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Orações

Ó Maria

Ó Maria, aurora do mundo novo, Mãe dos viventes, confiamo-vos a causa da vida: olhai, Mãe, para o número sem fim de crianças a quem é impedido nascer, de pobres para quem se torna difícil viver, de homens e mulheres vitimas de inumana violência, de idosos e doentes assassinados pela indiferença ou por uma suposta compaixão. Fazei com que todos aqueles que crêem no vosso Filho, saibam anunciar com desassombro e amor aos homens do nosso tempo, o Evangelho da vida.

Alcançai-lhes a graça de o acolher como um dom sempre novo, a alegria de o celebrar com gratidão em toda a sua existência e a coragem para o testemunhar com laboriosa tenacidade, para construírem, juntamente com todos os homens de boa vontade, a civilização da verdade e do amor, para louvor e glória de Deus criador e amante da vida. Amém! (Papa João Paulo Il)


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A Ave-Maria e seus frutos!

O Bem-Aventurado Alano de La Roche, que era devotíssimo da Virgem Maria teve várias revelações dela e sabemos que ele confirmou a verdade destas revelações através de um solene juramento. Três delas possuem ênfase especial: a primeira, quando as pessoas não rezam a Ave Maria (a Saudação Angélica que salvou o mundo) com cuidado, ou porque elas estão entediadas, ou mesmo porque têm aversão a ela, é um sinal de que elas provavelmente e com certeza serão condenadas à punição eterna.

A segunda verdade é que aqueles que amam esta saudação divina possuem um sinal especial de predestinação.

A terceira verdade é que aqueles a quem Deus tem dado este sinal de amor à Nossa Senhora e de servi-la até a hora quando ela os colocar nos Céus através de seu Filho divino, no grau de glória que merecerem. (Bem-aventurado Alano, capítulo XI, parágrafo 2)

Os hereges, todos os que são filhos do mal e claramente possuem o selo de reprovação de Deus, têm horror à Ave-Maria. Eles ainda rezam o Pai-Nosso, mas nunca a Ave-Maria; eles prefeririam colocar uma cobra venenosa em volta de seu pescoço que um Escapulário ou carregar um Rosário.

Entre os católicos, há aqueles que carregam a marca da reprovação de Deus, menosprezando o Rosário de vinte dezenas (mesmo o terço de cinco dezenas). Estes ora não o rezam, ora rezam-no rapidamente e sem devoção.

Mesmo que se não acreditasse no que foi revelado ao Bem-aventurado Alano de la Roche, mesmo assim minha experiência bastaria para me convencer desta terrível verdade. Não sei, nem compreendo totalmente, como pode uma devoção que pareça tão pequena ser o sinal infalível da salvação eterna e como a sua ausência possa ser o sinal do desagrado eterno de Deus; não obstante nada há de mais certo.

Em nossos dias, vemos que aquelas pessoas que professam doutrinas novas, que são condenadas pela Santa Madre Igreja, podem até ser piedosas, superficialmente, mas elas  desdenham o Rosário, e geralmente elas persuadem seus conhecidos a não o rezarem, destruindo assim seu amor por ele e sua fé nele. Ao fazer isto, elas elaboram desculpas que são até plausíveis aos olhos do mundo. São cautelosas a não condenar o Rosário e o Escapulário, como os calvinistas o fazem, mas a maneira que propõem a atacá-lo é mais mortífera porque é dissimulada. Trataremos disto a seguir.

Minha Ave-Maria, meu Rosário ou meu Terço, é a minha oração e a pedra de toque seguríssima pela qual eu posso distinguir a todos os que são levados pelo Espírito de Deus e aqueles que são enganados pelo demônio. Conheci almas que pareciam voar como águias por sobre as nuvens em uma contemplação sublime e que eram, contudo miseravelmente enganadas pelo diabo. Eu só percebi o quanto estavam erradas quando descobri que desdenhavam a Ave-Maria e o Rosário consideravam muito inferior a elas.

A Ave-Maria é um abençoado orvalho que cai dos Céus sobre as almas dos predestinados. E dá-lhes uma maravilhosa fertilidade espiritual a fim de poderem crescer em todas as virtudes. Quanto mais o jardim da alma é regado por esta oração, mais iluminado se torna o intelecto desta pessoa, e mais zeloso se torna seu coração, e mais se fortalece contra seus inimigos.

A Ave-Maria é uma flecha pontiaguda e ardente que, unida à Palavre de Deus, dá ao pregador a força de penetrar, mover e converter os corações duros mesmo que ele tenha pouco ou nenhum natural dom de pregação.

Como disse antes, este foi o grande segredo que Nossa Senhora ensinou a São Domingos e ao bem-aventurado Alano a fim de que eles convertessem os hereges e os pecadores.

Santo Antonino nos conta que era este o motivo pelo qual muitos pregadores se habituaram a rezar a Ave-Maria no início de seus sermões.

Fonte: (O Segredo do Rosário – São Luís Mª Grignion de Montfort)

Artigos

As Maravilhas do SANTO ROSÁRIO

Autor: Pe. Joãozinho, SCJ


“Quem rezar o Rosário fiel e devotamente, até o fim da vida, ainda que seja grande pecador, pode crer que receberá uma corôa de glória que jamais fenecerá”.

São Luiz Maria Grignion de Monfort (1673‑1716)

 

 

“A oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus de bens convenientes

São João Damasceno

 

 

Celestial é a origem do Santo Rosário. A Virgem Maria dignou‑se descer do Céu à Terra para ensiná‑lo a São Domingos e pedir a sua propagação, em 1206. É uma síntese da vida de Jesus Cristo e de Nossa Senhora.

