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Orações

ORAÇÃO DA NOITE A NOSSA SENHORA

Mãe indulgente e boa, esta noite, quero depor a teus pés o fardo de meu dia, o fardo de meus trabalhos e de minhas labutas e, sobretudo, o fardo de minhas ofensas e infidelidades ao Senhor.

Venho te entregar tudo, rogando-te que dirijas ao Pai do Céu um obrigado pela abundância de seus benefícios, e um pedido de perdão por minhas faltas.

E depois de me ter colocado inteiramente entre tuas mãos maternas, venho reclamar, pela última vez, um olhar de benevolência, o sorriso afetuoso que destinas a teus filhos.

Depois de ter suportado o cansaço de um dia inteiro, ficamos felizes ao encontrar à tarde um refúgio amoroso, uma bondade sorridente.

Teu semblante tão acolhedor e tão compreensivo me fará esquecer todas as dificuldades encontradas neste dia; poderei dormir na paz, sabendo que continuas a me amar e a velar por mim.

Com esta certeza reconfortante, minha fadiga não me impedirá de responder a teu sorriso, e será na doce alegria de tua afeição que abandonarei minha alma ao Senhor para um repouso de todo meu ser.

Ave-Maria…

Artigos

Abrir o Coração para Maria

Quem se aproxima de Maria, vincula-se a Ela, aprende a amá-la. Lentamente Ela prepara a terra de seu coração, indica valores, ensina a descobrir que vale a pena sacrificar-se pelo outro e ter paciência. Ela coloca em nosso coração o impulso de sermos melhores e o dom de seguirmos as inspirações da graça.

A mãe de Deus quer gravar a imagem do seu filho em nosso coração e nos ensinar a ouvir a sua voz, que nos exorta: “tendes ouvido o que foi dito: olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao mal. (…) amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem… Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? (…) Se saudais apenas vossos irmãos, que fazei de extraordinário? Na fazei isto também os pagãos?” (Mt 5,38-39; 44,47).

Por isso, somos convidados a nos vincular ao Santuário, abrir-nos para as graças que a Mãe de Deus distribui no lugar da Aliança e que a Mãe Peregrina vem trazer à nossa família. É possível que nossa tristeza seja transformada em alegria, o desanimo em otimismo e nos momentos de escuridão brilhe uma luz.

Na luta pela sobrevivência, a Mãe de Deus nos impulsiona a não perdemos a confiança e por que não, a encontrar o trabalho que falta? Ela ajuda na educação dos filhos, sobretudo nos dá esperança contra a corrente comum hoje em dia de apresentar a separação como a solução, quando a crise entre o casal atinge sua fase aguda e dolorosa. Quando tudo parece fracassar, quando acreditamos que o sonho acabou ou se transformou em um pesadelo e,  infelizmente, “não há nada a fazer”, Ela nos ensina a recomeçar, confiando um no outro, a perdoar, deixando que a chama do amor reacenda novamente.

Fonte: Mensagem de Schoenstatt às famílias (Nº 106)

Mensagens Medjugorje

Medjugorje – Mensagem a Mirjana – 02/03/2012

“Queridos filhos, através do incomensurável amor de Deus, eu estou vindo entre vocês e os estou chamando insistentemente para os braços de meu Filho. Com um coração maternal estou implorando a vocês, meus filhos, mas também estou avisando repetidamente, que a preocupação com aqueles que não chegaram a conhecer o meu Filho, esteja em primeiro lugar para vocês. Não permitam que, olhando para vocês e sua vida, eles não sejam tomados por um desejo de vir a conhecê-Lo. Rezem ao Espírito Santo para que o meu Filho esteja impresso dentro de vocês. Rezem para que vocês possam ser apóstolos da luz divina neste tempo de trevas e desespero. Este é um tempo de sua provação. Com um rosário na mão e amor no coração permaneçam comigo. Eu os estou conduzindo para a Páscoa em meu Filho. Rezem por aqueles a quem o meu Filho escolheu: que eles possam sempre viver com Ele e Nele, o Sumo Sacerdote. Obrigada.”

Artigos

Maria, Virgem Orante

A Virgem Maria sempre foi considerada não só orante, mas mestra da oração. Na sua “escola” de silêncio e de contemplação se aprende a entrar em comunhão com Deus. À casa de Nazaré, devemos voltar muitas vezes para contemplar Maria na sua atitude orante à espera da vinda do Salvador, do libertador do seu povo. Em Maria, os sentimentos e a esperança do povo se fazem realidade. É a pobre de Javé que suplica e intercede, e Deus, olhando a sua sinceridade e humildade, a escolhe como mãe do seu Filho unigênito.

