanos, desesperados, recorreram á Virgem Maria e, após uma renhida batalha, conseguiram derrotar os inimigos. Em agradecimento à proteção da Mãe de Deus, deram-lhe o título de Senhora da Vitória e construíram um templo em sua homenagem, que foi a primeira paróquia e Igreja matriz da Bahia.
Quando Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral, veio para o Brasil em 1549 e fundou a cidade de Salvador, já encontrou a capela da Vitória e a conservou em memória dos primitivos tempos da colonização. Esta Igreja, reconstruída várias vezes, conserva atualmente a fachada da reforma levada a efeito com o auxilio dado pelo Príncipe Regente Dom João, quando ali esteve em 1808, e obedece a desenho neoclássico.
A invocação de Nossa Senhora da Vitória já existia em Portugal desde o tempo de Dom João I, quando este rei, grato à Virgem Maria pela vitória alcançada em Aljubarrota contra os castelhanos, mandara construir um Mosteiro e um Santuário, talvez o mais velho em estilo gótico português, que recebeu o nome de Santa Maria da Vitória, que é sem dúvida uma das obras primas da arquitetura religiosa lusitana.
Em 1571, a esquadra cristã conseguiu o estrondoso triunfo contra os turcos na batalha naval de Lepanto, afastando definitivamente do continente europeu o perigo muçulmano, que o ameaçara durante vários séculos. O Papa Pio V então, em sinal de gratidão, deu à Virgem Maria o título de Nossa Senhora da Vitória. Naquela ocasião, o desconhecido Brasil, talvez devido à herança da fé portuguesa, já possuía dois Santuários dedicados a esta devoção: o de Salvador e o da capital do Espírito Santo. A vila de Nossa Senhora da Vitória foi fundada em 1551 pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho, em reconhecimento à proteção de Maria Santíssima num combate contra os Índios Goitacases.
A efígie da primitiva Igreja de Salvador, contrastando com a do Espírito Santo, é muito antiga e consta que fora enviada pelo rei Dom Manuel. Estudiosos do assunto, contudo, acham mais provável que ela tenha sido presente de Dom João III, que a entregou a Tomé de Sousa para que ele a trouxesse em sua companhia e lhe dedicasse a primeira paróquia do Brasil. Ela está atualmente na sacristia da Matriz, porém a tradicional palma de prata sobredourada e ornamentada de pedras verdes e vermelhas que lhe foi oferecida após a vitória contra os índios está guardada para evitar ser a presa de ladrões, que atualmente andam à procura de tesouros das Igrejas. A santa que figura sobre o altar-mor é de estilo barroco, datado do século XVII ou XVIII.
Em São Luiz do Maranhão, na luta contra os holandeses em 1662, Ela apareceu no outeiro da Cruz, transformando em pólvora a areia branca da estrada, o que permitiu a vitória dos brasileiros contra os flamengos, que fugiram espavoridos. Outra lenda interessante é a da Igreja de Ilhéus, edificada por volta de 1530, quando a luta entre colonos e indígenas estava mais acirrada. Conta-se que numa das batalhas contra os Aimorés uma linda senhora branca, montada em garboso cavalo, ia à frente dos colonizadores assustando os selvagens, que foram vencidos. A fim de celebrar este acontecimento, a capela, que estava sendo construída com auxílio das mulheres, foi dedicada a Nossa Senhora da Vitória.
Invocação Mariana: Nossa Senhora das Angústias
Nos primeiros tempos após a reconquista de Granada pelos reis católicos, vários devotos cristãos, membros de uma irmandade, mandaram construir nas imediações da cidade uma ermida que, não se sabe por que motivo, puseram sob a proteção das angústias de Nossa Senhora; mas é de crer que a idéia partisse de algum confrade devoto das dores da Santíssima Virgem.
Invocação Mariana: Nossa Senhora das Candeias
Nossa Senhora das Candeias
A invocação de Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da Purificação remonta aos primórdios do cristianismo. Segundo o preceito da lei mosaica, todo filho varão deveria ser apresentado no Templo quarenta dias após seu nascimento. A mãe, considerada impura após o parto, deveria ser purificada em uma cerimônia especial. Nossa Senhora, submetendo-se a esta determinação, apresentou-se com o Menino Jesus no recinto sagrado dos judeus.
Invocação Mariana: Nossa Senhora das Escolas
Em 1894, na França, em pleno regime anticatólico, que ameaçava a educação cristã, surgiu em La Roche a obra de Nossa Senhora das Escolas. A perseguição deu cabo da obra e de seu zeloso fundador; mas alguém a levou para além dos mares, e poucos anos depois (1899), em Ville-Marie (Montreal, Canadá), a Superiora da Escola Normal proclamava Nossa Senhora padroeira das escolas.
Invocação Mariana: Nossa Senhora Achiropita
O culto a Nossa Senhora Achiropita teve início na cidade de Rossano, na região da Calábóa. Itália. Nesta vila, numa pequena gruta, no final do século VI, morava eremita santo Efrém, devotíssimo da Virgem Maria. No ano de 590, ele conseguiu do imperador Mauricio, imperador de Constantinopla, autorização para transformar a gruta num Santuário dedicado a Nossa Senhora.
O governador Fílípico, cunhado do imperador, visando agradar o monarca, trouxe competentes artistas de Bizâncio a fim de pintarem uma imagem da Virgem Maria no fundo do templo.
Infelizmente, o trabalho dos pintores resultava sempre em fracasso. Durante o dia trabalhavam incansavelmente em sua obra. À noite, a imagem desaparecia misteriosamente. O governador, insatisfeito com o ocorrido, ordenou que a gruta fosse vigiada.