A palavra Rosário origina‑se de ROSA, flor da roseira, que tem coloração variada (branca, amarela e vermelha, principalmente), aspecto belo e delicado, além de um aroma agradável, sempre alegrando os olhos e confortando o coração, deriva do latim rosarium, que significa “buquê, série de rosas, grinalda”.

A palavra Rosário também significa “Coroa de Rosas”. Todas as vezes que dizemos uma Ave-Maria é como se déssemos a Nossa Senhora uma linda rosa; com cada Rosário completo Lhe damos uma coroa de rosas. O Santo Rosário é considerado uma oração completa, porque traz em síntese toda a história da nossa salvação.

O Rosário contém 214 contas, correspondentes ao número de vinte dezenas de Ave‑Marias e vinte Pai‑Nossos para serem rezados como prática religiosa, juntamente com a contemplação dos Mistérios da Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de CRISTO, sempre relacionando essa caminhada com a VIRGEM SANTÍSSIMA.

 

 

Os Mistérios do Santo Rosário e os dias a serem rezados

GOZOSOS às segundas e aos sábados.

LUMINOSOS às quintas-feiras

DOLOROSOS às terças e sextas-feiras

GLORIOSOS às quartas‑feiras, e aos domingos.

 

 

As Quinze Promessas da Virgem Maria aos que rezarem o Rosário

1. Aqueles que rezarem com enorme fé o Rosário receberão graças especiais.

2. Prometo minha proteção e as maiores graças aos que rezarem o Rosário.

3. O Rosário é uma arma poderosa para não ir ao inferno: destrói os vícios, diminui os pecados e nos defende das heresias.

4. Receberá a virtude e as boas obras abundarão, receberá a piedade de Deus para as almas, resgatará os corações das pessoas de seu amor terreno e vaidades, e os elevará em seu desejo pelas coisas eternas. As almas se santificarão por meio do Rosário.

5. A alma que se encomendar a mim no Rosário não perecerá.

6. Quem rezar o Rosário devotamente, e tiver os mistérios como testemunho de vida, não conhecerá a desgraça. Deus não o castigará em sua justiça, não terá uma morte violenta, e se for justo, permanecerá na graça de Deus, e terá a recompensa da vida eterna.

7. Aquele que for verdadeiro devoto do Rosário não perecerá sem os Sagrados Sacramentos.

8. Aqueles que rezarem com muita fé o Santo Rosário em vida e na hora de sua morte encontrarão a luz de Deus e a plenitude de sua graça, na hora da morte participarão do paraíso pelos méritos dos Santos.

9. Livrarei do purgatório àqueles que rezarem o Rosário devotamente.

10. As crianças devotas ao Rosário merecerão um alto grau de Glória no céu.

11. Obterão tudo o que me pedirem mediante o Rosário.

12. Aqueles que propagarem meu Rosário serão assistidos por mim em suas necessidades.

13. Meu filho concedeu‑me que todo aqueles que se encomendar a mim ao rezar o Rosário terá como intercessores toda a corte celestial em vida e na hora da morte.

14. São meus filhinhos aqueles que recitam o Rosário, e irmãos e irmãs de meu único filho, Jesus Cristo.

15. A devoção a meu Rosário é um grande sinal de profecia.

 

 

 

Bênçãos do Rosário

1. Os pecadores obtêm o perdão.

2. As almas sedentas são saciadas.

3. Os que estão atados vêem seus nós desatados.

4. Os que choram encontram alegria.

5. Os que são tentados encontram tranqüilidade.

6. Os pobres são socorridos.

7. Os religiosos são reformados.

8. Os ignorantes são instruídos.

9. Os vivos triunfam sobre a vaidade.

10. Os mortos alcançam a misericórdia por via de sufrágios.

 

 

Beneficios do Rosário

1. Nos eleva gradualmente ao perfeito conhecimento de Jesus Cristo.

2. Purifica nossas almas do pecado.

3. Permite‑nos vencer nossos inimigos.

4. Facilita‑nos a prática das virtudes.

5. Inflama‑nos do amor de Jesus Cristo.

6. Obtém‑nos de Deus toda classe de graças.

7. Proporciona a nós com o que pagar todas as nossas dívidas com Deus e com os homens.

 

As virtudes e os Mistérios do Santo Rosário

Mistérios Gozosos

1- Anunciação do Arcanjo São Gabriel aVirgem Maria (Lc 1,26‑38)

2- Visita de Maria à sua prima Isabel (Lc 1, 39 ‑56)

3- Nascimento de Jesus na gruta de Belém (Lc 2, 1‑15)

4- Apresentação de Jesus no templo, onde Maria encontra o velho Simeão  (Lc2,22‑40)

5- Jesus perdido e encontrado no templo entre os doutores (Lc 2, 41 ‑52)

 

Mistérios Luminosos

1- Batismo de Jesus por João Batista no rio Jordão (Mt3,13‑16)

2- Jesus nas bodas de Caná, quando, a pedido de sua mãe, transforma água em vinho (Jo2, 1 ‑12)

3- Jesus anunciando o reino de Deus e convidando à conversão (Mc 1,14‑15)

4- Transfiguração de Jesus no monte Tabor (Lc 9, 28 ‑36)

5- Instituição da Santa Eucaristia (Mt 26, 26 ‑29)

