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No século do ateísmo, o anúncio do Reino de Maria

Em Fátima, Nossa Senhora não se dirigiu apenas à geração do início do século XX, mas sobretudo às que vieram depois. E à medida que as décadas vão passando, (…) as palavras proféticas da Mãe de Deus tomam mais realidade. Parecem ditas para os nossos dias, para nossa Pátria, para cada um de nós, para ti, leitor…

O que veio a Santíssima Virgem anunciar à humanidade pecadora? O que veio implorar? Quem teria coragem de recusar um pedido premente da Mãe de Deus?

Deus faz preceder suas grandes intervenções na história por numerosos e variados sinais. Com frequência, serve-se Ele de homens de virtude insigne para transmitir aos povos suas advertências, ou predizer acontecimentos futuros.

Assim procedeu o Padre Eterno em relação à vinda do Messias, seu Filho Unigênito. A magnitude de tal fato, em torno do qual gira a história dos homens, exigia uma longa e cuidadosa preparação. Assim, foi prenunciado durante muitos séculos pelos Profetas do Antigo Testamento, de tal forma que, por ocasião do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, tudo estava maduro para Sua vinda ao mundo. Até entre os pagãos, muitos esperavam algum acontecimento que desse uma saída para a crise moral na qual os homens de então estavam imersos.

Quase se poderia afirmar com segurança que, quanto mais importante o acontecimento previsto, tanto maior a grandeza dos sinais que o precedem, a autoridade dos profetas que o anunciam e o tempo de espera.

Dir-se-ia que, em sua infinita sabedoria, Deus, no trato com os homens, se pauta por determinadas regras para as quais muito dificilmente abre exceções.

Com efeito, “o Império Romano do Ocidente se encerrou com uma catástrofe iluminada e analisada pelo gênio de um grande Doutor, que fo Santo Agostinho. O ocaso da Idade Média foi previsto por um grande profeta, que foi São Vicente Férrer. A Revolução Francesa, que marca o fim dos Tempos Modernos, foi prevista por outro grande profeta, que foi ao mesmo tempo um grande Doutor: São Luís Maria Grignion de Montfort. Os Tempos Contemporâneos, que parecem na iminência de se encerrar com nova crise, têm um privilégio maior. Veio Nossa Senhora falar aos homens”.[1]

É fácil, à luz desta regra de História, avaliar a importância das profecias de Fátima, pois quem no-las anuncia não é um Anjo, nem um grande santo ou profeta, mas a própria Mãe de Deus.

Em Fátima, Nossa Senhora prediz inegavelmente o advento de grandes castigos para a humanidade (alguns dos quais já se cumpriram), caso esta não deixe de ofender a Deus. Porém, mais importante, num certo sentido, do que o anúncio das punições divinas, são os meios de salvação indicados pela Mãe de Deus: a oração do Rosário, a prática dos Cinco Primeiros Sábados, a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Sua finalidade mais imediata é dar aos homens a possibilidade de sair das vias tortuosas do pecado. Se outro motivo não houvesse, seria esta suficiente para uma intervenção tão extraordinária como são as Aparições em Fátima.

No entanto, há algo mais, de importância primordial, que motivou a Mãe de Deus a vir em pessoa transmitir sua mensagem aos três pastorinhos. É o anúncio da vitória da Santíssima Virgem sobre o império de Satanás, ou seja, o Reino de Maria, previsto por São Luís Maria Grignion de Montfort e por vários outros santos: “Por fim o meu Imaculado Coração triunfará!” – afirmou Nossa Senhora, em Fátima.

“É uma perspectiva grandiosa de universal vitória do Coração régio e materno da Santíssima Virgem. É uma promessa apaziguadora, atraente e sobretudo majestosa e empolgante”[2]. (…)

Para que nossos olhos possam contemplar maravilhados o meio-dia desse sol – o triunfo do Imaculado Coração de Maria – cuja aurora despontou em Fátima naquele dia 13 de maio de 1917, a Virgem Maria nos dá os meios: “Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz.”

Uma dificuldade surge, no entanto. Os pedidos de Nossa Senhora não foram atendidos; os homens continuam a pecar cada vez mais. Que razões temos para crer que Nossa Senhora dará cumprimento à sua promessa?

Suas próprias palavras. Pois a Santíssima Virgem só põe condições para evitar os castigos, mas não para fazer triunfar seu Imaculado Coração. O texto da Mensagem não deixa dúvidas. Após o anúncio da uma sucessão de calamidades que adviriam para a humanidade caso esta não se convertesse, Nossa Senhora concluir, categoricamente, sem antepor condição alguma: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”.

Como se chegará a essa vitória final sobre o pecado, não o sabemos, pois não parece tê-lo revelado a Mãe de Deus. Apenas é certo que todos quantos atenderem a seus pedidos se salvarão, e muito possivelmente serão chamados a participar desse magnífico triunfo do Imaculado Coração de Maria.

(João S. Clá Dias, Fátima, Aurora do Terceiro Milênio, São Paulo, Abril 1998, pp. 7-9)

Fonte: Arautos do Evangelho – Recife

Mensagens Medjugorje

Medjugorje – Mensagem a Mirjana – 02/05/2012

Queridos filhos!

Com amor maternal, eu os imploro para me darem as suas mãos, permitam-me conduzi-los, Eu, como Mãe, desejo salvá-los da inquietação, do desespero e do exílio eterno. Meu Filho, pela Sua morte na Cruz, mostrou-lhes quanto Ele os ama, Ele se sacrificou por causa de vocês e por causa de seus pecados. Não permaneçam rejeitando o Seu sacrifício e não permaneçam renovando o Seu sofrimento com os seus pecados. Não permaneçam fechando as portas do Céu para vocês. Meus filhos, não percam tempo. Nada é mais importante do que a unidade em meu Filho. Vou ajudá-los por que o Pai Celestial está a enviar-me para que, juntos, possamos mostrar o caminho da Graça e da Salvação a todos aqueles que não O conhecem. Não sejam duros de coração. Tenham confiança em mim e adorem o meu Filho. Meus filhos, vocês não podem ficar sem os pastores. Que eles possam estar em suas orações todos os dias.

Obrigada.”

Mensagens Medjugorje

Medjugorje – Mensagem a Marija Pavlovic – 25/04/2012

“Queridos Filhos Também hoje eu os convido à oração, e que seu coração, filhinhos, se abra para Deus como uma flor se abre ao calor do sol. Eu estou com vocês e intercedo por todos vocês. Obrigada por terem respondido ao meu chamado. “

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O ROSÁRIO meio fácil e seguro de salvação

Por especial desígnio da infinita misericórdia de Deus, Maria Santíssima revelou ao grande São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Dominicanos, um meio fácil e seguro de salvação: o santo Rosário.

Sempre que os homens o utilizam, tudo floresce na Igreja, na terra passa a reinar a paz, as famílias vivem em concórdia e os corações são abrasados de amor a Deus e ao próximo.

Quando dele se esquecem, as desgraças se multiplicam, implanta-se a discórdia nos lares, o caos se estabelece no mundo…

A Ave-Maria, base do Novo Testamento

São Domingos viveu numa época de grandes tribulações para a Igreja.

A terrível heresia dos albigenses se espalhara no sul da França e ameaçava toda a Europa. A profunda corrupção moral dela decorrente abalava os fundamentos da própria sociedade temporal.

Por meio de ardorosas pregações, durante anos tentou ele reconduzir ao seio da Igreja aqueles infelizes que se tinham desviado da verdade. Mas suas eloqüentes e inflamadas palavras não conseguiam penetrar aqueles corações empedernidos e entregues aos vícios.

O Santo intensificou suas orações…

Aumentou suas penitências… Fundou um instituto religioso para acolher os convertidos… De pouco ou nada adiantaram seus esforços. As conversões eram poucas e de efêmera duração.

O que fazer? Certo dia, decidido a arrancar de Deus graças superabundantes para mover à conversão aquelas almas, Frei Domingos entrou numa floresta perto de Toulouse e entregou-se à oração e à penitência, disposto a não sair dali sem obter do Céu uma resposta favorável.

