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Orações

Oração a Nossa Senhora Medianeira de todas as graças

Agradeço-vos, meu Deus, o novo dia que para mim desponta. Pelas mãos de Maria Medianeira, minha Mãe do Céu, aceitai as minhas alegrias e dores, minhas esperanças e desenganos, minhas folgas e meus trabalhos de hoje, em remissão de meus pecados, para a felicidade do meu próximo e pelas almas do purgatório.

Fazei, Senhor, que aumente em minha alma o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo. Faço intenção de lucrar todas as indulgências aplicadas a meus atos de piedade neste dia, a fim de que a sinceridade e a bondade do meu coração caracterizem todos os meus pensamentos todas as minhas palavras e todas as minhas obras deste dia que vou começar.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Santuários Marianos

Nossa Senhora Medianeira de todas as Graças

Padroeira Do Rio Grande Do Sul  (festa 31 de Maio)

“Medianeira de todas as graças que na terra derramam os céus, esperamos em ti que nos faça ó Maria subir até Deus” (D. Aquino Corrêa).

 Sempre que professamos a nossa fé rezando a oração do Creio, proclamamos que Jesus Cristo, filho de Deus, nasceu da virgem Maria. Queremos por ventura, nos referir a duas pessoas diversas: a pessoa do filho de Deus e daquele que nasceu da virgem Maria? Absolutamente não! Trata-se de uma só e mesma pessoa a qual, sendo Deus e Homem, é filho de Deus segundo a natureza divina e é filho de Maria, segundo a natureza humana. Foi baseado nesta verdade que os santos Padres ensinam que a virgem é mãe de Deus.

 É bom sempre lembrar que, Deus querendo resgatar o gênero humano, depôs o preço do resgate nas mãos de Maria. Santo Alberto Magno nos diz que: “Maria companheira na paixão tornou-se cooperadora na redenção”.

 Na idade média encontramos uma série de teólogos que falam explicitamente na mediação e na corredenção de Nossa Senhora.

 Um experiente teólogo conhecido apenas por Arnaldo nos diz que no calvário “Havia dois altares: um no coração de Maria e outro no corpo de Jesus. Enquanto o Cristo imolava sua carne, Maria imolava sua alma”.

 No dia 22 de março de 1918, o então Papa Bento XV classicamente expressa a doutrina da corredenção de Maria na encíclica “ Intersodalícia”, que diz: “de tal modo Maria padeceu e quase morreu com seu filho paciente e moribundo; de tal modo renunciou ao seus direitos maternos, e, para aplacar a justiça divina, concorreu quanto estava ao seu alcance para a imolação de seu filho, que justamente se pode dizer que com Cristo resgatou o gênero humano”.

 Alguns anos antes, ou seja, em 08 de setembro de 1894 o Papa Leão XIII, usando a frase de São Bernardino de Siena, assim concluiu a sua encíclica, “Incunda Semper”: -“Toda a graça que se concede a este mundo tem uma tríplice procedência: pois numa belíssima ordem, do Pai é passado ao Filho, do Filho à Santíssima Virgem e dela, por fim, para nós”. É uma mediação por meio de intercessão.

 Diz-se que Jesus Cristo para honrar sua mãe determinou que todas as graças que ele nos mereceu, não fossem dispensadas a humanidade senão por meio dela.

 Concluímos que o Espírito Santo desceu sobre a Virgem Maria e os apóstolos, quando estavam em oração no cenáculo, momento solene do nascimento da Igreja. Assim por sua maternidade divina, Maria se tornou co-redentora, obteve a função de medianeira e se tornou Mãe da Igreja, da qual ela é o modelo perfeito.

 A festa de Nossa Senhora Medianeira de todas as graças, foi instituída pelo Papa Bento XV em 1921, e sua data 30 de maio.

O QUADRO DA MEDIANEIRA

O cardeal Primaz da Bélgica idealizou o ícone que hoje conhecemos, e para tanto buscou na Sagrada Escritura os símbolos nele apresentados.

 Dom Mercier encontrou no livro do profeta Ezequiel uma visão que fala: “A glória de Deus enchia todo o templo”. No quadro vemos a trindade santa, onde Deus Pai é um ancião (eternidade de Deus), coroado (todo poderoso) que recebe o sacrifício de Jesus na cruz. Único sacrifício agradável a Deus q eu seria oferecido do nascer ao por do sol, como profetizou Malaquias. O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, está entre os dois, em forma de pomba. Aos pés de Deus, seis querubins de seis asas, conforme o profeta Isaías: “ Querubins com seis asas esvoaçavam no templo, dizendo: Santo, Santo é o Senhor Deus dos exércitos.”

 As letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego, nos lembram que Deus é o princípio e o fim de todas as coisas. Todos os privilégios de Nossa Senhora vêm dos merecimentos de Jesus na cruz. Por isso, as graças como raios, descem do crucificado sobre Maria e dela sobre o mundo.

 Lembra-nos a frase de São Bernardo: “A vontade de Deus é que recebamos tudo por Maria”.

 Percebemos Nossa Senhora de braços abertos, posição de oração intercedendo por nós, dia e noite, levando a Jesus nossos anseios e nos trazendo as bênçãos e graças divinas. O ícone foi pintado pela irmã franciscana Angelita Stefani.

NO RIO GRANDE DO SUL

A devoção foi trazida no ano de 1928, pelo Jesuíta Frei Inácio Valle da Bélgica e introduzida no seminário São José, na cidade de Santa Maria. Dois anos depois, ou seja, em 1930, a cidade estava sendo ameaçada por uma luta armada, quando um grupo de romeiros foi ao seminário rezar a Medianeira. Os ânimos serenaram e a paz voltou a reinar.

 Num gesto de gratidão, um grupo bem maior voltou ao seminário para agradecer a intercessão da Virgem Medianeira.

 Desde aquela época um número cada vez maior, até os dias de hoje participa da romaria estadual de Nossa Senhora Medianeira, no segundo domingo de novembro. O povo do Rio Grande manifesta sempre mais o seu amor e sua gratidão a padroeira do estado.

Maria Imaculada, Medianeira de todas as graças, rogai por nós que recorremos, a vós.

Por Márcio Antônio Reiser O.F.S.

Orações

Oração à Nossa Senhora Desatadora dos Nós

Santa Mãe, cheia da graça de Deus, ao longo de vossa vida nunca fostes cativa das tentações do maligno, pois aceitastes sem jamais duvidar, a vontade do Senhor. Intercedestes sempre por nós com nossos problemas, como nas Bodas de Caná, ensinando-nos como desatar o nó de nossas dificuldades. Jesus, na triste tarde de Sua Morte, deixou-vos como nossa Mãe e como Mãe ordenais e facilitais nossa união com o Senhor.

 

Santíssima Virgem, Nossa Mãe, que desatais os nós que dificultam nossa vida, Pedimo-vos que recebais em vossas mãos maternas (dizer o nome). Livraio das ataduras e desvios com os quais o tenta o maligno. Por vossa intercessão livrai-nos ó Senhor de todo o mal.

 

Querida Mãe, desatai os nós que nos separam de Deus para que, livres do pecado, nós O busquemos e O encontremos em nosso semelhante, bendizendo-O sempre como nosso Pai e Único Senhor. Amém!

 

Nossa Senhora Desatadora dos Nós rogai por nós que recorremos a vós.

