E-mail

contato@salvemariaimaculada.com.br

Exibindo: 491 - 498 de 498 RESULTADOS
Artigos

Há 06 anos, Deus chamava para o céu, Irmã Lucia

Há seis anos morria a humilde carmelita, Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, na serenidade da clausura na qual viveu cerca de 60 anos, ela fez saltar de comoção os corações em todo o orbe .No interior do Carmelo de Coimbra, a célebre vidente era uma freira como qualquer outra. Porém, para quem passava junto aos altos muros da clausura, aquele era “o convento da Irmã Lúcia”, uma das crianças a quem Nossa Senhora apareceu em Fátima, em 1917. Ao transpor os umbrais da morte, essa humilde religiosa foi repentinamente elevada, do apagamento voluntário em que vivia, ao pedestal da notoriedade. A declaração de luto nacional em seu país, a suspensão da campanha eleitoral, a paternal mensagem de João Paulo II, a presença de um enviado pontifício às exéquias, o Cardeal Tarcísio Bertone, junto a todo o episcopado português e numerosas autoridades civis, mostram a importância das aparições de Fátima no panorama dos acontecimentos contemporâneos. A Irmã Lúcia viu Nossa Senhora, falou com Ela e foi durante décadas a depositária ciosa e fiel do segredo revelado pelo Papa em 2000, depois da beatificação de Francisco e Jacinta. Porém, quantos enigmas encerra ainda o assunto “Fátima”!…

Por um singular paradoxo e apesar dos esforços feitos pelos videntes para mantê-las em segredo, as aparições ocorridas entre os meses de maio e outubro de 1917 rapidamente se tornaram um acontecimento nacional. Foi Jacinta, a mais jovem, quem primeiro revelou o ocorrido a sua mãe. A pequena pastora não conseguia conter em si a alegria que lhe causara a belíssima visão da Rainha dos Céus, aquela linda Senhora, “mais brilhante que o sol”, e não parava de exclamar: “Ai, que senhora tão linda!” Até que em certo momento confessou à sua progenitora: “Mãe, eu vi Nossa Senhora!” Em poucas horas toda a aldeia de Aljustrel tomou conhecimento da aparição. A notícia corria como um corisco por vales e montes. A cada mês aumentava a multidão que acorria à Cova da Iria até atingir cerca de 70.000 pessoas no dia 13 de outubro de 1917. Nossa Senhora havia prometido fazer nesse dia um portentoso milagre para que todos acreditassem na autenticidade das aparições. E o milagre se realizou. Em pleno meio-dia, o sol “dançou” vertiginosamente durante vários minutos diante da multidão atônita, dando a impressão de precipitar-se sobre a terra, para depois voltar ao seu lugar habitual.

Ilusão coletiva do povo crédulo, diziam muitos, embora houvesse gente de todas as classes e condições sociais constatando o milagre. Mas até o testemunho dos incrédulos contribuiu para confirmar a veracidade do acontecimento. Um conhecido jornal laico da Capital, “O Século”, noticiou o milagre com o seguinte título: “Coisas espantosas! Como o sol bailou ao meio-dia em Fátima!” A partir desse dia, Fátima marcou a História com suas profecias e seus enigmas.

Porém, o mais importante dessas aparições não são seus mistérios e segredos, nem as profecias relativas a Imagem de Nossa Senhora venerada em Valinhos, local onde Ela apareceu em 19 de agosto 1917 acontecimentos já ocorridos – como a aurora boreal que antecedeu a Segunda Guerra Mundial, mencionada no segundo segredo, ou o “bispo vestido de branco” morto a tiros, de que fala o terceiro.

A essência da Mensagem de Fátima são as maternais palavras de esperança da Mãe de Deus e o meio que Ela põe a nosso alcance para solucionar a crise contemporânea: “Rezai o Rosário todos os dias, para alcançar a paz”. A Mensagem é tão simples que quase somos tentados a exclamar: “É só isso? Nossa Senhora apareceu e ‘arrancou’ o sol de seu lugar apenas para pedir que rezemos?” Sim, essa é a grande profecia. Porque se retomarmos em nossas mãos as contas do Terço, como tantas vezes tem pedido também o Santo Padre, a guerra se afastará do mundo, a humanidade abandonará o pecado, a paz reinará na terra, nas famílias e nas consciências, e a previsão de Nossa Senhora se realizará: “Por fim, meu Imaculado Coração triunfará”.

Todas as outras profecias de Fátima não são senão sinais da Providência de que Nossa Senhora fará cumprir a esperançosa previsão de seu triunfo maternal sobre os corações endurecidos pelo pecado. Que milagres da graça fará a Mãe de Deus para mudar o rumo dos acontecimentos e abrir os corações dos homens à Mensagem do Evangelho? É este, certamente, um dos grandes enigmas que a revelação do Terceiro Segredo não desvendou. Será através do Rosário? Sim, mas não só. Em Fátima Nossa Senhora anunciou que Deus queria estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria e que mais tarde Ela viria pedir a devoção dos Cinco Primeiros Sábados. Por um acaso providencial, a Irmã Lúcia ingressou no convento das Irmãs Dorotéias, em Pontevedra, onde se encontrava em 1925 quando Nossa Senhora voltou a aparecer-lhe para pedir a devoção da Comunhão reparadora dos Cinco Primeiros Sábados. Deste modo, a Espanha também ficou ligada de forma especial à Mensagem de Fátima.

Falecida a Irmã Lúcia e revelado o Terceiro Segredo, permanece ainda um último enigma por desvendar. Nossa Senhora, ao aparecer aos pastorinhos, lhes disse: “Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, No dia 13 a esta mesma hora. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez”. Nunca a Irmã Lúcia confirmou essa sétima aparição, prometida por Nossa Senhora. Todos pensavam que se daria com ela em vida. Sua serena morte, tão característica das almas que dormem na paz do Senhor, deixa sem resposta a pergunta, e sem ninguém a quem pedir a solução. Apesar de seus enigmas, Fátima continua sendo ponto de referência para o qual se voltam todos os olhares quando a magnitude dos acontecimentos faz cambalear a segurança e a estabilidade do mundo moderno. Os que têm fé olham para Fátima com esperança e alegria. Os incrédulos se esforçam em negar sua autenticidade, temerosos de se verem obrigados a ceder diante da evidência. Os indiferentes encolhem os ombros sem analisar os fatos, pois a veracidade da Mensagem de Fátima os levaria a agir em conseqüência. Mas todos têm bem presente que as profecias da Santíssima Virgem se realizarão.