 

MistériosDolorosos

1- Agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras (Mc 14,32‑42)

2- Flagelação de Jesus (Jo 18,38‑ 40; 19, 1)

3- Coroação de espinhos (Mt 27, 27‑31)

4- Jesus carregando a cruz até o Monte Calvário (Lc 23, 26‑32)

5- Crucifixão e morte de Jesus na cruz (Lc 23, 33 ‑47)

 

Mistérios Gloriosos

1- Ressurreição de Jesus Cristo, nosso Senhor (Mc 16, 1‑8)

2- Ascensão de Jesus Cristo ao céu (At 1, 4‑11)

3- Vinda do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os apóstolos (At 2, 1‑14)

4- Assunção de Nossa Senhora ao céu (Cor 15, 20‑23; 53-55)

5- Coroação de Nossa Senhora como Rainha do céu e da terra (Ap 12, 1‑6)

 

 

As Indulgências recebidas pelos devotos do Santo Rosário

Os fiéis, quando quer que recitem o Terço podem obter:

1.       Uma indulgência de 5 anos.

2.       Uma indulgência plenária se o fizerem nas mesmas condições, por um mês inteiro.

 

Se rezarem o Terço em companhia de outras pessoas, em público ou particular, poderão obter:

1.       Uma indulgência de 10 anos, uma vez ao dia.

2.       Uma indulgência plenária no último Domingo de cada mês, com o acréscimo da

 

Confissão, da Comunhão e da visita a uma Igreja, se fizeram tal oração pelo menos três vezes em quaisquer das semanas anteriores.

No entanto, se recitarem o Terço juntamente com um grupo de família, além da parcial indulgência de 10 anos, podem obter:

Uma indulgência plenária duas vezes por mês, se fizerem esta oração diariamente, por um mês, forem à Confissão, receberem a Comunhão e visitarem uma Igreja.

Os fiéis que cotidianamente rezam o Terço com devoção em um grupo de família, além das indulgências já concedidas no ponto 1. podem obter também uma indulgência plenária sob as condições de Confissão e Comunhão todos os sábados, em dois outros dias da semana e em todas as festas da Santíssima Virgem Maria do Calendário: Imaculada Conceição, A Purificação de Nossa Senhora, Nossa Senhora de Lourdes, Anunciação, As sete dores (Sexta‑feira Santa), A Visitação, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora das Neves, Assunção, o Coração Imaculado, Natividade de Maria, Nossa Senhora das Dores, O Santíssimo Rosário, A Maternidade de Maria, A Apresentação da Santa Virgem.

Aqueles que devotadamente rezam o Terço na presença do Santíssimo Sacramento, publicamente exposto ou mesmo guardado no Sacrário, na mesma freqüência que fazem isto podem obter:

Uma indulgência plenária, em condição de Confissão e Comunhão.

Os fiéis que em qualquer momento do ano devotamente oferecem as suas orações em honra de Nossa Senhora do Rosário, com a intenção de continuarem a fazê‑lo por 9 dias consecutivos, podem obter:

1.       Uma indulgência de 5 anos, uma vez, em qualquer dia da novena.

2.       Uma indulgência plenária na condição do término da novena.

 

Os fiéis que desejarem fazer uma prática devota em honra de Nossa Senhora do Rosário por 15 sábados ininterruptos (ou se nesses sendo impedidos, em cada domingo imediatamente seguinte) se devotadamente recitam pelo menos um Terço do Rosário ou meditam sobre os Mistérios em qualquer outro modo, podem obter:

 

1.       Uma indulgência plenária em qualquer destes 15 sábados, ou domingos correspondentes, nas mesmas condições.

 

Os fiéis que no mês de outubro recitam pelo menos um Terço, em público ou privado, podem obter:

1.       Uma indulgência de sete anos a cada dia.

 

Uma indulgência plenária, se cumprem esta prática na festa do Rosário e em toda a Oitava (oito dias seguintes), e além disso, se confessam, recebem a Comunhão e visitam uma Igreja.

Uma indulgência plenária com acréscimo de Confissão e Comunhão e visita a uma Igreja, se cumprirem esta oração do Rosário por pelo menos 10 dias depois da Oitava da festa de Nossa Senhora do Rosário.

 

Os Valores do Santo Rosário

1 ‑ É uma Oração Bíblica: O Pai‑Nosso é a oração que Jesus nos ensinou. A Ave‑Maria, na primeira parte, é a saudação que lemos no Evangelho aquela que seria escolhida para ser a Mãe de Deus (Lc 1,28‑42). O Terço repete as palavras do Evangelho. Quando o rezamos, realizamos a profecia de Maria no Magnificat: “Todas as gerações me chamarão de bendita” (Lc 1,48). Bendita sois vós entre as mulheres.

2‑ Cristo está no centro do Terço: O mais importante não é prestar atenção nas palavras. Elas apenas ajudam a mente a concentrar‑se nos momentos da vida de Cristo. Nasce. Cresce. Anuncia o Reino. Realiza a vontade do Pai. Sofre a Paixão. Vence a morte. Vive. São os mistérios da vida de Jesus. São os mistérios do Terço.

3‑ Rezar com a Igreja: Rezar o Terço é estar sintonizado com a oração de toda a Igreja. Não é oração individualista. Não é alienante. O Terço faz a gente sentir a Igreja.

