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O Acontecimento de Lourdes

No ano de 1858, a Imaculada Virgem Maria apareceu a Bernadete Soubirous nas cercanias de Lourdes (França), na Gruta de Massabielle. Por meio desta humilde jovem, Maria convida os pecadores à conversão, suscitando na Igreja grande zelo pela oração e pela caridade, sobretudo no que diz respeito ao serviço dos pobres e dos doentes.

Assim, resumidamente, podemos tomar parte em um dos acontecimentos mais marcantes da História da Igreja. A aparição de Nossa Senhora em Lourdes na França.

Desde esta data, milhares de pessoas têm ido até o santuário, lá edificado, a fim de ter um encontro particular com Deus através de Maria que se dignou a visitar a jovem Bernadete e indicar um caminho para a salvação do mundo.

A Igreja de Cristo, prudente e zelosa em sua tarefa, ensina que “não se há de esperar nenhuma outra Revelação pública antes da gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 1Tm 6,14;Tt 2,13)”(1) e por isso mesmo, o Papa e os bispos “não reconhecem qualquer nova revelação pública como pertencente ao depósito divino da fé”(2), isto, em outras palavras, quer dizer que nada mais pode ser acrescentado àquilo que Cristo nos deixou; nada falta à Sua mensagem; portanto, qualquer aparição pública anterior a que Cristo fará em sua nova vinda, não deve ser entendida como dogma de fé, ou seja, o católico não é obrigado a crer; contudo, é convidado a respeitar e a honrar Maria com tal título, pois todas as honras prestadas à Nossa Senhora se prestam à Maria Santíssima. A Igreja não proíbe nem contesta a crença nestas aparições, desde que as mensagens ali difundidas não alterem o conjunto das verdades da fé guardado pelos Apóstolos.

As aparições de Lourdes, apesar de também não serem dogmas de fé, chamam muito a atenção do católico e da própria Igreja. A multidão que lá acorre aponta diariamente para uma certeza cada vez maior: ali se sente a presença de Deus.

Assim como em todos os santuários católicos espalhados pelo mundo, Lourdes tem os seus milhares de testemunhos que afirmam terem recebido milagres. Ora, milagre é um testemunho que Deus dá em favor de uma verdade ou de uma pessoa, como por exemplo, um testemunho a favor da Divindade de Jesus Cristo, da autenticidade de sua Igreja, da santidade de uma alma, da eficácia da oração, etc. Assim, não é “milagre” certos fatos que, embora sejam admiráveis ou estranhos como algumas curas repentinas, visões sem conteúdo doutrinário, um ou outro caso de estigmatização, não têm significado religioso, não elevam a Deus, mas, ao contrário, só servem para satisfazer ao capricho e à vaidade de alguém. Quando Deus efetua prodígios, nunca o faz por capricho ou ostentação de sua Onipotência, mas sempre a fim de chamar a atenção do homem para algum dos atributos divinos.

Diante disso, a Igreja que tem por missão apregoar a verdade, não pode divulgar um milagre que não seja milagre. Não pode chamar de “testemunho de Deus” aquilo que é apenas “caso admirável” mas sem significado religioso, sendo apenas fenômenos naturais. Por isso, a Igreja constituiu em Lourdes, há muito tempo, quatro secretarias para analisar os ditos “milagres”. Essas secretarias estão à disposição de qualquer médico de qualquer lugar do mundo que queira tomar posse dos exames e dos debates. Ali participam médicos de todos os credos religiosos, inclusive ateus.

Um processo para declaração de milagre, que se realiza no Bureau Medical de Lourdes, leva no mínimo 5 anos e tem quatro instâncias a percorrer. Somente após o caso percorrer todas as instâncias e ser examinado e reexaminado é que a Igreja vai dar a sua palavra confirmando ou não o milagre.

O processo para a declaração de um milagre começa quando alguém se diz curado. Esta pessoa é então levada à primeira instância do processo. Nesta primeira instância são feitos rigorosos exames médicos, coletam-se documentos e depoimentos de testemunhas do fato e do estado anterior do enfermo. Qualquer circunstância que permita explicar naturalmente a cura (como nos casos das doenças meramente funcionais) leva o caso a ser imediatamente encerrado. Se, por esses exames médicos iniciais, não se acha uma explicação natural para a cura, um relator expõe o caso na Assembléia geral do Bureau, na qual todos os médicos presentes têm direito de intervir. Se a Assembléia geral decidir pela continuação do processo, ele é arquivado por um ano. Nesse tempo, a pessoa tida como curada fica sob observação de um médico designado pela Assembléia. Esse médico vai coletar novas testemunhas e constatar se a cura foi de fato definitiva.

Um ano depois, o processo chega à segunda instância: o caso é reapresentado à Assembléia de médicos que o discute, baseados nos novos dados colhidos pelo médico que acompanhou o caso. Qualquer dúvida prudente leva o caso a ser encerrado. Se após a nova discussão, o caso não tiver solução, a Assembléia Geral o encaminha para a

Terceira instância: um relator leva o caso à Comissão Médica Internacional em Paris. Se for declarada de modo formal que a cura não se explica do ponto de vista médico-científico, o caso passa à última instância.