Só Ela sabe qual é o momento oportuno para tocar o fundo da alma do homem contemporâneo com maternais palavras de paz e consolação, realizando assim o que profetizou aos três pastorinhos, em 1917: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.

COMO INTERPRETAR A MORTE DA IRMÃ LÚCIA?

O falecimento da Irmã Lúcia em 2005 parece ter colhido o mundo de surpresa. Apesar da avançada idade dessa freira carmelita, sua existência fazia parte do nosso panorama psicológico. Estávamos habituados a ouvir falar dela ao tratar do assunto Fátima; e, falando dela, era-nos impossível não nos lembrarmos de Fátima. A Irmã Lúcia de Jesus dos Santos, que estava perto de completar 98 anos, era a última dos três pastorinhos aos quais a Santíssima Virgem apareceu em 1917.

 

As aparições da Virgem em Fátima

Em seis ocasiões, entre maio e outubro de 1917, a Virgem apareceu a três crianças, Lúcia, Francisco e Jacinta, num descampado perto de Fátima, em Portugal. A primeira vez foi em 13 de maio, quando elas cuidavam dos rebanhos de ovelhas da família. Conforme escreveu a Irmã Lúcia, tratava-se de “uma Senhora toda vestida de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente”. Seu semblante era de uma indescritível beleza, nem triste nem alegre, mas sério, talvez com uma suave expressão de ligeira censura. “Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.” Na aparição de 13 de junho, a Virgem disse que Jacinta e Francisco morreriam em breve, e assim aconteceu. Lúcia, entretanto, deveria ficar na terra: “Jesus quer servir-Se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”. Na visão de 13 de julho, a Virgem revelou o famoso “segredo de Fátima”. Trataremos dele adiante. Pouco antes da aparição de agosto, o administrador regional seqüestrou as três crianças, ameaçando-as de usar violência se não negassem as aparições ou revelassem o segredo. Elas chegaram a passar a noite na prisão.

Em 13 de outubro de 1917, data da última aparição, 70 mil pessoas se reuniram em Fátima. A Virgem havia prometido um sinal para que todos pudessem acreditar e, com efeito, a multidão pôde testemunhar o “milagre do sol”: o astro “dançou no céu” e pareceu precipitar-se sobre a terra. Esse fenômeno foi observado num raio de até 40 quilômetros do local das aparições.

Poucos anos depois, Jacinta e Francisco morreram, como Nossa Senhora predissera. Em 1925, Lúcia entrou para a Congregação das Irmãs Dorotéias. Quando estava no noviciado, em Pontevedra, a Virgem lhe apareceu, a fim de pedir o estabelecimento da prática da devoção da Comunhão Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados: confessar-se, comungar, rezar um terço e fazer quinze minutos de companhia a Ela meditando nos Mistérios do Rosário com o fim de desagravar o seu Imaculado Coração. Noutra aparição, Nossa Senhora pediu que o Papa, em união com todos os Bispos do mundo, consagrasse a Rússia a seu Imaculado Coração. Em 1948, Lúcia transferiu-se para o Carmelo de Coimbra.

Atendendo solicitação das autoridades da Igreja, redigiu quatro relatos das aparições, o último dos quais, de 1941, bastante minucioso. Cabe ressaltar que as aparições de Fátima de tal modo são marcadas pelos sinais da autenticidade que receberam uma atenção particular da Igreja Católica. É sabido que as autoridades eclesiásticas sempre observam uma cuidadosa distância com relação a revelações privadas. Fátima, no entanto, constitui uma das raras exceções a essa regra, havendo sido favorecida por manifestações de todos os Papas, desde Pio XI, passando por Pio XII, João XXIII e Paulo VI. Por certo o Pontífice mais envolvido com ela foi João Paulo II. Ele chegou a visitar três vezes o local das aparições, encontrando-se com a Irmã Lúcia, interveio pessoalmente para apressar a beatificação de Francisco e Jacinta e declarou taxativamente que “a Igreja aceitou a mensagem de Fátima” (13/5/1982).

O “Segredo de Fátima”

O famoso segredo era dividido em três partes. Na primeira foi mostrado aos pastorinhos o inferno, no qual podiam ver as almas dos condenados em forma de brasas transparentes e negras boiando num espantoso mar de fogo. Para salvar os pecadores, dizia a Virgem, “Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”. Se a humanidade seguisse seus conselhos, muitas almas se salvariam e se obteria a paz. Do contrário, “no reinado de Pio XI” (1922-1939) viria uma segunda guerra mundial, muito pior do que a primeira. Deus iria punir o mundo por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Papa. Na segunda parte do segredo, Nossa Senhora disse que, se seus pedidos não fossem atendidos, a Rússia espalharia seus erros pelo mundo (o comunismo), promovendo guerras e perseguições à Igreja; os bons seriam martirizados, o Santo Padre teria muito que sofrer e muitas nações seriam aniquiladas. Terminava dizendo: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará. A Rússia se converterá e o mundo terá um tempo de paz”. A terceira parte do segredo sempre causou sensação, mesmo porque Lúcia não o havia revelado. Entretanto, enviou um relato dele ao Vaticano, num envelope lacrado, com instruções estritas de que fosse aberto em 1960.

Mas esse segredo só foi revelado no ano 2000, por determinação de João Paulo II. Em resumo, tratava-se de um novo convite à conversão e à penitência, acompanhado da visão de um Papa que caminha, vacilante e trêmulo, atravessando uma cidade em ruínas e juncada de cadáveres. Seguido por uma multidão de bispos, padres, religiosos e fiéis, sobe uma escabrosa colina em cujo topo está uma cruz. Ao chegarem ao alto, todos são massacrados por soldados inimigos a tiros e flechadas. A Igreja sugeriu que isso poderia ser uma alegoria relativa ao atentado contra João Paulo II, na Praça de S. Pedro, em 1981, mas deixava livre a interpretação do complexo texto, admitindo poder referir-se a acontecimentos vindouros. De qualquer modo, o Papa atribuiu sua salvação à Santíssima Virgem, e até entregou ao Bispo de Leiria-Fátima a bala que hoje se encontra na coroa da Imagem.

