Existe no município de São José dos Campos uma capela que todos os anos no dia 15 de agosto atrai grande número de romeiros e cujo orago é Nossa Senhora do Bom Sucesso, conhecida pelo nome pitoresco de Nossa Senhora da Carpição.
Os devotos, ao chegarem ao local da festa, dirigem-se para trás da capela e com uma enxada retiram torrões de terra que amontoam na praça fronteiriça à Igreja. Muitas vezes, ao terminarem as festividades, o volume de terra transportada chega a 5 metros cúbicos.
O povo acredita que o cumprimento da tradicional cerimônia, ou “obrigação”, proporcionará aos devotos de Nossa Senhora da Carpição mais saúde, bem-estar c felicidade. Daí muitas pessoas levarem um pouquinho da terra, que elas consideram sagrada, em lenços e saquinhos próprios. Depois de cumprida a “obrigação” os fiéis entram na capela para acender velas, amarrar fitas nos santos de sua devoção e deixar esmolas.
Conta-nos Alceu Mainard de Araújo que o templo de Nossa Senhora da Carpição começou com uma simples cruz erguida para assinalar o local onde morreu de desastre um pernambucano desconhecido. O povo ali se reunia para rezar, porém na última década do século passado, como não havia igreja no bairro do Pernambuco, resolveram transformar aquela cruz em capela.
Organizaram uma festa com a finalidade de angariar fundos para a edificação de templo, mas não conseguiram resolver qual seria o santo protetor do futuro templo. Entretanto, a primeira coisa que deveria ser feita era a capina do terreno. Aqueles homens rudes mais piedosos, unidos num ideal comum, muniram-se de enxadas e foram limpar a área da construção. Eis, porém que durante a capina ouviram um grito de um mutireiro. Sua enxada encravara num objeto duro que ele julgava ser uma pedra. Qual não foi o espanto dos companheiros quando descobriram que a suposta pedra era uma imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso.
Religiosamente improvisaram um andor e nele colocaram a preciosa descoberta, levando-a para a residência do festeiro. O encontro da imagem foi comemorado com alegre cerimônia que se prolongou até de madruga. Ao terminarem as danças, o dono da casa percebeu que a santa havia desaparecido. A principio julgou tratar-se de uma brincadeira de mau gosto, mas os dias iam passando e a imagem não aparecia …
Tempos depois, narrando os estranhos acontecimentos a uns amigos, o festeiro levou-os ao local da carpição e ali, com enorme surpresa, encontrou a santa no mesmo lugar onde surgira. Pegou a imagem e levou-a novamente para sua casa e com espanto de todos ela voltou sozinha ao local primitivo. Ainda uma terceira vez repetiu-se o milagre e, então, construíram ali a ermida para abrigá-la.
Finalmente, no dia 15 de agosto veio o padre acompanhado de grande multidão e dedicou a igrejinha à Virgem do Bom Sucesso. O povo da “vizinhança acorreu ao local atraído pela noticia dos fatos milagrosos.
As solenidades tiveram Início nos fins do século passado e desde aquela época apareceu o estranho ritual da carpição, isto é, a retirada de terra e sua colocação em um montículo defronte a igreja. O nome “Carpição” passou a designar a festa e posteriormente a imagem da Vírgem Maria. Este cerimonial continua até hoje no dia 15 de agosto, apesar de a missa da padroeira ser rezada no domingo seguinte à Assunção. A afluência popular inicia-se na véspera, quando a santa é levada à casa do festeiro para ser enfeitada, voltando em seguida acompanhada de enorme cortejo até a capela de Nossa Senhora da Carpição. No dia seguinte à tarde sai a procissão precedida da imagem de São Benedito, para “não chover não dia da festa”.
Como em todas as cidades do interior, a festa de Nossa Senhora da Carpição é realizada à moda popular, com barraquinhas, quentão, garapa, pipocas, venda de bugigangas e jogos. Os folguedos animam as festividades que têm seu ponto alto na hora em que os moçambiqueiros entram na capela para o beijamento, deixando na porta do templo seus bastões e paiás, por serem objetos profanos.