Quarta instância: nesta instância se dá o processo canônico, ou seja, é a hora da Igreja, através do bispo da localidade onde mora a pessoa curada, analisar todos os resultados médicos para afirmar, em nome de toda a Igreja, se houve milagre ou não. Uma comissão, constituída pelo bispo, examinará minuciosamente o caso sob todos os aspectos físicos e morais. Após todas as análises, o bispo confirmará, não só apenas com os olhos da ciência, mas também com os olhos da fé, o possível milagre.

Mais de onze mil casos ali já passaram da terceira instância com a confirmação médico-científica de que não há explicação para aquela tal cura. No entanto, até hoje, apenas sessenta e seis de todos esses casos foram tidos como milagre pela quarta instância. Por quê? Por causa da seriedade da Igreja ao proclamar qualquer coisa que seja, ainda mais um milagre, que é um testemunho de Deus em favor de alguém.

Destes sessenta e seis casos reconhecidos oficialmente pela Igreja como milagres, podemos destacar o primeiro e o último:

O primeiro milagre reconhecido oficialmente foi o de Catherine Latapie, que era mulher de 38 anos. Ela tinha dado à luz quatro filhos, dois já haviam morrido. Na noite de 28 de fevereiro de 1858, sentiu a necessidade de ir à Gruta das aparições. Dois anos antes, ela caíra de uma árvore e tinha uma paralisia cubital no braço direito, que a atrapalhava enormemente em suas atividades. Além disso, estava grávida. Entretanto, não hesitou em ir assistir à décima segunda aparição da Virgem que se dava naquele dia. Quando tudo terminou, ela subiu na gruta, e encontrou a fonte onde Nossa Senhora tinha pedido à Santa Bernadete para lavar-se. Catherine Latapie colocou a mão, e logo em seguida ficou com o uso completo do braço direito. Partindo de volta a pé para casa, seis quilômetros da gruta, ela sentiu as dores do parto e deu à luz um filho que se chamou Jean-Baptiste. Mais tarde ele se tornou padre.

Já o mais recente caso a respeito dela confirmado pela Igreja como milagroso é o do francês Jean-Pierre Bély.

Jean-Pierre nasceu em 1936, é casado e pai de dois filhos. Em 1972, a doença começou a manifestar-se através de fadiga e formigamentos nas mãos e nos pés. Numa manhã de 1984, acordou com o lado direito do corpo paralisado. Era a esclerose em placa, doença degenerativa do sistema nervoso que conduz a uma dolorosa morte. Em 1987, seu quadro clínico era desesperador. O sistema de saúde público o tinha declarado 100% inepto a título definitivo e pagava um assistente para suas necessidades básicas. Era transportado em maca. Em cinco de outubro deste mesmo ano, peregrinou à Lourdes.

A peregrinação já ia chegando ao fim e Jean só piorava. Seus acompanhantes temiam que morresse antes de voltar.

Jean estava sobre a esplanada da Basílica onde acontecia a cerimônia da Unção dos Enfermos, e já ali Jean sentiu algo diferente: “Após receber a unção, senti uma paz, uma alegria, uma serenidade extraordinária. Como se tudo o que havia de mal na minha vida me tivesse sido tirado: meu esgotamento, minha ansiedade… Eu estava exultante, desligado do mundo (…) Posso dizer que recebi a cura do coração antes que a do corpo. Essa paz, essa serenidade não me deixaram mais. E todos os dias tenho a impressão de reviver esse momento. À tarde, conduziram-me de maca à cerimônia de encerramento da peregrinação. Lá, fui dominado por uma vontade irrefreável de me levantar e de caminhar. Mas, vendo em torno de mim todos os outros doentes de maca, tive medo de chocá-los. Desde aquele momento, decidi agir discretamente”(3)

E Jean continua seu relato: “Naquela noite fui acordado delicadamente. Senti que alguém me tocava. Julguei que era a enfermeira da noite que queria colocar-me o cobertor. Então acordei e não vi ninguém. Ouvi o sino da Basílica tocar três vezes. Mais tarde, interroguei a enfermeira sobre o fato, mas ela disse não se lembrar de me ter coberto durante a noite… Comecei então a relembrar todos os acontecimentos da peregrinação quando me veio uma idéia inesperada, e que se apresentou ao meu espírito como uma ordem, um convite: ‘Levanta-te e caminha!’ Eu julgava estar ouvindo coisas (…) O apelo voltava, mais insistente, mais premente que a primeira vez. Tudo isso me deixava mal à vontade… Virava-me e revirava-se no leito… O apelo tornou-se firme. O que eu ouvia não eram palavras, mas era como se alguém me falasse sem dizer palavras. É difícil explicar…”(4).

“Vendo que me movia no leito, a enfermeira da noite perguntou-me o que eu tinha. Disse-lhe que desejava ir ao banheiro. E caminhei pela primeira vez. Ela simplesmente me segurava pelo braço. Dei os meus primeiros passos na noite, como um bebê aprende a caminhar”(5).