4‑ Maravilhosa terapia: Se você vive cansado, se você está com insônia, se procura auxílio de calmantes, tente rezar o Terço. Ele não é tóxico e produz um efeito maravilhoso. O Terço é fonte de bênçãos e de graças. Tente e você mesmo descobrirá.

5‑ Simples e profundo: Até as crianças podem rezar o Terço e colher seus frutos. É uma oração simples. Parece que surgiu no meio do povo mais humilde. O Terço é uma oração profunda.

6‑ Escola de Oração: Precisamos aprender a rezar. Conheço muitas pessoas que não sabiam como se chegar a Deus. O Terço foi urna verdadeira escola.

7‑ Atual: Cada dia se fala de meditação. Nosso mundo agitado está começando a dar sinais de cansaço. Cresce o interesse pelos métodos orientais de oração. O Terço é de inspiração oriental. …E é cristão. Por que não ensiná‑lo às novas gerações?

8‑ Oração Libertadora: O Terço liberta porque nos põe em íntimo diálogo com o Libertador. Maria canta: “Derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes” (Lc 1,52‑53). Entre um mistério e outro repetimos: “Jesus, socorrei principalmente os que mais precisarem”. É a oração preferencial pelos pobres presente no Terço.

9‑ Popular: Na cidade, ou no campo ‑ religiosos, leigos, bispos, padres, até o Papa ‑ todos têm uma simpatia especial pelo Terço. Não é a oração oficial da Igreja. Mas sempre foi rezado por toda a Igreja, principalmente pelo povo simples que encontra nele uma maneira prática de estar com Deus.

10‑ Oração cinematográfica: Enquanto repetimos as palavras, a imaginação vai criando em nossa mente o filme da vida de Cristo. Este modo de rezar é conhecido por “contemplação”.

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Salve Rainha

A Salve-Rainha antes de tudo é um reconhecimento da maternal presença de Maria em nossas vidas. Lembra-nos a experiência de Isabel quando diz donde me vem esta honra de vir a mãe de meu Senhor? (Lucas 1, 43), recorda-nos a visita do anjo na Anunciação: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo (Lucas 1,28) e a feliz proclamação de Maria como mulher bem‑aventurada em todas as gerações.

É costume saudar ou acolher os que nos visitam, os que conhecem e também aqueles anônimos que passam por nós. Saudar é dizer a alguém: “seja bem‑vindo, venha participar da minha alegria”. É uma atitude de respeito e consideração que recebemos como herança de nossos pais.

Na vida cristã a Salve‑Rainha abre-nos as portas da história para a vinda do Messias. Maria vê a nossa miséria, está atenta aos nossos passos, socorre‑nos nas fraquezas, no desespero, na dor de cada dia. Saudamos a mãe com dignidade e elevamos um hino de gratidão por tantos benefícios alcançados por meio de sua ternura.

Damos‑lhe o título de rainha e, verdadeiramente, ela é. Na sua humilde condição, participou da história da salvação como servidora, silenciosa intercessora. O trono de Maria foi sua inteira dedicação ao Cristo presente em cada sofredor. Sua realeza não se sobrepõe ao Altíssimo, ela é criatura amada e desejada. Sua coroa é humana: varre a casa, limpa a sujeira, lava os pratos, faz a comida, lava a roupa, reza, visita os necessitados, distribui pão aos famintos, trabalha, chora, adoece, ama.

Muitas pessoas rezam a Salve‑Rainha sem dar‑lhe importância, outras se identificam tão plenamente que fazem desse momento um profundo encontro com Maria. Quem a ela se confia, vê o rosto misericordioso de Deus e não se desespera. Esta oração, se resada com fé, é um alívio e uma resposta às muitas inquietações. Ao longo do caminho, encontrei muitos exemplos de pessoas que invocam a realeza de Maria e conseguiram infinitas graças. Destaco o exemplo de minha mãe na oração do terço e diante da perda de coisas consideradas de valor, como objetos, documentos, etc. Sou testemunha de que todas as vezes que ela rezava a Salve‑Rainha inexplicavelmente recebia o que tanto buscava. Não é superstição e sim fé. Alguém transmitiu a a essa mensagem e ela passou a rezar com total dedicação e nunca lhe faltou o auxílio divino.

A Salve‑Rainha é o estímulo para as fraquezas, a confiança na impossibilidade. Ensina‑nos, mãe rainha, a amar e a servir! Vem depressa, precisamos de ti!

A Salve‑Rainha é uma das orações mais antigas e belas da Igreja. Originou‑se por volta do ano 1098 na Idade Média com um monge chamado Germano Contractus. Este homem era paralítico de nascimento e passou por inúmeros sofrimentos ao longo de sua vida. Foi em meio aos dramas de sua existência que compôs esta oração dedicada a Nossa Senhora. Ao longo deste –ano meditaremos cada uma de suas partes para rezarmos com mais fervor esta tão grande dádiva que o tempo nos presenteou.

 

Autor: Pe. Nilton César Boni – CMF

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Letra do hino do centenário das aparições de Fátima está escolhida!

“O texto para mim é uma oração”, refere o autor da composição

A letra para o hino do centenário das aparições está escolhida, após selecção realizada no âmbito do concurso nacional promovido pelo Santuário de Fátima.

O autor do trabalho é Marco Daniel Duarte, funcionário da instituição.

“Terei muito gosto em poder ouvir o hino nos lábios dos peregrinos; será para mim uma grande alegria”, afirma, em breve entrevista à Sala de Imprensa do Santuário, Marco Daniel Duarte.