Terminada a procissão, os devotos voltam às suas casas levando um pouquinho da milagrosa terra da capela de Nossa Senhora da Carpição. Eles acreditam que aquela terra cura tudo, desde as dores de dente e de cabeça até os males do coração, sendo benéfica também para evitar pestes que atacam os animais domésticos.
Assim o povo, em sua fé pitoresca e simples, reverencia a Rainha do Céu, a qual aceita misericordiosamente todas as homenagens que lhe são prestadas com carinhos, humildade e amor.

Há dois santuários marianos nacionalmente famosos na China, Dong Lu em Boading e Sheshan em Shangai. O Santuário de Nossa Senhora de Sheshan em Shangai está sob o controle da Associação Patriótica (a Igreja católica nacional infiel ao Papa), o Santuário a Dong Lu permanece firmemente com Igreja Católica Romana, chamada “Igreja Subterrânea”. Católicos, desde 1924, viajaram todos os maio de todas as áreas de China para Dong Lu rezar antes da Mãe Santificada de Cristo, exceto durante a Revolução Cultural.
Na vila de Alcácere do Sal há um antigo templo dedicado ao Santo Cristo dos Mártires. Nesse templo está a imagem da Mãe de Deus, a que deram o titulo de Nossa Senhora da Cinta, por estar cingida de uma cinta de ouro como a usam os padres de Santo Agostinho.
Uma noite, marinheiros em grande perigo de naufragar viram de repente, aclarando o porto, uma grande luz misteriosa, que os guiou, salvando-os.
Trata-se de um título litúrgico, celebrado no dia 8 de dezembro, pelo qual os católicos professam a prerrogativa concedida unicamente a Nossa Senhora: Maria foi concebida sem a mancha do pecado original, e nasceu, portanto, sem o pecado original. Vale dizer: ela é toda santa, a cheia de graça, desde o momento de sua concepção.
Curitiba, Corituba ou ainda Corityba, vem de Coreu ou Curi que significa “pinhão” e Tuba ou Tyba, “muito”. Curitiba, terra de muito pinhão. Em 29 de março de 1693, foi criada a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, quando os povoadores se reuniram na capela de pau a pique, onde já se encontrava a imagem da santa padroeira, Nossa Senhora da Luz, trazida pelos portugueses. Nesse momento foram aclamados, como autoridades, seis homens de sã consciência, que fizeram seu juramento, perante o Padre Antonio de Alvarenga.
Na tarde de um sábado, dia 27 de novembro de 1830, véspera do 1.o Domingo do Advento, em Paris, na capela das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, a noviça Irmã Catarina Labouré, teve uma visão de Nossa Senhora. A Virgem Santíssima estava de pé sobre um globo, segurando com as duas mãos um outro globo menor, sobre o qual aparecia uma cruzinha de ouro. Dos dedos das suas mãos, que de repente encheram-se de anéis com pedras preciosas, partiam raios luminosos em todas as direções, num gesto de súplica, Nossa Senhora oferecia o globo ao Senhor.
De várias e significativas maneiras a Santíssima Virgem testemunhou ter tomado o Equador sob sua proteção: as veneradas imagens de Quinche e Guápulo e outras manifestam claramente esta verdade; mas a prova mais evidente é a célebre aparição de Nossa Senhora da Nuvem, verificada em 30 de dezembro de 1696 na cidade de Quito.
Eis a origem histórica do título – Nossa Senhora da Pena: – Há mais ou menos três séculos, habitavam o bairro de Jacarepaguá alguns fazendeiros e criadores, seguindo a rotina trivial do tempo na fabricação da rapadura ou açúcar bruto.
Nossa Senhora da Piedade é aquela que recebendo o Divino Filho em seus braços, depois de sua morte trágica na Cruz, levou-o com os fiéis discípulos e piedosas mulheres até o sepulcro. Foi sempre um tema muito procurado pela arte cristã que encontra nos episódios da vida de Jesus e de sua Santíssima os motivos para edificação, mais ainda, porque nos sofrimentos, encontram os cristãos, um grande consolo, verificando que eles são próprios ao caminho da perfeição, e se Deus os teve, com sua Mãe, não é demais que os mortais os suportem.