O médico que acompanhava o caso de Jean-Pierre, Dr. Patrick Fontanaud, passou mal quando o viu sentado na sala de espera. O médico é agnóstico, mas confessa que a cura é inexplicável. Na paróquia, as pessoas choravam quando o viram voltar com suas próprias forças. Até o carteiro, o sr. Raymond, declarou à imprensa local: “Agora eu serei obrigado a acreditar no Bom Deus!”

O inquérito para estudar o caso de Jean-Pierre durou onze anos e consistiu numa longa série de exames médicos e psiquiátricos. Cada ano ele comparecia diante de 60 ou 80 médicos do Comitê Médico Internacional e respondia a um pinga-fogo de perguntas. Em 14 de novembro de 1998, o Comitê Médico concluiu tratar-se de “cura inesperada” e “fato inabitual e inexplicável em função dos dados da ciência”(6). Em 9 de fevereiro de 1999, D. Claude Dagens, bispo de Angoulême, reconheceu publicamente em nome da Igreja o caráter autêntico do milagre(7).

Assim procede a Igreja Católica Apostólica Romana diante das curas e milagres.

Bendigamos ao Senhor.

Demos graças a Deus.

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(1) Concílio Vaticano II, Constituição Dogmática Dei Verbum, 4.

(2) Concílio Vaticano II, Constituição Dogmática Lumen Gentium, 25.

(3) Jornal Le Monde, Paris, 22 de dezembro de 2002.

(4) Loudes Magazine, nº 76, novembro de 1998.

(5) Jornal Le Monde, Paris, 22 de dezembro de 2002.

(6) www.lourdes-france.org/fr/frsa0021.htm

(7) www.lourdes-france.org/fr/frsa0085.htm

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por Carlos J. M. Neto

Artigos Devoções

Jesus quer que, ao lado da Devoção ao Seu Sagrado Coração, seja posta a Devoção ao Imaculado Coração de Maria

Em vários pontos da Mensagem de Fátima a devoção ao Sagrado Coração de Jesus é promovida juntamente com a devoção ao Imaculado Coração de Maria.

A Mensagem do Anjo de Fátima

Primeiro, há as palavras do Anjo da Paz, na Primavera de 1916, aos três pastorinhos de Fátima:

“Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas.”

E o Anjo voltou a falar-lhes no Verão de 1916:

“Os Corações Santíssimos de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia.”

Depois, no Outono de 1916, o mesmo Anjo ensina-lhes uma oração que termina dizendo:

“E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração [de Jesus] e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.”

Este tema dos Sagrados Corações de Jesus e Maria que se encontra na Mensagem de Fátima, vemo-lo de novo nas aparições de Jesus e de Maria à Irmã Lúcia em Pontevedra e em Tuy, a que já nos referimos.

É o mesmo tema que se revela tanto nas orações que Jesus nos ensinou, para rezarmos em honra da Pura e Imaculada Conceição de Nossa Senhora, como na oração ao Doce Coração de Maria dada em Rianjo.

Jesus aborda este assunto de forma explícita:

Mas a mensagem mais impressionante sobre a importância de reunir a devoção ao Sagrado Coração de Jesus à do Imaculado Coração de Maria é a que ressalta do diálogo de Jesus com a Irmã Lúcia, em 1936. Citamo-lo directamente da carta de 18 de Maio de 1936, dirigida pela Irmã Lúcia ao seu director espiritual que fizera várias perguntas. E ela responde:

“(…) Quanto à outra pergunta: Se será conveniente insisir para obter a consagração da Rússia?, respondo quase o mesmo que das outras vezes tenho dito. Sinto que não se tenha já feito; mas o mesmo Deus que a pediu, é que assim o permitiu. Vou a dizer algo do que sinto a este respeito, ainda que é matéria bastante delicada para se enviar por uma carta, com perigo de se perder e ser lida; mas ao mesmo Deus a confio, porque tenho receio de não tratar o assunto com toda a claridade.

“Se é conveniente insistir? Não sei. Parece-me que, se o Santo Padre agora a fizesse, Nosso Senhor a aceitava e cumpria a Sua promessa; e, sem dúvida, seria um gosto que dava a Nosso Senhor e ao Imaculado Coração de Maria. (a sua carta continua:)

(Lúcia)

 “Intimamente, tenho falado a Nosso Senhor do assunto; e há pouco perguntava-Lhe porque não convertia a Rússia sem que Sua Santidade fizesse essa consagração.

(Jesus)

 ‘Porque quero que toda a Minha Igreja reconheça essa consagração como um triunfo do Coração Imaculado de Maria, para depois estender o Seu culto e pôr, ao lado da devoção do Meu Divino Coração, a devoção deste Imaculado Coração.’

“Mas, meu Deus, o Santo Padre não me há-de crer, se Vós mesmo o não moveis com uma inspiração especial.”

‘O Santo Padre! Ora muito pelo Santo Padre. Ele há-de fazê-la, mas será tarde! No entanto, o Imaculado Coração de Maria há-de salvar a Rússia. Está-Lhe confiada.’