O refrão da composição, que tem como título “Mestra do Anúncio, Profecia do Amor”, é:

Ave o clemens, ave o pia!

Salve Regina Rosarii Fatimae!

Ave o dulcis Virgo Maria!

Concorreram 29 trabalhos. Após apreciação pelo júri, formado pelo reitor do Santuário, pelo P. Vítor Coutinho, pela Profª Doutora Maria Helena da Rocha Pereira, pelo Dr. Vasco Graça Moura e pelo P. Tolentino Mendonça, em reunião realizada a 4 de Fevereiro, foi tomada a decisão unânime de a composição nº 17 ser a merecedora do primeiro prémio.

Para o reitor do Santuário de Fátima, P. Virgílio Antunes, é possível discernir dois momentos em cada estrofe da composição. “A primeira parte é de carácter mais teológico e evangélico e os últimos versos são sempre referentes à mensagem de Fátima. Em cada estrofe ressalta a figura de Nossa Senhora na história da humanidade e nas aparições de Fátima”.

O autor explica como estruturou o trabalho: “o texto assume que a Mensagem de Fátima tem uma nascente muito límpida que é a Boa Nova de Cristo contida na Escritura. As estrofes do hino têm, de facto, essa estrutura: como Maria apresentou Jesus aos magos e aos pastores, também apresentou, em Fátima, o seu Filho à humanidade; como Maria orava na assembleia cristã, assim continua a interceder pela humanidade… As estrofes finais fazem eco das últimas reflexões dos papas sobre Fátima, incluindo a homilia de Bento XVI, no dia 13 de Maio de 2010”.

Concluída esta fase da selecção da letra, o Santuário iniciará em breve a preparação do concurso para a música do hino.

“Acima de tudo, pensei nas grandes assembleias de Fátima e na oportunidade de estas virem a cantar a Mensagem de Nossa Senhora a partir dos tesouros da Sagrada Escritura que, na senda do que recomendou o Concílio e continuam a recomendar os documentos actuais da Igreja, devem ser abertos, diria mesmo, escancarados. O texto para mim é uma oração que, como autor, tive o privilégio de ser o primeiro a rezar. Queira Deus possa servir este propósito também às assembleias orantes”, afirma Marco Daniel Duarte.

 

Mestra do Anúncio, Profecia do Amor

1.

Ouvindo o arauto da Mensagem,

Ó terra eleita que o Espírito lavra,

Também dizemos: oh! cheia de graça,

Sois serva e mensageira da Palavra.

Saudada por todas as gerações:

Feliz entre as mulheres, sois, Maria!

Bendito o Anjo que Vos precedeu:

Custódia, como vós, da Eucaristia.

 

Ave o clemens, ave o pia!

Salve Regina Rosarii Fatimae!

Ave o dulcis Virgo Maria!

 

2.

Os pastores e os magos acorreram,

Louvando tão alta maternidade.

Como eles, de Vós, queremos Cristo

Que do Céu trazeis à humanidade.

A palavra de Jesus, Verbo Eterno,

Guardáveis toda em Vosso Coração,

Refúgio triunfante para os homens

Que fazem penitência e oração.

 

3.

No templo apresentastes Vosso Filho

E o anúncio da espada ecoou:

Dor que jorra da Cruz do Homem-Deus,

Dor que sobre a azinheira ressoou.

Ensinando a excelsa Sabedoria,

Encontrastes Jesus entre os doutores;

Mensagem que ensinais à multidão,

Pedindo a conversão dos pecadores.

4.

Felizes seios, benditas entranhas,

Que geraram Jesus, o Salvador!

Alimentam a Igreja e o mundo,

Pregando o Evangelho do Amor.

Solícita nas núpcias dos esposos:

“Fazei tudo que Ele Vos disser”;

Pregão que sai do alto da azinheira

Por Vossos lábios, ó Nova Mulher.

 

5.

Dolorosa, de pé, junto ao Madeiro,

Gerastes, no Calvário, a humanidade;

As dores desse parto Vos trouxeram

Ao mundo que tem ânsia da verdade.

A alegria da gloriosa Páscoa

Sentistes, Virgem pura, ó Mãe Santa!

Vitória sobre o mal Vós nos pedis

– Eis a mensagem que Fátima canta.

 

6.

No meio da Igreja que nascia

Recebestes o Espírito dos céus;

Viestes missionária à nossa terra,

Proclamando as maravilhas de Deus.

Junto com os discípulos de Cristo,

Oráveis na assembleia dos cristãos

E continuais orando pelo mundo,

A Deus levantais, ternas, Vossas mãos.

 

7.

Gozando das primícias do Reino,

Habitais a Jerusalém do Céu

Donde viestes para nos falar,

‘stendendo sobre nós benigno véu.

À direita de Cristo, sois rainha

Ornada de ouro fino de esplendor;

P’ra lá nos qu’reis levar, ó Mãe bendita!

Àquela luz que é Deus, o Deus do Amor.

 

8.

Vós sois, Senhora, a Mãe do Rosário,

Sois a Mãe da Alegria e da Luz,

A Mãe das Dores e a Mãe da Glória,

Mãe do Messias-Cristo que é Jesus.

Todos os dias seguimos, Senhora,

Vossa admirável recomendação:

Contemplar Jesus Cristo no Rosário

Para alcançar a eterna Salvação.

 

9.

A Deus queremos nós oferecer-nos

E os sofrimentos todos suportar;

Orando pelo vigário de Cristo,

A vida plena ansiamos alcançar.