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Santa Mãe, cheia da graça de Deus, ao longo de vossa vida nunca fostes cativa das tentações do maligno, pois aceitastes sem jamais duvidar, a vontade do Senhor. Intercedestes sempre por nós com nossos problemas, como nas Bodas de Caná, ensinando-nos como desatar o nó de nossas dificuldades. Jesus, na triste tarde de Sua Morte, deixou-vos como nossa Mãe e como Mãe ordenais e facilitais nossa união com o Senhor.

 

Santíssima Virgem, Nossa Mãe, que desatais os nós que dificultam nossa vida, Pedimo-vos que recebais em vossas mãos maternas (dizer o nome). Livraio das ataduras e desvios com os quais o tenta o maligno. Por vossa intercessão livrai-nos ó Senhor de todo o mal.

 

Querida Mãe, desatai os nós que nos separam de Deus para que, livres do pecado, nós O busquemos e O encontremos em nosso semelhante, bendizendo-O sempre como nosso Pai e Único Senhor. Amém!

 

Nossa Senhora Desatadora dos Nós rogai por nós que recorremos a vós.

Orações

Oração à Nossa Senhora do Desterro

Ó Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo Salvador do mundo, Rainha do céu e da terra, advogada dos pecadores, auxiliadora dos cristãos, protetora dos pobres, consoladora dos tristes, amparo dos órfãos e viúvas, alívio das almas penantes, socorro dos aflitos, desterradora das indigências, das calamidades, dos inimigos corporais e espirituais, da morte cruel, dos tormentos eternos, de todo bicho e animal peçonhento, dos maus pensamentos, dos sonhos pavorosos, das cenas terríveis e visões espantosas, do rigor do dia do juízo, das pragas, dos incêndios, desastres, bruxarias e maldições, dos malfeitores, ladrões, assaltantes e assassinos.

Minha amada Mãe, eu prostrado agora aos vossos pés, com piedosíssimas lágrimas, cheio de arrependimento  das minhas pesadas culpas, por vosso intermédio imploro perdão a Deus infinitamente bom. Rogai ao vosso Divino Filho Jesus, por nossas famílias para que Ele desterre de nossas vidas todos esses males,  nos dê perdão de nossos pecados e nos enriqueça com Sua divina graça e misericórdia.

Cobri-nos com o vosso manto maternal, ó divina estrela dos montes. Desterrai de nós todos os males e maldições.  Afugentai de nós a peste e os desassossegos. Possamos, por vosso intermédio, obter de Deus a cura de todas as doenças, encontrar as portas do céu abertas e convosco ser felizes por toda a eternidade.
Amém!

Artigos

Verbos Marianos

01 – Amar

Maria com amor de complacência pela sua beleza, com amor de reconhecimento pela sua bondade. – Ama-a com o coração, ama-a com as obras. – Ama-a como Jesus a amou, com ternura, ama-a com Jesus, com perseverança, ama-a por Jesus, para agradá-Io. Ama-a em lugar de Jesus. – Ama-a sacrificando-te por Ela, e esforçando-te por conquistar corações através do apostolado.

02 – Calar

CALAR como Maria e por amor de Maria. O silêncio é uma grande virtude, ou melhor, é um conjunto de virtudes.

Calar de si é humildade.

Calar os defeitos alheios é caridade.

Calar palavras inúteis é penitência.

Calar nas cruzes é heroismo.

03 – Consagrar-se

CONSAGRAR-SE a Maria sinceramente e não só com palavras – inteiramente, sem reservas nem de tempo, nem de lugar, nem de coisa alguma – irrevogavelmente, sem retomar ou lastimar a doação feita. Consagra-te a Ela para sempre: ama-a como ilha, serve-a como escrava de amor, honra-a como uma súdita.

04 – Consolar

CONSOLAR Maria. Todo louvor de um filho resume-se nestas palavras; é a consolação de sua mãe) Consolar Maria é para ti um dever, porque Maria sofreu por tua causa, por tua culpa, por teu amor. Não olvides as dores de tua Mãe, se quiseres que Ela console as tuas) Enxuga as lágrimas de Maria chorando os teus pecados, compadecendo-te das dores de Jesus, rezando pelos pecadores, sendo fiel à prática dos primeiros sábados e à reza cotidiana do terço.

05 – Dar-se

DAR-SE a Maria como Jesus. Dar-lhe o corpo com a pureza e com a resignação nas doenças e na morte; os sentidos com a temperança e a mortificação; a alma conservando-a livre do pecado mortal; a mente pensando freqüentemente nela; a vontade com a obediência; o coração com o amor; os bens temporais, renunciando generosamente às coisas supérfluas; os bens espirituais para que Ela os aplique na conversão dos pecadores e livre as almas do purgatório. Entreguemo-nos a Maria para que Maria se dê a nós.

06 – Deixar-se guiar

DEIXAR-SE GUIAR por Maria. Em toda parte por onde fores tem sempre na mente, no coração e nos lábios o nome de Maria. Seja como guia no teu caminho a oração: ó Jesus, ó Maria, permanecei sempre comigo para guiar-me em todo lugar, para defender-me em todo tempo.

07 – Deliciar-se

DELlCIAR-SE em Maria, ou seja: 1) saborear a doçura do seu Santíssimo Nome pronunciando-o com amor, escrevendo-o com freqüência, honrando-o com uma leve inclinação da cabeça; 2) soleniza, o quanto possível, as suas festas; 3) esparga no decorrer de tua vida as suas práticas, especialmente a Ave Maria; 4) lê os livros que falam de Maria e ouve os sermões em sua honra. Procura ter os gostos de Maria que são os mesmo de Jesus: não só aceita, mas também ama a pobreza, a humildade e a mortificação. Poucos são os que possuem este grandioso sinal de predestinação! És um dentre esses poucos?

08 – Dirigir-se

DIRIGIR-SE a Maria. Como Jesus ela te diz: Vem a mim! Ouve o seu doce convite. Quem é que te chama? É Maria, tua Mãe, que te espera de braços abertos. Quem quer que sejas, ainda que miserável, vai a Maria; qualquer seja o mal que tenhas feito: ainda que a tenhas esquecido, ainda que a tenhas contristado com o pecado, ainda assim o convite dirige-se especialmente a ti. Não deixes que Maria espere por ti, mas atira-te a seus pés. Ela te levantará, te aconselhará, te estreitará em seus braços: precisas dela. DIRIGIR-SE a Maria. Ouve a sua atraente promessa: Eu te confortarei. Se estás perturbado pela dúvida, Eu te iluminarei; se sentes o coração contaminado por alguma paixão, eu te purificarei; se a tua vontade é vacilante, eu te fortificarei; se estiveres enfermo, eu te curarei. Vem, confia em mim; toma o terço entre as tuas mãos e encontrarás em mim a paz que em vão procuraste nos caminhos do pecado.

09 – Estudar

ESTUDAR com Maria, pedindo-lhe a verdadeira ciência; estuda como Maria para agradar a Deus e tornar-te útil ao próximo; estuda Maria: depois do estudo de Deus e de Jesus Cristo, é o estudo de Maria o mais sublime, o mais agradável e o mais santificante.

10 – Falar

FALAR com Maria na oração. Fala de Maria nas conversas. Fala como Maria, isto é, raramente, humildemente, docemente. Fala com Maria para testemunhar-lhe o teu amor; confia-lhe as tuas penas – participa-lhe as tuas alegrias – confia-lhe os teus temores – comunica-lhe as tuas esperanças.