Mensagem mais atual do que nunca.
Não são raras as intervenções espetaculares de Deus no mundo. Basta recordar milagres retumbantes como a travessia do mar Vermelho e o maná oferecido aos hebreus no deserto. O supremo exemplo, nós o encontramos na Encarnação do próprio Verbo Divino, fato de tal magnitude que em torno dele gira a História dos homens. Fátima parece merecer um lugar de destaque nessa galeria. Podemos dizer, sem medo de exagerar, que constitui o principal acontecimento do século XX. A mensagem ali transmitida por Maria toca de cheio nos principais problemas dos últimos cem anos, tais como as duas guerras mundiais, o avanço do comunismo, os conflitos religiosos e a avassaladora crise moral em curso; aponta-lhes as causas básicas e fornece os remédios. Se acrescentarmos a isso o fato de ter sido a própria Virgem quem serviu de embaixadora do Céu, não há como não lhe atribuir suprema importância.
Mais ainda. Desde 1917, as palavras proféticas da Mãe de Deus ganham cada vez mais uma candente atualidade. Seu apelo vale hoje mais do que há 90 anos. Os problemas por Ela denunciados se agravaram de modo paroxístico. Ante esse preocupante quadro, como considerar o falecimento da Irmã Lúcia? Alguns pretendem ver nele um sinal de que tragédias apocalípticas estão prestes a se abater sobre a humanidade. De nossa parte, parece-nos mais importante voltar nossa atenção para a esperançosa promessa da Virgem: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”. Aconteça o que acontecer, não devemos temer: com toda confiança, atendamos aos pedidos feitos pela Virgem em Fátima, e tenhamos certeza de que Ela cuidará de nós como de filhos muito queridos.

Artigos

O Santíssimo Nome de Maria

O Nome  de Maria é nome de salvação para os regenerados, sinal de todas as virtudes, honra da castidade; é o sacrifício agradável a Deus; é a virtude da hospitalidade; é a escola de santidade; é, enfim, um nome completamente maternal (São Pedro Crisólogo)

O nome de Maria é como um bálsamo que corre agradavelmente sobre os membros dos enfermos e os penetra com eficácia. Ele é semelhante a este óleo que, por suas unções, reanima e suaviza, dá força, flexibilidade e saúde. Mais do que o nome de todos os Santos. O de Maria nos repousa de nossas fadigas, cura todos os nossos males, ilumina nossa cegueira, comove nosso endurecimento e nos encoraja em nossos desânimos. Maria é a vida e a respiração de seus servidores, a saúde dos enfermos, o remédio dos pecadores. Ricardo de São Vítor, interpretando estas palavras do Eclesiastes (VII, 2): “É melhor o bom nome do que os bálsamos preciosos”, as aplica assim à Bem-aventurada Virgem: “O nome de Maria cura os males do pecador com maior eficácia do que a dos unguentos mais procurados; não há doença, por desastrosa que seja, que não ceda imediatamente à voz desse bendito nome”.

Nosso Divino Salvador, se não me engano, no-lo quis recomendar quando, ressuscitando dos mortos, o primeiro nome que aflorou em seus lábios foi o de Maria.

Com efeito, dirigindo-se à Madalena, a primeira a quem Ele aparecia após sua Ressurreição, disse-lha (Jo XX, 16): “Maria”, para nos significar que o nome de Maria encerra a vida em si mesmo, e se harmoniza tão bem com a vida imortal, que merece ser o primeiro a sair da boca do Salvador, já em possessão da imortalidade. Esta reflexão é de Cesário, em sua bomilia sobre a Visitação.

Nome que desarma e abre o coração de Deus, em favor dos homens

E acrescentamos com o Pe. J. Guibert, que assim se expressa na sua Meditação para a festa do Santo Nome de Maria: “O nome de Maria desarma o coração de Deus. Não há pecador, por mais criminoso, que pronuncie em vão esse nome. Embora merecesse, por suas faltas, todas as cóleras do céu, ele se vê protegido como por inviolável pára-raios, logo que articule o nome de Maria.

A este nome, o perdão desce infalivelmente sobre as almas pecadoras, não porque tenha Ela o direito de concedê-lo, mas porque é onipotente para implorá-lo – Omnipotentia suppex. O nome de Maria abre o coração de Deus e põe todos os seus tesouros à disposição da alma que o invoca.

A História nos ensina que uma multidão de Santo caridosos fizeram voto de jamais recusar a esmola que lhes fosse pedida em tal ou tal nome. Assim que ouviam o nome amada, eles davam, davam sempre, até o último óbulo e até suas próprias vestimentas. O nome de Maria tem esse poder mágico sobre o coração de Deus. Deus Filho, Jesus Cristo, entrega tudo o que tem àqueles que Lhes estendem a mão em nome de sua Mãe; Deus Padre, fonte de toda riqueza, concede toda graça àqueles que mendigam diante dEle invocando o nome de sua Filha Bem-amada. (…)

Nome de salvação e de alegria

O nome de Maria é um nome salvador, sobretudo nos perigos de ordem moral. Quantas tentações por ele foram vencidas, quantos pecados evitados, quantos imundos corações purificados, quantas penosas confissões extraídas de almas que se cria para sempre fechadas!

É também um nome de consolação e de alegria. Ele dissipa a tristeza na alma que o pronuncia. Tendes medo de Deus e de seus julgamentos? Pensai em Maria e invocai seu nome: vossa confiança em Deus renascerá. Tendes medo dos homens, diante dos quais vos cobristes de vergonha e perdestes a reputação? Pensai em Maria e invocai seu nome: e não tereis mais receio de levantar os olhos diante de vossos semelhantes. Esmaga-vos o peso da humilhação ou da dor física? Pensai em Maria, invocai seu nome, e sereis aliviado. Tendes a horrível morte que rompe e põe fim a tudo? Pensai em Maria, invocai seu nome, e tereis coragem de aceitar esse supremo sacrifício.