Após três dias e três noites de incessantes súplicas, quando as forças físicas já quase o abandonavam, apareceu- lhe a Virgem Maria, dizendo com inefável suavidade: – Meu querido Domingos, sabes de que meio se serviu a Santíssima Trindade para reformar o mundo? – Senhora, sabeis melhor do que eu, porque, depois de vosso Filho Jesus Cristo, fostes Vós o principal instrumento de nossa salvação.

– Eu te digo, então, que o instrumento mais importante foi a Saudação Angélica, a Ave-Maria, que é o fundamento do Novo Testamento. E, portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza meu Rosário.

Raios e trovões para reforçar a pregação

Com novo ânimo, o zeloso Dominicano dirigiu-se imediatamente à Catedral de Toulouse, para fazer uma pregação.

Mal ele transpôs a porta do templo, os sinos começaram a repicar, por obra dos anjos, para reunir os habitantes da cidade.

Assim que ele começou a falar, nuvens espessas cobriram o céu e desabou uma terrível tempestade, com raios e trovões, agravada por um apavorante tremor de terra.

O pavor dos assistentes aumentou quando uma imagem de Nossa Senhora, situada em local bem visível, levantou os braços três vezes para pedir a Deus vingança contra eles, se não se convertessem e pedissem a proteção de sua Santíssima Mãe.

O santo Pregador implorou a misericórdia de Deus, e a tempestade cessou, permitindo-lhe falar com toda calma sobre as maravilhas do Rosário.

Os habitantes de Toulouse arrependeram- se de seus pecados, abandonaram o erro, e começaram a rezar o Rosário.

Em conseqüência, grande foi a mudança dos costumes nessa cidade.

A partir de então, São Domingos, em seus sermões, passou a pregar a devoção ao Rosário, convidando seus ouvintes a rezá-lo com fervor todos os dias. Assim, obteve que a misericórdia de Nossa Senhora envolvesse as almas e as transformasse profundamente.

Maria foi a verdadeira vencedora dos erros dos albigenses.

Um sermão escrito pela Santíssima Virgem

Relata o Beato Alano uma aparição de São Domingos, na qual este lhe narrou o seguinte episódio: Rezando o Rosário, estava ele preparandose para fazer na Catedral de Notre Dame de Paris um sermão sobre São João Evangelista. Apareceu-lhe então Nossa Senhora e lhe entregou um pergaminho, dizendo: “Domingos, por melhor que seja o sermão que decidiste pregar, trago aqui outro melhor”.

Muito contente, leu o pergaminho, agradeceu de todo coração a Maria e se dirigiu ao púlpito para começar a pregação. Diante dele estavam os professores e alunos da Universidade de Paris, além de grande número de pessoas de importância.

Sobre o Apóstolo São João, apenas afirmou o quanto este merecera ter sido escolhido para guardião da Rainha do Céu. Em seguida, acrescentou: “Senhores e mestres ilustres, estais acostumados a ouvir sermões elegantes e sábios, porém, eu não quero dirigir-vos as doutas palavras da sabedoria humana, mas mostrar-vos o Espírito de Deus e sua virtude”.

E então São Domingos passou a explicar a Ave-Maria, como lhe tinha ensinado Nossa Senhora, comovendo assim, profundamente, aquele auditório de homens cultos.

O Beato Alano de la Roche

As próprias graças e milagres concedidos por Deus através da recitação do Rosário encarregaram-se de propagá- lo por toda parte, tornando-se esta a devoção mais querida dos fiéis cristãos.

Enquanto ela foi praticada, a piedade florescia nas Ordens religiosas e no mundo católico.

Mas, cem anos depois de ter sido divulgada por São Domingos, já ela havia caído quase no esquecimento. Como conseqüência, multiplicaram-se os males sobre a Cristandade: a peste negra devastou a Europa, dizimando um terço da população, surgiram novas heresias, a Guerra dos Cem Anos espalhou desordens por toda parte, e o Grande Cisma do Ocidente dividiu a Igreja durante longo período.

Para atalhar o mal e, sobretudo, preparar a Igreja para enfrentar os embates futuros, suscitou Deus o Beato Alano de la Roche, da Ordem Dominicana, com a missão de restaurar o antigo fervor pelo Rosário.

Um dia em que ele celebrava Missa, em 1460, perguntou-lhe Nosso Senhor: “Por que me crucificas tu de novo? E me crucificas, não só por teus pecados, mas ainda porque sabes quanto é necessário pregar o Rosário e assim desviar muitas almas do pecado. Se não o fazes, és culpado dos pecados que elas cometem”.

A partir de então, o Beato Alano tornou-se um incansável divulgador desta devoção, e assim converteu grande número de almas.

Fator decisivo de grandes vitórias

Foi, sobretudo, nos momentos de grandes perigos e provações para a Igreja, que o Rosário teve um papel decisivo, propiciou a perseverança dos católicos na Fé e levantou uma barreira contra o mal.

Ao ver a Europa ameaçada pelos exércitos do império otomano, que avançavam por mar e por terra, devastando tudo e perseguindo os cristãos, o Papa São Pio V mandou rezar o Rosário em toda a Cristandade, implorando a proteção de Nossa Senhora. Ao mesmo tempo, com o auxílio da Espanha e de Veneza, reuniu uma esquadra no Mar Mediterrâneo para defender os países católicos.

A sete de outubro de 1571, a frota católica encontrou a poderosa esquadra otomana no golfo de Lepanto. E apesar da superioridade numérica do adversário, os cristãos saíram triunfantes, afastando definitivamente o risco de uma invasão.

Antes de travar-se o combate, todos os soldados e marinheiros católicos rezaram o Rosário com grande devoção.

A vitória, que parecia quase impossível, deveu-se à proteção da Virgem Santíssima, a qual – segundo testemunho dado pelos próprios muçulmanos – apareceu durante a batalha, infundindo- lhes grande terror.

No século XVIII, para comemorar a vitória do Príncipe Eugênio de Saboya sobre o exército otomano, devida também à eficácia do Rosário, o Papa Clemente XI ordenou que a festa de Nossa Senhora do Rosário fosse celebrada universalmente.

São Luís Grignion de Montfort

A Igreja seria ainda sacudida por muitas tempestades.

Visando fortalecer seus filhos e prepará- los para suportar as grandes provações futuras, suscitou Deus uma alma de fogo com a missão de reacender a chama da devoção ao Rosário, o qual mais uma vez tinha caído no esquecimento. São Luís Maria Grignion de Montfort, o grande doutor da devoção à Mãe de Deus, exerceu sua missão profética um século antes da Revolução Francesa. As regiões nas quais se deram ouvidos à sua pregação foram as que melhor resistiram aos erros de sua época e conservaram íntegra a Fé.

Fátima, 1917: “Sou a Senhora do Rosário”

Já no século XX, quando a Primeira Guerra Mundial estava em seu auge, Nossa Senhora veio, Ela mesma, em pessoa, lembrar aos homens que a solução para seus males estava ao alcance das mãos, nas contas do Rosário: “Rezai o Terço todos os dias para alcançar a paz e o fim da guerra”, repetiu Ela maternalmente aos três pastorzinhos, em Fátima.

Na última aparição, em outubro de 1917, a Virgem Maria disse quem era: “Sou a Senhora do Rosário”. E para atestar a autenticidade das aparições e a importância do Rosário, operou um milagre de grandeza nunca vista, presenciado pela multidão de 70.000 pessoas que estavam no local: o sol girou no céu, ao meio-dia, parecendo precipitar- se sobre a terra, retomando depois sua posição habitual no firmamento.

Milagres dessa magnitude, só no Antigo Testamento encontramos. Mas nem assim o mundo deu ouvidos à Mãe de Deus. E nunca se abateram sobre a Terra tantas desgraças, nunca houve tantas guerras, nunca a desagregação moral chegou tão baixo.

Entretanto, o meio de obter a paz para o mundo, para as famílias, para os corações, continua ao alcance de nossas mãos, nas contas benditas do Rosário, que Maria Santíssima trazia suspenso de seu braço quando apareceu em Fátima.

Salvou-se porque levava o Terço à cintura

Não é possível expressar quanto a Santíssima Virgem estima o Rosário sobre todas as demais devoções, e como é generosa em recompensar os que trabalham para divulgá-lo.

Conta São Luís de Montfort o caso de Afonso IX, Rei de León, a quem Nossa Senhora protegeu particularmente, pelo simples fato de portar o Rosário à cintura.