Não são muitas as palavras que os evangelistas nos transmitem de Maria. Lucas, o evangelista da infância de Jesus e de Maria, dedica mais espaço à humanidade do Senhor e faz resplandecer em Cristo a beleza do rosto de Maria, e em Maria a beleza, a luz do rosto de Jesus.

Meditando as poucas palavras de Maria, podemos penetrar no seu santuário e perceber toda a sua grandeza; meditando o seu silêncio, sentimos sua presença permanente ao lado de Jesus e de toda a humanidade. Maria é a sombra benfazeja que cobre com seu amor o Cristo peregrino entre nós.

A alegria da alma de Maria

Embora todas as atitudes de Maria sejam oração, o evangelista Lucas quis deixar-nos uma “amostra” de como ela rezava. O cântico de Maria, conhecido pela palavra latina “Magnificat”, não é outra coisa senão um caminho de oração. Um método de oração simples, que nasce da realidade, do contexto da vida e se faz fermento, dando sentido a todas as nossas ações.

O Magnificat é a transparência da alma de Maria que, profundamente tocada pelas palavras de sua prima Isabel ao elogiar a sua fé, explode de alegria com palavras de louvor ao Senhor Todo-poderoso.

Então, leia lentamente o texto (Lc 1,46-55), sem pressa, com amor, com o coração cheio de gratidão, tentando compreender o sentido de cada palavra:

“A minh’alma engrandece o Senhor e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador; porque olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita.

O Poderoso fez em mim maravilhas e Santo é o seu nome!

Seu amor para sempre se estende sobre aqueles que o temem; manifestou o poder de seu braço dispersou os soberbos; derrubou os poderosos de seus tronos e elevou os humildes; saciou de bens os famintos, despediu os ricos sem nada.

Acolheu Israel seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido a nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre.”

Depois de ler o texto do Magnificat, é interessante ler com muita atenção as referências bíblicas inseridas neste hino de Maria. Sabemos que o Magnificat não é o canto de Maria assim como ela se expressou naquele momento do encontro maravilhoso com sua prima Isabel. Não é uma gravação, mas uma “reconstrução” de Lucas. O evangelista, depois de conversar com Maria, percebeu que as palavras da mãe de Jesus eram como um maravilhoso bordado de conceitos e frases bíblicas, presentes no Antigo Testamento. Como nós, que ao falar, sem querer, citamos São João da Cruz, Santa Teresa, São Francisco, frases de livros já lidos, de pregações ouvidas, e fazemos nossas tantas idéias que, na verdade, outras pessoas antes de nós expressaram.

Esta continuidade da história entre passado, presente e futuro é algo bonito, impressionante. A nossa oração segue o mesmo caminho. Por isso é importante dedicar um pouco do nosso tempo à leitura meditativa destas passagens: 1Sm 2,1-10; Is 61,10; Hab 3,18; 1Sm 1,11; Gn 30,13; Sl 111,9; Sl 103,17; Sl 89,11; Jó 12,19; Is 41,8-9; Gn 12,3.

Os “três olhares” de Maria

A oração de Maria é percebida na sua vida, no seu silêncio e, principalmente, no fato de acompanhar Jesus em todos os momentos de sua vida, de Belém ao calvário, e ainda depois, como no cenáculo.

Poderíamos colocar em evidência a dinâmica do olhar de Maria, que faz brotar a sua oração contemplativa: ela olha o presente, o passado e o futuro.

Quando nos colocamos em oração, a primeira atitude é deixar o nosso coração agradecer e louvar ao Senhor por tudo. Inclusive pelos sofrimentos, cruzes e dificuldades do dia-a-dia. Deus se revela em todos os momentos de nossa vida. É preciso olhar o presente como “momento de eternidade”, como sacramento em que se realiza a nossa salvação e a nossa experiência profunda de Deus. O presente traz à nossa mente e ao nosso coração as alegrias que experimentamos no convívio com os outros. Sempre que rezamos precisamos saber dizer, como Maria: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”. Mas por que a alma de Maria se alegra no Senhor?