11 – Fazer

FAZER que todos amem a Maria. Amar a Maria é alegria para o coração, paz para a alma, esperança para a vida.

– Fazer com que Ela seja amada é alegria dulcíssima, paz segura e esperança firme.

– Amar é dar-se. Fazer amar é esquecer-se. É este o sinal mais evidente do amor.

– Jesus nos diz: fazei que todos amem Maria! Maria nos diz: Fazei que todos amem Jesus!

12 – Gozar

GOZAR com Maria e como Maria. Aceita as alegrias puras e sadias da vida, quais dons de Deus; suplica a Maria que te conforte no bem e excite em ti o amor e o reconhecimento. Alegra-te com Maria comprazendo-te pela sua grandeza, pela sua beleza e bondade. Alegra-te em sua companhia; alegra-te de ser por Ela amado com predileção. Que paraíso antecipado! São essas as alegrias que procuras?

13 – Honrar

HONRAR Maria –

1)      com a mente formando-te um conceito exato dela.

2)     com o coração cujas palpitações de amor constituem o louvor mais belo e agradável.

3)     com a língua falando a todos de Maria e cantando em toda a parte os seus louvores.

4)     com a pena escrevendo sobre Nossa Senhora e difundindo os escritos marianos.

Honra-a todos os dias e todas as horas ao menos com uma Ave Maria; honra-a todos os sábados, e em todas as suas festas. – Honra-­a em casa, na igreja e no trabalho.

14 – Imitar

IMITAR Maria. Imitar alguém quer dizer reproduzir em si o modelo, copiar o tom da voz, as maneiras, o modo de agir; ter os mesmos desejos da pessoa que queremos imitar, amar aquilo que ela ama, ter os seus mesmos gostos, os mesmos desejos, os mesmos pontos de vista, os mesmos amigos. E este o sinal mais certo do verdadeiro amor a Maria. São os traços da Mãe reproduzidos no filho. E tu os possuis?

15 – Invocar

INVOCAR Maria

a)      Porque Ela é bondosa e potente;

b)    Para mostrar-lhe teu afeto;

c)     Para pedir-lhe socorro. – Invoca-a quando vacilante, para que te sustente; quando cardo,’ para que te levante; quando duvidoso, para que te aconselhe; quando doente, para que te cure; quando culpado, para que te perdoe; quando abatido, para que te anime; quando assaltado, para que te conceda vitória.

-Invoca-a sempre e em todo lugar. Invoca-a durante a vida para que obtenhas a graça de invocá-la na hora da morte

16 – Obrar

OBRAR
1) por meio de Maria – opera movido e guiado por Ela, desconfiando das tuas próprias forças e confiando no seu auxílio;

2) com Maria – opera na sua presença – com seu auxílio – à sua imitação;

3) por Maria – opera pelo amor, pela honra, pelos interesses e pela glória de Maria.

17 – Olhar

OLHAR para Maria não só com os olhos corporais, mas sobretudo com os da mente. ­Contempla-a nas suas imagens, porém, contempla-a ainda mais naquela imagem que o teu amor por ela formou na tua alma. ­Olha-a frequentemente, atentamente, com fé, com ternura, para estudá-la, admirá-la, invocá-la, imitá-la e para sentires repouso e consolação. Olha-a nos perigos, nas tentações; olha-a na vida e na morte a fim de que possas contemplá-la eternamente no céu. Contemplar Maria é repouso na fadiga, alegria na tristeza; sentir-se amado por Maria é um paraíso antecipado

18 – Ouvir

OUVIR Maria: Vinde filhos, ouvi-me!

a) É a palavra de Mãe que consola e conforta: “Não temas, eu estarei contigo”(N. Senhora a S. Labouré).

b) E a palavra de Mestra que instrui, adverte, corrige, e também amorosamente castiga.

c) ‘É a palavra de Rainha que te chama à prática da lei de Deus: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.

d) Maria te fala por meio da Igreja, dos Superiores, das inspirações, das aparições. Ouve Maria e Maria te ouvirá. Satisfaz seus desejos e Ela satisfará os teus.

19 – Pensar

PENSAR em Maria. O pensamento de Maria purifica, conforta, consola, encoraja, santifica. Pensa em Maria sempre e em toda parte para admirá-la, agradecê-la, manifestar-lhe o teu amor e invocar a sua proteção. Pensa em Maria e Maria pensará em ti.

20 – Recitar

RECITAR o Rosário. Este é um livro divino escrito com o sangue de Cristo e com as lágrimas de Maria. – É um programa de vida cristã feito de alegrias e de dores, que devemos partilhar com Maria, para merecermos a glória do céu. É uma arma de defesa, é um instrumento de conquista. ­Leva contigo o terço como penhor da proteção de Maria, recita-o todos os dias, como sinal de fidelidade e o terço transformar-se-á para ti numa chuva de graças, numa fonte de luz e de virtudes.

21- Recrar-se

RECREAR-SE com Maria. Aceita reconhecido, os divertimentos que te são proporcionados. Desfruta-os com discrição para que te tornes mais apto ao trabalho. Santifica-os com a oração e fá-los frutificar no teu Apostolado.

22- Refugiar-se

REFUGIAR-SE em Maria. O alpinista assaltado pela tormenta, o navegante na tempestade, o soldado nas incursões inimigas sabem o que seja um refúgio. Contra as tempestades das paixões e os assaltos do demônio, não há refúgio mais seguro que o seio de Maria. Quem nos perigos invoca Maria e, confiante, procura refúgio sob o seu manto, está seguro, e. ninguém o poderá abalar. Seja Maria o teu refúgio sempre e em toda parte, e serás salvo.

23 – Repousar

REPOUSAR espiritualmente sobre o coração de Maria, como o Menino Jesus o fez. Repousa à noite, sob seu olhar materno, após teres recitado as três Ave Marias e implorado sua benção. Repousa acariciado pelo seu sorriso, ligado pelo seu rosário.

24 – Rezar

REZAR com Maria. Une as tuas pobres orações às suas onipotentes e fervorosas súplicas. Reza com Maria, esforçando-te por imitá-la na fé, na humildade e na confiança. Implora Maria Santíssima que faça suas as tuas súplicas e as apresente a Jesus, que não sabe negar nada a sua Mãe.

25 – Saudar

SAUDAR Maria logo que acordares, ao toque das Ave Marias, entrando e saindo de casa ou da igreja.

– Saúda o seu nome, suas imagens, seus altares.

– Saúda-a com o Arcanjo S. Gabriel, com Santa Isabel e especialmente com Jesus.

“Quando rezas a Ave Maria, o céu se alegra, a terra sorri, Satanás foge, o mundo se aniquila, a tristeza desvanece, a alma se alegra e o coração fica enternecido.”

26 – Servir

SERVIR a Maria. O titulo de servo completa o de filho, o servir assegura a sinceridade do amor.

– Servir significa dar e não receber, sacrificar-se e não pretender ser o objeto dos sacrifícios de outrem. Sê como a Virgem Maria desejava ser: a escrava da Mãe de Deus.

– É preciso portanto amar e servir: servir amando e amar servindo.

Servir a Maria significa por ao seu serviço todo o teu ser: a tua alma e o teu corpo: a tua inteligência e a tua vontade, tuas mãos, teus pés, tua língua

– tudo o que tens; saúde, capacidades, engenho, tempo, bens materiais e bens espirituais

– tudo o que sabes: palavras, escritos

– tudo o que podes: conhecimentos, poder, influências, amizades.