Desejando que os seus súditos honrassem a Santíssima Virgem, e para animá-los com seu exemplo, ocorreu a esse monarca portar ostensivamente um grande Rosário, ainda que não o rezasse.

Isto bastou para incentivar os seus cortesãos a rezá-lo devotamente.

Algum tempo depois, o rei ficou às portas da morte, acometido por uma grave enfermidade. Foi então transportado em espírito ao tribunal de Deus, onde os demônios o acusaram de todos os seus crimes. E quando ia ser condenado às penas eternas, apresentou- se em sua defesa a Santíssima Virgem diante de Jesus.

Num prato da balança, foram colocados os pecados do Rei. No outro, a Virgem Maria colocou o grande Rosário que ele portara em honra d’Ela, juntamente com os Rosários que, devido ao seu exemplo, haviam rezado outras pessoas, e estes pesavam mais que todos os pecados por ele cometidos.

Depois, Maria Santíssima, olhando com misericórdia para o Rei, disse: “Consegui de meu Filho, como recompensa pelo pequeno serviço que Me fizeste, levando à cintura o Rosário, o prolongamento de tua vida por mais uns anos. Emprega-os bem, e faz penitência”.

Voltando a si, o rei exclamou: “Oh! Bendito Rosário da Santíssima Virgem, por ele é que fui livre da condenação eterna!” E, recuperando a saúde, passou a rezar o Rosário todos os dias até o fim da vida.

A palavra do Papa, porta-voz de Jesus

“O Rosário transporta-nos misticamente para junto de Maria (…) para que Ela nos eduque e nos plasme até que Cristo esteja formado em nós plenamente” – ensina o Papa João Paulo II. E acrescenta: “Nunca, como no Rosário, o caminho de Cristo e o de Maria aparecem unidos tão profundamente. Maria só vive em Cristo e em função de Cristo”.

Recordemos suas inspiradas palavras na Carta Apostólica “Rosarium Virginis Mariæ”: “O Rosário acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações.

A ele confiei tantas preocupações; nele encontrei sempre conforto. O Rosário é minha oração predileta. Oração maravilhosa! “Ó Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos, torre de salvação contra os assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio geral! “Não te deixaremos nunca mais! “Serás o nosso conforto na hora da agonia. Seja para ti o último ósculo da vida que se apaga. E a última palavra dos nossos lábios há de ser o vosso nome suave, ó Rainha do Rosário, ó nossa Mãe querida, ó Refúgio dos pecadores, ó soberana consoladora dos tristes. Sede bendita em toda parte, hoje e sempre, na terra e no Céu. Amém.”

 

Nunca deixe de rezá-lo!

Sim, acatando fielmente essa exortação do Papa, nunca deixe de rezar o Rosário, sob pretexto de ter muitas distrações involuntárias, falta de gosto em rezá-lo, muito cansaço, insuficiência de tempo, ou qualquer outro. Para rezar bem o Rosário, não é necessário sentir gosto, ter consolações, nem conseguir uma aplicação contínua da imaginação.

Bastam a fé pura e a boa intenção.

E veja quantos benefícios nos proporciona a recitação do Rosário! • Eleva-nos ao conhecimento perfeito de Jesus Cristo.

• Purifica nossas almas do pecado.

• Faz-nos vitoriosos contra todos os nossos inimigos.

• Torna-nos fácil a prática das virtudes.

• Abrasa-nos no amor de Jesus Cristo.

• Enriquece-nos de graças e méritos.

• Fornece-nos os meios de pagar todas as nossas dívidas com Deus e com os homens.

A tudo isso, acrescenta São Luís Maria Grignion de Montfort: — “Ainda que te encontres à beira do abismo ou já com um pé no inferno ainda que estejas endurecido e obstinado como um demônio, cedo ou tarde te converterás e salvarás, contanto que rezes devotamente todos os dias o santo Rosário, para conhecer a verdade e obter a contrição e o perdão de teus pecados”.

(Revista Arautos do Evangelho, Out/2004, n. 34, p. 34 a 38)
Fonte: Arautos do Evangelho

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Maria e o crescimento na fé diante da Ressurreição

Maria participa da alegria dos acontecimentos referentes às aparições do Ressuscitado. Certamente, soube da atitude das santas mulheres, as mesmas que estiveram “olhando de longe” (Marcos 15,40) os fatos da cruz e da morte de Jesus e que, passado o sábado, decidiram comprar aromas para ungir seu corpo. São nomeadas: Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé (cf. Marcos 16,1).

Toma conhecimento das aparições pelo testemunho alegre dos discípulos, dos apóstolos e especialmente das discípulas, encarregadas que foram de anunciá-lo por primeiro. Com efeito, “ao voltarem do túmulo, anunciaram tudo isso aos Onze, bem como a todos os outros” (Lucas 24,9).

As aparições são narrativas que contêm a alegre e salvífica notícia a ser comunicada quase que de boca a boca: “Ide já contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos e que ele vos procederá na Galileia” (Mateus 28,7); “Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia; lá me verão” (Mateus 28,10); “Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: ‘Vi o Senhor, e ouvi as coisas que ele me disse'” (João 20,18).

A partir das aparições, os últimos fatos são recordados e aprofundados em seu significado para o Cristo e para nós: “Começando por Moisés e por todos os Profetas, interpretou-lhes em todas as Escrituras o que a ele dizia respeito” (Lucas 24,27); “E eles narraram os acontecimentos do caminho e como o haviam reconhecido na fração do pão” (Lucas 24,35). Sem dúvida, Maria Santíssima vivia esse clima das aparições em união com os discípulos e os onze apóstolos.

As Escrituras não dizem que Jesus Ressuscitado apareceu à sua mãe, mas é possível supor, pois apareceu a vários não nomeados (cf. 1 Coríntios 15,5-8). Santo Inácio de Loyola, na quarta semana dos Exercícios Espirituais, põe a primeira contemplação: como Cristo nosso Senhor apareceu a Nossa Senhora, em primeiro lugar. Cabe no entanto, tudo à imaginação, ainda que iluminada pela fé.

Se Jesus Ressuscitado apareceu a Maria não foi só para fortalecer sua fé. Em primeiro lugar, foi para premiá-la de plena alegria pela fé já testemunhada, especialmente na dor e no abandono da morte de cruz e do sepultamento. Ela sabia melhor do que todos os discípulos, ao guardar tudo no coração, que ele anunciara sua ressurreição ao terceiro dia (cf. Marcos 8, 3; Lucas 18,33). Por isso, esperava a hora de Deus, a realização da promessa de seu Filho, mesmo sem saber como. Em segundo lugar, se o Ressuscitado apareceu-lhe, foi para realizar a promessa e cessar a esperança. Aparecendo-lhe atesta o sentido pleno de sua maternidade: “Ele será chamado Filho de Deus” (Lucas 1, 35). De fato, o senhorio do Ressuscitado confirma e publica para sempre a maternidade divina.

Quer dizer: todos os mistérios da vida de Jesus e de Maria se esclarecem com as luzes da ressurreição e do Espírito Santo, em Pentecostes.

Maria é a primeira a compreender e a vivenciar que o acontecimento da ressurreição é maior que qualquer palavra que anuncie seja que ele ressuscitou, seja que apareceu primeiro a Pedro ou a Madalena, aos apóstolos ou às mulheres. No sentido da plena compreensão, pode-se afirmar que ela foi a primeira a experimentar que a ressurreição é acontecimento que se impõe como atestação para só depois se tornar testemunho. O que para os demais foi um processo, para Maria, devido à sua intimidade com o Senhor no Espírito Santo, foi imediato. O processo para o ato de fé no Ressuscitado, em alguns casos, foi bastante difícil. Haja vista a atestação pública a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado não sejas incrédulo, mas crê!” (João 20,27). De fato, a ressurreição fora uma realidade progessiva e de difícil compreensão e aceitação: “Não podiam acreditar ainda e permaneciam surpresos” (Lucas 24,41).

A fé que envolvia Maria não necessitava de nenhuma atestação pública. Permaneceu no silêncio, impertubável na intimidade do encontro feliz entre ela e o Filho. A ela não caberia nenhuma reprovação pela falta de fé. Ao contrário, Jesus recrimina os discípulos: “Insensatos e lentos de coração para crer tudo o que os profetas anunciaram! Não era preciso que o Cristo sofresse tudo isso e assim entrasse em sua glória?” (Lucas 24, 25-26). Também censura os Onze, cuja incredulidade e dureza de coração impediram que dessem crédito aos que o tinham visto ressuscitado (cf. Marcos 16,14).