Artigos Devoções

Fundamentos da Devoção ao Imaculado Coração de Maria

Através dos séculos, Papas, Santos, e muitos bons e santos Teólogos ensinaram a importância da devoção e das orações dirigidas à Bem-Aventurada Sempre Virgem Maria. Ora é necessário rezar à Bem-Aventurada Sempre Virgem Maria do modo que os Santos nos ensinaram.

Também a Santa Igreja Católica, pilar e alicerce da Verdade, inspirada e orientada pelo Espírito Santo, ensinou de modo consistente através dos séculos esta doutrina e esta prática. A Santíssima Virgem Maria é “Vida, Doçura, e Esperança Nossa”, como tão bem expressa a Salve Regina – a oração milenar da Salve Rainha. Estes títulos e realidades são defendidos contra os ataques dos Protestantes e dos Modernistas por Santo Afonso Maria de Ligório, no seu livro As Glórias de Maria.

O Papa Leão XIII diz-nos que todas as graças nos vêm de Deus, através da Santa Humanidade de Jesus Cristo, e que é pelas Mãos da Bem-Aventurada Sempre Virgem Maria que chegam até nós. É evidente vermos, a partir desta ordem estabelecida por Deus para a nossa Salvação, que Deus vem em primeiro lugar e acima de todas as coisas – depois, a Sua Santa Humanidade em Jesus Cristo – e depois, Santa Maria Mãe de Jesus. E só depois de Maria é que vem a importância da Santa Igreja Católica. É que Maria é a Mãe da Igreja, e o membro da Igreja mais elevado a seguir a Jesus Cristo, que é a Cabeça.

O papel da Bem-Aventurada Sempre Virgem Maria, como Aquela que encaminha as almas para o Céu, ficou a ser mais ampla e mais profundamente compreendido pela Fé Católica (nos últimos 150 anos) a partir da Definição da Sua Imaculada Conceição, em 1854, e do Dogma da Assunção, definido em 1950. Qual a razão para este crescendo do importante papel da Virgem Santíssima, é o que explica S. Luís Grignion de Montfort, num pequeno ensaio que a seguir transcrevemos.

É certo que o demónio, Seu inimigo de sempre, Lhe armou um contra-ataque: contra Nossa Senhora e contra a devoção a Nossa Senhora. Nós mesmos presenciámos o desenrolar deste combate, especialmente durante os últimos 40 anos, desde o fim do Concílio Vaticano II.

Recresce a batalha pela perdição das almas neste tempo de Apostasia, e o alvo é cada um de nós – nós, os filhos da Nossa Mãe Santíssima, nós que acreditamos em Seu Divino Filho, Jesus Cristo, a Quem prestamos obediência.

Para além do ensinamento dos Santos (como Santo Afonso Maria de Ligório, S. Luís G. de Montfort, S. Bernardo, Santo António Maria Claret, S. Maximiliano Kolbe e tantos outros) e dos Papas (em especial entre 1750 e 1960) sobre a importância, as vantagens e a necessidade da Devoção a Nossa Senhora – a Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, tem vindo a receber uma série imensa de intervenções divinas por meio de aparições de Nossa Senhora. Ela apareceu na Rue du Bac em 1830; em La Salette, em 1846; em Lourdes, em 1858; em Knock, em 1878; e, acima de todas, em Fátima, em 1917.

Aprovadas e certificadas como merecedoras de crença pela Igreja Católica, as aparições de Fátima foram-no também pelo próprio Deus, através do apocalíptico Milagre do Sol, ocorrido a 13 de Outubro de 1917, perante 70 mil testemunhas.

É com a Mensagem de Fátima e por meio da Irmã Lúcia que surge o grande ímpeto do florescimento da devoção ao Imaculado Coração de Maria. Deste assunto se voltará a falar mais adiante.

Função Providencial de Maria

Santíssima nos últimos tempos

Por São Luís Grignion de Montfort († 1715 AD)

Foi por Maria que começou a salvação do mundo, e é igualmente por Maria que ela será consumada.

Maria aparece muito discretamente na primeira vinda de Jesus Cristo, para que os Homens, ainda pouco instruídos e iluminados sobre a Pessoa de Seu Filho, não se desviassem da Verdade, agarrando-se a Ela com força demais e elevação de menos.

Aparentemente, era o que teria acontecido se a Senhora tivesse sido conhecida, devido aos admiráveis encantos com que o Altíssimo A tinha adornado, inclusivamente quanto à Sua aparência externa. Isto é tão verdade que S. Dinis Areopagita nos deixou nos seus escritos que, quando viu a Bem-Aventurada Senhora Nossa, teria pensado tratar-se de uma divindade, tais eram os Seus encantos velados e a Sua incomparável beleza – não fosse a inabalável Fé em que ele se firmava ensinar-lhe o contrário. (S.A., 842. Epistola ad Pauleum).

Na segunda vinda de Jesus Cristo, porém, Maria tem de ser dada a conhecer pelo Espírito Santo, para que, através d’Ela, Jesus Cristo possa ser conhecido, amado e servido. As razões que levaram o Espírito Santo a esconder a Sua Esposa enquanto foi viva, revelando-A apenas um pouco desde a pregação do Evangelho, não mais subsiste.