Nome de força

O nome de Maria, enfim, é um nome de força. Quaisquer que sejam os inimigos que vos ameaçam, venham eles do Inferno, como o demônio que vos tenta; ou venham do mundo, como os adversários que vos perseguem, invocai o poderoso nome de Maria e a todos vencereis.

Quaisquer que sejam vossas próprias fraquezas, provenham elas do orgulho, da inveja, da sensualidade ou da preguiça, confiai vosso débil coração à solicitude da Virgem, invocai o poderoso nome de Maria, e vos vencereis a vós mesmos.

Precioso tesouro da Santíssima Trindade

Recolhendo opiniões dos santos Doutores sobre o nome de Maria, traça São João Eudes esta admirável síntese:

“O nome de Maria, diz Santo Antônio de Pádua, é júbilo para o coração, mel na boca e doce melodia no ouvido.”

“Bem-aventurado o que ama vosso nome, ó Maria (é São Boaventura quem fala), porque este santo nome é uma fonte de graça que refresca a alma sedenta e a faz produzir frutos de justiça.”

“Ó Mãe de Deus, diz o mesmo Santo, que glorioso e admirável é vosso nome. O que o leva em seu coração se verá livre do medo da morte. Basta pronunciá-lo para fazer tremer a todo inferno e por em fuga a todos os demônios. O que deseja possuir a paz e a alegria do coração, que honre vosso santo nome.”

“O nome de Maria, diz São Pedro Crisólogo, é nome de salvação para os regenerados, sinal de todas as virtudes, honra da castidade; é o sacrifício agradável a Deus; é a virtude da hospitalidade; é a escola de santidade; é, enfim, um nome completamente maternal.”

“Ó amabílissima Maria, exclama também São Bernardo, vosso santo nome não pode passar pela boca sem abrasar o coração! Os que Vos amam não podem pensar em Vós, sem um consolo e um gozo muito particulares. Nunca entrais sem doçura na memória dos que Vos honram.”

“Ó Maria, diz o Santo Abade Raimundo Jordão, o chamado Idiota, a Santíssima Trindade Vos deu um nome que, depois do de vosso Filho, está acima de todos os nomes; nome a cuja pronunciação devem dobrar o joelho todas as criaturas do Céu, da terra e do Inferno, e toda língua confessar e honrar a graça, a glória e a virtude do santo nome de Maria. Porque, depois do nome de vosso Filho, não há quem seja tão poderoso para nos assistir em nossas necessidades, nem de quem devamos esperar mais os socorros que necessitamos para nossa eterna salvação.”

“Este nome tem mais virtude do que todos os nomes dos Santos para confortar os débeis, curar os enfermos, iluminar os cegos, abrandar os corações endurecidos, fortificar os que combatem, dar ânimo aos cansados e derrubar o poderio dos demônios” (…).

“Ouçamos a São Germano de Constantinopla: “Como a respiração, diz, não só é o sinal como também a causa da vida, assim quando vedes cristãos que tem com frequência o santo nome de Maria na boca, é sinal de que estão vivos com a verdadeira vida. O afeto particular que se tem a este sagrado nome, dá vida aos mortos, a conserva nos vivos, e os enche de gozo e de benção.”

Numa palavra, quem diz Maria, diz o mais precioso tesouro da Santíssima Trindade, como afirma Orígenes. Quem diz Maria, diz o mais admirável ornamento da casa de Deus. Quem diz Maria, diz a glória, o amor e as delícias do Céu e da Terra.

Nome terrível para os demônios

Concluímos com estas fervorosas palavras do venerável Tomás de Kempis, a respeito do glorioso nome da Mãe de Deus:

Os espíritos malignos tremem ante a Rainha dos Céus, e fogem como se corre do fogo, ao ouvir seu santo nome. Causa-lhes pavor o santo e terrível nome de Maria, que para o cristão é um extremo amável e constantemente celebrado.

Não podem os demônios comparecer nem poder por em jogo suas artimanhas onde vêem resplandecer o nome de Maria. Como trovão que ressoa no céu, assim caem derrubados ao ouvirem o nome de Santa Maria. E quanto mais amiúde se profere este nome, e mais fervorosamente se invoca, mais céleres e para mais longe escapam.

Nome a ser continuamente invocado

De outro lado, os Santos Anjos e os espíritos dos justos se alegram e se deliciam com a devoção dos fiéis, ao verem com quanto afeto e frequência celebram estes a memória de Santa Maria, cujo glorioso nome aparece em todas as igrejas do orbe, que tem especialmente consagradas a seu louvor. E é justo e digno que acima de todos os Santos seja honrada na Terra a Mãe de Deus, a quem os Anjos veneram todos a uma só voz, com sublimes cânticos.

Seja, pois, o nome de Maria venerado por todos os fiéis, sempre amado pelos devotos, vinculado aos religiosos, recomendado aos seculares, anunciado pelos pregadores, infundindo aos atribulados, invocado em toda sorte de perigos. É desejo de Deus que os homens amem a Nossa Senhora.

É desejo de Deus que os homens amem a Nossa Senhora

Devemos amar a Santíssima Virgem – escreve Santa Antônio Maria Claret – porque Deus o quer. (…) Ele próprio nos dá exemplo e nos incita a amar a Maria: O Padre Eterno A escolheu por Filha sua muito amada; o Filho Eterno A tomou por Mãe, e o Espírito Santo, por Esposa. Toda a Santíssima Trindade A coroou como Rainha e Imperatriz do Céu e da terra, e A constituiu dispensadora de todas as graças (…)

Devemos amar a Maria Santíssima porque Ela o merece, pelo cúmulo de graças que recebeu sobre a Terra, pela eminência da glória que possui no Céu, pela dignidade quase infinita de Mãe de Deus a que foi exaltada, e pelas prerrogativas inerentes a esta sublime dignidade. (…)

Devemos amar a Maria Santíssima e ser seus devotos verdadeiros, porque a devoção a Ela é um meio poderosíssimo para alcançar a salvação.