Ela sabia que seu Filho estava morto e agora vivia! Não precisava de mediação de ninguém para crer que seu Filho vencera a morte. Consequentemente, na experiência nova com o Ressuscitado, ela saboreia e aualiza as palavras de Isabel: “Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” (Lucas 1, 45).

Envolvida pelas alegrias pascais, a Virgem permanece junto aos apóstolos e algumas mulheres, reunidos em oração, até o domingo de Pentecostes (cf. Atos 1,13-14). Cumpriam a ordem do Ressuscitado “que não se afastassem de Jerusalém, mas que aguardassem a promessa do Pai” (Atos 1,4): o batismo com o Espírito Santo (cf. Atos 1,5). Em Pentecostes, a Igreja apostólica se expressa, reunida em torno do Ressuscitado e com Maria, como dom do Espírito Santo que capacita os discípulos para a missão do mundo. Ela compreende-se comprometida e solícita com a missão da Igreja no novo serviço ao seu Filho. Assume com sua presença a responsabilidade de ser Mãe da Igreja nascente, segundo o desejo do seu Filho Crucificado.

Autor: Maria de nossa fé/Edson de Castro Homem. – São Paulo: Paulinas, 2007.

Fonte: www.santissimavirgemmaria.com.br

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O encontro com o Ressuscitado

As discípulas do Senhor, que tinham visto Jesus morrer ensanguentado na cruz, naquela sexta-feira, a mais santa de toda a história humana, no amanhecer do Domingo foram ao sepulcro, nos diz o Evangelho, para ungir o seu corpo. Enquanto vão, se perguntam como será possível tirar a “pedra” que foi colocada diante do sepulcro. Quando chegam, porém encontram o sepulcro aberto e vazio, aliás dentro estava um anjo do Senhor a esperá-las que anuncia a elas uma mensagem extraordinária: “Jesus de Nazaré, o crucificado ressuscitou”!

A ressurreição de Cristo, próprio como nos diz os evangelistas, é um evento histórico que “sai” do controle dos sentidos, desaba as barreiras humanas, porque transcende a realidade terrena, como nos ensina o Santo Padre: “A ressurreição não é uma teoria, mas uma realidade histórica revelada pelo Homem Jesus Cristo por meio de sua ‘páscoa’, a sua ‘passagem’, que abriu um ‘novo caminho’ entre a terra e o céu (cf. Hb 10, 20). Não é um mito nem um sonho, não é uma visão nem uma utopia, não é uma fábula, mas um evento único que não se repete: Jesus de Nazaré, o filho de Maria, que ao entardecer da Sexta-feira foi deposto da cruz e sepultado, saiu vitorioso do túmulo. De fato, na aurora do primeiro dia depois do sábado, Pedro e João encontraram o sepulcro vazio.

Madalena e as outras mulheres encontraram Jesus ressuscitado; o reconheceram também os dois discípulos de Emaús no partir do pão; o Ressuscitado apareceu aos apóstolos no Cenáculo e a muitos outros discípulos na Galileia” (Bento XVI, Mensagem Pascal de 12 abril de 2009). Diante dos olhos das discípulas se apresenta uma cena paradoxal: o sepulcro vazio, como os seus corações desconsolados, mas um anjo de dentro do sepulcro anuncia que Jesus não está mais ali, porque voltou à vida. Aquele anjo as ajuda a reencontrar a fé tinha sido obscurecida, a subir novamente rumo ao horizonte que se abre ao fiel e o leva a “olhar” além do humano, a buscar realmente as coisas do alto.

Os testemunhos dos apóstolos nos dizem exatamente o oposto: é Jesus ressuscitado que revitaliza a sua fé que estava se apagando, como aconteceu com os discípulos de Emaús, com Tomás, com todos nós! A ressurreição de Jesus precede e torna possível a fé dos primeiros, como de todos os outros discípulos do Senhor até os nossos tempos. Eles acreditaram num evento que realmente aconteceu e não em alguma coisa que poderia acontecer! Jesus se revela aos que acreditam em seu amor, eis porque o anjo do Senhor convidou as mulheres ao ato de fé “ressuscitou não está mais aqui”, como um outro anjo, o arcanjo Gabriel, no dia da Anunciação convidou Maria a crer que “nada é impossível a Deus” (Lc 1, 37). Que extraordinária graça é o ato de fé confiante em Jesus: acredito, sem duvidar daquilo em que creio! O Evangelho os narra também que quando Pedro e João correm ao sepulcro, na manhã da ressurreição, depois que a Madalena os informa que o corpo de cristo não está mais lá, João, entrando primeiro no sepulcro, vendo somente os panos sagrados que vestiam Jesus, “viu e acreditou” (Jo 20, 8). João, ao contrário de Pedro, que acreditou logo porque tinha o coração mais livre do que Pedro que renegou Jesus. O coração de João estava mais pronto para o amor, que o permitiu intuir e acreditar mais profundamente na força da ressurreição. Este coração era igual ao das crianças.O Senhor nos manda em ajuda os anjos, que nos tiram fora de muitos vazios existenciais, lugares obscuros de nossas incredulidades, de existências marcadas pela resistência à graça, e nos convidam a crer sem duvidar, porque somente quem acredita deste modo se revela a misteriosa presença do ressuscitado. Não é a fé dos discípulos e das santas mulheres, não é a fé da Igreja, que nos faz presente Jesus ressuscitado, mas esta fé nos torna “capazes” de “encontrá-lo”, de “vivê-lo”, de “constatar” a sua ação salvadora entre os homens. Quanto é absurdo a tese que faz depender a ressurreição de Cristo da fé dos apóstolos, como se fosse ela a tê-lo ressuscitado! Um tal pensamento desvia, porque é mentiroso não tendo algum fundamento evangélico.

Em minha experiência de catequista depois de sacerdote, em tantos encontros, catequeses, celebrações com crianças, nunca encontrei uma que fosse ateu. A criança não tem o coração cheio de si, mas tem o coração livre como o de João. Maria Santíssima acreditou perfeitamente em cada promessa do Senhor e, que ele teria ressuscitado “no terceiro dia” (cf. Lc 9, 22), porque era a criatura plenamente livre de si mesma. Ela não foi ao

sepulcro com as santas mulheres, senão os Evangelho teriam dito. As mulheres estavam debaixo da Cruz com Ela, mas Ela não estava com elas diante do sepulcro. Por que? A resposta até uma criança poderia intuir: porque deveria ir ao túmulo do Filho se ela sabia que estava vazia! Nossa Senhora encontrou o Filho ressuscitado, não precisou do anúncio de um anjo ou da palavra dos discípulos para crer Nele. A sua fé era sólida como a rocha e na fé esperou Jesus ressuscitado. Não foi procurar um corpo morto, mas foi visitada pelo seu Filho em seu Corpo ressuscitado. Que maravilha imaginar este encontro. Penso que tenha sido tão lindo que não pôde ser descrito em palavras. João, no final de seu evangelho, escreve que “existem ainda muitas outras coisas realizadas por Jesus, que se fossem escritas um por uma, penso que o mundo não bastaria para conter tantos livros que se deveriam escrever” (Jo 21, 25). Se tivesse que descrever o encontro do Ressuscitado com sua Mãe, talvez não bastaria um inteiro Evangelho!

Monsenhor Luciano Alimandi
Membro da Comissão Pontifícia – Vaticano
Fonte: Comunidade Shalom

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Sábado Santo com Maria

– Bom dia, hoje é dia do silêncio, hoje é um dia em que nós que descemos junto com Jesus no sepulcro, me pediram para falar um pouco sobre Nossa Senhor nesse momento, Nossa Senhora no momento que vai depois da morte de Jesus, nessas horas que passaram e também falar de Nossa Senhora e a unidade, como é assim alguma coisa um pouco nova nós vamos palmilhar, passo a passo na oração, vocês podem pegar a bíblia comigo por favor, e abrir em João 19, 38.