Reparando as vidas do pecado,

Suplicando, chorando nossas dores,

Dizemos: “Jesus, é por Vosso amor

E pela conversão dos pecadores”.

 

10.

Visitastes o Povo que nasceu

Das águas do baptismo redentor,

Pedindo penitência e oração,

Pedindo conversão ao Deus-Amor.

Meditando de Cristo os mistérios,

Proclamando a mensagem que Deus faz

– É o mandato que trazeis, Senhora,

Para que o mundo inteiro alcance a paz.

 

11.

Senhora do Rosário, ao Vosso nome,

Erguemos a capela, em oração;

Unidos à Igreja Universal,

Nela louvamos Cristo, Novo Adão.

Nela louvamos Cristo, nossa luz,

Com a chama da fé em nossa mão.

E as mãos alvas que alevantamos

São símbolo da paz e do perdão.

 

12.

Rezamos pela paz no mundo inteiro

Em Fátima, no Vosso Santuário,

Que é terra da paz, Cova da Iria,

Ó Virgem Mãe, Senhora do Rosário!

O Vosso Coração Imaculado

Doce refúgio é do pecador:

Triunfo para glória da Trindade,

Cantando a Civilização do Amor.

 

13.

Visitando os pequenos, as crianças,

Mostrais desígnios de misericórdia.

Erguendo a Vossa cátedra, Senhora,

Chamais o ser humano à concórdia.

Ensinando as verdades eternas

e a arte de orar, crer e amar,

Em Fátima, sois mestra, sois doutora,

Sois de Deus profecia, em Vosso altar.

Fonte: Santuário de Nossa Senhora de Fátima (Fátima – Portugal)
Mensagens Medjugorje

Medjugorje – Mensagem a Marija Pavlovic – 25/02/2011

Queridos Filhos,

A natureza está acordando e nas árvores são vistos os primeiros botões que irão trazer as mais belas flores e frutos*. Eu desejo que vocês também, filhinhos, trabalhem em sua conversão e que vocês sejam aqueles que testemunhem com suas vidas, assim o seu exemplo possa ser um sinal e um incentivo para a conversão de outros. Eu estou com vocês e diante de meu Filho Jesus eu intercedo pela conversão de vocês.

Obrigada por terem respondido ao meu chamado

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A Mestra dos que ensinam

Autor: Gaudium Press

Uma das cenas mais pungentes encontrada nos Evangelhos, sem dúvida, está no sermão da montanha, descrita por São Mateus (capítulos 5-7). Na linguagem bíblica a montanha, devido à sua elevação, torna-se um lugar de comunicação com o divino; assim podem ser vistos, por exemplo, o Sinai, o Horeb, o monte Sião, etc. No entanto, neste trecho do Evangelho é o próprio Deus que eleva os discípulos ao monte para ali lhes ensinar.

Jesus Cristo faz papel de um pedagogo, o qual se debruça sobre aqueles aos quais vai ensinar e, aos poucos, os conduz para patamares cada vez mais elevados, não só do conhecimento, mas do convívio humano e de suas responsabilidades perante a sociedade e perante Deus.

Assim começa este capítulo do Evangelho de São Mateus: “Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele. Então abriu a boca e lhes ensinava…” (Mt 5,1-2). Nosso Senhor ensina como um mestre que sobe em sua cátedra (a montanha). Senta-se e começa a ensinar aos discípulos. Naquela época havia muitos mestres, mas Jesus Cristo é superior a qualquer um deles, pois ensinava com uma autoridade que causava insegurança aos mais conhecedores das Escrituras. Era superior, inclusive ao glorioso profeta Moisés, o qual ensinou a partir do Sinai, no qual recebeu as tábuas da Lei.

Os mestres devem ensinar a verdade, ensinar o caminho que conduz ao bem, o rumo que leva a Deus. “Agora, ao contrário, Deus fala de um modo muito próximo, como de homem para homem. Agora Ele desce até o fundo dos seus sofrimentos”[1].

No Evangelho de São Mateus este foi o primeiro dos cinco grandes discursos realizados por Jesus Cristo. Constantemente as palavras do Salvador são um convite para uma mudança de vida, uma verdadeira conversão.

Durante a vida pública do Messias, os Apóstolos foram sendo ensinados por uma divina didática. Observando os milagres, ouvindo as parábolas e os conselhos, admirando as atitudes e presenciando o holocausto total do Cordeiro de Deus, receberam mais do que uma doutrina, um modo de viver.

Após a partida do Redentor, a Igreja estava instituída como um organismo vivo, cuja cabeça é o próprio Cristo, Nosso Senhor [2]. Aqueles que antes foram ensinados por Jesus, agora têm a missão de evangelizar: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,19-20).

No entanto, há uma pessoa que aprendeu e praticou as palavras do Salvador como nenhuma outra, Maria Santíssima. “Nossa Senhora estando presente entre os Apóstolos, após a Ascensão de seu Divino Filho, é impossível que estes não A tenham consultado acerca de seus trabalhos, seus ensinamentos e escritos. Antes, é de se supor que a Ela frequentemente recorresem”[3].

Durante aquele sagrado convívio com seu Divino Filho, no qual “sua mãe guardava todas essas coisas no seu coração” (Lc 2,51), Ela soube observar e amar as atitudes por Ele tomadas. Por isso, após a Ascensão de seu Filho, Maria Santíssima se tornou uma fonte pura e cristalina, da qual os próprios Apóstolos beberiam: “Verdade é que a São Pedro, como Papa, cabia o poder sobre toda a Igreja. Contudo, é também verdade que o Príncipe dos Apóstolos estava completamente submisso à Mãe de Deus, a qual, por meio dele, dirigia os demais”[4].

