Benefícios do Santo Rosário:
Para nos animar ainda mais na prática desta devoção das grandes almas, São Luis Grignion acrescenta que o Rosário, recitado com a meditação dos Mistérios:
1) Eleva-nos insensivelmente ao conhecimento perfeito de Jesus Cristo;
2) Purifica as nossas almas do pecado;
3) Faz-nos vitoriosos contra todos os nossos inimigos;
4) Torna-nos fácil a prática das virtudes;
5) Abrasa-nos no amor de Jesus Cristo;
6) Enriquece-nos de graças e de méritos;
7) Fornece-nos com o que pagar todas as nossas dividas com Deus e com os homens;
8) Por fim, faz-nos obter de Deus toda especie de graças
Mas assegura, com o Beato Alano de la Roche, que o Rosário é um manancial e depósito de toda espécie de bens:
“Os pecadores obtêm o perdão;
As almas sedentes saciam-se;
Os que choram encontram a alegria;
Os que são tentados, a tranquilidade;
Os pobres, socorridos;
Os religiosos, afervorados;
Os ignorantes, instruídos;
Os vivos vencem a vaidade, e as almas do purgatório encontram alivio”.
Origem do Rosário
As origens do santo Rosário remontam ao ano 1212, quando São Domingos de Gusmão, durante sua permanência em Toulouse, viu a Virgem Maria, que lhe entregou o Rosário, como resposta a uma de suas orações, para saber como combater a heresia albigense. A vitória alcançada levou-o a ver na oração do Rosário o instrumento para encontrar refúgio e conforto, força e confiança para enfrentar e superar as dificuldades da vida, encontrando no terço o “escudo” para vencer as heresias. A “entrega” do rosário pela Virgem Maria e a sua simplicidade contribuíram para a difusão desta prática de piedade entre o povo, reconhecida pelo Papa Francisco como “mística do povo”. À luz desta experiência, portanto, podemos entender o que aconteceu em 1571.
Os muçulmanos faziam pressão nas fronteiras da Europa. Então, foi formada uma Santa Liga para impedir seu avanço. Pio V, Dominicano e muito devoto de Nossa Senhora, abençoou a bandeira de guerra, com o símbolo do Crucifixo entre os Apóstolos Pedro e Paulo e, no alto, o lema de Constantino “In hoc signo vinces”. Este símbolo, além da imagem de Nossa Senhora, com a inscrição “S. Maria succurre miseris”, foi o único que sobressaía no destacamento da Santa Liga. Ao mesmo tempo, o Papa pediu a todos os cristãos para participar da batalha mediante a oração do santo Rosário.
Sete de Outubro
Assim, o dia 7 de outubro de 1571 foi um triunfo. Todos estavam cientes de que a vitória foi obtida por intervenção divina. Em 1572, Pio V instituiu a festa de Santa Maria da Vitória, transformada pelo seu sucessor, Gregório XIII, na festa de “Nossa Senhora do Rosário”. Nesta esteira, foram reconhecidas outras vitórias, como a de 1683, em Viena: graças à intervenção do Beato Marco de Aviano, também por intervenção divina e confiança na Virgem Maria, foi detido o avanço dos muçulmanos; como em 1687, quando o povo de Veneza suplicou à Virgem Maria para deter a peste: ao vencer a epidemia, por ex-voto, foi construída a basílica de Nossa Senhora da Saúde, comemorada em 21 de novembro.
Por isso, os cristãos veem, hoje, no Rosário, um instrumento dado pela Virgem para contemplar Jesus e, ao meditar sobre a sua vida, amá-Lo e segui-Lo. É interessante notar que, em várias aparições, a Virgem Maria sempre propõe a reza do terço: em Lourdes, Fátima… recomendando, com insistência, a sua oração diária, para superar as divisões, discórdias, inquietação dos corações, entre as familiares e os povos. Hoje, o Santuário mais famoso do mundo, dedicado a Nossa Senhora do Rosário, é o de Pompeia (festejado em 8 de maio), fundado pelo Beato Bartolo Longo, em meados do século XIX.
Clique aqui, e veja o roteiro para os mistérios do Rosário Meditado.
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