Existência desta função e sua razão de ser:

Portanto, Deus quer revelar e fazer conhecer Maria, a obra-prima das Suas mãos, nestes que são os últimos tempos:

1. Porque, pela Sua profunda humildade, Ela se escondeu a si mesma no mundo e Se colocou mais baixo do que o pó, tendo obtido de Deus e dos Seus Apóstolos e Evangelistas que não se manifestasse.

2. Porque, sendo Nossa Senhora a obra-prima das mãos de Deus, tanto na terra pela graça como no Céu pela glória, Ele quer ser glorificado e louvado n’Ela por aqueles que vivem sobre a terra.

3. Tal como Nossa Senhora é a aurora que precede e revela o Sol da Justiça, que é Jesus Cristo, Ela deve ser vista e reconhecida para que Jesus Cristo também o possa ser.

4. Sendo Ela o Caminho pelo qual Jesus chegou até nós da primeira vez, será Ela igualmente o Caminho pelo qual Ele virá pela segunda vez, embora não do mesmo modo.

5. Sendo Ela a Via Segura, Recta e Imaculada para chegar até Jesus Cristo e O encontrar com toda a perfeição, é por Ela que as almas mais resplandecentes em santidade têm de encontrar a Nosso Senhor. Quem encontrar Maria encontra a Vida (Prov. 8:35) ou seja, Jesus Cristo que é o Caminho, a Verdade e a Vida (S. João 14:6). Mas ninguém pode encontrar Maria se não a procurar; e ninguém A pode procurar se não A conhecer, pois não podemos buscar ou desejar algo desconhecido. Portanto, é necessário, para o maior conhecimento e glória da Santíssima Trindade, que Maria seja conhecida – agora mais do que nunca.

6. Maria deve, agora mais do que nunca, iluminar tudo diante d’Ela, em misericórdia, em poder e em graça, nestes últimos tempos. Em misericórdia, para fazer arrepiar caminho e receber amorosamente os pobres pecadores extraviados, a fim de que se convertam e voltem ao seio da Igreja Católica; em poder, contra os inimigos de Deus – idólatras, cismáticos, maometanos, judeus e almas endurecidas na impiedade, que se erguem numa terrível revolta contra Deus – a fim de seduzir todos os que se lhes opõem, e de os vencer através de promessas e ameaças; e, finalmente, Maria deverá iluminar tudo em graça, por forma a animar, sustentando-os, os valentes soldados e fiéis servos de Jesus Cristo, que devem combater pelos Seus interesses.

7. Por último, Maria deve ser implacável para com o demónio e seus sequazes, tal como um exército ordenado para a batalha, principalmente nestes últimos tempos; porque o demónio, sabendo que lhe resta pouco tempo (e agora ainda menos) para perder as almas, a cada dia irá redobrar os seus esforços e combates. É a sua hora de erguer cruéis perseguições e de armar terríveis ciladas aos fiéis servos e verdadeiros filhos de Maria, cuja conquista lhe dá mais dificuldade do que a conquista de quaisquer outros.

Exercício desta função na luta contra Satanás:

É sobretudo a respeito destas últimas e cruéis perseguições do demónio, que se irão desenrolando num crescendo diário até ao reinado do Anti-Cristo, que nós devemos compreender a primeira e bem conhecida predição e maldição de Deus, por Ele pronunciada contra a serpente, ainda no Paraíso terreal. É nosso propósito explicar isto aqui, para glória da Santíssima Virgem, para a salvação dos Seus filhos e para a confusão do demónio:

“Eu porei inimizade entre ti e a Mulher, entre a tua descendência e a descendência d’Ela; Ela esmagar-te-á a cabeça e tu acometerás o Seu calcanhar.” (Gén. 3:15).

(Fim da citação de S. Luís Grignion de Montfort)

Fonte: Associação de Fátima

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A alegria de Maria

Todos sentimos verdadeira decepção quando somos injustiçados em nossos direitos. Mas no ganho da causa em relação a isso, nossa alegria é evidenciada. Fez-se justiça! Nos dizeres bíblicos vemos a grande realidade da ação de Deus que nos dá a garantia de sua ação: “Assim como a terra faz brotar a planta e o jardim faz germinar a semente, assim o Senhor Deus fará germinar a justiça e a sua glória diante de todas as nações” (Isaías 61, 11). Baseado nessa ação do Senhor, o povo judeu teve a sustentação de sua euforia (Cf. Isaías 61, 10), repetida por Maria no Magnificat: “Meu espírito se alegra em Deus” (Lucas 1,47).

A alegria de Maria é a nossa também! Ela foi escolhida para nos dar o Salvador. Estávamos perdidos para sempre. De repente a invenção de um projeto divino mudou nossa história. Não somos mais condenados à tristeza, conseqüência do desatino de nos colocarmos no lugar de Deus, deixando-O de lado no nosso encaminhamento de vida. Sem Ele não somos capazes de cuidar com verdadeiro amor do planeta e de quem vive nele. O senhorio de Deus nos enriquece de satisfação em tudo, contando com seu amor e suas coordenadas. Viver em Deus e deixá-lo viver em nós é causa de nossa realização humana. O próprio Jesus nos assegura: “Sem mim, nada podeis fazer”!

