Conheça a história da aparição de Nossa Senhora a irmã Elizabeth Redaelli, confira: Enfermaria das Irmãs Marcelinas, em Cernusco na …
História das Aparições de Nossa Senhora do Divino Pranto
Nossa Senhora de Coromoto
No ano de 1652, Nossa Senhora de Coromoto apareceu aos índios do mesmo nome. Foi declarada Padroeira da Venezuela pelo …
Nossa Senhora da Caridade do Cobre
A visita do Papa a Cuba, em sua primeira viagem à América Latina de língua espanhola, coincide com o 400º aniversário da imagem de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba, cuja devoção atrai ao Santuário Mariano cerca de onze mil peregrinos por semana.
Bento XVI visitará a imagem como “Peregrino da Caridade”, rezará diante dela na manhã de 27 de março e lhe entregará a Rosa de Ouro, um gesto filial que os pontífices mantiveram para com algumas imagens de Maria em diversos países.
Dentro das celebrações do Ano Jubilar Mariano que mobilizou todo o país, a vigésima primeira edição da Feira Internacional do Livro, de 9 a 19 de fevereiro em Havana, serviu de marco para a apresentação do livro “Nossa Senhora da Caridade do Cobre. Símbolo de cubanía”, da historiadora Olga Portuondo Zúñiga.
De acordo com a agência Zenit, nos oito capítulos desta segunda edição ampliada, a autora reflete os resultados de uma profunda pesquisa sobre as origens e a evolução da veneração a Maria ao largo da história cubana.
O volume, publicado pela Editora Oriente, foi prologado por Dom Carlos Manuel de Céspedes, que, além de elogiar a beleza estética e a qualidade de impressão do livro, avalia positivamente o conteúdo e a seriedade do trabalho da autora. “Não é uma obra pronta, pois tenho certeza de que no ano que vem estaremos apresentando um novo livro com mais descobertas sobre esse tema e outros relacionados”.
O prelado fez referência também à recém-finalizada peregrinação da imagem de Maria por toda Cuba e à próxima visita do Santo Padre à ilha.
HISTÓRIA
Em Cuba, certa manhã de 1607 ou 1608, dois irmãos indígenas, João e Rodrigo de Joyos, e o crioulo João Moreno, de mais ou menos uns 10 anos, foram enviados pelo administrador das estâncias de Varajagua às costas de Nipe, para de lá trazerem certa quantidade de sal. Chegando lá encontraram um mar agitadíssimo por causa de um forte vento que soprava e da chuva que caía. Perceberam então que era impossível executar a tarefa a qual foram encarregados. Refugiaram-se em uma choça e lá permaneceram durante três dias, até que a tempestade cessou e puderam embarcar em uma canoa para dirigir-se às salinas da costa.
Pelas 5 horas da manhã, perceberam um vulto, que flutuava na direção deles. Pensaram, em princípio, se tratar de uma ave aquática, mas, ao se aproximarem do vulto, notaram que era uma imagem de Nossa Senhora, que vinha sobre uma tábua, na qual se lia a seguinte inscrição: “Eu sou a Virgem da Caridade”. A imagem tinha o rosto redondo, de cor clara, e sustentava no braço esquerdo o menino, que levava em uma das mãos a esfera, símbolo do mundo, tendo a outra levantada em atitude de dar a bênção. Ela inspirava respeito e veneração.
Os meninos então recolheram a imagem, e perceberam que nem a orla do vestido de Nossa Senhora havia se molhado. Recolheram também, com muita pressa, a quantidade de sal que deveriam levar, e conduziram com muito cuidado a imagem para a estância de Varajagua.
Os trabalhadores da estância, sabendo da imagem, preparam um modesto altar e receberam Nossa Senhora com alegria e devoção. Quando o acontecimento chegou ao conhecimento do administrador da estância, ele ordenou que se construísse uma ermida, com uma luz que ardesse constantemente diante da imagem. Enviou também uma comissão de homens competentes para que se informasse sobre o aparecimento da imagem, e para depois levá-la em procissão para o povoado de Cobre. Na procissão, com muitos cantos em louvor a Nossa Senhora, a imagem foi reconhecida como a Rainha da Ilha. A imagem de Nossa Senhora da Caridade, então, foi conduzida e colocada no altar-mor da igreja paroquial.
Em 1703, pelo número grande de romeiros que vinham de todas as regiões implorar a bondade de Nossa Senhora da Caridade, foi construído o atual santuário no lugar indicado pela própria Mãe de Deus, num outeiro que dista 430 passos da vila de Cobre. A festa principal do santuário celebra-se em 8 de setembro, anualmente, com grande número de fiéis.
Os pobres e os enfermos vão em busca de alívio, e são inúmeros os prodígios alcançados graças a Nossa Senhora da Caridade
Nossa Senhora do Divino Pranto
Na comunidade das Irms Marcelinas, em Cernusco, na Itália, berço da Congregação, o médico Dr. Bino, no dia 6 de janeiro de 1924, apresenta seu diagnóstico a respeito de uma jovem religiosa enferma, Irmã Elizabeth: “Nada mais posso fazer por ela. A medicina já não tem recursos neste caso…”. Muito querida por todos, a irmã está cega, debilitada, prostrada por tremendas dores. Muitas vezes, fica, durante horas e horas, inconsciente. Imersa em dores, o sorriso permanece em seus lábios.
Às dez e trinta da noite, na casa religiosa todas dormem. Na enfermaria, Irmã Elizabeth respira com muita dificuldade. De repente, a religiosa começa a falar. As irmãs presentes escutam atônitas o que ela diz:
“Oh! Como a Senhora é boa! Mas eu tenho uma dor tão grande que nem sei oferecer direito a Deus… Reze a Senhora que é tão boa!”.