27 – Sofrer

SOFRER com Maria, procurando nela alívio e conforto – sofre como Maria, em amoroso silêncio, por amor de Deus, para assemelhar-te a Jesus, para converter os pecadores – sofre por amor de Maria que sofreu antes de ti, mais que tu, por teu amor e por tua culpa.

28 – Temer

TEMER desgostar a Maria, desmerecer suas predileções; não ser fiel à graça, eis o temor filial dos santos. Maria estará contente comigo? Perdoar-me-á por tê-la feito chorar? A sua bondade te tranqüilize pelo passado, mas não deixes de amá-la sempre mais para o futuro. Quando se trata de Nossa Senhora, jamais digas: basta!

 29 – Trabalhar

TRABALHAR com Maria e por amor de Maria. Trabalha em sua presença, toma-a como teu Modelo, considera o teu trabalho como um preceito de Maria, e para obter melhor êxito, confia não na tua habilidade, mas no seu auxilio. Fazendo assim trabalharás melhor cansar-te-ás menos, terás merecimentos maiores.

30 – Viver

VIVER com Maria: desperta com Maria, reza com Maria, alimenta-te com Maria, caminha com Maria, alegra-te com Maria, chora com Maria, descansa com Maria. Com Maria recebe Jesus na comunhão, com Maria assiste à Missa, com Maria suporta o próximo, com Maria socorre os pobres, por amor a Maria perdoa a quem te ofendeu.

Eis um segredo de santidade e de felicidade.

Fonte: Movimento Rosário Perpétuo

Artigos

Ninguém como Maria

A treze de maio, na cova da Iria… Mês de maio, mês de Maria, a “Mulher bendita”.

“Bendita sois vós entre as mulheres”: não é assim que dizemos ao rezar a Ave-Maria? Gabriel saudou Maria com estas palavras: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo.” (Lucas 1,28). Quem pode ser mais bendita do que essa mulher, se o próprio Deus a saúda assim?

Também Isabel, prima de Maria, chamou-a de “bendita”. Logo após a anunciação do anjo, Maria foi às pressas às montanhas de Judá para ajudar sua prima Isabel que estava para dar à luz um menino – João Batista – que seria o precursor de Jesus. Ao ver Maria, Isabel, iluminada pelo Espírito Santo, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!… Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido.” (Lucas 1,42.45).

Certo dia, Jesus estava cercado de pessoas e falava ao povo que pendia de seus lábios. E eis que uma mulher, encantada com a sabedoria de Jesus, disse: “Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram.” (Lucas 11,27). Ela queria dizer: “Jesus, tua Mãe é bendita, é abençoada por Deus”. Como respondeu Jesus? “Felizes, sobretudo, são os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lucas 11,28).

Terá Jesus depreciado sua Mãe? Não, pelo contrário. Jesus fez de Maria o maior elogio que podia fazer, porque não existiu ninguém no mundo tão atento à Palavra de Deus e que tão bem cumpriu a vontade do Pai como a Mãe de Jesus. Assim, Maria é duplamente bendita: por ser a Mãe de Jesus e por ser a mulher atenta à Palavra e sua servidora.

Maria é, na verdade, uma mulher bendita, a mais bendita. Qual mulher, como ela, foi preservada do pecado original em previsão dos merecimentos da paixão e morte de seu Filho na cruz? Qual mulher, como ela, foi cheia de Graça, acolheu em si o Espírito Santo, esteve mais próxima de Deus e de Jesus, foi mais atenta à Palavra de Deus, mais disponível ao serviço de seus irmãos e irmãs? Qual mulher, como ela, foi mais cheia de fé, esperança e caridade, sofreu ao pé da cruz de seu Filho por amor a todos nós, foi assunta em corpo e alma aos céus, está, no céu, mais próxima de Deus e pode interceder melhor por nós, seus filhos e filhas?

Não há mulher como Maria. Ela é realmente a Mulher bendita! Não esqueça, porém, que a bem-aventurança de Maria está na sua grande fé. Fé que a levou até o topo do Calvário, padecendo, em seu coração, a mesma paixão do seu Filho na cruz. De fato, a Senhora da Piedade é representada ao pé da cruz, com o Filho Jesus morto nos braços. A cruz fez parte da vida de Jesus e de Maria.

A sombra da cruz projetou-se sobre Maria e Jesus desde o momento em que ele foi concebido. Apenas se tornou Mãe, Maria sofreu por não saber como fazer compreender a José que estava grávida por obra do Espírito Santo e não de um homem. Prestes a dar à luz, enfrentou dura viagem até Belém para fazer o recenseamento determinado pelo imperador romano. Em Belém não encontrou acolhida na casa de ninguém, viu-se obrigada a refugiar-se numa gruta e ali, entre animais, dar à luz seu Filho e dever recliná-lo numa manjedoura.

Quando, com José, Maria se apresentou no Templo de Jerusalém para a purificação, Simeão anunciou um futuro sombrio para ela e seu Filho e acrescentou: “Uma espada traspassará tua alma!” (Lc 2,35). Em seguida, foi forçada a fugir para o Egito a fim de escapar de Herodes que queria matar-lhe o Filho. Viveu no exílio, em terra estranha, entre gente estranha, falando língua estranha. Mais tarde sofreu a dor de perder seu Filho no templo.

Um dia, Maria chorou ao ver Jesus deixar a casa paterna – e a ela, sua mãe – para dedicar-se ao anúncio do Evangelho. Durante o ministério de Jesus, Maria viu seu Filho incompreendido, perseguido, rejeitado, caluniado, por fim traído, preso, condenado iniquamente, coroado de espinhos, esbofeteado, cuspido, ridicularizado, carregado de uma cruz, nela pregado e morto. Até que, à sombra da cruz, pessoas amigas o puseram de novo em seus braços de Maria, como quando ele era criança.

A cruz de Maria, quantas cruzes! Para nós também, que ainda estamos a caminho do Pai, é impossível viver sem cruz. Não é preciso buscá-la, ela aparece por si, faz parte da vida. Lembre-se das palavras de São Paulo: “Completo, na minha carne, o que falta às tribulações de Cristo.” (Colossenses 1,24). Enquanto existir uma só pessoa no mundo, a cruz estarAá sempre a seu lado, e Cristo continuará crucificado nos que sofrem, que vão completando o que falta a seu sofrimento.

Na cruz esteve a salvação de Maria e está também a nossa salvação.

Por
Dom Hilário Moser, SDB
Bispo emérito da Diocese de Tubarão (SC). Doutor em Teologia Dogmática pela Pontificia

Artigos

O papel de Maria na descida do Espirito Santo

– A igreja universal celebra a solenidade de Pentecostes, um momento em que a figura de Maria é de singular importância, revela nesta entrevista concedida a Zenit o padre Jesús Castellano Cervera, carmelita descalço, especialista em estudos marianos e consultor da Congregação vaticana para a Doutrina da Fé.

O tempo que estamos vivendo é também conclusão do tempo pascal e do mês de maio. Este tempo tem uma especial relevância mariana?

P. Castellano Cervera: O tempo compreendido entre a Ascensão e Pentecostes me parece que é um tempo particularmente mariano. O dado sublinhado nos Atos dos Apóstolos (1,14), que recorda a presença de Maria no Cenáculo, há que ser enfatizado. A iconografia antiga, a liturgia bizantina e as antigas notícias de Maria são unânimes ao recordar a Virgem Maria já no episódio da Ascensão do Senhor ao Céu.