Bem-aventurados os que amam a Maria

Feliz, feliz aquele que Vos ama, ó Maria, Mãe dulcíssima” – exclama Santo Afonso de Ligório. São João Berchmans, da Companhia de Jesus, costumava dizer: Se amo a Maria, estou certo da minha perseverança e de Deus obtenho tudo o que quiser. Renovava por isso sem cessar este propósito: Quero amar a Maria, quero amá-La sempre.

Oh! como esta boa Mãe excede em amor a todos os seus filhos! Amem-Na estes quanto puderem, sempre serão vencidos pelo amor que lhes consagra Maria, observa Pseudo-Inácio, mártir.

Tenham-lhe a mesma ternura de amor com que A tem amado tantos de seus servos, que já nem sabiam o que mais fazer como prova muito que Lhe bem-queriam. (…)

Estava uma vez ao pé de uma imagem de Maria o Venerável Afonso Rodriguez, da Companhia de Jesus. Abrasado de amor para com a Santíssima Virgem, disse-lhe: Minha Mãe amabilíssima, bem sei que Vós me amais; mas Vós não me quereis tanto quanto eu Vos amo. Então, Maria, como que ofendida em seu amor, lhes respondeu: Que dizes, Afonso, que dizes? Oh! Quanto é maior o meu amor por ti do que o teu por Mim! Sabe, lhe disse, que do meu amor ao teu há mais distância do que do céu à Terra.

Tem, pois, razão São Boaventura ao exclamar: Bem-aventurados aqueles que tem a felicidade de ser fiéis servos e amantes desta Mãe amantíssima! Sim, porque esta gratíssima Rainha não admite que em amor A vençam os seus devotos servidores. Maria, imitando nisto a Nosso Senhor Jesus Cristo, com seus benefícios e favores dá a quem A ama o seu amor duplicado.

Ao amor de Mãe, deve corresponder nosso amor de filhos

Sendo assim, ao amor de Mãe que nos tem Maria, devemos corresponder com nosso amor de filhos. Pois é justo que nosso coração se mostre conquistado pelo seu. Se nós A amamos, devemos nos comprazer com sua lembrança, falar dEla com agrado e obedecê-La com diligência (…)

Devemos nos esforçar por imitá-La. A mais bela homenagem que um filho pode render à sua mãe é de lhe reproduzir os traços em sua própria conduta. Que nosso coração, portanto, seja semelhante ao de Maria. Antes de tudo, que ele seja puro como o dEla; evitemos, pois, a imundície do pecado. Que nosso coração seja bom e terno como o dEla; compassivo, acolhedor, benévolo, generoso. Portanto, que nada exista de duro em nossos pensamentos nem em nossas palavras, em relação ao nosso próximo.

Enfim, que nosso coração seja forte, como o dEla, indomável quando se trata da salvação das almas, não abandonando jamais o terreno, quando nos tenha sido confiado o regate de uma alma, trabalhando para isto com o perigo de nossa própria vida. Portanto, nada dessas timidezes que se recusam a abordar as almas, nada de covardias que recuam diante dos dificuldades.

(Clá Dias, João – Pequeno Ofício da Imaculada Conceição Comentado, Artpress, São Paulo, 1997, p. 299 à 304)

Artigos

Internet – Meio de Evangelização e Atividade Missionária

VATICANO – Internet “pode servir não somente para os estudos, mas também para a ação pastoral dos futuros presbíteros nos vários campos eclesiais, como a evangelização, a atividade missionária, a catequese”, recorda o Papa

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “A Internet, por sua capacidade de superar as distâncias e colocar as pessoas em contato umas com as outras, apresenta grandes oportunidades também para a Igreja e sua missão. Com o necessário discernimento por um seu uso inteligente e prudente, é um instrumento que pode servir não somente para os estudos, mas também para o trabalho pastoral dos futuros presbíteros nos vários campos eclesiais, como a evangelização, a atividade missionária, a catequese, os projetos educacionais e a gestão das instituições”. Foi o que disse o Santo Padre Bento XVI, falando sobre o documento a ser elaborado sobre Internet e formação nos seminários na audiência aos participantes da Assembléia Plenária da Congregação para a Educação Católica (dos Seminários e Institutos de Estudos), que se realizou em 7 de fevereiro. O Papa sublinhou que a educação e a formação “são hoje um dos mais prementes desafios que a Igreja e suas instituições são convidadas a enfrentar” porque a cultura atual “muitas vezes faz do relativismo seu credo”, por este motivo “é importante o serviço que desempenham no mundo as numerosas instituições educacionais que se inspiram numa visão cristã do homem e da realidade”. No seu discurso, o Santo Padre citou o LXX aniversário da Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais, observando que “tal aniversário poderá ser uma oportunidade para conhecer e valorizar as iniciativas vocacionais mais significativas promovidas nas Igrejas locais”. Detendo-se, em seguida, sobre a revisão em andamento do quanto exigido pela Constituição Apostólica Sapientia Christiana sobres os estudos eclesiásticos, o Papa destacou a importância de “tornar sempre mais sólida a relação entre teologia e o estudo da Sagrada Escritura, de modo que ela seja realmente o coração e a alma. Mas o teólogo não deve esquecer se ser aquele que fala com Deus. “É essencial, portanto, manter firmemente unidas a teologia com a oração pessoal e comunitária, sobretudo litúrgica, “enfim, sublinhar “a ligação da teologia com outras disciplinas, considerando que ela é ensinada nas universidades católicas e, em muitos casos, nas civis”. Falando da “educação intercultural”, o Papa disse que “neste contexto exige uma fidelidade corajosa e inovadora, que saiba combinar uma clara consciência da sua identidade e da abertura à alteridade, para as exigências de viver juntos nas sociedades multiculturais. Também para este fim, emerge o papel educacional do ensino religioso católico como disciplina no interdisciplinar em diálogo com as outras. Na verdade, ela contribui grandemente não somente para o desenvolvimento integral do estudante, mas também para o conhecimento do outro, a compreensão e o respeito mútuo”. (SL) (Agência Fides 8/02/2011)

Artigos

Internet: Vaticano afasta possibilidade de confissões no Iphone

Não substitui a presença física do sacerdote!