Nós ontem vimos todo o drama da cruz, toda tragédia, toa a dor e o versículo 38 vai dizer depois disso José de Arimatéia que era discípulo de Jesus mas ocultamente, por medo dos Judeus, desculpem, depois disso José de Arimatéia que era discípulo de Jesus mas ocultamente por medo dos judeus rogou a Pilátos a autorização para tirar corpo de Jesus, Pilátos permitiu, foi pois e tirou o corpo de Jesus, acompanhou Nicodemos aquele que anteriormente fora ter de noite ter com Jesus levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloé, tomaram o corpo de Jesus e envolveram em pé com os aromas como os judeus costumam sepultar no lugar em que Ele foi crucificado havia um jardim e no jardim um sepulcro novo que ninguém fora depositado, foi ali que depositaram Jesus por causa da preparação dos Judeus e da proximidade do túmulo.

Para nós compreendermos bem Nossa Senhora e o que se passou no coração de Nossa Senhora nós temos que nos deter em vários detalhes, nós estamos diante de uma mulher nós não estamos diante de uma jovem de 20 anos mais, nem de uma jovem de 15 anos que ficou grávida pelo poder do Espírito Santo, nós estamos diante de uma mulher entre os seus 48 e 51 anos uma mulher absorveu na sua vida todos os mistérios que o seu filho Jesus viveu, sem exceção de nenhum e quando nós vemos Nossa Senhora que coloca ou que assisti colocar Jesus no túmulo isso é a primeira coisa que nos chama a atenção como toda mãe numa situação dessa, principalmente diante da tragédia que aconteceu na cruz, da dor, você vê que Nossa Senhora fica sem ação, nós não vemos Nossa Senhora saindo para falar com Arimatéia, nós não vemos Arimatéia que pergunta a Nossa Senhora se ela quer ou não quer coloca-lo no túmulo, isso pode ate ter acontecido, mas quanto nós começamos conhecer a dor humana especialmente a dor de uma mãe que perde um filho nós começamos a perceber que a grande possibilidade que Nossa Senhora estivesse entregue sem ação, muito mais voltada para o silêncio interior do que para a confusão no seu interior, muito mais voltada para os mistérios que aconteciam dentro dela do que para os preparativos de um sepultamento que acontecia fora dela.

Muito provavelmente via tudo aquilo de uma maneira muito longinqua, como um sonho, como acontece conosco quando nós estamos passando por grandes dores, a agitação das pessoas, tudo que acontece pra nós ficam como um sonho, como uma coisa que a gente vê mas da qual a gente não participa, uma coisa que a gente está presente mas somente com a parte muito pequena do nosso ser então nós estamos diante dessa mulher, uma mulher volta dos seus 50 anos como muitas de nós, como muita das mães de vocês, mas além de nós estarmos diante de uma mulher, nós estamos diante da mulher, nós estamos diante da Mãe, estamos diante da mulher por excelência e da Mãe por excelência.

Jesus é colocado no sepulcro e Nossa Senhora não o prepara com os guentos não toca Nele no sentido de preparar o corpo para o sepultamento ela é vamos dizer assim, ela é chamada a viver muito mais o que está dentro do que está fora dela, por que ela de certa forma ela experimenta uma presença de Jesus que nunca vamos experimentar, experimenta ali a beira do túmulo uma presença de Jesus que nós precisamos orar e meditar para compreender quando nós vemos essa mulher por volta dos seus 50 anos que tem seu Filho sepultado o que nós devemos talvez pensar é o que se passava no coração de Nossa Senhora que tipo de presença de Jesus que essa mulher tinha e a gente vai voltar para o pé da cruz, quando o evangelista nos diz que aos pés da cruz estava Maria a mãe de Jesus com aquelas outras mulheres e com João.

As vezes eu fico abismadas quando eu vejo as pessoas reduzirem a presença de João e de Maria a uma preocupação vamos dizer humana, física de Jesus, claro Jesus se preocupou com quem ficaria a sua mãe, Ele não estava mais lá iria morrer era uma preocupação tão pequena diante da preocupação maior que Jesus tinha no seu coração, quando Jesus olhou para Maria e disse: “mulher eis ai seu filho”, Jesus tornou Maria mãe da humanidade, mãe da Igreja e quando Jesus diz: “Eis ai a sua mãe”, filho eis ai a sua mãe”, Jesus estava resguardando umas das características principais desta que é a nova Eva, desta que é a nova mulher, Jesus estava resguardando em Maria com toda sabedoria de Deus, com todo cuidado de quem ama, o todo cuidado para não ultraja-la, o todo cuidado para preserva-la a felicidade da mãe Dele, o cuidado para preservar a integridade a unidade interior da mãe Dele.

Jesus preservou a maternidade de Maria, quando diz: “Eis ai seu filho”, ela deixa somente de ser a mulher e como que volta ou assume uma maternidade nova, isso faz a gente pensar muito nas mulheres de hoje dentro da comunidade e fora da comunidade, Jesus fez questão de preservar na sua mãe aquilo que Ele sabe que não pode ser retirado na natureza da mulher, Ele preservou na sua Mãe a maternidade por que Ele sabe que foi pra isso que Ela foi criada e se isso lhe for tirado ela estaria destruída, se a característica da maternidade for retirada da mulher a mulher parte em si mesma, ela despenca, ela não encontra mais sentido da sua vida e Jesus sabia muito bem que o sentido da vida daquela que Ele havia criado para ser a mãe de Deus, o sentido da vida dela era ser mãe, claro Jesus pensou também na Igreja, Jesus pensou numa Igreja sem mãe era uma família sem irmãos aonde não existe mãe, aonde não existe pai, não existem irmãos, por que não existem filhos.

O primeiro passo para que haja irmãos, portanto, o primeiro passo para que haja unidade é a presença do pai e da mãe, de alguém que exerça a paternidade e de alguém que exerça a maternidade, Jesus pensou também na Igreja, uma Igreja que Ele queria unida, Igreja que Ele queria vivendo na unidade não poderia ser uma Igreja sem mãe, a preocupação de Jesus então não foi onde Nossa Senhora tivesse onde morar, Ele estaria se contradizendo, pois Ele mesmo disse para que não nos preocupássemos com essas coisas que o Pai cuidaria de tudo isso, a preocupação de Jesus foi manter a unidade interior de Maria, manter a vocação essencial de Maria, manter a vocação essencial de toda mulher, a vocação a maternidade, a vocação a vida, e Jesus pensou também manter a unidade, a fraternidade, mas essa palavra acho tão pouca ainda, talvez o fato de serem irmãos na Igreja, por que só irmão quem tem mãe quem tem pai.

Quando nós voltamos para esse momento da cruz de Jesus, nós entendemos Nossa Senhora de uma maneira um pouco nova, uma maneira diferente, Nossa Senhora se torna mãe outra vez, é muito lindo nos pensarmos Nossa Senhora aos pés da cruz que ouve de Jesus a reafirmação da sua maternidade, nesse mundo de hoje, nas dores que nós passamos, nos ultrajes que as mulheres sofrem, nós raramente como mulheres ouvimos a reafirmação da nossa maternidade, pelo contrário, a tendência do mundo hoje, a tendência da própria comunidade é retirar das mulheres a maternidade, quando eu vejo aqueles vestidos de moda, aquelas roupas que se usam nos desfiles, eu sempre fico imaginando como é que uma mulher com aquele salto 12 aqueles roupas cheias de penacho, se abaixaria e abriria os braços para acolher um filho, quando eu vejo aqueles desfiles ridículos, aquelas maquiagens pesadas eu fico imaginando se aparecesse uma criancinha no outro lado da passarela e viesse correndo pra mãe como é que ela abaixaria com aquelas calças apertadas pra acolher o seu filhinho, tudo no mundo contribui, para que a maternidade da mulher seja ultrajada.