O presente é muito pequeno para compreendermos as maravilhas que o Senhor tem operado na nossa caminhada, então, os santos sempre olham o passado. Primeiramente, para reconhecer os próprios pecados e pedir perdão a Deus, experimentando assim a misericórdia do amor. Os pecados nos acompanham por toda a vida. Se meditássemos mais neles, sem dúvida, seríamos mais sábios e evitaríamos no futuro tantos erros. Contemplar os pecados não com desespero ou duvidando da misericórdia do Senhor, mas na certeza do amor – e o amor, segundo São João da Cruz, com amor se paga.

Maria olha o passado não para reconhecer o seu pecado, pois dele fora preservada; mas ela possuía um grande sentido de humildade, de pobreza. Tinha consciência de sua pequenez. Ela é a pobre de Javé, a mulher simples, destituída de todo o poder, mas enriquecida pelo poder e autoridade do amor e do serviço.

“Ele viu a pequenez de sua serva”

Maria sente-se profundamente feliz por ter sido escolhida por Deus para a grande missão de trazer à terra o Verbo eterno; por emprestar a sua carne à Palavra e revesti-la da verdadeira humanidade.

A humildade não é desprezar a nós mesmos, mas termos consciência do nosso valor, do que somos. E saber que todas as qualidades que possuímos são dons de Deus.

Todos os verbos do Magnificat estão conjugados no passado, para mostrar que Maria é contemplativa do passado; conserva em si a memória límpida e transparente, uma memória “purificada” de todo o mal, revigorada por todo o bem. Uma memória sempre virgem e “re-virginizada” pela experiência do amor de Deus, atuante na história da humanidade. O passado, em Maria, não traz medo, mas gera alegria, porque ela sabe ver que a vitória de Deus é sempre maior do que o pecado.

Fez maravilhas

Na oração pessoal, é sempre bom recordar as maravilhas que o Senhor foi realizando na nossa vida. A partir do dom do nascimento, da inteligência, da saúde, da perfeição física. Temos milhões de motivos na vida para percebermos que Deus não nos abandona, mas caminha ao nosso lado. O mistério da fé gera em nós o desejo de sermos fiéis. A palavra-chave para que Deus opere maravilhas é a nossa “fidelidade”.

Pare um pouco hoje e contemple as maravilhas que Deus fez em você e através de você. Mas veja também como os irmãos ao seu redor consideram você, necessitam de você, e como você é instrumento necessário para que o Reino se dilate e se torne cada vez maior e mais presente. Descobrir as maravilhas de Deus é como remover toneladas de terra em busca de um grama de ouro; ou remover pedras para procurar uma nascente de água viva. Não desista! Dentro de você está o ouro e está a nascente da água viva.

Demonstrou o poder

O braço de Deus é poderoso! Não para esmagar ou para escravizar, mas para libertar. Deus entra na nossa história para nos restituir a dignidade com que nos tinha criado e que nós, por nossa culpa, perdemos. Experimentar o braço forte de Deus é sentir o seu amor; reconhecer que Ele é nossa rocha, nossa fortaleza, o escudo que nos defende e nos abriga.

Neste momento, é importante você pensar um pouco: de quantas e quais dificuldades e perigos Deus o libertou ao longo de sua vida? Perigos materiais, espirituais, situações difíceis? Como Ele foi bom com você!

Maria sentiu que o braço do Senhor estava presente sempre e a defenderia de todos os ataques do mal.

Dispersou

A memória histórica de Maria é aberta ao passado. Ela olha a história com positividade, vê e contempla a vitória de Deus sobre todos os orgulhosos. O orgulho é um pecado capital, é uma raiz de onde brotam tantos outros pecados que prejudicam a vida da comunidade. Querer ser maiores do que os outros, sentir que somos sempre mais importantes… O pecado de Lúcifer foi querer ser como Deus. Nada de mais destruidor de si mesmo e dos outros que o orgulho. Por isso Maria contempla como Deus dispersou os orgulhosos.

Derrubou

Os poderosos não têm força para se manter de pé por muito tempo. A fidelidade de Deus é para os pequenos e humildes que não confiam na força das armas, mas na força do amor e do poder de Deus. É só olhar a história para ver o resultado disso: são lembrados os santos, que deixando de lado o poder e a exploração dos pobres souberam se colocar ao lado dos necessitados.

Deus quer que o poder, dentro e fora da Igreja, seja somente serviço: “Eu não vim para ser servido, mas para servir”. Se Deus derruba os poderosos, Ele exalta os humildes.