Já perto da celebração da presença humana de Deus em nossa história, somos convidados a rever nossa caminhada para percebermos até que ponto O deixamos agir em nós para termos a grande graça e a certeza de que com Ele vencemos nossos limites. Assim, somos capazes de promover a vida de realização plena para todos, mesmo dos mais decepcionados ou desesperançosos. Não são os sofrimentos, os limites humanos, os desafios da caminhada, os empecilhos que vão nos tirar a certeza da vitória e da superação de nossos limites. Com o amor trazido pelo filho de Maria somos capazes de recomeçar uma vida mais saudável e cheia de esperança, motivo de nossa alegria brotada da fé no Emanuel.

Nem as incompreensões e injustiças acontecidas com Jesus anularam a confiança de sua mãe. Ela acreditava nele. Acompanhou-o por toda a vida, até mesmo ao túmulo. Mas viu-o também ressuscitado! Pode verificar seu poder divino, espalhando a toda a humanidade o resultado de seu sacrifício redentor! Mais: ela viu a Igreja nascente a espalhar até para povos distantes o Evangelho da promoção da vida. Torna-se verdadeira mãe de todos, pois, cooperou com a salvação da humanidade, dando-lhe o Salvador!

Como é bom vermos o resultado de nosso sacrifício para realizar um projeto de grande extensão na vida! Quando realizamos o projeto do Criador, temos a certeza do resultado positivo. Nossa alegria então se verifica, não só num momento, mas sempre. É a alegria duradoura, garantida pelo próprio Deus, que age em nós! Nosso compromisso com a implantação do Reino de Deus nos torna aptos a contribuir com a implantação da justiça. Esta nos leva a trabalhar pela construção da verdadeira cidadania para todos. Como Maria, nossa alegria se torna indizível!

Dom José Alberto Moura,CSS

Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros (MG)

 

Fonte: Comunidade  Shalom

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Rosário – Configurar-se a Cristo com Maria

15. A espiritualidade cristã tem como seu caráter qualificador o empenho do discípulo em configurar-se sempre mais com o seu Mestre (cf. Rom 8, 29; Fil 3, 10.21). A efusão do Espírito no Batismo introduz o crente como ramo na videira que é Cristo (cf. Jo 15, 5), constitui-o membro do seu Corpo místico (cf. 1 Cor 12, 12; Rom 12, 5). Mas a esta unidade inicial, deve corresponder um caminho de assimilação progressiva a Ele que oriente sempre mais o comportamento do discípulo conforme à “lógica” de Cristo: « Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus » (Fil 2, 5). É necessário, segundo as palavras do Apóstolo, « revestir-se de Cristo » (Rom13, 14; Gal 3, 27).

No itinerário espiritual do Rosário, fundado na incessante contemplação – em companhia de Maria – do rosto de Cristo, este ideal exigente de configuração com Ele alcança-se através do trato, podemos dizer, “amistoso”. Este introduz-nos de modo natural na vida de Cristo e como que faz-nos “respirar” os seus sentimentos. A este respeito diz o Beato Bártolo Longo: « Tal como dois amigos, que se encontram constantemente, costumam configurar-se até mesmo nos hábitos, assim também nós, conversando familiarmente com Jesus e a Virgem, ao meditar os mistérios do Rosário, vivendo unidos uma mesma vida pela Comunhão, podemos vir a ser, por quanto possível à nossa pequenez, semelhantes a Eles, e aprender destes supremos modelos a vida humilde, pobre, escondida, paciente e perfeita ».(18)

Neste processo de configuração a Cristo no Rosário, confiamo-nos, de modo particular, à ação maternal da Virgem Santa. Aquela que é Mãe de Cristo, pertence Ela mesma à Igreja como seu « membro eminente e inteiramente singular »(19)sendo, ao mesmo tempo, a “Mãe da Igreja”. Como tal, “gera” continuamente filhos para o Corpo místico do Filho. Fá-lo mediante a intercessão, implorando para eles a efusão inesgotável do Espírito. Ela é o perfeito ícone da maternidade da Igreja.

O Rosário transporta-nos misticamente para junto de Maria dedicada a acompanhar o crescimento humano de Cristo na casa de Nazaré. Isto lhe permite educar-nos e plasmar-nos, com a mesma solicitude, até que Cristo esteja formado em nós plenamente (cf. Gal 4, 19). Esta ação de Maria,totalmente fundada sobre a de Cristo e a esta radicalmente subordinada, « não impede minimamente a união imediata dos crentes com Cristo, antes a facilita ».(20)É o princípio luminoso expresso pelo Concílio Vaticano II, que provei com tanta força na minha vida, colocando-o na base do meu lema episcopal: Totus tuus.(21)Um lema, como é sabido, inspirado na doutrina de S.Luís Maria Grignion de Montfort, que assim explica o papel de Maria no processo de configuração a Cristo de cada um de nós: “Toda a nossa perfeição consiste em sermos configurados, unidos e consagrados a Jesus Cristo. Portanto, a mais perfeita de todas as devoções é incontestavelmente aquela que nos configura, une e consagra mais perfeitamente a Jesus Cristo. Ora, sendo Maria entre todas as criaturas a mais configurada a Jesus Cristo, daí se conclui que de todas as devoções, a que melhor consagra e configura uma alma a Nosso Senhor é a devoção a Maria, sua santa Mãe; e quanto mais uma alma for consagrada a Maria, tanto mais será a Jesus Cristo”.(22)Nunca como no Rosário o caminho de Cristo e o de Maria aparecem unidos tão profundamente. Maria só vive em Cristo e em função de Cristo!