Maria aparece com os discípulos em oração enquanto Jesus sobe ao Céu, e a Mãe se converte assim em testemunha de toda a vida humana de Cristo, desde a vinda do seio do Pai à sua maternidade e desde a ascensão ao seio do Pai com a carne tomada da Mãe.

Qual é o significado da presença de Maria entre os discípulos no Cenáculo?

P. Castellano Cervera: Penso que Jesus confiou seus discípulos a Maria antes da vinda do Espírito Santo. A Virgem Maria, na realidade, em um tempo de «vazio», quando Jesus já não está e o espírito não descendeu, todavia, parece a pessoa mais apropriada para preencher de alguma forma estas duas presenças em um momento de recordação e de espera.

De recordação porque Maria é memória vivente de Cristo, de sua vida desde o princípio, de suas palavras. Sua presença materna fala dEle em tudo. E de espera porque a Virgem Maria, qua recebeu o Espírito Santo em plenitude, converte-se em garantia e esperança de cumprimento da promessa de Jesus. Virá o Espírito prometido –parece assegurar Maria– assim como veio sobre mim. Deus é fiel a suas promessas.

É talvez esta presença a raiz do título a Ela reconhecido: Rainha dos Apóstolos?

P. Castellano Cervera: Creio que é precisamente assim. Padres da Igreja e autores medievais dizem com clareza que Maria no Cenáculo converte-se em Mãe dos Apóstolos com seu testemunho de Cristo.

João Paulo II fala na Encíclica Redemptoris Mater, no número 26, de tal presença em meio aos discípulos de Jesus como singular testemunho do mistério de Cristo. Seu papel materno neste tempo é evidente.

Podemos pensar que as palavras de At 1, 14 refletem a obra materna de Maria, que ajuda os discípulos a «perseverar» cada dia na esperança do acontecimento prometido da vinda do Espírito, a estar «de acordo e unidos», a abrir seus corações «na oração» com uma atitude de invocação e de confiada espera. Maria molda maternalmente os apóstolos, faz deles irmãos, prepara a comunidade para acolher o Espírito Santo. Posto que Maria já havia recebido o Espírito Santo, não era talvez para Ela supérfluo esperar Pentecostes?

P. Castellano Cervera: Maria, de acordo com as imagens mais antigas de Pentecostes, aparece aos discípulos e recebe o Espírito Santo com toda a Igreja. Sua circunstância, ligada ao mistério do Filho e sua missão, está agora indissoluvelmente unida ao mistério da Igreja

Foram parte dela como membro excelentíssimo e como Mãe, como afirma o Concílio Vaticano II. A nova vinda do Espírito sobre Ela a une ainda mais à Igreja, sua comunhão e missão. Não é possível pensar na Igreja sem Maria e em Maria sem a Igreja.

A centralidade da Mãe de Jesus em meio aos discípulos com a mesma chama do Espírito Santo em uma atitude de acolhida do dom e de ação de graças nos fala do «perfil mariano» da Igreja, onde Ela representa a própria essência da Igreja: pura acolhida e transmissão do dom de Deus. Maria é o dever de ser da Igreja e do cristianismo, baixo a ação do Espírito Santo e em profunda comunhão com todos.

Fonte: Comunidade Shalom

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A caminho do Triunfo – Parte 1

O século, as colunas, o Dogma e o Triunfo do Imaculado Coração da Santíssima Virgem

1. Introdução

O saudoso Papa João Paulo II, tão presente na vida de todos nós, é o “Papa de Maria”. Ele se consagrou inteiramente a ela, Ela sob o lema “Totus Tuus” (“Todo Teu”).

E no Grande Jubileu do ano 2000, o saudoso Papa João Paulo II consagrou o Terceiro Milênio a Santíssima Virgem. Nessa ocasião, ele fez publicamente esta oração:

“Hoje como nunca no passado, a humanidade está em uma encruzilhada. E, uma vez mais, a salvação está só e inteiramente ó Virgem Santa, em teu Filho Jesus.”

Vivemos, de fato, em um período de caos social, nas ruínas de uma sociedade destruída pela revoluções liberais e totalitárias dos últimos séculos.

Mas, voltando nossos olhos para o mundo espiritual, temos a consoladora expectativa  do cumprimento da promessa da Santíssima Virgem em suas aparições de Fátima (1917), quando disse: “Por fim o Meu Coração Imaculado Triunfará!”

E alguns fatos, à partir das experiências dos santos canonizados, Papas e místicos católicos, nos concedem mais luz para compreender este momento.

2. O século

Há uma conhecida visão que o Papa Leão XIII teve no dia 13 de Outubro de 1884. O padre Domingo Pechenino, em “Ephemerides Liturgicae”, n° 69 (1955), pp. 58-59, relata.

Viu ele Satanás travando um diálogo com Deus. Satanás dizia: “Eu posso destruir a Igreja e arrastar a humanidade toda para o inferno. Mas para isto preciso de mais tempo e mais poder.” Uma voz doce responde: “Quanto tempo e quanto poder?” Retruca o Demônio: “De 75 a 100 anos, e mais poder sobre os que se põem ao meu serviço.”

Deus responde: “Pois tens esse tempo.”

Algo que naturalmente nos recorda da provação de Jó, no Antigo Testamento, onde Deus permite que ele seja provado por Satanás, em prol de um bem maior (Jó 1, 6-12).

Foi imediatamente após esta visãa que o Papa Leão XIII escreveu aquela conhecida oração a São Miguel Arcanjo, para ser rezada no final de todas as Missas.  A oração é a seguinte:

“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, defendei-nos com vosso escudo contra os embustes e ciladas do demônio. Subjugue-o Deus, insistentemente pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno a Satanás e a todos os espíritos malignos que vagueiam pelo mundo, para perder as almas. Amém”.

Talvez o Papa tenha feito isso lembrando do que escreveu, já no Antigo Testamento, o Profeta Daniel: “Naquele tempo, surgirá Miguel, o protetor dos filhos  do seu povo.” (Daniel 12,1)

3. As colunas

Na mesma época, um santo canonizado pela Igreja, São João Bosco, teve um sonho onde a Santa Igreja era atacada. Dom Bosco via a Barca da Igreja, em meio ao mar, sendo conduzida pelo Papa, em uma grande batalha com as barcas inimigas.

Em meio ao mar, havia duas colunas, que assim ele descreve:

“No meio da imensa extensão do mar elevavam-se acima das ondas duas robustas colunas, altíssimas, pouco distantes uma da outra. Sobre uma delas havia a estátua da Virgem Imaculada, em cujos pés pendia um longo cartaz com esta inscrição: Auxilium Christianorum (Auxílio dos Cristãos). Sobre a outra, que era muito mais alta e mais grossa, havia uma Hóstia de grandeza proporcional à coluna, e debaixo um outro cartaz com as palavras: Salus Credentium (Salvação dos que crêem).”

Dom Bosco continua descrevendo a visão:

“O Papa cai gravemente ferido. Imediatamente, os que estão com ele o ajudam e o levantam. Uma segunda vez, o Papa é atingido; ele cai de novo e morre. Um grito de júbilo e vitória irrompe dentre os inimigos; de seus navios eleva-se uma indizível zombaria. Mas assim que o Pontífice cai, um outro assume o seu lugar. Os pilotos, tendo-se reunido, elegeram outro tão prontamente que, com a notícia da morte do anterior já se apresentam as boas novas da eleição do sucessor. Os adversários começam a perder a coragem.