Exaltou

Exaltar é colocar em evidência, no centro da comunidade. Deus exalta quando resgata os pobres e os coloca como modelo para os outros. A palavra “humilde” tem a mesma raiz de “húmus”, terra fértil, bem adubada. A humildade é, portanto, a terra mais fértil onde brota a oração, a santidade, o amor, a vida.

Este é o momento histórico de recuperar a verdadeira humildade, não como sinal de “incapacidade”, mas de autenticidade, de verdade. Santa Teresa nos diz que “humildade é caminhar na verdade”. E Jesus faz referência à sua própria humildade: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde”.

Humildade que é reconhecer, ao mesmo tempo, as próprias qualidades e as próprias limitações. Ninguém é capaz, mais do que nós mesmos, de nos “auto-avaliar” quanto valemos. Tanto é orgulhoso quem se subestima como quem se superestima. A oração é colocar-nos diante de Deus com as nossas qualidades para agradecer ao Senhor, e com o peso dos nossos pecados para pedir perdão.

Saciou os famintos

Este versículo é, de certa forma, o prenúncio das bem-aventuranças. É a fome e a sede de justiça que o Senhor não pode deixar de saciar, a busca do verdadeiro alimento que nos sacia; a busca do Reino de Deus.

A nossa oração é verdadeira quando torna-nos atentos às necessidades dos outros. O encontro com Deus na intimidade e na oração nos obriga a descer do monte e assumir as muitas fomes dos nossos irmãos. É preciso, como Maria, olhar ao nosso redor e ver quais são as fomes do povo: fome de cultura, de justiça, de saúde, de moradia, de amor, de perdão, de paz, de vida… Não se pode somente contemplar estas fomes, mas é necessário fazer algo para diminuir o peso da angústia que gravita no coração de tantas pessoas simples e humildes.

Despediu

A primeira atitude de quem se prepara para rezar é ter a certeza de que ninguém pode aproximar-se de Deus achando que tem “direito” de receber. Simplesmente somos mendigos de mãos estendidas, apresentadas não tanto com os nossos pedidos, mas mostrando silenciosamente as nossas necessidades. Deus, que vê os corações contritos e humildes, virá em nosso socorro. Ele nunca abandona os que suplicam, em silêncio, diante dele, porque antes que nós peçamos Ele sabe o que nós precisamos para nós mesmos e para os outros.

É necessário romper o “egoísmo” da nossa oração, em que estamos preocupados somente conosco e esquecemos o que o outro necessita. Tantas vezes voltamos de mãos vazias das nossas orações porque pedimos com arrogância e prepotência. O único caminho que comove o coração de Deus é a humildade.

Acolheu

Os braços de Deus se abrem para receber o povo que caminha, que peregrina na busca da verdadeira terra prometida, que experimenta a dor e a saudade da espera, prolongada pela vinda do Messias. Maria sabe esperar; sabe que a promessa feita a Abraão não será inútil, mas será realizada sempre. Como é bom sentir-se acolhido na tenda de Deus e saber que tudo se realizará plenamente, porque Deus é fiel à sua promessa e o povo também busca ser fiel ao que Ele promete. Por isso, o último versículo do Magnificat faz referência às promessas feitas a Abraão, nosso pai na fé, na esperança e na perseverança.

O orante não pode duvidar de ser acolhido por Deus, mas sabe que o Senhor será fiel. A fidelidade não tem tempo, ela é para sempre e deve ser característica do amor. O amor fiel sabe esperar. Que este artigo nos coloque na escola de oração da Virgem Maria, nossa mãe!

Fonte: Comunidade Shalom

Artigos

Maria: modelo de Modéstia

Exteriormente é modesta. Não se faz notar pela severidade nem pela negligência. Sempre humilde e mansa, traz o sinal da simplicidade em tudo que realiza.

Modesta em relação ao mundo. Maria sacrifica com generosidade a condição de gestante; vai mediatamente, vencendo grande distância, visitar sua parenta Isabel, levando felicitações e auxílio. Durante três meses acompanha e serve, trazendo grande alegria ao lugar. Somente quando a glória do Filho exigir aparecerá em público. Assistirá às bodas de Caná sem nenhum privilégio. A modéstia faz com que pratique a caridade de acordo com a ocasião.