Jesus na hora da sua morte cuidou para que a maternidade da sua mãe fosse reafirmada, a Maria se tornou mãe outra vez entre os 48 e 51 anos ela assumiu uma nova maternidade e é interessante a gente teria até licença de pensar, quando Jesus se fez carne, quando a Trindade, pelo poder do Espírito Santo, colocou Jesus no ventre de Maria, Jesus ficou entregue a natureza dentro do utero de Maria, Ele que era Deus criador, submeteu-se a natureza no ventre de Maria, as vezes me ocorre quando eu tô rezando com o túmulo que Nossa Senhora por um mistério que a gente vai ver daqui a pouco sabia que não era um túmulo de morte, mas um túmulo de vida e ali na túmulo, Jesus estava novamente entregue a natureza que Ele mesmo havia criado, como Jesus esteve entregue a natureza no ventre de Maria, Jesus estava entregue a natureza no ventre da mãe Terra, no ventre de Maria uma mulher, Jesus estava entregue a natureza e as leis da natureza para viver a vida humana, morrer a morte humana e ressuscitar a humanidade inteira, ali entrega a mãe terra, no ventre da mãe terra entregue novamente a natureza Jesus estava sendo gerado pelo poder do Pai para dar vida nova a todos os homens.

Jesus se entrega novamente a natureza e Maria de certa forma se identifica túmulo de vida, Nossa Senhora aos 50 anos já havia passado por muitas coisas e não sei se você já imaginou o que se passou dentro de Nossa Senhora quando Jesus morreu na cruz, a resposta mais fácil é uma dor lancinante e isso é verdade, passou por Maria uma dor lancinante, mas ai todo um mistério envolvido, Maria contemplou na sua história, na concretitude da sua vida, Maria experimentou o momento que a concebeu sem pecado, ela presenciou na morte de Jesus o momento que tinha sido antecipado para ela, diante do seu filho que morria ela presenciava humanamente mas também misticamente aquele momento que havia sido antecipado pela misericórdia do Pai para que ela fosse concebida sem pecado original, o nosso corpo, a nossa alma, a nossa história, eles sentem em si esses mistérios que nós não vemos, esses mistérios que nós nem atinamos algumas realidades da vida espiritual que nós não damos conta com a razão mas que ocorrem verdadeiramente em nós, por mais, é uma coisa um pouco pessoal, é uma partilha, mas por mais que eu tente dissociar Nossa Senhora do pé da cruz, de Nossa Senhora concebida sem pecado, não dá para dissociar por que a realidade espiritual é a mesma, talvez, aliás com certeza um período entre 49, 52 contando com a gestação distanciavam aquele momento mistico daquele momento histórico, mas quando Nossa Senhora presencia a morte de Jesus ela vivi não só um momento histórico ela vive um momento mistico, e que momento mistico, ela vive O momento mistico que deu sentido, que deu rumo e deu a característica única da sua vida entre todas as vidas dos seres humanos foi concebida sem pecado original, nós vemos então que a cruz de Jesus para Nossa Senhora que paixão, que a morte, que ressurreição pra Nossa Senhora, não foi um momento isolado da vida dela, não foi o momento onde ela participou vendo o seu filho morrer, foi o momento onde ela morreu, aonde ela pela morte de filho foi gerada, aonde ela foi gerada concretamente, humanamente pela concepção sem pecado, e aonde ela foi gerada como nova mãe, como a mãe da Igreja, com uma maternidade nova, ela foi gerada misticamente, vivenciando históricamente o que ela havia vivenciado misticamente ao ser concebida, mas vivenciou também históricamente o mistério que ela iria abraçar a vida inteira.

Essas coisas todas se passavam dentro de Maria e Nossa Senhora não podia encarar o túmulo como nós o encaramos, por que o túmulo era uma imagem do seu ventre que gerava para vida, Nossa Senhor não podia encarar a morte como nós a encaramos por que a morte para ela, a morte de Jesus era o início da sua própria concepção era sua própria vida, ela não podia enxergar ali nem a morte de Jesus nem no túmulo a sua própria morte, ela morria com Ele, mas essa morte para ela era vida, vida sem pecado original, era vida plenamente feliz, era vida que era o maior testemunho que a salvação era verdade, ela era o testemunho vivo que nós fomos criado para a vida e para a felicidade de pé na frente da cruz, Nossa Senhora era a humanidade de pé, era a mulher de pé, o testemunho de que a salvação é uma realidade, não só por que ela não caiu isso seria reduzir tanto o papel de Nossa Senhora, seria ver tão pouco o papel de Maria, seria uma cegueira em relação a riqueza que se passava dentro dela, ela é testemunho de salvação não só por que ela não caiu, mas naquele momento ela misticamente ela experimentou a concepção sem pecado e a geração da sua nova maternidade, da maternidade espiritual.

A partir daí João levou Maria para sua casa, e Maria foi então viver o seu sábado santo e sábado santo para Nossa Senhora foi provavelmente muito diferente, foi com certeza um sábado santo de silêncio como ele é para a maioria de nós, mas ela foi também um sábado santo aonde ela experimentou de maneira e irrepetível a presença de Jesus, nós poderíamos parar e pensar e contemplar a presença de Jesus ao longo da vida de Nossa Senhora, antes de Jesus ser concebido Nossa Senhora cheia do Espírito Santo experimentava na sua vida a presença de Deus, não sei com que graus e nomes ela podia dar, mas os nomes, os conceitos ela era cheia de Deus, quando Jesus foi concebido, mais e mais, quando Jesus se encarnou no seio de Maria concebido pelo Espírito Santo, Nossa Senhora começou conceituar a presença de Deus em si, evidentemente Nossa Senhora sabia-se diferente das outras pessoas.

Ela não se julgava superior por que ela era a serva de todos, mas mesmo antes de Jesus ser concebido ela se sabia diferente, é obvio é impossível até pela dor, pelo pecados dos outros, a dor que ela sentia pela rejeição de Deus, Nossa Senhor sabia que algo existia diferente nela, depois da encarnação de Jesus esse algo diferente começou a ter um nome Yeshua, e começou a se fazer sentir, e começou a modificar o corpo de Maria, e Nossa Senhora começou a sentir seus seios doloridos sua cintura engrossando era a presença Daquele que ela chamou de Yeshua e essa presença se fez sentir quando se mexeu, e essa presença se fez sentir quando se espriguiçou no colo, no ventre de Maria, ele se foi fazendo sentir cada vez mais fisicamente, Nossa Senhora não via Jesus, Nossa Senhora gerava Jesus e o tinha dentro de si e podia sentir isso como nenhum de nós jamais sentirá, a vida continuou com o nascimento de Jesus e Nossa Senhora experimentou a presença de Jesus não de maneira conceitual como antes de encarnação, não mais de uma maneira de ter físico dentre de si antes da gestação, mas como Jesus ao seu lado e assim foi passando toda infância de Jesus.

Na vida pública Nossa Senhora muitas vezes teve a presença de Jesus apenas em forma de memorial, apenas em forma de memória, Nossa Senhora muitas vezes na vida pública de Jesus pode rezar como São João da Cruz em busca da figura e da formosura, Nossa Senhora durante a vida pública de Jesus muitas vezes viveu da memória do seu Filho, por que não podia vê-lo, não podia tocá-lo, com a morte Nossa Senhor começa a experimentar um mistério por que vejam bem o que foi antecipado para Nossa Senhora não foi só a cruz de Jesus, o que foi antecipado para a concepção imaculada de Nossa Senhora não foi só o momento da morte de Jesus, o que foi antecipado para ela foi a morte e ressurreiçao de Jesus, a concepção imaculada de Maria ela não vem só da morte, a concepção imaculada de Maria vem da morte e ressurreição de Jesus por que esse o mistério da salvação, a encarnação, a morte e a ressurreição e esse sábado santo quando Nossa Senhora estava na casa de João no seu silêncio, Nossa Senhora podia experimentar Jesus de uma maneira nova, não mais de uma maneira conceitual como antes da encarnação, não mais de uma maneira física dentro de si, não mais com Jesus perto de si como durante a infância, não mais com Jesus muitas vezes como memória sem ter presente a figura e formosura como diz São João da Cruz.