O novo Papa, pondo o inimigo em fuga e superando todos os obstáculos, guia o navio diretamente às duas colunas e consegue descansar entre elas. Ele ancora o seu navio à coluna encimada pela Hóstia, prendendo uma corrente leve que sai da proa a uma âncora presa à coluna; uma outra corrente leve presa à popa é atracada a uma âncora que pende da coluna sobre a qual está a Virgem Maria.

Neste ponto, inicia-se uma grande convulsão. Todos os navios que estiveram até então em luta contra o navio do Papa são dispersados; eles se afastam em confusão, colidem e quebram-se em pedaços, uns contra os outros. Alguns afundam e tentam afundar os outros. Muitas das pequenas embarcações que lutaram galantemente pelo Papa correm a prender-se às colunas. Outras, que se haviam mantido à distância, por medo da batalha, observam cautelosamente de longe; assim que os escombros dos navios afundados são dispersados pelos redemoinhos do mar, elas se aventuram a rumar para as duas colunas, e alcançando-as, fazem-se prender aos ganchos que delas pendem, para se porem a salvo, à sombra do navio principal, onde está o Papa. Reina sobre o mar uma grande calma.”

Impossível não lembrar aqui das palavras do Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, quando na homilia da Santa Missa do próprio conclave que o elegeu Papa, ele denunciava as grandes ideologias que são as adversárias da Santa Igreja na nossa sociedade, usando exatamente o exemplo da barca:

“Quantos ventos de doutrina conhecemos nestes últimos decênios, quantas correntes ideológicas, quantos modos de pensamento… A pequena barca do pensamento de muitos cristãos foi não raro agitada por estas ondas – lançada dum extremo ao outro: do marxismo ao liberalismo, até ao ponto de chegar à libertinagem; do coletivismo ao individualismo radical; do ateísmo a um vago misticismo religioso; do agnosticismo ao sincretismo e por aí adiante. Todos os dias nascem novas seitas e cumpre-se assim o que São Paulo disse sobre o engano dos homens, sobre a astúcia que tende a induzir ao erro (cf. Ef 4, 14). Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, é freqüentemente catalogado como fundamentalismo, ao passo que o relativismo, isto é, o deixar-se levar ao sabor de qualquer vento de doutrina, aparece como a única atitude à altura dos tempos atuais. Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e que usa como critério último apenas o próprio “eu” e os seus apetites.”

Nesta batalha da visão de Dom Bosco, o Papa é quem conduz a barca, e ele é quem mais é perseguido pelos adversários da Santa Igreja. Algo que lembra a visão da Beata Jacinta, uma das três crianças que viu a Santíssima Virgem em Fátima:

“Eu vi o Santo Padre numa casa muito grande, de joelhos diante de uma mesa, com as mãos no rosto a chorar; fora da casa estava muita gente e uns atiravam-lhe pedras, outros rogavam-lhe pragas e diziam-lhe muitas palavras feias. Coitadinho do Santo Padre, temos que pedir muito por ele!”

Na visão de Dom Bosco, é quando a Barca da Santa Igreja é conduzida pelo Papa até as colunas da Eucaristia e da Santíssima Virgem que ela alcança a vitória, e a paz reina!

4. O Dogma

Têm se tornado cada vez mais conhecidas as aparições da Santíssima Virgem em Amsterdan, na Holanda, de  1945 a 1972, a Ida Peerdeman (1905-1996). A Virgem se apresentou como “Senhora de Todos os Povos”, e o Bispo da diocese de Haarleu Amsterdam, Henrik Bonners, e o seu auxiliar, Josef Punt, autorizaram oficialmente publicamente a devoção, no dia dia 3 de maio de 1996.

A Virgem pediu que pintasse um quadro dela, em frente a cruz, sobre um globo.

Nesta aparição de Amsterdan, a Santíssima Virgem disse, entre outras coisas:

“Façam penitência. O mundo não será salvo pela força, mas sim através do Espírito.”

“Querem expulsar a prática da religião. Isto será feito com tanta sutileza, que quase ninguém notará”

“Virá um tempo de inquietação e turbulência: Humanismo, paganismo, descrença; serpentes que tentarão dominar o mundo”.

“O tempo chegou. O Espírito Santo deve vir sobre a terra, sobre os povos”.

“Antes de mais nada voltai para Ele (Deus), somente depois virá a verdadeira paz”.

“Que seja definido o dogma mariano de Co-Redentora, Medianeira e Advogada.”

No falecimento de Ida em 1996, o Bispo Dom Henrik Bomers esteve presente, e falou sobre ela:

“Era e permaneceu até a morte uma senhora completamente sóbria e teve sempre uma grande relutância na glorificação à sua pessoa. Ela era absolutamente sincera e disse a verdade sobre tudo aquilo que ouviu.”

Também o Cardeal Stickler, reconhecido pela sua fidelidade a  doutrina católica, em uma carta aos participantes do encontro em Amterdã de 13 de Maio de 1997, dizia:

“Considero um grande dom as aparições que houve em Amsterdã desde 1945. À vidente Ida foi relevado sobretudo a Vontade de Deus venerar Maria, Sua Mãe, como Co-Redentora, Medianeira e Advogada. Nossa Senhora anuncia que o Santo Padre deve proclamar estes títulos como Dogma  para a renovação da Igreja e de toda a humanidade no Espírito Santo. A Igreja deveria submeter estas mensagens a sério exame à luz dos acontecimentos que se verificaram na Igreja e no mundo nestes 50 anos: uma impensável crise de fé e da moral, da política e da economia. Quando a Senhora de Todos os Povos veio a Amsterdã em 1945, ninguém podia imaginar em que medida seriam realizadas estas profecias.”

Com efeito, há um significativo número de teólogos que defende hoje a proclamação deste 5º Dogma Mariano (Co-Redentora,  Medianeira e Advogada),  que são títulos já mencionados com veneração no Magistério Ordenado de Papas e santos canonizados, como Santo Afonso Maria de Ligório, doutor da Santa Igreja, e São Luis Maria Montfort e que que completariam os outros 4 (Mãe de Deus, Imaculada Conceição,  Virgindade Perpétua e Gloriosa Assunção).

As citações acima, de  Dom Henrik Borners e do Cardeal Sitincker, podem ser encontradas no livro “Aparições de Nossa Senhora”, de Ernersto N. Roman, Paulus, 6ª Ed, p. 82)

Em tempo: a imagem da Virgem que em Akita, no Japão, em 1973, verteu lágrimas de sangue 101 vezes, era esculpidade em madeira e era exatamente esta, da “Senhora de todos os povos”, segunda a devoção que surgiu em Amsterdan em torno da aparição que falamos; em 1988, o Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento e na época Prefeiro da Sagrada Congregação para Doutrina da Fé, declarou os fenômenos de Akita como dignos de credibilidade.

5. O Triunfo

Todos esses fatos nos levam a expectativa do grande Triunfo do Imaculado Coração da Santíssima Virgem. Ela prometeu em Fátima (1917):

“Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz”.

Também a Santíssima Virgem falou sobre o mesmo assunto em La Salette (França, 1846), em aparição oficialmente reconhecida pela Santa Igreja, e a respeito da qual o saudoso Papa João Paulo II declarou:

“Neste lugar, Maria, a mãe sempre amorosa, mostrou sua dor pelo mal moral causado pela humanidade. Suas lágrimas nos ajudam a entender a gravidade do pecado e a rejeição a Deus, enquanto manifestam ao mesmo tempo a apaixonada fidelidade que Seu Filho mantém com relação a cada pessoa, embora Seu amor redentor esteja marcado com as feridas da traição e do abandono dos homens.”