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) – O aplicativo Confession para iPhone e outras novas tecnologias similares pode ajudar a fazer o exame de consciência preparatório à Confissão, mas nunca poderia substituir o diálogo pessoal entre o penitente e o sacerdote.

Foi o que explicou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, diante das dúvidas manifestadas por alguns jornalistas que cobrem informação vaticana sobre o Imprimatur (declaração que valida uma publicação) concedido ao aplicativo Confession, tal como informou ZENIT (ver http://www.zenit.org/article-27181?l=portuguese).

Após algumas informações que sugeriam que se tratava de Confissão através do iPhone, o padre Lombardi esclareceu que “é essencial compreender bem que o sacramento da Penitência requer necessariamente a relação de diálogo pessoal entre penitente e confessor, assim como a absolvição por parte do confessor presente”.

“Isso não pode ser substituído por nenhum aplicativo informático”. Portanto, “não se pode falar de ‘Confissão pelo iPhone’”, explicou.

Segundo Lombardi, entretanto, em um mundo em que muitas pessoas utilizam suportes informáticos para ler e refletir (e inclusive textos para rezar), não se pode excluir que uma pessoa faça sua reflexão de preparação à Confissão tomando a ajuda de instrumentos digitais. Isso de forma parecida ao que se fazia no passado, “com textos e perguntas escritas em papel, que ajudavam a examinar a consciência”.

Neste caso – prosseguiu – tratar-se-ia de um subsídio pastoral digital que “poderia ser útil”, mas sabendo que “não é um substituto do Sacramento”.

E, além disso, deve ter “uma verdadeira utilidade pastoral” e nunca se tratar de um negócio “alimentado por uma realidade religiosa e espiritual importante como um Sacramento”.

O aplicativo Confession foi desenvolvido pela empresa Little iApps e recebeu há poucos dias o Imprimatur das mãos de Dom Rhodes, bispo de Fort Wayne-Southbend (Estados Unidos).

Segundo explicou a ZENIT Patrick Leinen, programador e cofundador da Little iApps, o aplicativo está pensado para ajudar na preparação à Confissão, oferecendo roteiro de exame de consciência, guia passo a passo do sacramento, ato de contrição e outras orações.

Fonte: Zenit.com

Artigos

O Manifesto de Dresden e Maria

Ainda que não sejam Dogmas de Fé, sabemos que a Igreja Católica, velada ou abertamente tem aprovado muitas aparições e manifestações de Maria ao longo da caminhada do Povo de Deus. Lembramos aqui algumas delas.

Em Guadalupe, no México, ela aparece a um pobre índio no tempo da colonização e exploração espanhola. Em Lourdes, na França, aparece a uma humilde garota pastora, cujo Vigário não queria admití-la à Primeira Comunhão. Em Fátima, Portugal, ela visita três humildes crianças pastorinhas. No Brasil, ela se manifesta  três pobres pescadores do Rio Paraiba, através de uma tosca imagem de argila quebrada, tornando-se conhecida como Nossa Senhora da Conceição Aparecida, aliás, padroeira do Brasil.

As mensagens de Maria que a Igreja acolhe, são sempre profundamente evangélicas, falando de oração, de conversão e de libertação.

A respeito de certas aparições de Maria, houve um pronunciamento de teólogos luteranos da Alemanha Oriental, conhecido como Manifesto de Dresden, publicado na Revista luterana “Spiritus Domini, nº 5 de maio de 1982”, do qual extraímos algumas interessantes afirmações.

Em Lourdes, em Fátima e em outros santuários marianos, a crítica imparcial se encontra diante de fatos sobrenaturais que tem relação direta com a Virgem Maria, seja mediante as aparições, seja em razão dos fatos milagrosos ocorridos por sua intercessão e que desafiam toda explicação natural.

Após frisar a seriadade e a isenção da ciência médica ao examinar as curas de Lourdes e Fátima e o rigor da autoridade eclesiástica em declará-las milagres, continua o Manifesto de Dresden: “Parece que Deus quer dar uma resposta irrefutável à incredulidade dos nossos dias. Como poderá um incrédulo continuar a viver a boa fé na sua incredulidade diante de tais fatos? E também nós cristão evangélicos, podemos ainda, em virtude de preconceitos, passar ao lado destes fatos, sem nos aplicarmos a um atento exame? Porque um cristão evangélico pode ter o direito de ignorar tais realidades pelo fato de se apresentarem na Igreja Católica e não na sua comunidade religiosa? Tais fatos não deveriam, ao contrário, levar-nos a restaurar a figura da Mãe de Deus na Igreja Evangélica? Não nos arriscamos, talvez a cometer um erro fatal, fechando nossos olhos diante de tais realidades e não lhes dando atenção alguma?

Esse documento, ao mesmo tempo que conclama os chefes da Igreja Luterana e outras comunidades cristãs a uma postura objetiva em relação aos milagres operados por meio de Maria, lamenta que tendo sido sufocado o culto da Virgem no coração dos evangelicos, destruíram-se os mais delicados sentimentos da piedade cristã.

E passa a refletir sobre o Magnificat, o canto em que Maria declara que todas as gerações a proclamarão bem-aventurada para sempre, afirmando: “Todos nós verificamos que esta profecia se cumpre na Igreja Católica e, nestes tempos dolorosos, com intensidade sem precedentes. Na Igreja Evangelica tal profecia caiu em tão grande esquecimento que dificilmente se encontra alguns vestigio da mesma”.

Falando sobre Lutero assim se exprime o documento “Lutero honrou Maria até o fim da sua vida; santificava suas festas e cantava diariamente o Magnificat. Perdeu-se na Igreja Evangelica, em tempos posteriores à Reforma, todas as festas a Maria e tudo que nos trazia sua lembrança. Lutero nos diz que nunca poderemos exaltar suficientemente a Mulher que constitui o maior tesouro da Cristandade depois de Cristo”. Essa posição de Lutero lembra um antigo adágio teologico que diz: “De Maria nunquam satis” (De Maria nunca se fala o suficiente).

O Manifesto de Dresden expressa o desejo de colaborar para que Maria seja novamente amada e venerada pelos evangélicos como a Mãe de Nosso Senhor. “O que corresponde ao testamento da Sagrada Escritura e também ao que o reformador protestante Lutero indicou”. E afirma que, através da justa veneração a Maria, “multiplica-se a glória e o louvor ao Senhor”.