Agora, misteriosamente neste sábado santo Nossa Senhora experimenta Jesus vivo dentro de si, não mais como nenenzinho que espernéia, mas como Deus vivo, o Deus ressuscitado que está dentro de si, Jesus ressuscitaria no domingo, mas o mistério da morte e ressurreição foram antecipados para Maria isso é uma realidade espiritual no coração de Nossa Senhora que não viveu apenas uma realidade histórica como nós pobres coitados não vivemos uma realidade histórica, vivemos uma realidade espiritual, vivemos uma realidade mistica, e agora neste sábado santo, a presença de Jesus em Maria, não era a presença morto, era a presença de um filho vivo, por que essa presença Maria a tinha vivido de uma maneira ou de outra, Maria a tinha vivido historicamente a sua vida inteira, agora não restava mais o Jesus Mestre que pregava na sinagoga, nem o Jesus menino de quem ela tinha que tomar conta, nem o Jesus como um feto, um bebe que era gerado, agora restava a realidade mistica de um Deus que antes de todos morreu por ela, ressuscitou por ela, antes que ela tivesse consciência disso, antes que ela tivesse a vida, essa realidade de morte e ressurreição já era uma realidade mistica na vida de Maria, no sábado santo Nossa Senhora experimenta essa realidade nova e profunda a presença de Jesus é uma presença viva, a presença de Jesus não é uma lembrança de um Filho pendurado na cruz, a presença de Jesus é a presença de um Filho que é Deus, e que é Deus vivo.

Muitas vezes eu me pego a imaginar a primeira eucaristia de Nossa Senhora, ela junto dos apostolos fazendo a fração do pão, partilhando a palavra, ouvindo a pregação dos apostolos, como terá sido a primeira vez que Nossa Senhora comungou aquela presença que já existia dentro dela em plenitude, como terá sido a primeira vez que ela pela boca tomou dentro de si Aquele que tinha vivido nela, como foi a primeira eucaristia de Nossa Senhora em que ela pode ter em si a presença mística que ela tinha desde sempre, como ela terá tido vontade de explicar sem poder, sem deter em palavras o que ela experimentava, o que ela sentia, para a Igreja, para os seus filhos, para os discípulos de Jesus e dela.

No sábado santo Nossa Senhora estava na casa de João, estava no silêncio dessa realidade mistica profundíssima, mas estava no silêncio de uma maternidade que começava, Nossa Senhora estava na casa de João provavelmente com a roupa do corpo, com a chuva que ela tinha tomado lá ao pé da cruz, provavelmente arranjaram a roupa da mãe de João, ou de alguma vizinha, pra dar para Nossa Senhora, continuava pobre e abandona como nos pés da cruz, mas ela era mãe, e como ela tinha tido preservada a sua maternidade, a sua vida tinha um sentido que se renovava.

A maternidade de Nossa Senhora não acabou com a cruz, Jesus teve o cuidado de preservar a sua mãe e sendo mãe de João ela agora não via Jesus como nós agora vemos um ente querido quando a gente perde a cama lembra aquela pessoa, um traço lembra aquela pessoa, um quarto lembra aquela pessoa, uma cadeira lembra aquela pessoa, nós pobres coitados nós temos a lembrança dos nossos mortos através de objetos, de lugares de cheiro, de som, não era assim com Nossa Senhora ela tinha duas presenças muito vivas, primeira essa presença mística e misteriosa desse Deus vivo, desse Filho Deus vivo dentro dela, embora muitos o vissem como morto. Em segundo lugar Nossa Senhora encontrou presença de Jesus em João, ela encontrou a presença de Jesus numa pessoa, não num objeto, não num lugar, não no cheiro, nem na música, nem num som, nem numa paisagem, mas numa pessoa e aí Nossa Senhora exerceu a sua maternidade.

Essa presença interior que ela experimentava talvez sem sentir, talvez sem saber dar nome, essa presença interior que era viva dentro dela, não precisava mais de uma mãe, mas a presença que ela via em João precisava sim de uma mãe e da Mãe de Deus. Quando Nossa Senhora retomou a sua maternidade de maneira nova, ela retomou com a maternidade a unidade o carisma, o mistério da unidade, Nossa Senhora não exerceu um papel, não fez um favor, Nossa Senhora foi e é mãe e sendo mãe ela teve em si, em sua maternidade não ultrajada, ela tem em si o ministério da paz, o ministério de promover a paz, o ministério de promover a unidade, a vida que só é vivida como vista a unidade, a vida que tem sentido quando ela é vivida para Nossa Senhora como maternidade, a vida da mulher seja casada, seja solteira, só tem sentido porque está intríseco a mulher, só tem sentido se for vivida para a maternidade Nossa Senhora começou a ser mãe de uma pessoa e depois de milhões e bilhões de pessoas nas quais ela via Jesus, Jesus não é uma lembrança, Jesus não é um corpo pendurado na cruz, Jesus não é um corpo metido dentro da terra, Jesus é vivo dentro de Nossa Senhora mesmo no sábado santo e Jesus é encontrado por Maria em João e João ao seu tempo encontra Jesus em Maria, Maria encontra Jesus em João, não foi porque ela vê João aquele que Jesus amava, isso é normal nas mães, as mães amam aqueles que seus filhos amam, é normal, muito normal, toda mãe é assim, mesmo que ela não vá muito com a cara da pessoa ela se esforça para amá-lo porque o seu filho o ama, mas Nossa Senhora não via presente em João como uma lembrança Nossa Senhora via Jesus presente em João porque João era filho como Jesus era filho.

Nossa Senhora assumiu João como assumiu Jesus, na obediência e na renúncia a si mesmo, João por sua vez olhava para Nossa Senhora e não via Jesus em Nossa Senhora como uma lembrança a mãe do meu Senhor, João olhava para Nossa Senhora e místico como ele era, espiritual de vida interior como nós sabemos que ele era, ele enxergava no seio profundo da alma de Maria Jesus vivo e ressuscitado João talvez não soubesse dizer isso com palavras, como conceitos, mas a unidade, a união espiritual que havia entre aquele filho novo e aquela nova mãe, essa unidade espiritual, ela podia até ultrapassar os conceitos, mas ela era centrada na pessoa de Jesus que vivia plenamente vivo e ressuscitado em Maria apesar de ser o sábado santo, assim como na primeira maternidade, assim como na primeira gestação, geração Nossa Senhora foi elo de unidade entre os homens e Deus, assim também Nossa Senhora é elo de unidade porque ela traz Jesus em si.

A presença dela faz Jesus presente na casa de João e a casa de João não se encheu de luto, a casa de João não se encheu de lágrimas, a casa de João se encheu de paz porque a paz é inseparável da unidade, o Senhor Jesus não permitiu que fosse quebrada a unidade espiritual, a amizade espiritual, a unidade espiritual, a amizade espiritual entre João e sua mãe, ele sabia que era fundamental para que a unidade da Igreja nascente fosse preservada, ele não permitiu que isso fosse tocado e João não rejeitou a presença de Nossa Senhora e nem rejeitou a presença de Jesus nela e Maria não rejeitou pelo contrário, ambos acolheram a presença de Jesus um no outro, para João era fácil quem não acolhe a presença de Jesus em Maria? Mas para Maria era fácil por causa do amor porque o amor faz fácil todas as coisas, via bem os pecados de João, mas Maria via melhor ainda Jesus dentro de João e esse Jesus que um via no outro, esse Jesus vivo que João via em Maria, esse Jesus amado que Nossa Senhora via em João esse Jesus que ambos amava em si próprio e um no outro, esse Jesus que ambos amava como um dado objetivo, como uma pessoa ativa e que ambos amavam e viam no outro e acolhiam no outro respeitando a maternidade da mãe, respeitando a filiação do filho que ia percorrer um caminho tão difícil de Igreja nascente, esse respeito, essa acolhida desse amor, essa abertura gerou a unidade que o Espírito Santo viria selar em Pentecostes.

Que nesse sábado santo aonde tantos mistério passam no coração de Maria, onde tantos mistérios passam no coração de Jesus nós possamos amar e respeitar a nossa Mãe, que nós possamos amar e respeitar a maternidade de todas as mulheres no mundo que nós mulheres possamos amar e respeitar a essência do nosso ser e não vilipendiá-lo que nós aprendamos neste sábado santo que a unidade vem de amar, acolher respeitar Jesus presente no irmão que é filho de Maria porque se não fosse filho dela não seria meu irmão.