Nesta aparição de La Salete, disse a Virgem:

“Será feita a paz, a reconciliação de Deus com os homens. Jesus Cristo será servido, adorado e glorificado. A caridade florescerá por toda a parte. Os novos reis serão o braço direito da Santa Igreja, que será forte, humilde e piedosa, pobre, zelosa e imitadora das virtudes de Jesus Cristo. O Evangelho será pregado por toda a parte e os homens farão grandes progressos na fé, porque haverá unidade entre os obreiros de Jesus Cristo e porque os homens viverão no temor de Deus.”

É o que anunciam expressamente também dois santos marianos, canonizados pela Santa Igreja: São Luis Maria Montfort e São Maximiliano Kolbe.

São Maximiliano Kolbe, mártir pelas mãos do totalitarismo nazista, fundou a Milícia da Imaculada visando “a instauração do misericordiosíssimo Reino da Imaculada sobre a terra.” E vivendo no século XX, anunciou:

“Vivemos numa época que poderia ser chamada o início da era da Imaculada. Sob o seu estandarte haverá de combater-se uma grande batalha e haveremos de hastear as suas bandeiras sobre as fortalezas do rei das trevas.”

No maravilhoso “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”, de São Luis  Maria Montfort (o livro que levou o saudoso Papa João Paulo II a se consagrar a Santíssima Virgem), o santo afirma:

“Quanto, portanto, e é certo, o conhecimento e o Reino de Jesus Cristo tomarem o mundo, será como uma consequência necessária do conhecimento e do reino da Santíssima Virgem Maria. Ela o deu ao mundo a primeira vez, e também da segundo, o fará resplandecer.” (n.13)

E ainda:

“Nesses últimos tempos, Maria deve brilhar, como jamais brilhou, em misericórdia, em força e graça. Em misericórdia para reconduzir e receber amorosamente os pobres pecadores e desviados que se converterão e voltarão ao seio da Igreja católica; em força contra os inimigos de Deus, os idólatras, cismáticos, maometanos, judeus e ímpios empedernidos, que se revoltarão terrivelmente para seduzir e fazer cair, com promessas e ameaças, todos os que lhes forem contrários. Deve, enfim, resplandecer em graça, para animar e sustentar os valentes soldados e fiéis de Jesus Cristo que pugnarão por seus interesses.” (n. 50)

Assim São Luis Montfort exclama:

“Ah! Quando virá este tempo feliz em que Maria será estabelecida Senhora e Soberana nos corações, para submetê-los plenamente ao império de seu grande e único Jesus? Quando chegará o dia em que as almas respirarão Maria, como o corpo respira o ar? Então, coisas maravilhosas acontecerão neste mundo, onde o Espírito Santo, encontrando sua querida Esposa como que reproduzida nas almas, a elas descerá abundantemente, enchendo-as de seus dons, particularmente do dom da sabedoria, a fim de operar maravilhas de graça. Meu caro irmão, quando chegará esse tempo feliz, esse século de Maria, em que inúmeras almas escolhidas, perdendo-se no abismo de seu interior, se tornarão cópias vivas de Maria, para amar e glorificar Jesus Cristo? Esse tempo só chegará quando se conhecer e praticar a devoção que ensino. Ut adveniat regunum tuum, adveniat regnum Mariae. Sim, querido irmão, quando chegará esse tempo feliz, essa era de Maria, em que muitas eleitas que terá obtido do Altíssimo, mergulharão voluntariamente no abismo das suas próprias entranhas, tornando-se cópias vivas de Maria, para amar e glorificar Jesus Cristo?”

Esta devoção que São Luis Montfort mencionada não é outa senão a prática da consagração perfeita a Santíssima Virgem que ela ensina no Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem, e foi por meio desta consagração que o Papa João Paulo II se entregou inteiramente a Virgem, sob o lema Totus Tuus.

O mesmo tema do Triunfo da Santíssima Virgem, que será também o triunfo de Nosso Senhor, parece ser retomado por outros santos canonizados e místicos católicos, como Santa Catarina de Sena, doutora da Santa Igreja (1380):

“Deus purificará a Santa Igreja por um meio que foge a toda previsão humana, e haverá uma reforma perfeita na Santa Igreja de Deus e uma renovação muito feliz dos santos pastores que, quando penso, meu coração estremece no Senhor. As nações estranhas à Igreja se converterão ao verdadeiro Pastor.”

Na mesma linha, fala São Cesário de Arles (470-542):

“Haverá um Grande Papa, que será mais eminente em santidade e mais perfeito em todas as qualidades. O Papa estará ao lado do Grande Monarca, um homem cheio de virtudes, que será o rebento da santidade dos reis franceses. O Grande Monarca ajudará o Papa na reformulação de toda a terra. Muitos príncipes e nações que estão vivendo no erro e impiedade serão convertidos e uma paz admirável reinará entre a humanidade durante muitos anos, porque a ira de Deus será apaziguada através do arrependimento, penitência e boas obras. Haverá uma lei comum, uma fé comum, um batismo, uma religião. Todas as nações reconhecerão a Santa Sé de Roma, e prestarão homenagens ao Papa.”

Também a Beata Ana Maria Taiji (1769-1837):

“A Cristandade se espalhará por todo o mundo. (…) Estas conversões serão incríveis. Aqueles que sobreviverem se conduzirão bem. Haverá inúmeras conversões de hereges, que voltarão para a Igreja; todos notarão a conduta edificante de suas vidas, assim como todos os outros Católicos. A Rússia, a Inglaterra e a China irão para a Igreja e o povo estará em júbilo contemplando o triunfo espetacular da Igreja.”

Em uma oração dirigida ao Espírito Santo, diz São Luis Maria Montfort:

“Quando virá esse dilúvio de fogo do puro amor, que deveis atear em toda a terra de um modo tão suave e tão veemente que todas as nações, os turcos, os idólatras, e os próprios judeus hão de arder nele e converter-se?” (Prece de São Luis Montfort pedindo a Deus missionários para a Companhia de Maria)

Que estas palavras sejam a nossa expectativa e a nossa oração, junto com as palavras de João Paulo II:

“Hoje como nunca no passado, a humanidade está em uma encruzilhada. E, uma vez mais, a salvação está só e inteiramente ó Virgem Santa, em teu Filho Jesus.”

Fonte: Apostolado Reino da Virgem Mãe de Deus – 13 de Abril de 2010, memória litúrgica de Santo Hermenegildo, mártir da Eucaristia

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Capelinha de Fátima no Rio de Janeiro será inaugurada em 28 de Maio

A 28 de Maio é inaugurado no Brasil, mais um espaço ligado à devoção a Nossa Senhora de Fátima. Isto porque, uma réplica da Capelinha das Aparições do santuário português foi construída no Rio de Janeiro.

Em declarações aos jornalistas na tarde de 12 de Maio, o reitor do Santuário de Fátima em Portugal, D. Virgílio Antunes, disse, a propósito este projecto: “Será um grande foco de difusão de Nossa Senhora de Fátima”.

Uma Imagem de Nossa Senhora de Fátima para essa Capelinha foi benzida no final da Missa internacional de 13 de Maio, no momento da bênção dos objectos religiosos. No dia seguinte foi levada para a cidade do Rio de Janeiro, onde será entronizada na referida Capelinha.