Não é demais imaginá-La aconselhando e inspirando os Apóstolos acerca de suas missões, bem como lhes explicando o sentido real das palavras e atos de seu Filho: “Por exemplo, Maria Santíssima tendo a seu lado São Paulo, São Pedro ou São João Evangelista, e Ela que conta, explica, interpreta e os ajuda a compreender os fatos da vida de Nosso Senhor, realçando este ou aquele episódio, e sendo, deste modo, o aroma do bom espírito perfumando a Igreja inteira”[5].

Maria foi proclamada “Mãe da Igreja” pelo Papa Paulo VI, e desta forma Ela é modelo de fé e de confiança, mas também é Aquela que ensina aqueles que devem ensinar: “Nenhuma criatura, diz Santo Agostinho, jamais possuiu um conhecimento das coisas divinas e do que se relaciona com a salvação, igual à Virgem Bendita. Ela mereceu ser a mestra dos Apóstolos…”[6].

 

Thiago de Oliveira Geraldo

 

[1] Bento XVI. Jesus de Nazaré. Tradução de José Jacinto Ferreira, SCJ. São Paulo: Editora Planeta Brasil, 2007, p.73

[2] Cf. Catecismo da Igreja Católica, n 779.

[3] OLIVEIRA, Plínio Corrêa de. Conferências em 25/06/1966 e 11/07/1967. Apud. CLÀ DIAS, João Socgnamiglio. Pequeno Ofício Da Imaculada Conceição Comentado. São PAulo: Artpress, 1997, p.81

[4] Ibidem.

[5] Ibidem.

[6] Ibidem.

 

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Lecionários

Os Lecionários não trazem outros textos senão aqueles que já estão na Biblia. Não há comentários nem acréscimos. As leituras da Biblia, que são proclamadas na Liturgia, não são tomadas a esmo ou segundo o gosto de quem preside ou de quem as proclama. Elas são selecionadas cuidadosamente, porque devem iluminar o que vai ser celebrado: um Batismo, uma Crisma, uma Eucarístia, um Casamento, um Ordenação, um Benção etc. Contudo, elas são escolhidas de tal modo que nos possibilitam ouvir, meditar e orar a maioria dos livros da Biblia. E nos preparam para participar dos ritos sacramentais, como um momento profundo de escuta e de união com Jesus.

Quantos Lecionários existem?

A nossa Liturgia de rito romano conta atualmente com cinco lecionários. Vamos falar apenas nos Lecionários que são usados na celebração da Eucaristia. São dois: o Lecionário dominical e festivo, para os domingos e dias festivos, e o Lecionário ferial, usado nos dias da semana. Os textos do Lecionário dominical e festivos estão relacionados num ciclo de 03 anos: ano A, ano B e ano C. Em cada ciclo predomina a leitura de um dos Evangelistas: Mateus no ano A; Marcos no ano B e Lucas no ano C. E o Evangelho de João é reservado para ser proclamado no Natal, na Quaresma e no tempo Pascal. Oferece 03 leituras, uma do Antigo Testamento ou “Profeta”, uma do Novo Testamento ou “Apostolo”, e o Evangelho. Há sempre um nexo temático entre o Evangelho e as outras 02 leituras, de tal modo que se perceba que toda a Bíblia converge para os Evangelhos, como ponto de encontro com Jesus.

O Lecionário ferial, proclamado nas missas dos dias de semana, oferece apenas duas leituras. Está divido em anos pares e anos impares, mas não existe um nexo temático entre as duas leituras. Sua finalidade é possibilitar um leitura continua da Biblia, tanto na primeira leitura como no Evangelho.

Após a primeira Leitura, é nos oferecido um Salmo responsorial, que é a resposta meditativa à Palavra Proclamada. E antes do Evangelho, precede uma pequena aclamação, com algum texto que se refere ao trecho evangélico que será proclamado. Tudo forma uma unidade, que não deve ser quebrada com outros textos ou com outros cânticos.

O centro da Liturgia da Palavra é sempre o Evangelho?

É momento em que mais claramente o próprio Jesus renova sua Palavra para nós. Colocamo-nos de pé e atentos. Se possível, a leitura é feita de um livro especial, chamado de Evangeliário, entronizado com todo respeito. A dignidade da proclamação do Evangelho pede que seja anunciado pelo sacerdote ou pelo diácono. Ao terminar a leitura, não se diz “Palavra do Senhor”, mas sim, “Palavra da Salvação”. E todos respondemos: “Glória a Vós Senhor!” porque em Jesus, Deus completou sua obra e realizou suas promessas pela nossa salvação.

Fonte: Pe. José Ulysses da Silva, C.Ss.R.
Revista de Aparecida – Edição 106 (Jan/11)
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Entenda os Dogmas Marianos

 

Os Dogmas são as verdades que Deus nos revelou e que não podem ser contestadas. O termo “dogma” tem origem grega e significa “opinião” e “decisão”. Os dogmas marianos foram conquistas históricas e teológicas do cristianismo. Fazem parte do patrimônio e da doutrina da Igreja Católica. Através dos dogmas marianos a Igreja manifesta a importância que o Catolicismo da à Maria, Mãe de Jesus Cristo. São quatro os dogmas marianos:

Dogma de Maria, Mãe de Deus

O dogma da Maternidade Divina se refere a que a Virgem Maria é verdadeira Mãe de Deus e foi solenemente definido pelo Concílio de Éfeso (431 d.C.), sendo que o Papa São Clementino I definiu: “Se alguém não confessar que o Emanuel (Cristo) é verdadeiramente Deus, e que, portanto, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, porque pariu segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja anátema.”