Pregação: Maria Emmir Nogueira
Co-fundadora da Comunidade Católica Shalom
Mantido o tom coloquial

Mensagens Medjugorje

Medjugorje – Mensagem a Mirjana – 02/04/2012

“Queridos filhos, Como a Rainha da Paz, Eu desejo vos dar a paz, meus filhos, a verdadeira paz que vem através do coração do meu Divino Filho. Como uma Mãe eu rezo para que a humildade, a sabedoria e a bondade possam reinar em seus corações – que a paz possa reinar – que meu Filho possa reinar. Quando meu Filho reinar em seus corações, vocês serão capazes de ajudar aos outros para chegarem a conhecê-Lo. Quando a paz celestial reinar sobre vocês, aqueles que estão procurando nos lugares errados, causando dor ao meu coração maternal, irão reconhecê-Lo. Meus filhos, grande será a minha alegria quando eu ver que vocês estão aceitando as minhas palavras e que vocês desejam me seguir. Não tenham medo, vocês não estão sozinhos. Dêem-me suas mãos e eu os conduzirei. Não se esqueçam de seus pastores. Orem para que em seus pensamentos eles possam sempre estar com o meu Filho que os chamou para testemunhá-Lo.

Obrigada”

Artigos

COMPAIXÃO DA VIRGEM NA MORTE DO FILHO

Por que ao profundo sono, alma, tu te abandonas,

e em pesado dormir, tão fundo assim ressonas?

Não te move a aflição dessa mãe toda em pranto,

que a morte tão cruel do filho chora tanto?

O seio que de dor amargado esmorece,

ao ver, ali presente, as chagas que padece?

Onde a vista pousar, tudo o que é de Jesus,

ocorre ao teu olhar vertendo sangue a flux.

Olha como, prostrado ante a face do Pai,

todo o sangue em suor do corpo se lhe esvai.

Olha como a ladrão essas bárbaras hordas

pisam-no e lhe retêm o colo e mãos com cordas.

Olha, perante Anás, como duro soldado

o esbofeteia mau, com punho bem cerrado.

Vê como, ante Caifás, em humildes meneios,

agüenta opróbrios mil, punhos, escarros feios.

Não afasta seu rosto ao que o bate, e se abeira

do que duro lhe arranca a barba e cabeleira.

Olha com que azorrague o carrasco sombrio

retalha do Senhor a meiga carne a frio.

Olha como lhe rasga a cerviz rijo espinho,

e o sangue puro risca a face toda arminho.

Pois não vês que seu corpo, incrivelmente leso,

mal susterá ao ombro o desumano peso?

Vê como a dextra má finca em lenho de escravo

as inocentes mãos com aguçado cravo.

Olha como na cruz finca a mão do algoz cego

os inocentes pés com aguçado prego.

Ei-lo, rasgado jaz nesse tronco inimigo,

e c’o sangue a escorrer paga teu furto antigo!

Vê como larga chaga abre o peito, e deságua

misturado com sangue um rio todo d’água.

Se o não sabes, a mãe dolorosa reclama

para si quanto vês sofrer ao filho que ama.

Pois quanto ele agüentou em seu corpo desfeito,

tanto suporta a mãe no compassivo peito.

Ergue-te pois e, atrás da muralha ferina

cheio de compaixão, procura a mãe divina.

Deixaram-te uma e outro em sinais bem marcada

a passagem: assim, tornou-se clara a estrada.

Ele aos rastros tingiu com seu sangue tais sendas,

ela o solo regou com lágrimas tremendas.

Procura a boa mãe, e a seu pranto sossega,

se acaso ainda aflita às lágrimas se entrega.

Mas se essa imensa dor tal consolo invalida,

porque a morte matou a vida à sua vida,

ao menos chorarás todo o teu latrocínio,

que foi toda a razão do horrível assassínio.

Mas onde te arrastou, mãe, borrasca tão forte?

que terra te acolheu a prantear tal morte?

Ouvirá teu gemido e lamento a colina,

em que de ossos mortais a terra podre mina?

Sofres acaso tu junto à planta do odor,

em que pendeu Jesus, em que pendeu o amor?

Eis-te aí lacrimosa a curtir pena inteira,

pagando o mau prazer de nossa mãe primeira!

Sob a planta vedada, ela fez-se corruta:

colheu boba e loquaz, com mão audaz a fruta.

Mas a fruta preciosa, em teu seio nascida,

à própria boa mãe dá para sempre a vida,

e a seus filhos de amor que morreram na rega

do primeiro veneno, a ti os ergue e entrega.

Mas findou tua vida, essa doce vivência

do amante coração: caiu-te a resistência!

O inimigo arrastou a essa cruz tão amarga

quem dos seios, em ti, pendeu qual doce carga.

Sucumbiu teu Jesus transpassado de chagas,

ele, o fulgor, a glória, a luz em que divagas.

Quantas chagas sofreu, doutras tantas te dóis:

era uma só e a mesma a vida de vós dois!

Pois se teu coração o conserva, e jamais

deixou de se hospedar dentro de teus umbrais,

para ferido assim crua morte o tragar,

com lança foi mister teu coração rasgar.

Rompeu-te o coração seu terrível flagelo,

e o espinho ensangüentou teu coração tão belo.

Conjurou contra ti, com seus cravos sangrentos,

quanto arrastou na cruz o filho, de tormentos.

Mas, inda vives tu, morto Deus, tua vida?

e não foste arrastada em morte parecida?

E como é que, ao morrer, não roubou teus sentidos,

se sempre uma alma só reteve os dois unidos?

Não puderas, confesso, agüentar mal tamanho,

se não te sustentasse amor assim estranho;

se não te erguesse o filho em seu válido busto,

deixando-te mais dor ao coração robusto.

Vives ainda, ó mãe, p’ra sofrer mais canseira:

já te envolve no mar uma onda derradeira.

Esconde, mãe, o rosto e o olhar no regaço:

eis que a lança a vibrar voa no leve espaço.

Rasga o sagrado peito a teu filho já morto,

fincando-se a tremer no coração absorto.

Faltava a tanta dor esta síntese finda,

faltava ao teu penar tal complemento ainda!

Faltava ao teu suplício esta última chaga!

tão grave dor e pena achou ainda vaga!

Com o filho na cruz tu querias bem mais:

que pregassem teus pés, teus punhos virginais.

Ele tomou p’ra si todo o cravo e madeiro

e deu-te a rija lança ao coração inteiro.

Podes mãe, descansar; já tens quanto querias:

Varam-te o coração todas as agonias.

Este golpe encontrou o seu corpo desfeito:

só tu colhes o golpe em compassivo peito.

Chaga santa, eis te abriu, mais que o ferro da lança,

o amor de nosso amor, que amou sem temperança!

Ó rio, que confluis das nascentes do Edém,

todo se embebe o chão das águas que retém!

Ó caminho real, áurea porta da altura!

Torre de fortaleza, abrigo da alma pura!

Ó rosa a trescalar santo odor que embriaga!

Jóia com que no céu o pobre um trono paga!

Doce ninho no qual pombas põem seus ovinhos

e casta rola nutre os tenros filhotinhos!

Ó chaga que és rubi de ornamento e esplendor,

cravas os peitos bons de divinal amor!

Ó ferida a ferir corações de imprevisto,

abres estrada larga ao coração de Cristo!

Prova do estranho amor, que nos força à unidade!

Porto a que se recolhe a barca em tempestade!

Refugiam-se a ti os que o mau pisa e afronta:

mas tu a todo o mal és medicina pronta!

Quem se verga em tristeza, em consolo se alarga:

por ti, depõe do peito a dura sobrecarga!

Por ti, o pecador, firme em sua esperança,

sem temor, chega ao lar da bem-aventurança!

Ó morada de paz! sempre viva cisterna

da torrente que jorra até a vida eterna!

Esta ferida, ó mãe, só se abriu em teu peito:

quem a sofre és tu só, só tu lhe tens direito.

Que nesse peito aberto eu me possa meter,

possa no coração de meu Senhor viver!

Por aí entrarei ao amor descoberto,

terei aí descanso, aí meu pouso certo!

No sangue que jorrou lavarei meus delitos,

e manchas delirei em seus caudais benditos!

Se neste teto e lar decorrer minha sorte,

me será doce a vida, e será doce a morte!

Fonte: Padre Chrystian Shankar

Mensagens Medjugorje

Medjugorje – Mensagem a Marija Pavlovic – 25/03/2012

“Queridos filhos! Também hoje, com alegria, desejo dar-lhe a minha bênção maternal e os convido à oração. Que a oração se torne uma necessidade para vocês crescerem mais em santidade todos os dias. Trabalhem mais em sua conversão, porque vocês estão longe, filhinhos. Obrigada por terem respondido ao meu chamado.”