Modesta no cumprimento dos deveres. Desempenha com suavidade, sem precipitações, sempre alegre e disposta a abraçar uma nova obrigação; não deixa transparecer as contrariedades, não busca consolações e pela naturalidade não atrai a atenção dos demais. Modelo exemplar para os adoradores do Santíssimo Sacramento; cuja vida se compõe de pequenos atos e de pequenos sacrifícios, que somente Deus deve conhecer e recompensar; cuja glória e conforto consistem na filial e humilde dedicação no cumprimento dos deveres, ambicionando agradar o Mestre pela contínua imolação de si mesmo.

Modesta na piedade. Elevada ao mais alto grau de contemplação que uma criatura possa atingir, vivendo no constante exercício do perfeito amor, exaltada acima dos anjos e constituída Mãe de Deus, mesmo com todas essas prerrogativas, serve o Senhor com simplicidade; sujeita-se às prescrições da lei, assiste às festas, reza junto com os demais fiéis; em nada se faz notar, nenhum exercício exterior demonstra sua piedade e o seu fervor. Assim deve ser a piedade do cristão: comum em suas práticas, simples em seus meios, modesto no agir, evitando chamar a atenção, fruto sutil do amor próprio que leva à vaidade e à ilusão.

Modesta nas virtudes. Possui todas as virtudes em grau supremo, praticados com suma perfeição, embora de forma simples e usual. Em todos os favores recebidos, a humildade vê somente a bondade de Deus, somente agradece.

Agradecimento escondido e sem glória humana. Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré? (Jo 1, 46). Ninguém presta atenção em Maria, passa totalmente despercebida.

Eis o segredo da Perfeição: a simplicidade, mesmo quando ignorada, saber conservá-la. Uma virtude acentuada fica exposta, uma virtude louvada pode trazer a ruína; a flor que mais chama a atenção, murcha depressa. Afeiçoemo-nos às pequenas virtudes de Maria de Nazaré, que germinam aos pés da cruz, à sombra de Jesus; deste modo, não temeremos as tempestades que abatem os cedros nem o raio que cai no cimo da montanha.

Modesta nos sacrifícios. Aceita em silêncio e conformidade o exílio no Egito. Diante da dúvida de José, permanece em silêncio, confia na providência. Traspassada pela dor, acompanha o Filho que carrega a cruz, não grita nem lamenta exteriormente. No Calvário, mergulhada em sua dor, sofre calada e se despede do Filho num olhar mudo.

Maria é também modesta em sua glória. Como Mãe de Deus, possuía todos os direitos e todas as homenagens, entretanto abraça a provação e o sacrifício. Não aparece nos triunfos do Filho, porém está aos pés da cruz.

Para ser filhos desta Mãe, devemos nos revestir de modéstia, deve ser tema usual de nossa meditação. A modéstia é virtude régia de um adorador do Santíssimo Sacramento, pois fornece a exterioridade dos sentidos na presença de Deus.

(Extraído da Obra Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento: Um mês com Maria, de São Pedro Julião Eymard, Editora Formatto, 2008, p.50-53)

Fonte: Site “Nos Passos de Maria”

Orações

Oração para Pedir a Benção de Maria para sua casa

Ó Senhora da Conceição Aparecida, nossa Rainha e bondosa Mãe, abençoai esta nossa casa, amparai nossa família e livrai todos os que aqui habitam de todos os males, doenças, dos acidentes, de todos os perigos que possam afligir nosso corpo e a nossa alma. Fazei reinar a concórdia, a união, o respeito.

Ao vosso Coração Imaculado consagramos nossa família. Seja esta casa como a casa de Nazaré, um lugar de paz, alegria e felicidade. Todos aqui cumpram a vontade de Deus, pela oração diária e leitura da Palavra do Senhor, pela Missa de cada Domingo e por um vida de amor e caridade.

Ó Virgem Maria, Senhora nossa, fazei com que um dia este lar, que na terra a vós pertence, seja reconstituído no céu, onde será nossa eterna morada.

Protei-nos. Guardai-nos. Salvai-nos!

Amém!