A inauguração deste novo espaço de devoção está marcada para o dia 28 de Maio. Será presidida pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani João Tempesta. De Portugal deslocar-se-á ao Brasil o Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, e o Reitor do Santuário de Fátima, D. Virgílio Antunes.

A iniciativa desta construção é dos fundadores da associação “Tarde com Maria”. Presentes em Fátima na Peregrinação Aniversária de Maio, no dia em que esta associação arquidiocesana cumpria 25 anos de existência, os seus representantes recordaram, em breve entrevista à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima, o contexto deste projecto.

A ideia surgiu, recorda Berthaldo Soares, fundador e presidente da associação, por ocasião da peregrinação a Fátima de uma delegação de cinquenta pessoas ligadas à “Tarde com Maria”, a 20 de Maio de 2006, nos vinte anos da associação.

Nessa viagem, que passaria também pela Santa Sé, Berthaldo Soares comprometeu-se pessoalmente, na Capelinha das Aparições, empenhar-se na construção de um novo santuário de Fátima no Brasil.

Os primeiros contactos com Portugal foram feitos com Mons. Luciano Guerra, antigo reitor do Santuário de Fátima. Foi necessário o acesso às plantas da Capelinha em Fátima, da autoria do arquitecto Carlos Loureiro, encontrar-se um espaço adequado para a construção e obterem-se os necessários apoios financeiros.

O auxílio da prefeitura local foi o primeiro grande impulso, com a oferta de um terreno de 14.000 metros quadrados, na zona sul do Rio de Janeiro. Um grupo crescente de beneméritos manifestou também o seu apoio à iniciativa. A obra levaria apenas dois anos a erguer-se.

O decreto de criação do Santuário Nossa Senhora de Fátima no Rio de Janeiro e da nomeação do primeiro reitor, o Cónego José Gomes Moraes, é datado de 13 de Maio de 2010. Foi assinado pelo arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani João Tempesta.

 

Arcebispo do Rio de Janeiro destaca importância da Mensagem de Fátima

“A Mensagem de Fátima é urgente”

A 14 de Maio, em mensagem divulgada na página oficial da Arquidiocese de S. Sebastião do Rio de Janeiro (www.arquidiocese.org.br), D Orani João Tempesta recordou as aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria, em Portugal, e destacou a actualidade da Mensagem de Fátima.

“Neste momento histórico em que constatamos que a intolerância contra os cristãos acontece pelo mundo afora e, ao mesmo tempo, nesta mudança de época, quando decisões que deveriam ser debatidas pelo Congresso Nacional são impostas ao povo sem essa salutar discussão, num tempo em que tantos e tantas se lançam contra as pessoas de fé como se eles fossem cidadãos de segunda classe, sem alguns direitos que normalmente são concedidos a outros, será muito importante revisitarmos a mensagem de Fátima”, escreveu.

Após um breve relato das aparições, em 1917, o Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro lembrou a Mensagem de Fátima.

“Fátima é uma visita de Maria, nossa Mãe, na nossa época e para a nossa época. É uma Mensagem de afecto, um plano prático para a paz no mundo, uma promessa do Céu. São sinais que salientam aspectos da Revelação Cristã chamando as pessoas à conversão para nos salvar de perseguições, guerras, escravidão ou aniquilação. É, sobretudo, uma maneira de salvar as nossas almas do Inferno. A Mensagem de Fátima é para todos, em todas as épocas!”, sublinhou.

“A Mensagem de Fátima é pertinente e urgente, tanto naquela época como hoje: é uma súplica angustiada de quem nos vê em grande perigo e que vem oferecer a Sua ajuda e dar o Seu conselho. Por isso mesmo, o nosso convite para revisitarmos a mensagem de Fátima nestes tempos novos e difíceis!”, concluiu D. Orani Tempesta, na mensagem que intitulou “Maria em Fátima e Aparecida” e que disse ter escrito no Santuário brasileiro de Nossa Senhora de Aparecida, onde participava na 49ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

A terminar, lançou o convite para participação na inauguração da Capelinha de Fátima no Rio de Janeiro que, disse: “será um sinal plantado em nosso país a nos recordar da necessidade de conversão e contínua oração”.

LeopolDina Simões

Fonte: Santuário de Nossa Senhora de Fátima (Fátima – Portugal)

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Fátima: A promessa do Triunfo

Há algo mais, de importância primordial, que motivou a Mãe de Deus a transmitir sua mensagem aos três pastorinhos. É o anúncio da vitória d’Ela sobre o império de Satanás, ou seja, o Reino de Maria, previsto por São Luís Maria Grignion de Montfort e por vários outros santos.

Neste fim de milênio, que afunda nos pecados mais abomináveis, a celestial promessa de Nossa Senhora nos deve alentar e dar esperança.

Para que nossos olhos possam contemplar maravilhados o meio-dia desse sol – o triunfo do Imaculado Coração de Maria – cuja aurora despontou em Fátima a 13 de maio de 1917, a Virgem Maria nos indicou o caminho: “Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz”.Uma dificuldade surge, no entanto. Os pedidos de Nossa Senhora não foram atendidos; os homens continuam a pecar em progressão cada vez mais assustadora. Que razões temos para crer que Nossa Senhora dará cumprimento à sua promessa?

Suas próprias palavras. Pois a Santíssima Virgem só põe condições para evitar os castigos, não, porém, para fazer triunfar seu Coração Imaculado. Quanto a isto, o texto da mensagem não deixa dúvidas. Após o anúncio de uma sucessão de calamidades que adviriam para a humanidade caso esta não se convertesse, Nossa Senhora conclui categoricamente, sem antepor condição alguma: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.

Como se chegará a essa vitória final sobre o pecado, não o sabemos, nem parece tê-lo revelado a Mãe de Deus. Apenas é certo que todos quantos atenderem seus pedidos se salvarão, e muito possi-velmente serão chamados a participar do magnífico triunfo da Rainha do Universo.

São Luis Maria Grignion de Montfort, no seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, previu o reino da Mãe de Deus na Terra. Animado de ardoroso carisma profético, esse grande apóstolo marial previu que, ao ser conhecida e posta em prática a devoção a Maria por ele ensinada, o reino da Mãe de Deus estaria implantado na Terra. Em outros termos, antevia ele o triunfo do Imaculado Coração de Maria, por Ela prometido em 1917.

Assim exclama São Luis Grignion:

“Ah! Quando virá este tempo feliz em que Maria será estabelecida Senhora e Soberana nos corações, para submetê-los plenamente ao império de seu grande e único Jesus?

Quando chegará o dia em que as almas respirarão Maria, como o corpo respira o ar? Então, coisas maravilhosas acontecerão neste mundo, onde o Espírito Santo, encontrando sua querida Esposa como que reproduzida nas almas, a elas descerá abundantemente, enchendo-as de seus dons, particularmente do dom da sabedoria, a fim de operar maravilhas de graça. Meu caro irmão, quando chegará esse tempo feliz, esse século de Maria, em que inúmeras almas escolhidas, perdendo-se no abismo de seu interior, se tornarão cópias vivas de Maria, para amar e glorificar Jesus Cristo? Esse tempo só chegará quando se conhecer e praticar a devoção que ensino. Ut adveniat regunum tuum, adveniat regnum Mariae (Que venha o Reino de Maria, para que assim venha o Reino de Jesus Cristo)!”.

Fonte: Arautos do Evangelho