Por Papa João Paulo II – Carta o Rosário – Paragrafo 15

Fonte: Shalom

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Os três lírios de Maria

Certa vez, naquele longínquo século XIII, um dominicano de uma inteligência luzidia, muito douto e devoto da Santíssima Virgem, estava passando por uma forte provação. Não conseguia entender como era possível a Mãe de Deus permanecer virgem, tendo dado à luz o Menino Jesus.

Esta dúvida era como um espinho em seus pensamentos, pois apesar de ser muito sábio, isto lhe permanecia oculto.

Um dia, tendo tomado conhecimento da existência de um Frei franciscano, o Bem-aventurado Egídio de Assis, o qual tinha fama de aliviar as consciências conturbadas, resolveu ir ao encontro deste religioso.

Quando chegara às portas do convento franciscano, não foi necessário chamar ninguém, pois Frei Egídio iluminado acerca da situação deste dominicano saiu-lhe ao encontro e disse-lhe: “Irmão pregador, a Santíssima Mãe de Deus, Maria, foi virgem antes de dar-nos Jesus” [1]. Enquanto dizia isto, Frei Egídio golpeou o chão com seu cajado e imediatamente brotou do solo um formoso lírio branco.

O dominicano surpreendido por este fato inesperado continuou ouvindo o Frei, que prosseguiu: “Irmão pregador, Maria Santíssima foi virgem ao dar-nos Jesus”. E com um novo golpe, outro lírio floresce instantaneamente.

Atônito, o dominicano presta atenção por mais uma vez: “Irmão pregador, Maria Santíssima foi virgem depois de dar-nos Jesus”. Ao terceiro golpe, surge um lírio mais esplêndido que os anteriores. Frei Egídio, sem dizer nenhuma outra palavra, retorna ao convento, tendo desfeito aquela longa provação de seu irmão religioso, o qual até o fim da vida conservou consigo os três lírios, símbolos inequívocos da virgindade de Nossa Senhora: antes, durante e depois do parto.

Esta bela história nos mostra a envolvente e cativante época dos milagres medievais, mas, sobretudo, destaca uma virtude cada vez mais esquecida nos tempos atuais, a virgindade.

Houve época em que o casamento entre pessoas virgens era uma questão de honra. Depois, isso se tornou uma responsabilidade apenas do gênero feminino. Mas hoje em dia, se fosse perguntado aos jovens sua opinião sobre o assunto, provavelmente muitos até ridicularizariam esta virtude tão sublime.

No entanto, ela deve ser preservada como um tesouro inestimável, o qual devemos guardar a todo custo, sob o peso de chorar sua perda. Por mais que certos ambientes possam zombar de sua prática e tê-la como praticada por pessoas retrógradas, podemos bem aplicar seu valor aos conhecidos versos de Casimiro de Abreu:

“Oh! que saudades que eu tenho

Da aurora da minha vida

Da minha infância querida

Que os anos não trazem mais!”.

Aqui podemos, inclusive, parafrasear Casimiro de Abreu, entendendo por infância aquela inocência de criança, de uma alma limpa e sem malícia, cujos anos, as más amizades, as ideias perniciosas, muitas vezes vêm deteriorar. Depois de perdida a inocência, o colorido que o mundo apresentava se torna mais opaco, quando não se apaga por completo.

Começa, então, uma longa caminhada em busca de uma felicidade que a pessoa já possuía na aurora da vida, mas que recusou diante de mentirosas promessas. Este é o momento de olhar para Nossa Senhora, intitulada Rainha das Virgens (Regina Virginum) em sua Ladainha e dizer a “Salve Rainha”.

Ela, como Mãe compassiva, olhará a miséria humana e pedirá ao seu Divino Filho para que restitua aquela virtude angélica, a fim de nos tornarmos verdadeiramente os “pequeninos”, aos quais pertence o “Reino dos Céus” (cf. Mt 19,13-15; Mc 10,13-16; Lc 18,15-17).

Thiago de Oliveira Geraldo

[1] Cf. Súrio, Vita del B. Edidio. Apud Pe. Gabriel Roschini. Instruções Marianas. São Paulo: Paulinas, 1960, p. 209.