Mensagens Medjugorje

Medjugorje – Mensagem a Marija Pavlovic – 25/02/2012

“Queridos filhos! Neste tempo, de uma maneira especial, eu os chamo: ‘rezem com o coração’. Filhinhos, vocês falam muito e rezam pouco. Leiam e meditem a Sagrada Escritura, e que as palavras nela escritas sejam vida para vocês. Eu os encorajo e os amo, de modo que em Deus vocês possam encontrar a sua paz e a alegria de viver. Obrigada por terem respondido ao meu chamado”

Aparições de Nossa Senhora Artigos

Nossa Senhora do Divino Pranto

Detalhe da imagem de Nossa Senhora do Divino PrantoNa comunidade das Irms Marcelinas, em Cernusco, na Itália, berço da Congregação, o médico Dr. Bino, no dia 6 de janeiro de 1924, apresenta seu diagnóstico a respeito de uma jovem religiosa enferma, Irmã Elizabeth: “Nada mais posso fazer por ela. A medicina já não tem recursos neste caso…”. Muito querida por todos, a irmã está cega, debilitada, prostrada por tremendas dores. Muitas vezes, fica, durante horas e horas, inconsciente. Imersa em dores, o sorriso permanece em seus lábios.

 Às dez e trinta da noite, na casa religiosa todas dormem. Na enfermaria, Irmã Elizabeth respira com muita dificuldade. De repente, a religiosa começa a falar. As irmãs presentes escutam atônitas o que ela diz:

  “Oh! Como a Senhora é boa! Mas eu tenho uma dor tão grande que nem sei oferecer direito a Deus… Reze a Senhora que é tão boa!”.

 As religiosas estão atentas, mas não podem ouvir a resposta da ‘Senhora’ que, no entanto, fala: “REZA! CONFIA! ESPERA! Voltarei de 22 para 23”. Em meio ao seu sofrimento, a enferma pensa na dor das outras irmãs enfermas: “Vá falar com Irmã Teresa, Irmã Amália e com Irmã Elisa Antoniani, que há tantos anos está doente!”. A boa ‘Senhora’ sorri e desaparece.

Na manhã seguinte, as companheiras de quarto comentam: “Ontem, à noite, Irmã Elizabeth não parava de falar, sonhando”. Prontamente ela respondeu: “Não sonhei, falei com aquela ‘Senhora'”. As religiosas sorriem penalizadas. A enfermeira, bondosa e enérgica, repreende a Irmã Elizabeth, dizendo: “Que pode ter visto, você, que está cega há um ano? Você sonhou e não invente tolices!…” A Superiora, Irmã Ermínia Bussola, também tenta convencê-la: “… Quero-lhe muito bem e não a engano. Repito que, aqui em casa não veio ninguém de fora. Você sonhou.” A pobre Superiora por toda a sua vida teve que lamentar-se de sua incredulidade. Foi, ao invés, no plano de Deus, uma das tantas provas que autenticaram a aparição.

Irmã Elizabeth prossegue tranqüila carregando sua cruz. Chega fevereiro, trazendo neve e frio intenso. A enferma aguarda um novo encontro com a ‘Senhora’ para o dia 2. Não dorme, ouvindo as batidas do relógio e conta as horas. A noite passa sem nenhuma novidade. Vem a manhã do dia 3 e Irmã Elizabeth mal disfarça o choro. A Superiora pergunta-lhe a razão da tristeza. A enferma responde: “Ela não veio… tinha dito de 2 para 3… A Superiora fica preocupada com as faculdades mentais de Irmã Elizabeth que piora a cada dia. Novamente o médico é chamado. Sua opinião: “Desta vez é o fim. Não há nada mais a fazer. A Irmã tem poucas horas de vida”.

A Imagem marca o local exato da aparição

No dia 22 de fevereiro, na enfermaria, Irmã Gariboldi vela pela agonizante acompanhada de outra religiosa. São vinte e três horas e quarenta e cinco minutos. As duas Irmãs rezam em voz baixa. Pedem misericódria para a co-irmã que sofre tanto. Neste momento, Irmã Elizabeth tem um sobressalto. As Irmãs acodem, pensando que chegou o momento final. Mas, aquela que há quinze dias não fala, grita, agora: “Oh! a ‘senhora’! a ‘senhora'”! Trêmula, a Irmã Gariboldi convida a outra Irmã a ajoelhar-se e murmura: “Se for a Senhora, levá-la-á consigo!” Sem nada entender, as duas espectadoras ouvem atentamente: “Oh! a ‘senhora’! De 22 para 23? Pois eu havia entendido de 2 para 3. E era de 22 para 23!…”

De repente, a Irmã Elizabeth se ergue um pouco mais e sua atitude é de espanto quando diz: “Mas, ‘senhora’… é Nossa Senhora! É Nossa Senhora!” Ela vê que a Virgem traz o Menino Jesus nos braços e ele está chorando. “Chora por meus pecados? Chora porque não o amei bastante?…” As religiosas presentes nada ouvem mas pressentem que algo extraordinário está ocorrendo. A Senhora responde: “… O Menino chora porque não é bastante AMADO, PROCURADO, DESEJADO, também pelas pessoas que Lhe são consagradas… Tu deves dizer isto!”