O Manifesto de Dresden, constitui-se certamente numa eloquente página de louvor a Maria.

Fonte: Informativo do Santuário Nossa Senhora de Fátima “A Partilha” – Edição 144 Fev/2011 – Santa Cruz do Rio Pardo/SP (Frei Lourenço Maria Papin, OP)

Artigos

“A presença e a vida de Jesus de Nazaré não ficou enclausurada no seu tempo” afirma o arcebispo de Porto Alegre

Porto Alegre (Terça-Feira, 21-12-2010, Gaudium Press) Na semana do Natal, o arcebispo metropolitano de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Dom Dadeus Grings, escreve um artigo especial com o título “O Natal do Messias”, no qual afirma que para conhecer verdadeiramente a Jesus temos que nos situar em um contexto das comunidades que se formaram em torno de seu nome e que, meio século depois, colocaram, por escrito, sua experiência de fé.

Em outras palavras, afirma o prelado, tendo Jesus vivido no início do século I, nós vemos já a partir do final do mesmo século, pelos escritos que conhecemos como Sagrada Escritura do Novo testamento, quando a fé na sua pessoa estava solidificada. “Com isso queremos dizer que não havia ‘estenógrafo’ nem gravador para registrar os atos e as palavras de Jesus. Sua atuação passou para a vida de seus discípulos, que a transmitiram para os tempos futuros pelo testemunho”, acrescenta.

Dom Dadeus destaca também que a presença e a vida de Jesus de Nazaré não ficou enclausurada no seu tempo e no seu espaço palestinense, mas repercutiu profundamente na humanidade inteira. Segundo ele, somente após a repercussão, pela criação de comunidades de fé, foi que elas se consignaram por escrito. “Bem antes disso já eram vida e luz para os homens, ou seja, se acolhiam como Tradição”.

Para o arcebispo, essa tradição nos diz que o ponto central, diante das vicissitudes dos judeus, cuja sobrevivência estava sendo posta em xeque diante do Império romano, era a figura histórica de Jesus. Dom Dadeus lembra que o evangelista Mateus o põe no meio de seu Evangelho, situando-o fora do território da Palestina, em Cesareia de Filipe, e põe a pergunta na própria boca de Jesus: que dizem os homens que sou eu? “A resposta vaga da opinião geral, não satisfaz. Pergunta então aos seguidores: E vós, quem dizeis que sou eu? Mateus põe na boca de Pedro a resposta, que é de todos os discípulos: Tu és o Messias. E acrescenta algo inaudito: O Filho de Deus vivo”, completa.

A história do cristianismo, de acordo com o arcebispo, é marcada por esta profissão de fé. Reforçando essa afirmação, Dom Dadeus cita o evangelista Lucas, que narra, nos atos dos Apóstolos que, em Antioquia, sob a liderança de Barnabé e Paulo, os discípulos de Jesus, pela primeira vez, foram chamados pelo de “cristãos”, marcando assim decididamente a herança messiânica da linha de Jesus. Para o arcebispo, os discípulos, ao longo dos tempos, se distinguirão dos demais homens por sua fé em Jesus como o Cristo, ou seja, como o Messias prometido no Antigo Testamento.

Por fim, Dom Dadeus explica que Messias é uma palavra hebraica para designar o “esperado nas nações”, e que foi traduzido para o grego como “Cristo”, o Ungido; para o latim como Salvado; e para o árabe como Maomé, o iluminado. O prelado enfatiza que o ponto alto da narração do messianismo de Jesus encontra-se, paradoxalmente, nos acontecimentos da paixão, que ocupam cerca de uma terça parte dos Evangelhos. Diante do Sinédrio, Pilatos pergunta a Jesus se ele é Rei, e com a explicação de Jesus de que seu reino não é deste mundo, ou melhor, que não é nem político e muito menos militar, Pilatos se aquietou.

“Os judeus conseguiram a condenação, por dizer, aos gritos, por Jesus ter-se declarado Filho de Deus. Ele, na verdade, é nosso Salvador e nosso Deus, feito homem, nascido da Virgem Maria. Devemos celebrar com alegria seu Natal e nos desejarmos mutuamente felicidades”, conclui.

A atuação de Jesus Cristo “passou para a vida de seus discípulos, que a transmitiram para os tempos futuros pelo testemunho”

Porto Alegre (Terça-Feira, 21-12-2010, Gaudium Press) Na semana do Natal, o arcebispo metropolitano de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Dom Dadeus Grings, escreve um artigo especial com o título “O Natal do Messias”, no qual afirma que para conhecer verdadeiramente a Jesus temos que nos situar em um contexto das comunidades que se formaram em torno de seu nome e que, meio século depois, colocaram, por escrito, sua experiência de fé.

Em outras palavras, afirma o prelado, tendo Jesus vivido no início do século I, nós vemos já a partir do final do mesmo século, pelos escritos que conhecemos como Sagrada Escritura do Novo testamento, quando a fé na sua pessoa estava solidificada. “Com isso queremos dizer que não havia ‘estenógrafo’ nem gravador para registrar os atos e as palavras de Jesus. Sua atuação passou para a vida de seus discípulos, que a transmitiram para os tempos futuros pelo testemunho”, acrescenta.

Dom Dadeus destaca também que a presença e a vida de Jesus de Nazaré não ficou enclausurada no seu tempo e no seu espaço palestinense, mas repercutiu profundamente na humanidade inteira. Segundo ele, somente após a repercussão, pela criação de comunidades de fé, foi que elas se consignaram por escrito. “Bem antes disso já eram vida e luz para os homens, ou seja, se acolhiam como Tradição”.

Para o arcebispo, essa tradição nos diz que o ponto central, diante das vicissitudes dos judeus, cuja sobrevivência estava sendo posta em xeque diante do Império romano, era a figura histórica de Jesus. Dom Dadeus lembra que o evangelista Mateus o põe no meio de seu Evangelho, situando-o fora do território da Palestina, em Cesareia de Filipe, e põe a pergunta na própria boca de Jesus: que dizem os homens que sou eu? “A resposta vaga da opinião geral, não satisfaz. Pergunta então aos seguidores: E vós, quem dizeis que sou eu? Mateus põe na boca de Pedro a resposta, que é de todos os discípulos: Tu és o Messias. E acrescenta algo inaudito: O Filho de Deus vivo”, completa.