E o Concílio Vaticano II faz referência a esse dogma da seguinte maneira: “Desde os tempos mais remotos, a Bem-Aventurada Virgem é honrada com o título de Mãe de Deus, a cujo amparo os fiéis acodem com suas súplicas em todos os seus perigos e necessidades”. (Constituição Dogmática Lumen Gentium, nº 66).

 

Dogma da Virgindade de Maria

Conferindo as Sagradas Escrituras e os escritos dos Santos Padres, o Concílio de Latrão preconizou como verdade a Virgindade Perpétua de Maria no ano 649. Durante o Concílio, o Papa Matinho I assim afirmou: “Se alguém não confessa de acordo com os santos Padres, propriamente e segundo a verdade, como Mãe de Deus, a santa, sempre virgem e imaculada Maria, por haver concebido, nos últimos tempos, do Espírito Santo e sem concurso viril gerado incorruptivelmente o mesmo Verbo de Deus, especial e verdadeiramente, permanecendo indestruída, ainda depois do parto, sua virgindade, seja condenado”.

Nossa Senhora foi sempre Virgem, isto é, antes do parto, no parto e depois do parto. Os diversos credos e concílios antigos retomaram e afirmaram essa verdade. Santo Inácio de Alexandria, São Justino, Santo Irineu, Santo Epifrânio, Santo Efrém, Santo Ambrósio, São Jerônimo e Santo Agostinho foram os exímios defensores da Virgindade de Maria. A Virgindade perpétua de Maria faz parte integrante da fé cristã.

Dogma da Imaculada Conceição

O Dogma da Imaculada Conceição estabelece que Maria foi concebida sem mancha de pecado original, tendo sido proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, na Bula Inefabilis Deus: “Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, foi por singular graça e privilégio de Deus Onipotente, em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, e preservada imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente criada por todos os fiéis.”

Dogma da Assunção de Nossa Senhora

O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao fim de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial, foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1 de novembro de 1950, na Constituição Munificentissimus Deus: “Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a Luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus Onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu”

Fontes: Torre de Davi e ACI Digital

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Santuário de Fátima festeja Beatos Francisco e Jacinta

O Santuário de Fátima realiza no domingo, 20, uma festa com especial participação das crianças da comunidade local para celebrar a memória litúrgica dos Beatos Francisco e Jacinta.

Neste dia em que se faz memórias de “duas crianças protagonistas e embaixadoras da mensagem de Fátima para o Mundo”, as celebrações iniciam com a recitação do rosário, na Capelinha das Aparições, e depois haverá “uma procissão com as imagens de Francisco Marto e de Jacinta Marto para Igreja da Santíssima Trindade, onde será celebrada a eucaristia”, destaca o comunicado do Santuário .

A animação musical estará a cargo dos meninos e meninas da “Schola Cantorum: Pastorinhos de Fátima”, o coro infantil do Santuário de Fátima.

Nesse mesmo dia, o mesmo coro apresentará um concerto, no Auditório do Centro Missionário Allamano, oferecido pelos Missionários da Consolata, que será dirigido pelo Maestro Paulo Lameiro.

Na noite do sábado, 19, haverá a recitação do rosário, na Capelinha das Aparições, seguindo com uma procissão de velas até à Basílica de Nossa Senhora do Rosário, onde terá lugar uma Vigília de Adoração, junto aos túmulos dos Beatos Francisco e Jacinta Marto.

Francisco Marto
Nasceu em 11 de Junho de 1908, em Aljustrel. Faleceu no dia 4 de Abril de 1919, na casa de seus pais. Muito sensível e contemplativo, orientou toda a sua oração e penitência para “consolar a Nosso Senhor”.

Os seus restos mortais ficaram sepultados no cemitério paroquial até ao dia 13 de Março de 1952, data em que foram trasladados para a Basílica da Cova da Iria, lado nascente.

Jacinta Marto

Nasceu em Aljustrel, no dia 11 de Março de 1910 e morreu em 20 de Fevereiro de 1920, no Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa, depois de uma longa e dolorosa doença, oferecendo todos os seus sofrimentos pela conversão dos pecadores, pela paz no mundo e pelo Santo Padre.

Em 12 de Setembro de 1935 foi solenemente trasladado o seu cadáver do jazigo da família do Barão de Alvaiázere, em Vila Nova de Ourém, para o cemitério de Fátima, e colocado junto dos restos mortais do seu irmão Francisco.

No dia 1 de Maio de 1951, foi feita a trasladação dos restos mortais de Jacinta para o novo sepulcro preparado na Basílica da Cova da Iria, lado poente.

Canonização

O processo de beatificação dos Videntes de Fátima, Francisco e Jacinta Marto, depois das primeiras diligências feitas em 1945, foi iniciado em 1952 e concluído em 1979.

Em 15 de Fevereiro de 1988, foi entregue ao Santo Padre João Paulo II e à Congregação para a Causa dos Santos a documentação final levou o Santo Padre a proclamar “beatos” os dois videntes de Fátima, a 13 de Maio de 2000.

Espera-se agora a conclusão do processo de canonização.

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