Certa noite, o guarda cumpria seu dever em frente à gruta, quando vê surgir do nada uma jovem senhora, de rara beleza, trajando uma túnica de seda pura, muito alva, resplandecente de luz. A senhora pediu ao guarda para que se afastasse do local. Informado do ocorrido, na manhã seguinte, o governador dirigiu-se à igreja e, para sua surpresa e de todos que o acompanhavam, deparou-se com uma bela imagem da Mãe de Deus pintada exatamente no lugar onde os artistas, em vão, tentavam elaborar a imagem; Nossa Senhora havia pintado a sua própria imagem! A notícia difundiu-se por toda a vila. Os fiéis começaram a chegar ao lugar do milagre e aclamavam entre lágrimas e cânticos de louvor: “Achiropita! Achiropita”, que quer dizer: “imagem não pintada por mãos humanas'”
Os vários milagres ocorridos através de Nossa Senhora aumentaram a popularidade daquele lugar. O imperador Maurício de Constantinopla ordenou a construção de uma basílica dedicada à Virgem Achiropita. No entanto, tudo leva a crer que a atual imagem venerada não seja a primitiva. Os pesquisadores crêem que a pintura de hoje possa ser uma restauração, caso a primeira tenha realmente existido. A opinião dos estudiosos não interessa ao povo simples que prossegue procurando a proteção de Nossa Senhora.
Imigrantes calabreses trouxeram para São Paulo uma cópia fiel daquela que se encontra na basílica de Rossano. Os religiosos da Congregação de Dom Orione, com a ajuda de muitos membros da colônia italiana em São Paulo, construíram uma igreja no conhecido bairro Bixiga, na capital paulista. Este templo é a igreja-matriz da Paróquia da Bela Vista, desde 1926. Ali pode-se contemplar uma escultura da Virgem Achiropita que foi criada a partir da cópia fiel do quadro original.
Oração a Nossa Senhora Achiropita
Virgem Santíssima, Mãe de Deus e nossa Mãe Achiropita, volvei o vosso olhar piedoso para nós e para as nossas famílias. Através dos séculos, pelos milagres e pelas aparições, mostrastes ser Medianeira perene de graças. Tende compaixão das dificuldades em que nos encontramos e das tristezas que amarguram a nossa vida. Vós, coroada Rainha, à direita do Vosso Filho, cheia de glória imortal, podeis auxiliar-nos. Tudo o que está em nós e em volta de nós, receba as vossas bênçãos maternais. Ó Rainha Achiropita, prometemos dedicar-vos toda a nossa vida para a honra do vosso culto c a serviço de nossos irmãos. Solicitamos de vossa maternal bondade os auxílios em nossas necessidades e a graça de viver sob a vossa constante proteção, consolados em nossas aflições e livres das presentes angústias. Com confiança podemos repetir que, não recorre a vós inutilmente aquele que Vos invoca sob o titulo de “Achiropita”. Amém.
Invocação Mariana: Nossa Senhora Anunciada
Em Setúbal, Portugal surgiu a devoção a Maria com o titulo de Anunciada. Este nome, segundo a tradição, nasceu a partir do “anúncio” que uma senhora fez ao deparar com pequena imagem representando a Mãe de Deus.
Uma pobre mulher costumava ir à praia procurar lenha para cozinhar ou para se esquentar. Numa das vezes, ao acender o fogo, quando colocava os gravetos para alimentar as chamas, um deles saltou dali para o meio da casa. Sem nada suspeitar, a anciã recolocou-o no fogão. Novamente o graveto saltou longe, jogado por uma força invisível. Isto aconteceu por umas três vezes, o que despertou a curiosidade daquela senhora. Ela pegou o graveto, para examinar de perto o que o forçava saltar. Observou tratar-se não de um cavaco qualquer, mas, de uma pequena imagem da Mãe de Deus. Estava incrustada naquele pau miúdo, medindo, aproximadamente, “um terço de palmo” conforme relato de José Custódio Vieira da Silva, em Setúbal, 1990. Espantada, a senhora gritou: “Virgem Anunciada”! Saiu às pressas, “anunciar” às vizinhas o falo prodigioso. Daí a origem do nome. As piedosas companheiras foram ver a Senhora Anunciada. Todo o povo de Setúbal e alguns padres foram conferir o acontecido. Os eclesiásticos deliberaram que se colocasse a santa imagem em lugar conveniente.
Esta tradição que vem de pais para filhos, encontra-se registrada no “Cartório” da Confraria de Nossa Senhora da Anunciada. Ocorreu no tempo dos reis Dom Sancho II ou Dom Afonso III por volta dos anos 1235 a 1250.
Entre os acontecimentos mais notórios ocorridos por intercessão de Nossa Senhora da Anunciada, foi a chuva abundante que caiu, imediatamente quando terminou uma procissão de penitência. A seca vinha a dois anos sacrificando toda a região, reduzindo as terras em seixos, secando os poços, fontes e rios, causando muito incômodo a todos os seres vivos. Tanta repercussão causou esse “milagre” que muitas celebridades solicitaram o ingresso na Irmandade. Entre elas D. João III e Dom Sebastião. A imagem recebeu outros nomes: “Senhora da Água; Senhora Pequenina; Senhora Angelical”. O mais conhecido é Anunciada. Em dias determinados, a imagem era exposta à veneração dos fiéis, em agradecimento pelo generoso amparo com a chuva abundante. Celebra-se em 25 de março.
Oração a Nossa Senhora da Anunciada
Maria, Mãe de Deus!
Humildemente imploramos a vossa intercessão para alcançarmos a graça de compreender que, vosso Filho Jesus é a fonte de todo eterno bem, infinitamente maior que a mais abundante chuva, símbolo da vossa bondade.
Amém.
Nossa Senhora Anunciada, Rogai por nós!