Ir. Elisabeth Couleur

Irmã Elizabeth ainda não percebe a missão que a Senhora lhe confia. Ela julga que a Virgem viera levá-la ao paraíso, no que se equivoca. Maria quer dar-lhe uma missão e para tanto lhe dá um sinal: devolve-lhe a saúde e desaparece com seu Menino. Alguém se lembra de chamar a Superiora que se levanta, achando que vai encontrar a enferma dando seu último suspiro. Ao invés disso, vê a doente luminosa, de olhos radiantes. Irmã Elizabeth corre a abraçar a Superiora, exclamando: “Nossa Senhora curou-me e mandou-me dizer que Jesus chora porque não é bastante AMADO, PROCURADO, DESEJADO, também pelas pessoas que lhe são consagradas!”

O médico que a acompanhou sempre afirmou: “A cura de Irmã Elizabeth não pode ser explicada pela ciência”. Antes, ateu, converteu-se e tornou-se um cristão fervoroso. Mais tarde, conseguida a aprovação da Igreja para este culto de Nossa Senhora, foi modelada uma imagem, de acordo com a descrição feita por Irmã Elizabeth.

Ainda hoje, em Cernusco e em vários países, as Irmãs Marcelinas espalham esta devoção à Virgem Santíssima. A afluência de peregrinações ao local da aparição é grande. A capela já não é suficiente para conter todos aqueles que, cheios de fé, diante da Virgem do Divino Pranto, REZAM, CONFIAM e ESPERAM.

Jaculatória: Querido Menino Jesus, amar-Vos-ei muito para enxugar as lágrimas que Vos faz derramar a ingratidão dos homens.

 

Nossa Senhora do Divino Pranto,

Rogai por nós que recorremos a vós!

Fonte: “Nossa Senhora do Divino Pranto”, material vocacional publicado pelas Irmãs Marcelinas, São Paulo, 1984.

Artigos Devoções

O que é Devoção a Maria

Devoção significa dedicação total ao serviço de Deus. É o ato interior da vontade que se entrega a Deus por generosidade e fervor. A devoção leva a realizar atos, mas é, em primeiro lugar, interior, no íntimo de cada um.

Fundamentada sobre a fé, tem a sua fonte inspiradora na caridade e pode, por vezes, identificar-se com ela. São Tomás nos diz que o ato principal da virtude de religião, de prontidão e disponibilidade da vontade para servir a Deus pelo ato de oferta da vida e de gestos como uma oferenda desta mesma vontade. Ele ainda nos diz que a devoção é dom de Deus, mas também obra do homem, convidado especialmente pela oração, à meditação, à contemplação, que despertam amor e engendram a devoção. Esta deve ser a marca de toda a nossa vida, e constantemente, mas inunda-a de alegria interior, a satisfação de realizar tal ato.

E a devoção a Virgem Maria é um ardor em servi-la para melhor servir a Deus!

Maria, a mulher, a virgem, a mãe cumulada de dons por Deus e que se associa plenamente à obra do Filho de maneira particular, até ser chamada a partilhar sua glória. Maria é para nós um sinal. Situar-se em relação a Maria é dizer algo de Deus e algo de nós! Os nossos contemporâneos são sensíveis a isto. No entanto, foi desde cedo que a Igreja fez memória de Maria, e para dizer alguma coisa de Cristo, a Igreja se faz necessária dizer alguma coisa de Maria, como aconteceu em Éfeso. Os padres conciliares colocaram aquela assembléia sobre a proteção de Maria, “Sub tuum praesidium…” no final do sec. IV.

E assim, ao longo da história Maria tem sido para a Igreja Aquela que convida ao louvor (Lc 1,46-55) e à devoção. Como em Jo 2,5 é também Aquela que mostra, junto da Cruz, até onde deve ir a fidelidade, e, no Cenáculo, que a oração tende primeiramente a pedir o Espírito Santo sobre a Igreja, na comunidade dos discípulos.