Fonte: Gaudium Press (Arautos do Evangelho)

Mensagens Medjugorje

Medjugorje – Mensagem a Mirjana – 02/02/2012

Queridos filhos: por tanto tempo Eu estou com vocês e já por tanto tempo estou lhes mostrando a presença de Deus e o Seu infinito amor, que desejo que todos vocês conheçam. Mas vocês, meus filhos¬? Vocês estão ainda surdos e cegos; enquanto olham o mundo em volta de vocês, não querem ver para onde está andando sem o Meu Filho. Estão renunciando a Ele, mas Ele é a fonte de todas as graças. Escutem-Me enquanto lhes falo; mas os seus corações estão fechados e não me ouvem. Vocês não estão rezando ao Espírito Santo a fim de que os ilumine. Filhos meus, lembrem-se: somente uma alma humilde brilha de pureza e de beleza, porque conheceu o amor de Deus. Somente uma alma humilde se torna um Paraíso porque neste está Meu Filho. Obrigada. De novo peço a vocês: rezem por aqueles que o Meu Filho escolheu, isto é, os seus pastores.

Mensagens Medjugorje

Medjugorje – Mensagem a Marija Pavlovic – 25/01/2012

“Queridos filhos!

Com alegria, também hoje eu os chamo a abrirem seus corações e a ouvirem o meu chamado. Novamente, eu desejo aproximá-los do meu Imaculado Coração, onde vocês encontrarão refúgio e paz. Abram-se à oração, até que ela se torne uma alegria para vocês. Através da oração o Altíssimo lhes dará uma abundância de graças e vocês se tornarão minhas mãos estendidas neste mundo agitado que anseia pela paz. Filhinhos, com suas vidas testemunhem a fé e rezem para que a fé possa crescer dia a dia em seus corações. Eu estou com vocês.

Obrigada por terem respondido ao meu chamado.”

Orações

Oração do Beato João Paulo II a Nossa Senhora de Guadalupe

“Ó Virgem Imaculada, Mãe do Deus Verdadeiro e Mãe da Igreja, que deste lugar revelastes Vossa clemência e Vossa piedade a todos os que pedem por Vossa proteção, ouvi a oração que Vos dirigimos com filial confiança, e apresentai-a ao Vosso Filho Jesus, nosso único Redentor.

Mãe de Misericórdia, Mestra do sacrifício oculto e silencioso, a Vós, que viestes a nós pecadores, dedicamos neste dia todos o nosso ser e todo nosso amor. Também dedicamos a Vós nossa vida, nosso trabalho, nossas alegrias, enfermidades e tristezas. Concedei-nos paz, justiça e prosperidade a nossos povos; pois confiamos a Vosso cuidado tudo o que temos e tudo o que somos, nossa Senhora e Mãe. Desejamos ser inteiramente Vossos e caminhar Convosco pelo caminho da completa fidelidade a Jesus Cristo em Sua Igreja; amparai-nos sempre com Vossa Mão amorosa.

Virgem de Guadalupe, Mãe das Américas… concedei a nossos lares a graça do amor e do respeito à vida desde seu início, com o mesmo amor com o qual concebestes em Vosso ventre a vida do Filho de Deus. Bem-Aventurada Virgem Maria, protegei nossas famílias, para que sejam sempre unidas e abençoai a educação de nossos filhos.

Nossa esperança, olhai sobre nós com compaixão, ensinai-nos a ir continuamente a Jesus e, se cairmos, ajudai-nos a levantarmos novamente, para retornar a Ele, por meio da confissão de nossas faltas e pecados, no Sacramento da Penitência, que concede paz à alma.

Nos Vos pedimos que nos alcanceis um grande amor a todos os Santos Sacramentos, que são, como foram, os sinais que Vosso Filho nos deixou na terra. Assim, Santíssima Mãe, com a paz de Deus em nossas consciências, com nossos corações libertos do mal e do ódio, seremos capazes de levar a todos a verdadeira alegria e a verdadeira paz, que vem a nós de vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que com Deus Pai e o Espírito Santo, vive e reina pelos séculos. Amém.”

(Sua Santidade Papa João Paulo II, México, janeiro de 1979. Em visita à Basílica de Guadalupe na sua primeira viagem ao exterior como Papa)

Orações

Oração à Nossa Senhora do Bom Parto

Ó Maria Santíssima, vós,

por um privilégio especial de Deus,

fostes isenta da mancha do pecado original,

e devido a este privilégio

não sofrestes os incómodos da maternidade,

nem ao tempo da gravidez e nem no parto;

mas compreendeis perfeitamente

as angústias e aflições das pobres mães

que esperam um filho,

especialmente nas incertezas do sucesso

ou insucesso do parto.

Olhai para mim, vossa serva,

que na aproximação do parto,

sofro angústias e incertezas.

Dai-me a graça de ter um parto feliz.

Fazei que meu bebé nasça com saúde,

forte e perfeito.

Eu vos prometo orientar meu filho

sempre pelo caminho certo,

o caminho que o vosso Filho, Jesus,

traçou para todos os homens,

o caminho do bem.

Virgem, Mãe do Menino Jesus,

agora me sinto mais calma

e mais tranquila porque já sinto

a vossa maternal protecção.

Nossa Senhora do Bom Parto,

rogai por mim!