A história do cristianismo, de acordo com o arcebispo, é marcada por esta profissão de fé. Reforçando essa afirmação, Dom Dadeus cita o evangelista Lucas, que narra, nos atos dos Apóstolos que, em Antioquia, sob a liderança de Barnabé e Paulo, os discípulos de Jesus, pela primeira vez, foram chamados pelo de “cristãos”, marcando assim decididamente a herança messiânica da linha de Jesus. Para o arcebispo, os discípulos, ao longo dos tempos, se distinguirão dos demais homens por sua fé em Jesus como o Cristo, ou seja, como o Messias prometido no Antigo Testamento.

Por fim, Dom Dadeus explica que Messias é uma palavra hebraica para designar o “esperado nas nações”, e que foi traduzido para o grego como “Cristo”, o Ungido; para o latim como Salvado; e para o árabe como Maomé, o iluminado. O prelado enfatiza que o ponto alto da narração do messianismo de Jesus encontra-se, paradoxalmente, nos acontecimentos da paixão, que ocupam cerca de uma terça parte dos Evangelhos. Diante do Sinédrio, Pilatos pergunta a Jesus se ele é Rei, e com a explicação de Jesus de que seu reino não é deste mundo, ou melhor, que não é nem político e muito menos militar, Pilatos se aquietou.

“Os judeus conseguiram a condenação, por dizer, aos gritos, por Jesus ter-se declarado Filho de Deus. Ele, na verdade, é nosso Salvador e nosso Deus, feito homem, nascido da Virgem Maria. Devemos celebrar com alegria seu Natal e nos desejarmos mutuamente felicidades”, conclui.

Artigos

Maria: Garantia de salvação

Que preciosa segurança para nosso futuro se amarmos a Santíssima Virgem a ponto de querermos ser imagens vivas d’Ela na Terra!

A devoção a Maria não é um simples ornamento do Catolicismo, nem mesmo um socorro entre muitos outros, que podemos usar ou não, a nosso critério. É uma parte integrante da Religião. Deus quis vir a nós por meio de Maria, e só por meio d’Ela podemos ir a Ele.

Termômetro espiritual e garantia da salvação

Assim como, para certificar-se da vida de uma pessoa, o médico perscruta as batidas de seu coração, nós, para sabermos se uma alma é virtuosa, se ela vive da vida cristã, averiguamos se o culto à Santa Virgem das Virgens lhe é indiferente ou agradável.

Sim, a devoção a Maria é como um termômetro espiritual que marca – se assim podemos dizer – a temperatura de nossa alma, que revela suas disposições secretas. Se as práticas desta devoção nos agradam, podemos estar tranquilos quanto ao estado de nossa alma. Mas se sentimos que há frieza entre nós e a Santíssima Virgem, se abandonamos os atos de culto a Ela, se negligenciamos as orações cotidianas, se alegamos falta de tempo para recitar o Rosário, tenhamos cuidado: nossa virtude diminuiu, a fé de nossa Primeira Comunhão esvaiu- se, estamos no caminho que nos afasta de Deus!

Compreende-se, pois, a necessidade de insistir neste tema, de estimular a piedade e a devoção a Nossa Senhora. Para nós, esta devoção é uma garantia de salvação!

Como assim? É que, se amamos a Virgem Maria, trabalharemos para nos assemelhar a Ela. Somos irresistivelmente levados a imitar as pessoas que nos são simpáticas: quereríamos pensar, falar, viver como elas. Oh! Que preciosa segurança para nosso futuro se amarmos a Santíssima Virgem a ponto de querermos ser imagens vivas d’Ela na Terra! Como Ela, evitaremos tudo quanto desagrada a Deus e tudo quanto causaria prejuízo a nossas almas; como Ela, faremos todo bem, cumpriremos nosso dever, praticaremos a virtude. Com isso, podemos ter confiança.

O exemplo de São Francisco de Sales

Por outro lado, está garantida uma proteção especial da Santíssima Virgem a quem é, de fato, Seu devoto. Quando lhe vierem as provas, as tribulações, as tentações, por mais numerosas e violentas que forem, com a assistência de Maria, ele jamais desesperará. Como prova disso, haveria mil fatos emocionantes para contar. Vejamos somente este, extraído da vida de São Francisco de Sales.

Jovem ainda, São Francisco estava atormentado por uma tentação, contra a qual ele lutava com energia. Mas, numa hora de desânimo, o futuro apareceu–lhe com cores sombrias: ele imaginava-se perdido, condenado ao inferno… Ser condenado, ser separado de Deus, que ele amava como um pai, de Nossa Senhora, que ele venerava como uma mãe, e isso por uma eternidade sem fim!… Este pensamento torturava-lhe o coração e lhe arrancava soluços.

Certo dia, em que ele entrou numa igreja sob essa triste impressão, sentiu como uma mão invisível que o empurrava para os pés de uma imagem de Nossa Senhora. Ajoelhou-se diante dela e suplicou a Maria que lhe obtivesse a graça de vencer essa tentação que o obcecava, e terminou sua oração com estas belas palavras: “Se devo odiar a Deus eternamente no inferno, suplico-Vos uma coisa: obtende-me pelo menos a graça de amá-Lo de todo o meu coração nesta Terra!”.

Terminada sua oração, levantou-se vencedor: a Consoladora dos Aflitos o havia livrado daquele tormento!

Prova de predestinação

Se de vez em quando temos pecados a lamentar, se somos testemunhas entristecidas de quedas humilhantes, não seria porque abandonamos o culto à Santíssima Virgem, porque renunciamos à piedade e, assim, nos privamos de uma assistência que nos teria preservado?

Podemos concluir que uma piedade sólida e sincera é uma prova de predestinação. Se tivermos essa convicção e tomarmos a firme resolução de cultivar, sempre mais e mais, a devoção à Santíssima Virgem e praticar as virtudes que Ela nos inspira, será este um dos melhores frutos desta leitura