Em toda esta dura jornada da vida, tenho muito perto de mim Maria, minha doce Mãe do céu. Que pastora gentil, porém firme pastora tem sido para guiar meus passos! Nunca permite que eu sinta compaixão por mim mesmo.
Ainda que não seja um título – este, de pastora – que se aplica tradicionalmente a Maria, sem dúvida, o papel que Maria desempenha na Igreja e na vida dos cristãos se parece muito com o ofício do pastor: cuidar, defender, manter no redil da Igreja todas as ovelhas a ela – mãe e pastora – confiadas.
Não mais de meio século atrás, era freqüente encontrar essa cena, visceralmente humana, do pastor à frente ou no meio de seu rebanho de ovelhas. O pastor que caminhava à frente delas ou que se apoiava descansando, placidamente, sobre seu cajado. O pastor é símbolo do homem vigilante que, com olhos vigilantes, está atento ao seu rebanho.
Com muita freqüência, no Antigo Testamento, Deus Se chama a Si mesmo de Pastor de Israel e assim gosta de ser chamado. Uma das Suas tristezas é ver Seu povo “que está como ovelhas sem pastor”.
O pastor conhece as ovelhas e cuida delas. O pastor caminha à frente delas para levá-las às boas pastagens. Definitivamente, o pastor vive para suas ovelhas e está disposto a afrontar todos os riscos para que não se perca nenhuma ovelha de seu rebanho.
Maria cuidou de seu único “Cordeiro”. Maria presidia e estava nomeio do primeiro rebanho quando o Pastor partiu para o “redil definitivo”. Maria não se omitiu de sua tarefa de cuidar de todas as ovelhas que formam as parte do redil da Igreja.
Maria tem, portanto, essa função de pastora.
Em primeiro lugar, é pastora porque é Mãe do Bom Pastor e porque se preocupa com que o rebanho em geral e cada uma das ovelhas em particular vivam dentro do rebanho de seu Filho: a Igreja.
Maria é pastora porque realiza muitas das funções do Pastor, sobretudo a de defender o rebanho. Assim, se reflete isso numa das primeiras orações com a qual o povo cristão se dirigiu a Maria: “A VOSSA PROTEÇÃO RECORREMOS, MÃE DE DEUS…; LIVRAI-NOS DE TODO PERIGO!”.
O monge Pedro, bispo de Argos, no século XI, dizia: “SEDE A COMPANHEIRA DA VIAGEM DE QUEM ESTÁ A CAMINHO E SEDE NAVEGANTE PARA QUEM ESTÁ EM ALTO MAR”.
Quando se invoca Maria como mãe dos desamparados ou refúgio dos pecadores, é-nos sugerida essa preocupação de Maria de ir à busca da ovelha perdida. Maria os chama com sua voz maternal para que regressem ao redil e possam escutar a voz do Pastor. Ela é a pastora que toma em seus braços as ovelhas necessitadas: é a consoladora dos aflitos e o auxílio dos cristãos.
Peçamos a Maria que, quando fraquejarmos e nos apartarmos do redil, ela, como doce pastora, nos conduza com sua mão e e nos devolva ao seu Filho.
“Porque tenho confiança em todas as tuas riquezas, Maria, te suplico que conduzas este teu rebanho aos pastos da salvação, mediante a experiência que possui aquele que cuida do rebanho. Tu sabes muito bem quão necessitado estou. Que nunca aconteça que uma fera arremeta contra o rebanho e que nenhuma de minhas ovelhas caia em nenhum perigo espiritual!
Portanto, te peço que sejas tu quem me governe a mim, como pastor! Que sejas tu quem me proteja de todo engano! Que sejas tu quem dirija até a imortalidade os que peregrinam neste mundo para que ali possamos também gozar de tua proteção por graça e no amor para com todos os homens de teu Filho primogênito, nosso Senhor Jesus Cristo”. (Oração de Léon VI, o sábio, século IX, Homilia na Anunciação).
AUTORIA – Pe. Antonio Izquierdo, L.C., e Florian Rodero
TRADUÇÃO LIVRE – Ammá Maria Ângela de Melo Nicolleti
FONTE – www.es.catholic.net
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