As religiosas estão atentas, mas não podem ouvir a resposta da ‘Senhora’ que, no entanto, fala: “REZA! CONFIA! ESPERA! Voltarei de 22 para 23”. Em meio ao seu sofrimento, a enferma pensa na dor das outras irmãs enfermas: “Vá falar com Irmã Teresa, Irmã Amália e com Irmã Elisa Antoniani, que há tantos anos está doente!”. A boa ‘Senhora’ sorri e desaparece.
Na manhã seguinte, as companheiras de quarto comentam: “Ontem, à noite, Irmã Elizabeth não parava de falar, sonhando”. Prontamente ela respondeu: “Não sonhei, falei com aquela ‘Senhora'”. As religiosas sorriem penalizadas. A enfermeira, bondosa e enérgica, repreende a Irmã Elizabeth, dizendo: “Que pode ter visto, você, que está cega há um ano? Você sonhou e não invente tolices!…” A Superiora, Irmã Ermínia Bussola, também tenta convencê-la: “… Quero-lhe muito bem e não a engano. Repito que, aqui em casa não veio ninguém de fora. Você sonhou.” A pobre Superiora por toda a sua vida teve que lamentar-se de sua incredulidade. Foi, ao invés, no plano de Deus, uma das tantas provas que autenticaram a aparição.
Irmã Elizabeth prossegue tranqüila carregando sua cruz. Chega fevereiro, trazendo neve e frio intenso. A enferma aguarda um novo encontro com a ‘Senhora’ para o dia 2. Não dorme, ouvindo as batidas do relógio e conta as horas. A noite passa sem nenhuma novidade. Vem a manhã do dia 3 e Irmã Elizabeth mal disfarça o choro. A Superiora pergunta-lhe a razão da tristeza. A enferma responde: “Ela não veio… tinha dito de 2 para 3… A Superiora fica preocupada com as faculdades mentais de Irmã Elizabeth que piora a cada dia. Novamente o médico é chamado. Sua opinião: “Desta vez é o fim. Não há nada mais a fazer. A Irmã tem poucas horas de vida”.
No dia 22 de fevereiro, na enfermaria, Irmã Gariboldi vela pela agonizante acompanhada de outra religiosa. São vinte e três horas e quarenta e cinco minutos. As duas Irmãs rezam em voz baixa. Pedem misericódria para a co-irmã que sofre tanto. Neste momento, Irmã Elizabeth tem um sobressalto. As Irmãs acodem, pensando que chegou o momento final. Mas, aquela que há quinze dias não fala, grita, agora: “Oh! a ‘senhora’! a ‘senhora'”! Trêmula, a Irmã Gariboldi convida a outra Irmã a ajoelhar-se e murmura: “Se for a Senhora, levá-la-á consigo!” Sem nada entender, as duas espectadoras ouvem atentamente: “Oh! a ‘senhora’! De 22 para 23? Pois eu havia entendido de 2 para 3. E era de 22 para 23!…”
De repente, a Irmã Elizabeth se ergue um pouco mais e sua atitude é de espanto quando diz: “Mas, ‘senhora’… é Nossa Senhora! É Nossa Senhora!” Ela vê que a Virgem traz o Menino Jesus nos braços e ele está chorando. “Chora por meus pecados? Chora porque não o amei bastante?…” As religiosas presentes nada ouvem mas pressentem que algo extraordinário está ocorrendo. A Senhora responde: “… O Menino chora porque não é bastante AMADO, PROCURADO, DESEJADO, também pelas pessoas que Lhe são consagradas… Tu deves dizer isto!”
Irmã Elizabeth ainda não percebe a missão que a Senhora lhe confia. Ela julga que a Virgem viera levá-la ao paraíso, no que se equivoca. Maria quer dar-lhe uma missão e para tanto lhe dá um sinal: devolve-lhe a saúde e desaparece com seu Menino. Alguém se lembra de chamar a Superiora que se levanta, achando que vai encontrar a enferma dando seu último suspiro. Ao invés disso, vê a doente luminosa, de olhos radiantes. Irmã Elizabeth corre a abraçar a Superiora, exclamando: “Nossa Senhora curou-me e mandou-me dizer que Jesus chora porque não é bastante AMADO, PROCURADO, DESEJADO, também pelas pessoas que lhe são consagradas!”
O médico que a acompanhou sempre afirmou: “A cura de Irmã Elizabeth não pode ser explicada pela ciência”. Antes, ateu, converteu-se e tornou-se um cristão fervoroso. Mais tarde, conseguida a aprovação da Igreja para este culto de Nossa Senhora, foi modelada uma imagem, de acordo com a descrição feita por Irmã Elizabeth.
Ainda hoje, em Cernusco e em vários países, as Irmãs Marcelinas espalham esta devoção à Virgem Santíssima. A afluência de peregrinações ao local da aparição é grande. A capela já não é suficiente para conter todos aqueles que, cheios de fé, diante da Virgem do Divino Pranto, REZAM, CONFIAM e ESPERAM.
Jaculatória: Querido Menino Jesus, amar-Vos-ei muito para enxugar as lágrimas que Vos faz derramar a ingratidão dos homens.
Nossa Senhora do Divino Pranto,
Rogai por nós que recorremos a vós!
Fonte: “Nossa Senhora do Divino Pranto”, material vocacional publicado pelas Irmãs Marcelinas, São Paulo, 1984.