Foi sobre tudo a partir do concilio de Éfeso que o culto do povo de Deus a Maria cresceu admiravelmente na veneração e no amor na invocação e na imitação (Lumen Gentium, 66).

Esta veneração e amor nos orientam para Deus, a invocação de Maria situa no interior da comunhão dos santos. Aquela que é a mais próxima de Deus e de nós, como já nos dizia o Papa Paulo VI. A imitação de Maria conduz não a um serviço normal, mas nos leva a um louvor e ao serviço a Deus e aos irmãos.

A verdadeira devoção não consiste numa emoção estéril e passageira, mas deve nascer e ser conservada pela fé, que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos indica a amar filialmente a nossa mãe e a imitar as Suas virtudes (Lumen Gentium, 67).

E assim poderíamos terminar dizendo com as palavras do Concílio: “na sua vida, deu a Virgem Maria exemplo daquele afeto maternal de que devem estar animados todos quantos cooperam na missão apostólica que a Igreja tem de regenerar aos homens” (Lumen Gentium, 65).

 

fonte: Santuário NS Fatima – Brasil

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História criação da Imagem de Nossa Senhora da Amazônia

Aos 23 anos, a designer amazonense Lara Denys assumiu uma grande responsabilidade: a de desenhar a imagem da Nossa Senhora da Amazônia. Nascida em uma família tradicionalmente católica, Lara venceu um concurso nacional para a criação da figura da Virgem. A jovem teve o projeto aprovado pelo Vaticano. Com traços caboclos, Nossa Senhora da Amazônia ganhará agora um Santuário em frente ao Rio Negro, no formato de uma canoa, principal transporte dos povos amazônidas.

Retratar uma figura tão importante para mim, para a minha igreja, era uma responsabilidade de ‘gente grande’, e não para uma menina que mal tinha saído da faculdade”

Lara decidiu participar do concurso devido ao apoio dos pais. “Há pouco mais de um ano, lembro-me de estar em uma missa dominical na Igreja de São Sebastião, quando na hora do ofertório, me dei conta de não ter qualquer valor na bolsa para o ofertório. Porém, naquele momento, me ajoelhei e ofereci a Deus o que Ele mesmo tinha me dado, aquilo que eu tinha de melhor em mim, o meu talento”, contou na missa de apresentação da imagem.

Segundo ela, o anúncio do concurso para a criação da imagem veio em seguida. “Ao saber disso, meus pais me incentivaram com insistência a participar do concurso. Mesmo percebendo claramente que aquele era o chamado dEle, hesitei. Era algo muito grande para a minha pouca experiência; não achei que pudesse ser capaz de tal feito, apesar de dominar razoavelmente a habilidade de desenhar. Retratar uma figura tão importante para mim, para a minha igreja, era uma responsabilidade de ‘gente grande’, e não para uma menina que mal tinha saído da faculdade”, completou.

A designer contou que, antes de produzir a imagem, estudou arte sacra e a fisionomia do caboclo. “Pesquisei em livros e vi até como indígenas carregando bebês. Queria que o traje fosse mais indígena, mas precisava cobrir todo o corpo da Nossa Senhora, para não incitar sexualidade. Planejei cada detalhe”, disse. A roupa de Maria, por exemplo, é de tom terracota, que remete às terras amazônidas e demonstra a humildade da Virgem.

O vestido da Nossa Senhora traz ainda uma simples estampa baseada na arte dos indígenas Waimiri-Atroari. O manto ganhou um tom mais escuro que o tradicional azul celeste. Lara decidiu manter o véu na cor branca por representar a pureza da mãe de Jesus Cristo, que aparece nos braços da Nossa Senhora também com traços caboclos. “Ele é um verdadeiro curumim”, descreveu.

A Nossa Senhora da Amazônia aparece ainda na figura em cima de uma vitória-régia. Segundo Lara, a planta foi escolhida por ser uma das espécies mais conhecidas e bonitas da região. “Além disso, a vitória-régia é forte, cresce em solo infértil, e suporta até 40 quilos. Quando a flor nasce, sempre no escuro, exala um perfume único. Ela é então a base da Nossa Senhora, que aparece como a verdadeira flor da vitória-régia”, ressaltou. Ao redor da Virgem Maria, orquídeas brancas, tradicionais da Amazônia, foram estrategicamente posicionadas. De acordo com a criadora da imagem, as flores representam o feminino.

Fonte: G1